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R: B) Uma das principais críticas que podemos fazer à tripartição da sociedade em Platão é
a sua rigidez e falta de mobilidade social. Na concepção platônica, a posição de cada
indivíduo na sociedade é determinada por sua natureza ou essência, e não pela sua
capacidade ou mérito. Assim, um indivíduo nascido na classe dos produtores não pode
ascender à classe dos guerreiros ou dos filósofos, independentemente de sua capacidade
ou vontade. Essa rigidez da estrutura social pode levar a uma falta de oportunidades para
aqueles que não nasceram em uma posição privilegiada, perpetuando desigualdades e
injustiças sociais. Além disso, a tripartição da sociedade em Platão é baseada em uma
hierarquia de valores que pode ser questionada por diferentes perspectivas éticas e
políticas. Por exemplo, a ideia de que os filósofos devem governar a sociedade pode ser
vista como elitista e antidemocrática por alguns críticos.
4) sabemos que o termo cidadania tem origem grega, no entanto, algumas diferenças
surgiram com o tempo, quais são essas diferenças?
R: Para Foucault, o Panóptico é uma metáfora para um tipo de poder disciplinar que se
estabeleceu na modernidade, caracterizado pela vigilância e controle dos corpos e
comportamentos individuais. O termo “panóplico” deriva da palavra grega “panoptes”, que
significa “aquele que tudo vê”.
O Panóptico é uma construção arquitetônica imaginada pelo filósofo Jeremy
Bentham no final do século XVIII, que consiste em uma torre central cercada por células de
prisão dispostas em anéis concêntricos ao redor da torre. Essa estrutura permite a um único
observador, localizado na torre central, ver todos os prisioneiros nas células ao seu redor,
sem que os prisioneiros saibam se estão sendo observados ou não.
Foucault argumenta que o Panóptico é uma metáfora para um tipo de poder que se
estabeleceu na modernidade, baseado na vigilância e controle dos corpos e
comportamentos individuais. Essa forma de poder disciplinar é exercida de maneira difusa,
por meio de instituições como escolas, hospitais, prisões e fábricas, que disciplinam e
controlam os corpos e comportamentos dos indivíduos eficientemente.
O Panóptico representa, portanto, uma nova forma de poder que se estabeleceu na
modernidade, baseado na vigilância e controle dos corpos e comportamentos individuais.
Ele é um exemplo de como a arquitetura e o espaço físico podem ser utilizados para
exercer poder e controle sobre os indivíduos. Para Foucault, o Panóptico é um símbolo da
modernidade, que reflete as novas formas de poder que surgiram com a modernização da
sociedade.
R: Foucault argumenta que o poder não é uma entidade que se possa possuir, mas sim
uma relação que se estabelece entre indivíduos e grupos sociais. Ele identifica diversas
tecnologias do poder utilizadas para exercer controle e dominação sobre os indivíduos.
Algumas dessas tecnologias são:
- O poder pastoral: consiste no controle das almas e das crenças dos indivíduos,
exercido por instituições religiosas e outros agentes de moralização.
Essas tecnologias do poder não agem isoladamente, mas sim em conjunto, formando um
sistema complexo de controle e dominação que se estende por toda a sociedade. Para
Foucault, o poder é uma rede de relações que envolve todos os aspectos da vida social,
desde as instituições políticas até as relações interpessoais.
R: Para Platão, a justiça é uma virtude fundamental que deve ser cultivada por todos os
indivíduos, ao ser a base da ordem e da harmonia na sociedade. Segundo ele, a justiça é o
princípio que garante que cada pessoa receba aquilo que lhe é devido e que as relações
entre os indivíduos sejam justas e equilibradas.
Platão concebe a justiça amplamente, tanto no nível individual quanto no nível
coletivo. Para ele, a justiça no nível individual consiste em harmonizar as três partes da
alma humana: o apetite, o espírito e a razão. Quando essas partes estão em equilíbrio, a
pessoa é justa consigo mesma e consegue agir justamente em suas relações com os
outros.
No nível coletivo, a justiça consiste em estabelecer uma hierarquia social justa e
equilibrada, na qual cada indivíduo ocupa o lugar que lhe é devido de acordo com sua
natureza e capacidades. Platão defende a ideia de que a sociedade deve ser dividida em
três classes sociais: os governantes, os guerreiros e os trabalhadores. Cada classe tem sua
função específica na sociedade e deve trabalhar em harmonia para garantir a justiça e a
harmonia social.
Para Platão, a justiça é um valor absoluto e independe dos interesses e desejos
individuais. Ela é uma virtude que deve ser cultivada e perseguida em todas as esferas da
vida, tanto no nível individual quanto no nível coletivo.