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Aluno(a): Ana Luiza Monteiro Gomes n°3 Turma: 3004

Atividade de Sociologia

Resumo:

Poder, política e Estado possuem definições diferentes, mas se relacionam.

No texto sobre poder, política e Estado, é destacada a relação entre esses termos. O poder é
entendido como a capacidade de influenciar a conduta dos outros, enquanto a política é vista
como a forma de exercer o poder em grupos sociais. O Estado é uma forma específica de
exercício do poder e de organização do sistema político. As relações familiares também são
exemplos de relações de poder. Os pais exercem poder sobre os filhos em relação a horários,
locas possíveis de ir... Mas existem casos em que os filhos influenciam na conduta dos pais.

Neste caso familiar há um exemplo de poder que é reconhecido legalmente. Quando a conduta
de um amigos, por exemplo, é influência da conduta de outro determinado isso é dado como o
exercício de poder de um indivíduo sobre outro. Na esfera pública é ainda mais perceptível o
poder, relação de classe, controle social, leis e normas são exemplos desse poder. Ou seja, é
possível perceber o poder desde as relações mais simples, até às mais complexas.

Para Weber, o poder refere-se a imposição da vontade própria do indivíduo em uma relação
social, mesmo havendo a resistência contra essa vontade. Assim, TODAS as relações que um
indivíduo pode ter (indivíduos, instituições e coletividade), são relações de poder sendo
perceptível ou não.

As formas de poder podem ser legítimas ou não. Para Weber, ela é legítima quando a influência
execida é aceita por quem está sendo submetido á essa vontade. E não são legítimas quando é
usada a força para a imposição dessa influência. A influência legítima é chamada de
dominação, e para a sociologia só é importante analisar e pesquisar sobre a dominação
legítima.

Patriarcalismo, significa o poder e a preponderância do homem na organização social seja na


família, grupo religioso ou política. As pessoas devem obediência á figura masculina, cabendo a
ele a decisão de tudo, sendo impossível qualquer questionamento a esse poder.

De acordo com Weber, existem três tipos de dominação legítima: a tradicional, a carismática e
a racional-legal.

A dominação tradicional consiste na crença em instituições e regras transmitidas de geração


em geração por determinado indivíduos ou determinado grupo de pessoas que se baseiam nos
costumes para exercer a dominação. Exemplos: patriarcalismo e coronelismo.

A dominação carismática se dá quando as pessoas a serem os dominados acreditam que há


determinadas qualidades excepcionais em um indivíduo que o faz melhor do que os outros
dando a esse indivíduo o poder de liderança para com as outras pessoas. Exemplos de
liderança carismática: Lula, Bolsonaro, Getúlio Vargas.
A dominação racional-legal é baseada em normas e regras aprovadas e aceitas por todos. Para
Weber essa dominação se caracteriza com o Estado moderno, com a relação entre população e
o próprio Estado.

Do grego a palavra política se refere às questões relativas á vida na cidade, a mesma não era
qualquer coisa. Dela dependiam muitas coisas, entre ela principalmente o futuro da cidade-
Estado. Com isso, o cidadão só seria considerado um cidadão se participasse da política. A
partir das revoluções liberais, tal termo começou a ser utilizado para as atividades relativas ao
poder do Estado.

Max Weber deu uma definição de política, que até hoje é bem aceita pela sociedade. Para ele,
exercer política seria praticar um papel de liderança no Estado, ou pela, luta do poder, assim
política e poder estão diretamente relacionados.

Nicolau Maquiavel é uma das principais figuras quando se trata dos pensamentos sobre o
Estado Moderno. Para ele, o Estado tem como função garantir a propriedade e as grandezas,
essa definição estando além do bem e do mal. A maior característica do Estado moderno é a
racionalização da gestão do poder.

A autoridade que administra o Estado é o governo. As forma de governo desrespeito a relação


de governantes e governados. A monarquia e a república são as formas básicas de governo.
Aristóteles categoriza três formas de governo em sua obra Política, são elas: monarquia
(governo de um só), aristocracia (governo dos melhores) e democracia (governo de muitos).
Essa categorização funcionou até Maquiavel sistematizar que o Estado é monárquico ou
república.

A monarquia se dava pelo governo de um só indivíduo, podendo ser definido como Estado
governado por um indivíduo, o rei. Esse modo de governo ficou estabelecido durante muito
tempo, principalmente na Europa. O cargo de rei é hereditário e vitalício, neste caso do chefe
de Estado.

A república é uma forma oposta a monarquia. Sendo ela uma conquista idealizadamente
democrática, se concretizou na revolução francesa. É a forma de governo onde pelos
governados é eleito um governante por determinado período.

O sistema de governo depende da relação entre os poderes Executivo e Legislativo, com


destaque para o presidencialismo e o parlamentarismo no mundo ocidental.

No presidencialismo, o presidente, eleito para um mandato determinado, concentra todo o


Poder Executivo e tem autonomia política devido à separação independente dos poderes.

No parlamentarismo, a interação entre Executivo e Legislativo é forte, com distinção entre


chefe de Estado e chefe de governo. O Parlamento governa através do gabinete liderado pelo
primeiro-ministro, que depende da maioria parlamentar e pode ser demitido em caso de voto
de desconfiança. O direito de dissolução permite ao governo convocar novas eleições para
influenciar o Parlamento.

O sistema legislativo é uma parte fundamental da estrutura política de um país, e ele pode
variar significativamente em sua organização. Existem dois principais tipos de sistemas
legislativos: o unicameral, onde há apenas um órgão legislativo, e o bicameral, que divide o
legislativo em duas casas distintas, como é o caso do Brasil e dos Estados Unidos.
No Brasil, a divisão entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal tem suas raízes na
Constituição de 1824, outorgada por Dom Pedro I. Essas duas casas têm papéis específicos: o
Senado representa os estados-membros no Congresso Nacional, enquanto a Câmara dos
Deputados representa a população. Atualmente, o Brasil conta com 513 deputados federais e
81 senadores.

A arquitetura do Congresso Nacional, projetada por Oscar Niemeyer, é uma representação


visual das características das duas casas legislativas. A cúpula côncava simboliza o caráter mais
reservado e elitista do Senado, enquanto a cúpula convexa representa o caráter aberto e
ampliado do debate na Câmara dos Deputados.

Além disso, o texto do livro faz menção a diferentes formas de governo, como monarquia e
república, bem como a sistemas de governo, como presidencialismo e parlamentarismo.
Também é discutida a importância dos partidos políticos, que são organizações que buscam
influenciar ou conquistar o poder do Estado, desempenhando um papel essencial na
representação política.

Existem três tipos principais de sistemas de partidos:

Monopartidário: Isso ocorre quando todo o poder político está centralizado em um único
partido, geralmente liderado por um comitê ou secretário-geral. Um exemplo é o Partido
Comunista Chinês.

Bipartidário: Nesse cenário, apenas dois partidos desempenham um papel significativo nas
eleições. Pode ser real, como nos Estados Unidos e no Reino Unido, ou formal, quando a lei
proíbe a existência de outros partidos, como ocorreu no Brasil por um período específico.

Multipartidário: Aqui, várias agremiações políticas competem nas eleições, como é o caso do
Brasil após o retorno à democracia.

Além disso, existe a necessidade de regras para a escolha de representantes dos partidos
políticos, conhecido como sistema eleitoral. No Brasil, as eleições para o Poder Executivo
(presidente, governador e prefeito) usam o sistema majoritário, onde o candidato mais votado
vence. Já para o Poder Legislativo (senadores, deputados federais, estaduais e vereadores), é
utilizado o sistema proporcional, onde os votos se traduzem em cadeiras legislativas de acordo
com um cálculo específico.

Os sistemas majoritários tendem a favorecer governos mais estáveis, enquanto os


proporcionais representam melhor a diversidade de grupos sociais. No Brasil, o Congresso
Nacional é bicameral, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Os partidos políticos podem escolher seus candidatos, seja por lista fechada (o eleitor vota no
partido) ou lista aberta (o eleitor vota diretamente no candidato). Cada método tem suas
vantagens e desvantagens.

O Estado moderno surgiu na Europa como uma forma de superar o regime feudal e se
espalhou por diferentes continentes, assumindo várias configurações ao longo dos séculos.

O Estado moderno é caracterizado por cinco principais elementos em sua formação: povo,
território, governo, finalidade e soberania. O termo “povo” se refere à população de um
Estado, incluindo nacionais e estrangeiros, que compartilham língua, costumes e história, e
pode também se referir à noção de nação. Alguns Estados, como Bolívia e Equador, são
plurinacionais.

O “território” do Estado envolve não apenas o espaço terrestre, mas também o mar territorial.
Alguns Estados, no entanto, não possuem mar territorial, como Bolívia, Chade e Mongólia.

O “governo” do Estado pode ter diferentes níveis de autoridade, incluindo governos federais,
estaduais e municipais, e pode variar de democrático a autocrático, refletindo o grau de
liberdade e participação dos cidadãos na esfera política.

A “finalidade” do Estado está relacionada aos propósitos que justificam sua existência, como a
promoção de uma sociedade livre, justa e solidária, o combate à pobreza e a promoção do bem
de todos, sem discriminação.

A “soberania” refere-se à capacidade do Estado de estabelecer normas que regem a vida


coletiva, tanto internamente quanto nas relações externas, sem estar sujeito aos interesses
particulares de grupos sociais ou outros Estados nacionais.

O Estado Absolutista: A primeira manifestação histórica do Estado moderno foi o absolutismo,


predominante na Europa entre os séculos XVI e XVIII. Caracterizou-se pela centralização do
controle das atividades econômicas, da administração da justiça e do comando sobre o exército
nacional. O rei Luís XIV da França, conhecido como o “Rei Sol”, personificou esse poder
absoluto.

Estado Liberal: O Estado liberal surgiu após as lutas políticas contra o absolutismo nos séculos
XVII e XVIII. Os princípios fundamentais do Estado liberal incluem a soberania popular e a
representação política, em que o poder emana do povo e é exercido por meio de
representantes eleitos.

Thomas Hobbes, filósofo inglês do século XVII, argumentou que o Estado é necessário para
garantir a paz e a segurança, uma vez que o estado de natureza é marcado por um conflito
constante entre indivíduos. Hobbes propôs a ideia do contrato social, em que as pessoas
transferem sua liberdade natural para o Estado em troca de proteção contra a violência.

Portanto, o Estado moderno evoluiu ao longo da história, passando do absolutismo para o


liberalismo, com mudanças fundamentais em sua estrutura e função.

John Locke, filósofo inglês, defendeu a importância do Estado na proteção das liberdades
individuais e na defesa da propriedade privada, tornando-se um importante teórico do
liberalismo político.

Montesquieu, político e filósofo francês, propôs a divisão dos poderes do Estado (Executivo,
Legislativo e Judiciário) como uma forma de evitar a concentração de poder nas mãos do
soberano, questionando as ideias absolutistas.

Na esfera econômica, a burguesia criticou o absolutismo devido à interferência excessiva do


Estado na economia. Eles argumentaram que o Estado deveria agir como um “guardião da
ordem” para proteger a propriedade privada, separando as esferas pública e privada.

Adam Smith, economista escocês, introduziu a ideia da “mão invisível” que regulava a
economia sem a intervenção do Estado, promovendo o liberalismo econômico com o lema
“deixai fazer, deixai passar.”
A Revolução Francesa estabeleceu a república e o Estado laico, promovendo os ideais de
liberdade, igualdade e fraternidade. No entanto, o Estado liberal, moldado para atender aos
interesses da burguesia, levou à competição acirrada entre empresas, concentração de capital
e crises econômicas.

Os Estados socialistas, adotaram um sistema político e econômico que se opõe ao capitalismo.


Esses estados aboliram a propriedade privada dos meios de produção, dividindo a sociedade
em duas classes principais: a burguesia e o proletariado. O socialismo busca transformar as
condições de produção e a apropriação de riqueza em favor de toda a população.

O primeiro Estado socialista surgiu com a Revolução Russa em 1917, liderada pelos
bolcheviques, inspirados nas teorias de Karl Marx e Friedrich Engels. Eles derrubaram o regime
czarista e implementaram medidas como a distribuição de terras e a nacionalização da
indústria.

No entanto, a visão original de Marx e Engels sobre a transição do socialismo para o


comunismo, que envolvia a expansão global da revolução socialista, não se concretizou. Em vez
disso, sob a liderança de Stalin, em 1924, estabeleceu-se um Estado centralizado e uma
economia planificada na União Soviética (URSS), impondo-se à maioria dos países do bloco
oriental da Europa.

A União Soviética sofreu um colapso no final do século XX devido a problemas como a falta de
liberdade política, conflitos internos e pressão dos países capitalistas. Ele também menciona
que os valores e teorias do socialismo ainda têm influência em vários partidos políticos,
contrastando com o Estado liberal.

O fascismo, por exemplo, surgiu na Itália na década de 1920, caracterizado por um Estado
totalitário com um partido único, hierarquicamente organizado, e a supressão da oposição. O
Estado fascista abrangeu todas as áreas da vida social, incluindo a educação e a economia. Da
mesma forma, a Alemanha também experimentou um movimento político semelhante
liderado por Adolf Hitler, que dissolveu o Parlamento, reprimiu a oposição e instituiu um
Estado totalitário.

Nazismo, é uma ideologia política caracterizada pelo nacionalismo extremo, o racismo e a


perseguição étnica, especialmente durante o regime liderado por Adolf Hitler na Alemanha. O
nazismo pregava a supremacia da raça ariana e promovia o ódio contra judeus, ciganos,
comunistas, homossexuais e deficientes físicos e mentais.

Apesar de ter perdido força após a Segunda Guerra Mundial, ainda existem grupos e partidos
que defendem ideais nazistas em várias partes do mundo, incluindo o crescente fortalecimento
de partidos ultranacionalistas e movimentos neonazistas.

O Estado de bem-estar social, também conhecido como Welfare State, adotado por grandes
economias liberais no século XX, surgiu em resposta à crise capitalista de 1929 e incluiu
políticas de assistência social e intervenção do Estado na economia para combater o
desemprego e a pobreza.

O livro “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” foi escrito por John Maynard Keynes
em 1936. Keynes defendia que o Estado deveria ter um papel ativo na economia, estimulando
a produção, o emprego, a educação, os salários e a segurança social. Ele propunha políticas de
geração de emprego para criar estabilidade, bem-estar social e democracia. No final da década
de 1960, surgiram críticas à adequação dos gastos públicos com a previdência, levando ao
surgimento do Estado neoliberal nos anos 1980, com políticas de privatização e redução do
papel do Estado na economia. Margareth Thatcher e Ronald Reagan foram defensores dessa
reestruturação.

O governo de Ronald Reagan adotou uma postura neoliberal, reduzindo a intervenção do


Estado na economia, cortando gastos públicos e diminuindo impostos. Essas mudanças foram
baseadas nos valores do livre mercado e da livre iniciativa. Teóricos neoliberais como Friedrich
Hayek e Milton Friedman defendiam que a liberdade econômica era essencial para a
prosperidade e que a separação entre economia e política levaria ao sucesso. Essas teorias
também foram difundidas internacionalmente, como no Consenso de Washington em 1989,
que orientava os países em desenvolvimento a adotarem medidas econômicas neoliberais,
como privatização, flexibilização das leis trabalhistas e redução dos gastos públicos. No
entanto, essa adesão comprometia a autonomia dos países e os submetia à fiscalização de
agentes econômicos internacionais.

A crise econômica de 2008 gerou contestação às políticas neoliberais, com empresas privadas
recebendo recursos públicos para evitar falências e manifestações populares em vários países
europeus e nos EUA, como o movimento Occupy Wall Street. A Antropologia mostra que o
Estado não é um dado da existência humana e existem sociedades que se estruturam
politicamente sem ele, como defendido por Pierre Clastres em “A sociedade contra o Estado”.

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