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sociologia

2º ano
RELAÇÕES DO PODER E MOVIMENTOS SOCIAIS
A ORGANIZAÇÃO DO PODER: ESTADO MODERNO
ESTADO
Uma característica marcante do modelo de organização
do Estado moderno é a racionalização da gestão do
poder. Isso se consolidou a partir da separação das
esferas política e
religiosa, que se tornou um princípio das revoluções
liberais do século XVIII, destacadamente
a Revolução Francesa. Assim, o poder deveria ser
amparado por uma estrutura administrativa e
burocrática composta de um corpo qualificado de
técnicos que operam conforme
procedimentos preestabelecidos e idealmente
impessoais, para evitar a pessoalidade nas
relações entre governantes e governados.
REPÚBILCA
MONARQUIA
ARISTOCRACIA
DEMOCRACIA
RELAÇÃO PODER
OLIGARQUIA
PARLAMENTARISMO
PRESIDENCIALISMO
Formas de organização do Estado moderno:
monarquia e república
FORMAS DE GOVERNO
MANEIRA PELA QUAL SE ORGANIZA A RELAÇÃO
ENTRE GOVERNANTES E GOVERNADOS –
RELAÇÃO DE PODER

ARISTÓTELES

O primeiro estudioso a refletir acerca da complexidade do governo foi


Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) descreve o governo com critérios de
justiça e objetivos que visam o bem comum. Assim, classifica as
formas de governo mediante o número e o poder dado ao(s)
governante(s).
ARISTÓTELES FORMAS LEGÍTIMAS
Segundo Aristóteles eram legítimas, puras -
porque visavam o interesse comum - as
seguintes formas de governo:

MONARQUIA REI TEM PODER SUPREMO

ARISTOCRACIA ALGUNS NOBRES DETÉM O


PODER

DEMOCRACIA POVO DETÉM O PODER


ARISTÓTELES FORMAS ILEGÍTIMAS
porque visavam interesse próprio - as seguintes
formas que deturpavam a concepção de governo do
filósofo - as chamadas formas legítimas citadas acima
- corrompendo, assim, a sua essência política:

Poder supremo obtido de


TIRANIA forma corrupta

OLIGARQUIA Poder detido por um grupo


que o exerce de forma injusta

DEMAGOGIA Poder exercido por facções


populares
MONARQUIA

Originalmente, a monarquia significava o governo de


um só, podendo ser definida como o Estado dirigido
segundo a vontade de um indivíduo, o rei. Com diversas
particularidades, esse sistema foi predominante na
Europa até meados do século XVIII. Nas monarquias, o
cargo de chefe do Estado é hereditário e vitalício. Hoje,
as monarquias são em sua maioria limitadas e
constitucionais: o poder do soberano é restrito, e o
monarca tem de aceitar o papel e a ação de outros
órgãos, como o Parlamento
LHO NO ENE
E O M
D
REPÚBLICA

A forma republicana de governo é oposta à


monárquica. A república é uma conquista idealmente
democrática que se concretizou com a Revolução
Francesa e se destaca pela rejeição aos governos
aristocráticos ou oligárquicos. Nas repúblicas, o chefe
de Estado geralmente é eleito por períodos
determinados. Assim, há alternância de poder e
.
igualdade formal entre todos os cidadãos. Contudo, é
importante lembrar que há muitas repúblicas não
democráticas, marcadas por regimes ditatoriais.
LHO NO ENE
E O M
D
PRESIDENCIALISMO E PARLAMENTARISMO
PRESIDENCIALISMO

• , o presidente costuma ser eleito, direta ou


indiretamente, para um mandato determinado,
durante o qual exercerá a função executiva.
• Ele acumula a chefia do Estado e do governo.
• Todo o Poder Executivo se concentra no presidente,
que tem como prerrogativa escolher seus ministros,
que são gestores das diferentes políticas públicas.
• independência entre os poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, pois a constituição deles é separada já na
origem, isto é, a eleição dos representantes
• de cada um deles é independente..
PARLAMENTARISMO

• forte interação entre o Executivo e o Legislativo, fundada na distinção entre chefe de


Estado (monarca ou presidente) e chefe de governo (chanceler ou primeiro-
ministro).
• Quem governa é o Parlamento, por meio do gabinete formado pelo primeiro-ministro
(geralmente oriundo do partido majoritário) e demais ministros.
• O primeiro-ministro é eleito para exercer a função de chefe de governo e depende da
maioria parlamentar para governar.
• A relação entre Executivo e Legislativo é marcada pelo princípio da responsabilidade
ministerial e pelo direito de dissolução. O princípio da responsabilidade ministerial
refere-se à demissão do governo em caso de retirada de confiança (voto de
desconfiança) por parte do Parlamento, que pode ser unicameral ou bicameral.
• O direito de dissolução – dissolver o Parlamento e convocar novas eleições –
representa a contrapartida da responsabilidade ministerial, ou seja, o meio que
possibilita a ação do governo sobre o Parlamento, evitando assim que este seja
manipulado por partidos políticos majoritários.
Rishi Sunak primeiro-ministro britânico e rei Charles Presidente: Marcelo Rebelo de Sousa
III Primeiro-ministro: António Costa
CURIOSIDADE

Na falta de termo melhor, chamaram de “solução de compromisso”.


Da noite para o dia, o sistema de governo parlamentarista foi adotado
para permitir o desembarque de João Goulart, o Jango, no Brasil, e
sua posse na presidência da República. Vice de Jânio Quadros, Jango
fazia escala em Singapura, voltando de viagem à China, quando o
presidente renunciou.
CURIOSIDADE
Os ministros militares, no entanto, viram em sua ausência momentânea a brecha
para impedir a posse de um político nacionalista, de esquerda, próximo dos
sindicatos. Com o apoio de setores conservadores da sociedade, anunciaram sua
posição e tentaram o golpe.

A resistência foi liderada pelo governador gaúcho Leonel Brizola, que deflagrou
uma bem-sucedida campanha pela legalidade, escudado pelo III Exército, do Rio
Grande do Sul. Temendo que o conflito se degenerasse em guerra civil, Jango
aceitou assumir só como chefe de Estado, impedido de elaborar leis e orientar a
política externa, entre outras restrições.
CURIOSIDADE
Só que a emenda à Constituição que implantou o parlamentarismo também
previa a realização de um plebiscito em 1965 para decidir pela manutenção
ou não do sistema político imposto pelo conservadorismo. Jango, que desde
o primeiro dia como presidente trabalhou pela volta do presidencialismo,
conseguiu que o Congresso antecipasse o plebiscito para janeiro de 1963.

“Libertado o presidente, as reformas vão pra frente”, foi um dos lemas da


campanha pelo “Não” ao parlamentarismo. Com 82% dos votos válidos, a
consulta popular restaurou o presidencialismo. Trinta anos depois, em abril
de 1993, a pergunta sobre o regime político que deveria reger o País foi
repetida aos brasileiros. De novo, deu presidencialismo, com 55% dos votos,
contra 25% para o parlamentarismo e 10% para a monarquia.
APLICAÇÃO
As formas (monarquia e república) e sistemas de governo
(presidencialismo e parlamentarismo) estudados podem ser
combinados: monarquia parlamentar (Reino Unido, Suécia, Países
Baixos), república presidencialista (Brasil, Argentina, Estados Unidos) e
república parlamentar (Alemanha, Portugal)
TEORIAS CLÁSSICAS SOBRE O ESTADO
O primeiro estudioso a refletir acerca da complexidade
do governo foi Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) - filósofo
grego que se dedicou à Metafísica, Ética e ao Estado e
em sua obra “A Política“ analisa os regimes políticos,
bem como as suas formas.

A Teoria Geral do Estado é a matéria que se ocupa do


estudo das regras constituintes do Estado formal, da
soberania e da independência de um povo no território
em que habita. A partir daí, estudamos o poder como
constitucionalização do Estado.
TEORIAS CLÁSSICAS SOBRE O ESTADO

O Poder e o Estado, enquanto instituições que


exercem tais ações, começam a ser pensados por
Thomas Hobbes no século XVI.
Em O Leviatã, Hobbes percebe a importância de
um soberano cuja função é constituir o próprio
Estado e exercer poder sobre os indivíduos, que,
por natureza, são essencialmente maus.
Os homens nascem maus, tendem à
competitividade e à violência. Por isso a
necessidade de um Estado forte centralizado na
figura de um soberano, que é o próprio Estado
(Teoria Absolutista) e que limita a ação individual,
garantindo a ordem.

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