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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO E DA EDUCAÇÃO

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NEWTON FREIRE


MAIA

TRABALHO DE SOCIOLOGIA SOBRE:


PODER, POLÍTICA E ESTADO

Pinhais, 23 de abril de 2023

Kaylan Gabriel Grobe dos Santos


4° SER
SUMÁRIO

1 CONCEITO DE PODER
1.1. CONCEITO DE PODER SEGUNDO MARX
1.2. CONCEITO DE PODER SEGUNDO WEBER
1.3. CONCEITO DE PODER SEGUNDO FOUCAULT
2 FÔRMAS E SISTEMAS DE GOVERNO
2.1. REPÚBLICA E MONARQUIA
2.2 DEMOCRACIA E AUTOCRACIA
3 PASSAGEM DO ESTADO ABSOLUTISTA PARA O ESTADO LIBERALISTA
4 DEFINIÇÃO CONCEITUAL DE LIBERALISMO
4.1. FILOSÓFICO E POLÍTICO ENTRE O SÉCULO XVIII E XIX
5 O LIBERALISMO SEGUNDO JOHN LOCKE
1 CONCEITO DE PODER

A definição convencional de poder envolve a capacidade de um indivíduo impor


sua vontade sobre os outros, sem levar em consideração seu acordo. Tal conceito está
intimamente ligado à ideia de liberdade, ou mais precisamente, a restrição da
liberdade pessoal através do domínio de uma pessoa sobre outra.

1.1 PODER PARA KARL MARX

Karl Marx via o poder como a capacidade de controlar os meios de produção e de


impor a vontade sobre os outros. Ele argumentava que o poder político era um reflexo
do poder econômico, e que aqueles que controlavam os meios de produção detinham a
verdadeira influência sobre a sociedade.
De acordo com Marx, a classe dominante controla os meios de produção e,
portanto, exerce poder sobre a classe trabalhadora. Esse poder é baseado na exploração
econômica, na qual os trabalhadores produzem bens e serviços que são vendidos pelo
lucro dos proprietários dos meios de produção, enquanto os trabalhadores recebem
salários que não correspondem ao valor total de seu trabalho.

1.2 PODER PARA MAX WEBER

Max Weber, sociólogo alemão, via o poder como uma relação social em que um
indivíduo ou grupo pode obter obediência ou influência sobre outro indivíduo ou grupo.
Em suas teorias, Weber identificou três tipos de poder:
1. Poder tradicional: aquele que se baseia nas tradições e costumes estabelecidos há
muito tempo, em que as pessoas aceitam a autoridade devido a essas tradições.
2. Poder carismático: aquele que é baseado nas qualidades pessoais do líder, como
carisma, habilidades de comunicação e confiança.
3.Poder legal-racional: aquele que é baseado em leis e regras estabelecidas, em que as
pessoas obedecem à autoridade devido ao reconhecimento da legitimidade das
instituições e procedimentos estabelecidos.
Weber argumentou que esses tipos de poder interagem e se sobrepõem, e que o
poder pode ser usado tanto para manter a ordem social quanto para promover a mudança
social. Além disso, ele enfatizou que o poder não é apenas exercido por indivíduos ou
grupos que ocupam posições formais de autoridade, mas também pode ser exercido por
aqueles que têm recursos, conhecimento e habilidades que lhes permitem influenciar as
decisões e ações dos outros.

1.3 PODER PARA MICHAEL FOUCAULT

Michael Foucault, filósofo francês, desenvolveu uma abordagem única para o


conceito de poder. Em sua visão, o poder não é algo que as pessoas possuem ou detêm,
mas sim algo que está presente nas relações sociais e nas práticas cotidianas. Ele
argumentou que o poder é inerente às relações de poder-saber, em que o conhecimento e
o poder estão entrelaçados e se reforçam mutuamente.
Foucault também enfatizou que o poder é exercido em diferentes níveis da
sociedade, e que é tanto coercitivo quanto produtivo. Ele argumentou que o poder não
se limita apenas às instituições políticas e econômicas, mas também é exercido nas
relações cotidianas entre as pessoas e em todas as formas de discurso e prática cultural.

2 FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO

2.1 REPÚBLICA E MONARQUIA

República e monarquia são duas formas diferentes de governo que existem há


séculos.

A República é um sistema de governo em que o poder político é exercido por


representantes eleitos pelo povo ou por seus representantes. Geralmente, os cargos
públicos são preenchidos por eleições e os governantes são responsáveis perante o povo.
A democracia é um tipo de república em que o poder é exercido diretamente pelo povo,
através do voto, ou indiretamente, através da eleição de seus representantes. Exemplos
de países que adotam a forma de governo republicana incluem Estados Unidos, França,
Brasil, dentre outros.
Por outro lado, a monarquia é um sistema de governo em que um rei ou rainha é o
chefe de Estado e exerce o poder político. Na monarquia, a sucessão ao trono é
determinada por lei ou tradição, geralmente por hereditariedade. Existem diferentes
tipos de monarquia, como a monarquia absoluta (em que o monarca possui poder
absoluto sobre o Estado), a monarquia constitucional (em que o poder do monarca é
limitado por uma constituição) e a monarquia parlamentar (em que o poder político é
exercido pelo parlamento, mas o monarca ainda exerce um papel simbólico). Exemplos
de países que adotam a forma de governo monárquica incluem Reino Unido, Japão,
Espanha, dentre outros.

2.2 DEMOCRACIA E AUTOCRACIA

A democracia e a autocracia são duas formas opostas de governo que se distinguem


principalmente pelo grau de participação do povo no processo político e na tomada de
decisões.

A democracia é um sistema de governo em que o poder é exercido pelo povo,


geralmente através do voto direto ou indireto em eleições livres e justas. O poder é
distribuído entre diferentes instituições, como o executivo, legislativo e judiciário, e há
proteções para garantir direitos e liberdades individuais. As decisões políticas são
tomadas por meio de processos de debate, negociação e compromisso. Exemplos de
países democráticos incluem Estados Unidos, Brasil, França, dentre outros.
A autocracia, por outro lado, é um sistema de governo em que o poder é exercido por
um indivíduo ou um pequeno grupo de pessoas que não são responsáveis perante o
povo. O poder é concentrado em uma única pessoa ou em um grupo restrito de pessoas,
e o Estado pode ser governado de forma autoritária ou ditatorial. As decisões políticas
são tomadas unilateralmente, sem levar em consideração o interesse público ou as
liberdades individuais. Exemplos de países autocráticos incluem Coreia do Norte,
China, Arábia Saudita, dentre outros.

3 PASSAGEM DO ESTADO ABSOLUTISTA PARA O ESTADO LIBERALISTA

A transição do Estado Absolutista para o Estado Liberal ocorreu ao longo do século


XVIII e XIX, em vários países da Europa. Esse processo foi impulsionado por uma
série de mudanças econômicas, políticas e sociais que levaram a uma reorganização das
relações de poder e da estrutura do Estado.

Algumas das principais características do Estado Absolutista eram a concentração


do poder político nas mãos do rei ou monarca, a falta de representação popular nas
decisões governamentais e a ausência de direitos individuais e liberdades civis. A
economia era baseada no sistema mercantilista, com o Estado controlando o comércio e
a produção.

Com a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo, surgiu uma nova


classe social: a burguesia. Essa classe emergente reivindicava uma maior participação
política e econômica, e defendia a liberdade individual, a propriedade privada e o livre
mercado.

Essas ideias foram consolidadas na teoria política do liberalismo, que propunha a


limitação do poder do Estado e a garantia de direitos individuais e liberdades civis. O
liberalismo pregava a separação dos poderes, a representação popular, a proteção da
propriedade privada e a liberdade econômica.

Assim, a passagem do Estado Absolutista para o Estado Liberal envolveu a adoção


de um conjunto de instituições políticas e econômicas que refletiam essas ideias, como a
criação de constituições escritas, a instituição do sufrágio universal, a criação de
partidos políticos e a liberalização do comércio e da economia. Essas mudanças levaram
a um aumento da liberdade individual e da participação popular na vida política, embora
tenham sido acompanhadas de conflitos e resistências por parte das elites tradicionais e
dos grupos que foram excluídos do processo de democratização.
4 DEFINIÇÃO CONCEITUAL DE LIBERALISMO

O liberalismo é uma filosofia política e econômica que surgiu na Europa no século


XVIII, durante o Iluminismo, e que se baseia na defesa da liberdade individual, da
propriedade privada e do livre mercado. Essa ideologia defende a limitação do poder do
Estado em favor dos direitos e liberdades individuais, bem como a promoção da livre
iniciativa e da concorrência na economia.

De acordo com o pensamento liberal, a sociedade é composta por indivíduos livres


e iguais em direitos e oportunidades, e o Estado deve agir apenas como um árbitro
imparcial na garantia desses direitos. Assim, o Estado deve ter um papel mínimo na
vida econômica e social, limitando-se a garantir a segurança, a justiça e a ordem
pública. No campo econômico, o liberalismo defende a liberdade de comércio, a livre
concorrência, a propriedade privada e a minimização da intervenção do Estado na
economia. Essa abordagem econômica é conhecida como economia de mercado, e é
baseada na oferta e demanda, na maximização dos lucros e na busca pelo interesse
individual.

4.1 FILOSÓFICO E POLÍTICO ENTRE O SÉCULO XVIII E XIX

O liberalismo é uma corrente filosófica e política que surgiu na Europa no final do


século XVIII e início do século XIX, período conhecido como Iluminismo. Essa
corrente defende a liberdade individual, a igualdade perante a lei, a propriedade privada
e a livre iniciativa econômica.
Os fundamentos do liberalismo foram estabelecidos por pensadores como John
Locke, Adam Smith e Montesquieu, que propuseram a separação dos poderes do
Estado, a defesa da liberdade individual, a proteção da propriedade privada e o
estabelecimento de um mercado livre. Essas ideias foram consolidadas no século XIX
por autores como John Stuart Mill, que ampliou a defesa dos direitos individuais e da
participação política
O liberalismo político defende a limitação do poder do Estado em favor dos direitos
e liberdades individuais, e a proteção da autonomia e dos interesses da sociedade civil.
Isso implica na defesa da democracia representativa, na separação dos poderes do
Estado, na proteção dos direitos humanos e civis, na liberdade de expressão e de
imprensa, na liberdade religiosa, entre outras.
No campo econômico, o liberalismo propõe a liberdade de mercado, a minimização
da intervenção do Estado na economia, a proteção da propriedade privada e a livre
concorrência. Essa abordagem econômica é conhecida como economia de mercado, e é
baseada na oferta e demanda, na maximização dos lucros e na busca pelo interesse
individual.
O liberalismo também tem sido criticado por alguns setores da sociedade, que
argumentam que a sua ênfase na liberdade individual e na economia de mercado pode
levar a desigualdades sociais, injustiças e exclusão social.
5 O LIBERALISMO SEGUNDO JOHN LOCKE

John Locke é considerado um dos principais pensadores do liberalismo político e


econômico. Em sua obra "Dois Tratados sobre o Governo Civil", publicada em 1690,
ele apresenta uma defesa da liberdade individual, da propriedade privada e da limitação
do poder do Estado.
A seguir, estão cinco princípios fundamentais do liberalismo segundo John Locke:

1. Direito natural à liberdade: Locke acreditava que todos os seres humanos têm
um direito natural à liberdade, que não pode ser violado pelo Estado ou por
outras pessoas. Esse direito inclui a liberdade de pensamento, de expressão, de
religião e de propriedade.

2. Sociedade civil baseada no consentimento: para Locke, a sociedade civil é


baseada no consentimento dos indivíduos, que se unem para garantir a proteção
de seus direitos naturais. O Estado é criado pelos indivíduos para proteger esses
direitos, e deve agir apenas com o consentimento dos governados.

3. Separação de poderes: Locke propôs a separação dos poderes do Estado em


legislativo, executivo e judiciário, para evitar a concentração excessiva de poder
em uma única pessoa ou grupo.

4. Proteção da propriedade privada: Locke acreditava que a propriedade privada é


um direito natural e que o Estado deve protegê-la. Ele considerava que o
trabalho individual é a fonte da propriedade, e que a propriedade é um meio de
garantir a liberdade individual.

5. Governo limitado: para Locke, o governo deve ser limitado em suas ações e
deve respeitar os direitos individuais. Se o governo violar esses direitos, os
governados têm o direito de se rebelar e criar um novo governo que respeite
esses direitos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.conjur.com.br/2009-jun-26/conceito-poder-concepcao-relacoes-
trabalho#:~:text=Tradicionalmente%2C%20o%20poder%20é%20compreendido,
de%20um%20indivíduo%20por%20outro.

https://www.significados.com.br/monarquia-e-
republica/#:~:text=Tanto%20a%20monarquia%20quanto%20a,um%20determin
ado%20período%20de%20tempo.

https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/john-locke.htm

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/regimes-de-governo.htm

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