Você está na página 1de 4

Universidade Estadual do Piaui

Curso :Bacharelado em Direito

Disciplina: Ciência Politica e TGE (2º)

Professor: Geilson Silva Pereira.

Semestre: 2022.1(Unidade I)

Aluno (a):

Parnaíba, 07 de outubro de 2022

Ciência Politica e TGE


1.Conceitos Básicos.

1.1 Politica .

Política é a atividade da governança, do Estado e das relações de poder e também uma arte de


negociação para compatibilizar interesses.

O conceito de política tem origem no grego politikós, uma derivação de polis que significa


"cidade" e tikós, que se refere ao "bem comum".

O significado de política está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço
público e ao bem dos cidadãos e sua administração.

A política é a atividade própria da cidade, refere-se às relações humanas em um espaço comum,


dividido e negociado entre os indivíduos. Já o sistema político é uma forma de organização e
governo que engloba instituições políticas que compõe um Estado.

Política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil; Outros a definem como
conhecimento ou estudo "das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos
que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados".

O uso da política, da conversação e da negociação são essenciais para que pendências entre
diversos interesses sejam, se não equacionadas, pelo menos equiparadas, tendo como objetivo
benefícios comuns e recuos necessários para o entendimento.

"A política é o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o
objetivo de organizar seu modo de vida. Essa palavra também faz menção a tudo que está
vinculado ao Estado, ao governo e à administração pública com o objetivo final de administrar o
patrimônio público e promover o bem público, isto é, o bem de todos."
1.2 Estado.

O Estado corresponde ao conjunto de instituições no campo político e administrativo que


organiza o espaço de um povo ou nação. Para o Estado existir, é necessário que ele possua o seu
próprio território e que exerça sobre este a sua cidadania, ou seja, o Estado deve ser a autoridade
máxima na área a ele correspondente.

O Estado é uma entidade com poder soberano para governar um povo dentro de uma área
territorial delimitada. Assim, pode-se dizer que os elementos constitutivos do Estado são: poder,
povo, território, governo e leis.

Para o sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), o que define o Estado é o monopólio do uso


legítimo da força. Isto é, dentro de determinados limites territoriais, nenhum outro grupo ou
instituição além do Estado tem o poder de obrigar, cobrar, taxar e punir.

Para além do seu papel de prestador de serviços, o Estado é uma entidade política que exerce
poder soberano dentro de um determinado território, e esse poder soberano é geralmente aceito
como legítimo pelas pessoas que a ele se submetem (no caso de uma democracia, os cidadãos).

Na sua forma moderna, o Estado é constituído por um conjunto de instituições permanentes que


organizam e controlam o funcionamento da sociedade. Os chamados três poderes (executivo,
legislativo e judiciário) dividem entre si essas funções.

O poder executivo (governo) cumpre o papel de gerir os serviços públicos (nas áreas da saúde e
educação, por exemplo) e executar as leis. O legislativo (parlamento) tem o poder de formular
as leis e até alterar a Constituição. Já o poder judiciário (cuja mais alta instância no Brasil é o
Supremo Tribunal Federal) cumpre o papel de supervisionar e julgar a aplicação das leis.

Também é designada pela palavra estado (com "e" minúsculo) cada uma das divisões político-
geográficas de uma república federativa. Essas divisões são autônomas e possuem um governo
próprio regido por uma estrutura administrativa local. O Brasil é dividido em 26 Estados e um
Distrito Federal, que compõem as 27 unidades federativas.

1.3 Nação.

Uma nação é definida pelo conjunto de características culturais, tradições, língua, costumes,


entre outros fatores, que formam uma identidade pela qual os indivíduos se identificam e se
sentem partes de um grupo. As nações antecedem o Estado e tem um caráter mais subjetivo e
humano.

Uma nação é constituída por uma população que partilha a mesma origem, língua, religião e/ou
cultura, ou seja, são pessoas que possuem uma história e identidade comuns. O conceito de
nação, portanto, é mais amplo e complexo do que o conceito de povo.

1.4 Povo.

A palavra povo deriva do termo latim populuse permite fazer referência a conceitos diversos: os
habitantes de uma certa região, a população em geral, uma povoação de menor tamanho que
uma cidade e à classe baixa de uma sociedade.

Povo é a população do Estado considerada sob o aspecto puramente jurídico, sendo constituído
por um grupo de pessoas entendidas em sua integração em uma ordem estatal determinada.
Pode ser também compreendido como o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis. São os
súditos, os cidadãos de um mesmo Estado.
2. Ciência Politica

A ciência política, uma das áreas das ciências sociais, é responsável por estudar as estruturas
políticas dos agrupamentos humanos, tentando entender como estão organizadas as estruturas de
poder. Assim, essa ciência pretende conceituar noções como Estado, governo, formas de
organização humana, além de estudar a atuação de outras instituições que interferem na
organização política, como as empresas da iniciativa privada, organizações não governamentais
(ONGs) e as instituições religiosas."

Como a sociedade deve atuar para garantir o bom andamento das relações sociais? Esses são
alguns dos problemas levantados pela ciência política, que tenta fornecer uma base teórica
científica para amparar a ação prática de governos e organizações políticas. Os gregos antigos
chamavam de práxis essa necessidade de se pensar e refletir sobre a ação antes de colocá-la em
prática. Fornece uma base teórica para a práxis política é a principal tarefa da ciência política.

3.Evolução da Ciência Política.

"Sócrates, Platão e Aristóteles foram os primeiros a se perguntar como deveria ser a organização
política para garantir o melhor meio de intervenção prática no mundo. Na época dos filósofos
clássicos, ainda não se falava em uma ciência da organização política, mas encontramos neles a
importância histórica daqueles que primeiro se perguntaram sobre o modo como a política
deveria estar organizada.

Entre o Renascimento e a modernidade, observamos filósofos que também deixaram


significativas contribuições para a constituição da ciência política, que somente se estabeleceria
como uma ciência metódica e bem articulada no século XIX. Um desses filósofos foi o teórico
político florentino Nicolau Maquiavel, que escreveu um dos mais importantes tratados políticos
da modernidade, intitulado O Príncipe. Nessa obra, o autor buscou estabelecer as bases para que
um governante consiga se manter em um governo estável.

"Os filósofos Jean Bodin e Thomas Hobbes, continuando a linha histórica do pensamento
político, dedicaram-se a defender o absolutismo como forma de governo legítima nos séculos
XVI e XVII. Foi o filósofo inglês John Locke, no entanto, que inaugurou uma nova forma de
pensamento político na modernidade: o liberalismo político. Defensor de um sistema de
governo parlamentar, Locke passou a defender um sistema político que não aturasse os abusos
de um governo centralizado e permitisse o direito natural à vida, à liberdade e, principalmente, à
propriedade privada.

Antes da delimitação da ciência política como uma ciência autônoma, ainda temos as
contribuições dos filósofos iluministas do século XVIII, em especial os franceses, para se pensar
nos limites e nas atribuições da política no mundo moderno. Os iluministas, em geral,
defendiam o fim do Antigo Regime (o absolutismo, que concentrava todo o poder político nas
mãos do governante e dava a ele o poder irrestrito) e formas de organização políticas que
garantissem a manutenção de direitos ao povo.
Voltaire, um dos filósofos iluministas, defendia a laicidade do Estado, a liberdade religiosa e a
liberdade de expressão. Outro grande iluminista foi o filósofo Charles de Montesquieu, que
defendia um Estado republicano com os poderes repartidos em três instâncias: o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário. Essa forma, adotada até hoje por muitas repúblicas, limita o poder ao
impedir a concentração dele nas mão de apenas uma pessoa, impossibilitando, assim, os
abusos."

"Os filósofos Jean Bodin e Thomas Hobbes, continuando a linha histórica do pensamento
político, dedicaram-se a defender o absolutismo como forma de governo legítima nos séculos
XVI e XVII. Foi o filósofo inglês John Locke, no entanto, que inaugurou uma nova forma de
pensamento político na modernidade: o liberalismo político. Defensor de um sistema de
governo parlamentar, Locke passou a defender um sistema político que não aturasse os abusos
de um governo centralizado e permitisse o direito natural à vida, à liberdade e, principalmente, à
propriedade privada.

Antes da delimitação da ciência política como uma ciência autônoma, ainda temos as
contribuições dos filósofos iluministas do século XVIII, em especial os franceses, para se pensar
nos limites e nas atribuições da política no mundo moderno. Os iluministas, em geral,
defendiam o fim do Antigo Regime (o absolutismo, que concentrava todo o poder político nas
mãos do governante e dava a ele o poder irrestrito) e formas de organização políticas que
garantissem a manutenção de direitos ao povo.

"O mais importante marco para a consolidação da ciência política como um campo autônomo e
rigorosamente estabelecido do conhecimento ocorreu no século XIX. Em meio ao surgimento
da sociologia por meio das ideias do filósofo Auguste Comte e dos primeiros sociólogos – o
filósofo, sociólogo e jurista francês Émile Durkheim e o filósofo, sociólogo e economista
alemão Karl Marx –, surgia a necessidade de se pensar também as concepções políticas.

Foi por isso que o historiador estadunidense Herbert Baxter Adams fundamentou um novo
campo das ciências sociais, que ficaria responsável por estudar apenas as formações políticas,
recebendo contribuições e contribuindo mutuamente com as outras ciências sociais."

Você também pode gostar