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Nome: LUIS FELIPE S. TRINDADE TURNO: NOITE Nº.

USP: 11893731
PROFESSOR (A): DRA. MARILIA BUENO DE ARAUJO ARIZA

RECUPERAÇÃO

TEXTO: FLORES, Élio Chaves. A consolidação da República: rebeliões de ordem e


progresso. In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (org.). O
Brasil republicano, v. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, pp. 45-88.

Flores vai discorrer em seu texto as nuances que formaram e consolidaram a


república após o golpe militar de 15 de novembro. Narrando principalmente nossa
primeira república, a República da Espada, a autora consegue nos mostrar quais as
características e momentos históricos que levaram a essa época ser taxada de
“espada” e quais as conjunturas que levaram os primeiros governos do país no pós-
golpe a usarem da força e do autoritarismo para obter êxito.

Este texto de Élio Chave pode ser dividido em duas partes, onde cada uma se
conecta em cânone da história da consolidação da república e fim definitivo do medo
monárquico.

PARTE I: O texto nos mostra como fora delicada a época no pós 15 de novembro e
como as estruturas do novo regime precisavam ainda de novos alicerces para se
manterem em pé ao passo que o inimigo fantasma da monarquia ainda perambulava
aos arredores com levantes contra o governo ou até mesmo sátiras nos jornais da
época sobre a legitimidade do novo regime. Conquanto, Flores vai discorrer como a
formação da cultura política1 fora crucial para a manutenção do regime republicano,
ao passo de nos mostrar personagens históricos à época criando enredos de como
a república era o que devia-se ter dela, outrossim, nos mostrando como a criação de
heróis era necessária para a manutenção desse pensamento.

1
A Cultura política diz respeito às tendências mais ou menos difusas dos indivíduos para
com a coisa pública, tais como a indiferença, o cinismo, a descrença, ou as sensibilidades
mais positivas como a adesão, a tolerância e a confiança nas forças políticas. (FLORES, E
Chaves. A consolidação da República, pp. 49)
“[...] o que ela [a república] não tinha era príncipes.”

(FLORES, E Chaves. A consolidação da República, pp. 49)

A autora vai nos mostrar logo após sua introdução das características da novo
sociedade depois da proclamação, com mais personagens civis no mundo político,
com a criação e manipulação do pensamento político, a existência de habeas
corpus, como o mundo carioca estava divido em republicanos e monarquistas e
como os homens do Estado não eram visto para uma parcela, como na frase acima
de Nabuco na obra e, assim, como as conjunturas desse novo sistema político
enfrentara as permanências do trono na nova era republicana.

PARTE II: Nesta parte Flores mostra-nos como as novas conjunturas e levantes
levaram o executivo a apoderar-se de prerrogativas constitucionais para consolidar o
poder do então presidente Floriano Peixoto. Aqui evidenciamos como o autoritarismo
está unido ao país desde sua nascença republicana, ao passo que o nosso primeiro
presidente, Deodoro da Fonseca, tentara centralizar o poder sobre sua égide contra
qualquer personagem que para ele fosse “inimigo de estado”, por outro lado, vemos
seu sucessor – Floriano – consegue, ao invés de tentar tomar o poder por si só,
consegue aval do Congresso – o que a autora vai nos mostrar que não existe
ditaduras de um homem só, mas uma coalisão autoritária – e munido de poderes
excepcionais consegue abafar as revoltar que marcaram seu governo, como
Armada, Federalistas e entre outras assim conseguindo a integração do poder
central do executivo e formando a centralização em sua persona: do presidente da
república.

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