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Português para Todos
MANUAL DE CIDADANIA
Desenvolvimento Pessoal
UFCD
C1 - CIDADANIA 50 horas
(código SGFOR 09097AD)
Ficha Técnica
1. Objectivos 5
2. Estrutura curricular 6
3. Metodologias de formação 7
5. Conteúdos da formação 9
3.3. Internet 72
6. Fichas de trabalho 75
O presente Manual pretende constituir-se como um instrumento capaz de apoiar os formandos, no acesso
à informação/conhecimento relativo ao exercício dos direitos e deveres de cidadania, e os formadores
num quadro de suporte ao desenvolvimento da formação a ministrar.
Duração de Referência
A carga horária apresentada serve de referência, sendo ajustável a cada grupo de formandos, de modo a assegurar a aquisição das
competências preconizadas para este efeito, não podendo ultrapassar a duração máxima definida para a UFCD (50 horas).
A metodologia da UFCD C1 - Cidadania deverá ser centrada no formando, enquanto principal responsável
pela gestão das suas próprias aprendizagens, privilegiando-se, deste modo, as actuais correntes da
pedagogia activa.
O formador deverá, então, assumir-se como facilitador das aprendizagens, procedendo a uma intervenção
pedagógica diferenciada, focalizada no apoio e no acompanhamento da progressão de cada formando.
Os processos formativos devem respeitar o ritmo individual de cada formando, o que estimulará o
desenvolvimento das capacidades de autonomia, iniciativa e auto-aprendizagem, indispensáveis à plena
integração dos públicos imigrantes na sociedade portuguesa.
Preconiza-se, assim, uma metodologia activa e participativa baseada em exposições ilustradas com
exemplos concretos, com recurso a exercícios práticos e dinâmicas de grupo.
A abordagem/aprofundamento dos temas deverá ser ajustada aos interesses e necessidades dos formandos.
O sucesso das técnicas e estratégias pedagógicas aplicadas no decurso da formação está associado à
capacidade do formador em proceder às necessárias adaptações, decorrentes das especificidades de cada
grupo de formandos.
formação superior em direito ou serviço social, podendo admitir-se outra formação relevante para esta
área de competência;
experiência de formação nas temáticas a ministrar (constantes da supracitada UFCD);
conhecimentos básicos de informática.
Objectivos
Conteúdos
Todas as pessoas são seres individuais que procuram, naturalmente, satisfazer os seus
interesses e bem-estar pessoal, como, por exemplo, ter uma casa, ter um bom emprego, se emigrante noutro
país, ter a sua situação regularizada para poder usufruir dos direitos que essa condição lhe garante.
No entanto, as pessoas não vivem isoladas, mas inseridas numa comunidade ou num grupo social onde a
interacção é inevitável entre todos os membros que a constituem. Por isso, os
indivíduos são, também, seres sociais. Enquanto seres sociais, os indivíduos sentem a
necessidade de satisfazer interesses colectivos da comunidade, como por exemplo, construir
pontes, estradas, infantários, escolas, jardins, preservar o ambiente.
Quando falamos de comunidade e de ser social, não podemos esquecer nunca o conceito de
bem comum, que é aquilo que pertence a um grupo ou que contribui para satisfazer as
necessidades desse mesmo grupo. Por vezes, os interesses do ser individual podem entrar em choque com
os interesses do ser social ou do bem comum: por exemplo, para construir uma auto-estrada é necessário,
por vezes, expropriar e ocupar terrenos privados; ao deitar lixo para o chão, contribuímos para o aumento
da poluição ambiental.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 10/
Cidadania Europeia - Estatuto dos cidadãos de cada um dos estados
membros da União Europeia. Tem um carácter adicional ao da cidadania
nacional, conferindo novos, mas limitados direitos, e sem exigir uma
contrapartida de obrigações.
Valores cívicos - Conjunto de disposições de origem moral cuja manifestação constitui a condição para
o exercício de uma cidadania responsável.
Participação - Conjunto de acções cívicas que incluem quer o exercício do direito de voto, quer a
manifestação pública e a intervenção nas mais diversas organizações e associações de interesses da
sociedade civil.
Civismo - O conjunto de virtudes do cidadão, ou seja, dos comportamentos adequados a uma cidadania
responsável, e que assentam no princípio de uma ordem social comum. Exige o respeito pelo bem-estar,
pelos direitos e pela dignidade de todos os cidadãos.
Cultura Cívica - Conjunto de referências e significados atribuídos à participação dos cidadãos na vida
pública. A cultura cívica depende dos ideais e valores políticos e da confiança nas
instituições e dirigentes políticos.
A circulação de pessoas no mundo tem permitido, cada vez mais, que na passagem de fronteiras se
transporte não só bens e mercadorias, mas também usos e costumes diferentes. Os movimentos maciços de
populações tornaram as migrações uma espécie de relógio despertador da importância da diversidade
cultural, religiosa, étnica, ou seja, da multiculturalidade existente no planeta.
A Interculturalidade é mais abrangente, permitindo que as pessoas desenvolvam uma relação dinâmica,
cedendo mutuamente na relação que desenvolvem. A interculturalidade baseia-se nos princípios da
universalidade: liberdade, igualdade e fraternidade. Assim, podemos dizer que a interculturalidade nos
permite “sair de nossa casa” e “viver a experiência do outro”: permite-nos tornar transparente a
contribuição das diferentes culturas e expressões da diversidade cultural para o património e os modos de
vida dos diferentes povos (conforme objectivos gerais do Ano Europeu para o Diálogo Intercultural).
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O tema da interculturalidade tem assumido ao nível dos Estados uma importância crescente, em resultado
dos inúmeros fluxos migratórios de e para os diversos países. Neste sentido, em 2008, a União Europeia
decidiu celebrar o Ano Europeu do Diálogo Intercultural. A celebração tem como objectivos gerais:
⚫ Promover o diálogo intercultural, enquanto processo que permita a todas as pessoas que vivem na UE
melhorar a sua capacidade para lidar com um ambiente cultural mais aberto, mas também mais
complexo;
⚫ Contribuir para a compreensão mútua e coexistência de diferentes identidades culturais e crenças nos
Estados-Membros;
⚫ Realçar o diálogo intercultural, enquanto oportunidade de contribuir para uma sociedade
diversificada e dinâmica e dela beneficiar, não só na Europa, mas também no resto do mundo;
⚫ Sensibilizar todas as pessoas que vivem na UE, em especial os jovens, para a importância de
desenvolver uma cidadania europeia activa e aberta ao mundo que respeite a diversidade cultural;
⚫ Tornar transparente a contribuição das diferentes culturas e expressões da diversidade cultural para o
património e os modos de vida dos Estados-Membros.
Fonte: Ano Europeu para o Diálogo Intercultural 2008, DGAE/MNE/ Centro de Informação Europeia Jacques Delors, 2008: Doc.
000040905.pdf, págs. 4 & 5, in http:// www.aprendereuropa.pt
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A INTERCULTURALIDADE
Diversidade
Universalidade Singularidade
DIÁLOGO INTERCULTURAL
Fonte: A União Europeia: 2008 -. Ano Europeu do Diálogo Intercultural. MNE/ DGAE/ Centro de Informação Europeia Jacques
Delors, 2008: Doc. 000040905.pdf, pág. 22, in http:// www.aprendereuropa.pt
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1.2. Cidadania e Participação
Os direitos humanos definidos em termos gerais, como aqueles direitos e liberdades que são inerentes à
nossa natureza enquanto pessoa e sem os quais não podemos viver como seres humanos, constituem um
elemento estruturante e indispensável do desenvolvimento da democracia participativa.
Os direitos humanos surgem, desde a sua origem, como direitos do indivíduo, mas o facto dos indivíduos
não existirem isolados e viverem em sociedade interagindo uns com os outros e com a comunidade, na
qual estão inseridos, conduziu à sua institucionalização formal/legal.
Uma sociedade humana organizada requer a existência de um poder com legitimidade reconhecida para
regular a vida social, assegurando a protecção dos direitos humanos, criando condições para o exercício das
liberdades fundamentais e exercendo o seu poder sobre os cidadãos, que se manifesta sob a forma de
autoridade do estado.
Os direitos humanos localizam-se assim numa dicotomia indivíduo/estado, ou seja, como um binómio
poder de autoridade do estado/esfera privada dos cidadãos.
Assim, os direitos humanos foram debatidos ao longo dos séculos por filósofos e juristas, mas o momento
mais importante, na história dos direitos do homem, situa-se durante o período de 1945 a 1948, mercê
da necessidade de prevenir os riscos da subalternização do indivíduo humano face aos desígnios da
estrutura do poder, que muitos dissabores causou à humanidade durante a trágica 2.ª Guerra Mundial.
……………………………………………..
Os direitos e liberdades fundamentais do homem estão consagrados à escala universal e
regional em vários instrumentos internacionais, sendo o principal:
A Declaração Universal dos Direitos do Homem que prevê no Artigo 29.º (ponto 1)
que “O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e
pleno desenvolvimento da sua personalidade”.
………………………………………………………...
Quando uma pessoa tem consciência dos seus direitos, terá forçosamente a consciência do dever de
promover e respeitar esses direitos, quer em relação a si próprio, quer em relação aos outros e à
comunidade a que pertence. Por isso, o conhecimento dos nossos direitos e deveres constitui o primeiro
passo para o exercício da cidadania participativa.
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Principais disposições legais estruturadoras dos direitos e deveres dos cidadãos
A Organização das Nações Unidas (ONU) é um organismo que visa manter a paz e a cooperação entre as
nações. No preâmbulo da Carta constitutiva das Nações Unidas assinada em São Francisco a 26 de
Junho de 1945 (publicado no Diário da República I Série - A, n.º 117/91, mediante o aviso n.º
66/91, de 22 de Maio de 1991) proclama-se:
“Nós, os povos das Nações Unidas, estamos decididos: a preservar as gerações vindouras
do flagelo da guerra que por duas vezes, no espaço de uma vida humana, trouxe sofrimentos
indizíveis à humanidade; … a reafirmar a nossa fé nos direitos fundamentais do homem, na
dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das
mulheres, assim como das nações, grandes e pequenas (…)”
A ONU está sediada em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e existe formalmente desde o dia 24 de
Outubro de 1945, após a ratificação da Carta constitutiva das Nações Unidas pelos então cinco membros
permanentes do Conselho de Segurança e pela grande maioria dos outros 46 membros.
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Declaração Universal dos Direitos Humanos
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e
consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. (art. 1.º da
Declaração Universal dos Direitos Humanos)
Fonte:
Campanha Europeia «Todos diferentes, todos iguais»
O artigo 1.º reconhece a dignidade pessoal como sendo o fundamento da igualdade de todos os membros
da família humana entre si. Os homens são iguais por várias razões:
⚫ Porque participam da mesma natureza racional, que se exprime sob a forma da liberdade e da
capacidade que cada homem tem de procurar livremente a verdade;
⚫ Porque têm a mesma origem, devendo, por isso, agir uns para os outros em espírito de
fraternidade;
⚫ Porque pretendem os mesmos direitos vinculados à vida digna.
Este artigo é a base de uma série de direitos humanos considerados fundamentais para qualquer indivíduo.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 16/
O artigo 2.º expressa de forma inequívoca o princípio básico da igualdade e da não discriminação, no que
se refere ao gozo de direitos humanos e liberdades fundamentais, com a proibição de qualquer
A igualdade entre os homens coexiste, num outro nível, com muitas diferenças, designadamente, cultural,
social, género e convicções, territorial e outras mas estas diferenças não devem prejudicar a igualdade,
muito menos servir para classificar em categorias de superioridade ou inferioridade. Todo o homem tem
o direito de ver a sua dignidade reconhecida e defendida. Como dignidade humana, entenda-se a
liberdade, a democracia e a justiça social.
O artigo 3.º Afirma a natureza comum de todo o indivíduo como vivente tendo … “direito à vida, liberdade e seguranç
Os artigos 1.º, 2.º e 3.º constituem a base para o exercício dos direitos civis e políticos previstos nos artigos
4.º a 21.º, que citam, especificamente:
⚫ proibição da escravidão sob todas as formas (art. 4.º);
⚫ proibição da tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes (art. 5.º);
⚫ direito ao reconhecimento da personalidade jurídica de todos os indivíduos, em qualquer lugar
(art. 6.º);
⚫ direito a igual protecção da lei (art. 7.º);
⚫ direito a uma protecção judicial eficaz (art. 8.º);
⚫ proibição da prisão, detenção ou exílio arbitrários (art. 9.º);
⚫ direito a um julgamento equitativo e a audição pública por um tribunal independente e imparcial (art.
10.º);
⚫ direito à presunção de inocência até que a culpabilidade seja provada; (art. 11.º);
⚫ proibição de intromissões arbitrárias na vida privada, na família, no domicílio ou na
correspondência (art. 12.º);
⚫ liberdade de circulação e de residência (art. 13.º);
⚫ direito de asilo (art. 14.º);
⚫ direito a ter nacionalidade (art. 15.º);
⚫ direito de casar e de constituir família (art. 16.º);
⚫ direito à propriedade (art. 17.º);
⚫ direito de pensamento, de consciência e de religião (art. 18.º);
⚫ liberdade de opinião e de expressão (art. 19.º);
⚫ direito de reunião e associação pacíficas, o direito a tomar parte na direcção dos negócios públicos do
seu país e de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país (art. 20.º).
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Os artigos 21.º a 29.º reportam-se aos fundamentos essenciais da democracia e aos direitos de cidadania
civil, política e social, tais como:
⚫ vontade do povo como fundamento da autoridade dos poderes políticos expressa através de
eleições;
⚫ direito à Segurança Social;
⚫ direito ao trabalho;
⚫ direito de fundar sindicatos;
⚫ direito ao repouso e ao lazer;
⚫ direito a um nível de vida suficiente;
⚫ direito à educação;
⚫ direito a tomar parte na vida cultural;
⚫ direito à ordem capaz de tornar plenamente efectivos os direitos e as liberdades.
O artigo 29.º abrange os deveres dos indivíduos nas suas relações com a comunidade e com o estado. O
homem é também sujeito de deveres que são o reverso dos seus direitos.
Os compromissos declarados e assumidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, têm vindo a ser
alargados por um conjunto de pactos e convenções que procuram assegurar a efectividade dos direitos nela
proclamados. Destacando-se, o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais, em
vigor na ordem internacional, desde 3 de Janeiro de 1976, e o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis
e Políticos, de 16 de Dezembro de 1966.
Os direitos humanos são indivisíveis, por isso, só o reconhecimento integral de todos os direitos pode
assegurar a existência real de cada um deles.
O Pacto internacional sobre os direitos económicos, sociais e culturais consagra os direitos rela
Os artigos 6.º a 15.º do Pacto reconhecem o direito ao trabalho (art.º 6.º), prevendo o direito de todas as
pessoas disporem de condições de trabalho justas e favoráveis (art.º 7.º). O Pacto consagra ainda o direito:
⚫ dos trabalhadores formarem e se filiarem em sindicatos (art.º 8.º);
⚫ à Segurança Social, incluindo os seguros sociais (art.º 9.º);
⚫ à protecção e à assistência à família, às mães, às crianças e aos jovens (art.º 10.º);
⚫ a um nível de vida condigno (art.º 11.º);
⚫ a gozarem o melhor estado de saúde física e mental possível (art.º 12.º);
⚫ à educação (artigos 13.º e 14.º);
⚫ à participação na vida cultural (art.º 15.º).
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Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos
Aprovado pela Lei n.º 29/78, de 12 de Junho.
O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos coincide em grande parte com o
artigo 21.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Deste Pacto constam os
direitos sociais e cívicos, em que se incluem o direito de reunião e associação, o direito
de tomar parte activa na vida pública.
Os artigos 6.º a 19.º do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos consagram o direito:
⚫ à vida;
⚫ à integridade física;
⚫ à proibição da escravatura e do trabalho forçado;
⚫ à liberdade e à segurança do indivíduo;
⚫ à proibição de aprisionamento, dado, neste caso, não ser possível executar uma obrigação contratual;
⚫ à liberdade de circular livremente no território do estado onde se encontre legalmente, e não ser
expulso, a não ser em cumprimento de uma decisão tomada em conformidade com a lei;
⚫ à igualdade perante os tribunais;
⚫ ao reconhecimento da sua personalidade jurídica;
⚫ à sua vida privada;
⚫ à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.
O artigo 20.º proíbe todo o apelo a ódio nacional, racial e religioso que constitua uma
incitação à discriminação, à hostilidade ou à violência.
Os direitos humanos são um legado comum de valores universais que transcendem as culturas e as
tradições. Por isso a Declaração dos Direitos Humanos, aceite por todos os países constitui um contrato
entre os governos e os seus povos, que têm o direito de exigir que o documento seja respeitado.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 19/
Tratados e Convenções Internacionais Europeus de Protecção dos Direitos Humanos
O Conselho da Europa
O Conselho da Europa é uma organização regional europeia, vocacionada para a defesa dos direitos
humanos e a promoção dos princípios democráticos de todos os seus estados membros. Este Conselho foi
fundado em 5 de Maio de 1949 por 10 países, nomeadamente, Bélgica, Dinamarca, França, Irlanda, Itália,
Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Suécia e Reino Unido e hoje cobre praticamente todo o continente
europeu, contando com a presença de 47 países membros.
O Conselho da Europa detém um elevado nível de padrões de protecção dos direitos humanos, com base na
Convenção Europeia dos direitos humanos e outros textos de referência sobre a protecção dos indivíduos.
Possui um único tribunal europeu que garante a aplicação das liberdades fundamentais e dos direitos do
homem.
A Convenção para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, é o primeiro
tratado concebido pelo Conselho da Europa, foi assinada a 4 de Novembro de 1950, em Roma e entrou em
vigor no dia 3 de Setembro de 1953, data do depósito do 10.º instrumento de ratificação.
A Convenção para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, abreviadamente
Convenção Europeia dos Direitos do Homem, pretende dotar a europa com uma carta comum de
direitos e liberdades que resuma os valores políticos e culturais das democracias ocidentais.
Em Portugal, esta Convenção foi aprovada pela Lei n.º 65/78, de 13 de Outubro, publicada no Diário da
República, I Série, n.º 236/78 (rectificada por Declaração da Assembleia da República publicada no Diário
da República, I Série, n.º 286/78, de 14 de Dezembro).
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No artigo 1.º “as altas partes contratantes reconhecem a qualquer pessoa dependente da sua jurisdição dos
direitos e liberdades definidos no título I da presente Convenção”.
É de realçar o artigo 14.º onde vem proclamado o princípio da não discriminação nos seguintes termos:
«O gozo dos direitos e liberdades reconhecidos na presente Convenção devem ser assegurados sem qua
Europa era uma linda princesa fenícia. Como ainda não chegara à idade de casar, vivia com os pais num magnífic
Muito chorosa, Europa implorou que não a abandonasse num lugar ermo. Zeus consolou-a, mostrou-se carinhoso,
Agradou a poetas da Grécia Antiga que passaram a chamar Europa aos territórios para lá da Grécia. E agradou ao
Fonte: A Europa dá as Mãos, Ana Maria Magalhães/Isabel Alçada Edição: Centro de Informação Europeia Jacques Delors, 1995.
Retirado de: em 6-10-2008
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 21/
União Europeia
A Europa sempre acolheu povos e culturas diferentes. Em cada Estado-Membro, uma parte da
população é constituída por pessoas de outros países, geralmente com fortes ligações históricas ao
país de acolhimento. A UE encara esta diversidade étnica e cultural como uma riqueza e defende os
valores da tolerância, do respeito e da compreensão mútua.
Fonte: Factos e números essenciais sobre a Europa e os europeus. Comissão Europeia. Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades
Europeias. Comunidades Europeias, 2007 (págs. 3 a 5)
A União Europeia foi criada para cumprir o objectivo político da paz, mas foram os seus fundamentos
económicos que lhe asseguraram dinamismo e êxito. A UE trouxe estabilidade política e prosperidade
económica aos seus cidadãos, através da criação de um mercado único sem fronteiras e uma moeda única, o
Euro.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 22/
A União Europeia é uma grande
potência económica e comercial.
Actualmente constituída por 27
Estados Membros e com 23 línguas
oficiais. Com uma população
aproximada de 500 milhões de
habitantes, a UE possui, deste modo, a
terceira maior população do mundo, a
seguir à da China e à da Índia.
Fonte: Ano Europeu para o Diálogo Intercultural 2008, DGAE/MNE/ Centro de Informação
Europeia Jacques Delors, 2008: Doc. 000040905.pdf, in http:// www.aprendereuropa.pt
Actualmente, a migração
líquida é responsável pela
maior parte do crescimento
demográfico total da UE.
Com efeito, sem imigração,
a população da Alemanha,
da Grécia e de Itália teria
diminuído nos últimos anos.
A imigração proporciona, à
população activa da UE, os
jovens de que esta tanto
necessita.
Fonte: Ano Europeu para o Diálogo Intercultural 2008, DGAE/MNE/ Centro de Informação Europeia Jacques
Delors, 2008: Doc. 000040905.pdf, págs. 2, in http:// www.aprendereuropa.pt
Apesar da sua enorme diversidade, os países da UE estão unidos em torno de valores como a paz, a
democracia, o estado de direito e o respeito pelos direitos humanos. Tentam fomentar estes valores na
Europa, criar e partilhar prosperidade e exercer uma influência colectiva, actuando conjuntamente na
cena mundial. Na imagem seguinte podem ler-se os valores pelos quais a UE se guia.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 23/
Fonte: Ano Europeu para o Diálogo Intercultural 2008, DGAE/MNE/ Centro de Informação Europeia Jacques Delors,
2008: Doc. 000040905.pdf, págs. 10, in http:// www.aprendereuropa.pt
A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia visa reforçar a protecção dos direitos
fundamentais, à luz da evolução da sociedade, do progresso social e da evolução científica e tecnológica,
as suas disposições têm como destinatários as instituições e os órgãos da UE, sendo reafirmado o respeito
pelas atribuições e competências da comunidade, na observância do princípio da subsidiariedade, dos
direitos que decorrem, nomeadamente, das tradições constitucionais e das obrigações internacionais
comuns aos estados membros, do Tratado da União Europeia e dos tratados comunitários, da convenção
europeia para a protecção dos direitos do homem e das liberdades fundamentais, das cartas sociais
aprovadas pela Comunidade e pelo Conselho da Europa, bem como da jurisprudência do tribunal de justiça
das comunidades europeias e do tribunal europeu dos direitos do homem.
Realça-se ainda, que o gozo desses direitos implica responsabilidades e deveres, tanto para com as
outras pessoas individualmente consideradas, como para com a comunidade e as gerações futuras.
A ligação seguinte permite o acesso a um conjunto alargado de documentos sobre os direitos humanos em versão integral
(declarações, cartas de direitos, etc.)
http://www.missionofportugal.org/mop/index.php
http://www.gddc.pt/direitos-humanos/textos-internacionais-dh/universais.html
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 24/
A República Portuguesa é um estado de direito democrático
Numa República o Chefe de Estado (Presidente da Republica) é eleito pelos cidadãos. Portugal é uma
república desde 5 de Outubro de 1910, antes dessa data, desde a fundação do reino de Portugal, em 1143,
vigorou a monarquia (tipo de governo em que apenas uma pessoa - o monarca - detém o poder soberano,
geralmente, de forma vitalícia ou, até, abdicação).
Assim, o período compreendido entre 1910 e 1926 ficou conhecido como a primeira república, de 1926
a 1974 por estado novo e a partir de 1974 por estado democrático.
A Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar decisões políticas importantes reside no
povo, que pode exercer esse poder, directa ou indirectamente, por meio de representantes eleitos.
A democracia directa refere-se ao sistema onde os cidadãos decidem directamente cada assunto por
votação, enquanto que na democracia representativa ou indirecta, os cidadãos elegem representantes, em
intervalos regulares, que então votam os assuntos em seu favor.
Portugal viveu durante cerca de quarenta e oito anos um período de ditadura, caracterizado pela
concentração de poderes, restrição das liberdades de opinião e de imprensa.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 25/
Portugal enfrentava uma guerra nos territórios das então colónias de Angola, Moçambique e Guiné,
iniciada em 1961, e vivia isolado no contexto internacional onde era reivindicada a autodeterminação e a
independência dos, à data considerados, territórios africanos de Portugal (Angola, Moçambique, Guiné,
São Tomé e Príncipe e Cabo Verde). Este período é conhecido por Estado Novo.
Foi na madrugada de 25 de Abril de 1974 que o Movimento da Forças Armada (MFA) “derrubou” a
ditadura e deu início a uma marcha, algo conturbada, para restituir aos portugueses os direitos e
liberdades fundamentais e implantar a democracia no País.
Um ano depois foram organizadas eleições livres para a escolha dos deputados à Assembleia Constituinte.
Por se tratar do primeiro acto de liberdade e de responsabilidade cívica, a maioria da população com idade
para exercer o direito de voto deslocou-se em massa às urnas. Foi esta Assembleia que elaborou a
Constituição de 1976 onde ficaram plasmados os grandes objectivos da revolução.
“ A República Portuguesa é um Estado democrático, baseado […] no respeito e na garantia dos direitos e
A Constituição garantiu, ainda, os direitos cívicos, económicos e sociais dos cidadãos. É a mesma
Constituição, com algumas alterações ocorridas posteriormente, em 1982, em 1989, em 1992 e em 1997,
que continua hoje em vigor.
Desde 1975 foram realizadas várias eleições, que contribuíram para a institucionalização do regime
democrático.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 26/
A Constituição da República elaborada em 1976, à semelhança das modernas constituições políticas e
demais legislação de numerosos estados, inspira-se, no campo dos direitos e liberdades fundamentais, na
Declaração Universal dos Direitos do Homem (n.º 2 do artigo 16.º da CRP).
A versão integral da CRP pode ser consultada num dos seguintes sítios na internet:
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Portugal/Sistema_Politico/Constituicao/
ou em
http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/crp.html
O artigo 13.º da CPR consagra o princípio da igualdade afirmando que “Todos os cidadãos têm a
mesma dignidade social e são iguais perante a lei” e que “ninguém pode ser privilegiado,
beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de
ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião”.
Artigo 25.º
Artigo 27.º
Artigo 37.º
Artigo 43.º
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Artigo 46.º
m dependência de qualquer autorização, constituir associações, desde que estas não se destinem a promover a violência
Artigo 67.º
Artigo 15.º
(Estrangeiros, apátridas, cidadãos europeus)
Portugal gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres do cidadão português.
o exercício das funções públicas que não tenham carácter predominantemente técnico e os direitos e deveres reservados
O princípio da equiparação prevê a extensão aos estrangeiros dos direitos conferidos aos
portugueses, exceptua os direitos políticos, exercício de funções públicas que não tenham carácter
predominantemente técnico e os direitos e deveres reservados pela Constituição e pela lei exclusivamente a
cidadãos portugueses.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 28/
A lei pode atribuir a estrangeiros residentes no território nacional, em condições de reciprocidade,
capacidade eleitoral activa e passiva, para a eleição dos titulares de órgãos de autarquias locais.
Todos os cidadãos estrangeiros gozam dos direitos que têm a ver com a sua dignidade enquanto seres
humanos (Les Droit et Liberté des Étrangers En Situa tion Irre gulière – Portugal, por Luís Nunes de Almeida e José Leitão, in
Annuaire Internationale de Justice Constitutionne lle, Economica, Presse Universitaires d’Aix-Marseille,1998, pp. 297-309).
A cada direito correspondem deveres igualmente importantes, que importa que sejam proclamados com a
mesma clareza e vigor com que proclamámos os direitos.
A prevalência dos direitos sobre os deveres seria um elemento de desequilíbrio que se reflectiria
negativamente na vida social (Direitos do Homem de João XXIII a João Paulo II, de Giorgio Filibeck – Comissão
Nacional Justiça e Paz pp. 163 a 167) .
Aos direitos acima enunciados vinculam-se, no mesmo sujeito jurídico (pessoa humana), os respectivos
deveres.
Cada indivíduo tem deveres para com os outros, com a sociedade em que está inserido, com o estado e com
as demais colectividades legalmente reconhecidas. É chamado a esforçar-se pela promoção e respeito dos
direitos reconhecidos. Os direitos e liberdades de cada pessoa devem ser exercidos no respeito ao direito do
outro e da segurança colectiva, da moral e do interesse comum. Cada indivíduo tem o dever de:
Os deveres são entendidos, de forma genérica, como um conjunto de restrições impostas por lei para
permitir o livre exercício dos direitos dos outros e para satisfazer as justas exigências da moral, da ordem
pública e do bem estar geral numa sociedade democrática.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 29/
1.3. Organização do Estado Português
Artigo 110.º
(Órgãos de soberania)
A função, a composição, a competência e o funcionamento dos órgãos de soberania são os definidos na Constituiçã
Os órgãos de soberania que exercem o poder político (o Presidente, a Assembleia e o Governo) de acordo
com a Constituição Portuguesa, constituem um sistema de equilíbrio de poderes. Os tribunais funcionam
como ramo independente em relação às instâncias do poder político supremo.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 30/
Presidente da República
O Presidente da República ocupa, nos termos da Constituição, um dos três vértices do sistema de órgãos de
soberania que exercem o poder político.
O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo e secreto, dos cidadãos portugueses
eleitores recenseados no território nacional, bem como dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro,
que mantenham laços de efectiva ligação à comunidade nacional, nos termos da lei. A idade mínima para
exercer o direito de voto é de 18 anos.
Nos termos do artigo 1.º, na redacção dada pela Lei Orgânica n.º 2/2006, de 17 de Abril que
procedeu à quarta alteração à Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro (lei da nacionalidade), são portugueses de
origem:
c) Os filhos de mãe portuguesa ou de pai português nascidos no estrangeiro se tiverem o seu nascimento
inscrito no registo civil português ou se declararem que querem ser portugueses;
e) Os indivíduos nascidos no território português, filhos de estrangeiros que não se encontrem ao serviço
do respectivo estado, se declararem que querem ser portugueses e desde que, no momento do
nascimento, um dos progenitores aqui resida legalmente há pelo menos cinco anos;
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 31/
Assembleia da República
As candidaturas para deputado são apresentados, nos termos da lei, pelos partidos políticos,
isoladamente ou em coligação. As listas podem integrar cidadãos não inscritos nos respectivos partidos
políticos. Os deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos. Os deputados
eleitos por cada partido ou coligação de partidos podem constituir-se em grupo parlamentar.
Governo
O Governo é o órgão encarregue de conduzir a política geral do país e é, ao mesmo tempo, o órgão
superior da administração pública.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 32/
Tribunais
Os tribunais são órgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome do povo.
É nos tribunais que os cidadãos, cujos direitos são violados, podem exigir a efectivação desses mesmos
direitos. Os tribunais são independentes e apenas estão sujeitos à lei.
As decisões dos tribunais devem ser fundamentadas na forma prevista na lei. As decisões do tribunal são
obrigatórias para todas as entidades públicas e privadas.
⚫ Tribunal Constitucional
⚫ Supremo Tribunal de Justiça
⚫ Tribunais Judiciais de Primeira e Segunda Instância
⚫ Supremo Tribunal Administrativo
⚫ Tribunais Administrativos e Fiscais
Juízes
Os Juízes dos Tribunais Judiciais formam um corpo único e regem-se por um só estatuto.
Ministério Público
O Ministério Público é o órgão do Estado encarregue de representar o Estado, exercer a acção penal e
defender a legalidade democrática e os interesses que a lei determinar. Compete-lhe, designadamente,
exercer o patrocínio oficioso dos trabalhadores e suas famílias na defesa dos seus direitos de carácter
social.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 33/
Símbolos da República
Composição
Alfredo Keil
Henrique Lopes de Mendonça Partitura do Hino Nacional
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 34/
Outras Estruturas do Estado
Regiões Autónomas
A autonomia regional materializa-se nas eleições de assembleias locais, pelos residentes das respectivas
regiões, bem como na formação de um governo regional.
A soberania da República é especialmente representada, em cada uma das regiões autónomas, por um
Ministro da República.
Poder local
Para além do poder central e das regiões autónomas, a Constituição de 1976 institucionalizou em
Portugal o poder local. O País está dividido em Distritos, estes em Municípios, que por sua vez, se
dividem em Freguesias.
Artigo 235.º
(Autarquias locais)
s são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos representativos, que visam a prossecução de interesses próprios da
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Artigo 236.º
(Categorias de autarquias locais e divisão administrativa)
eas urbanas e nas ilhas, a lei poderá estabelecer, de acordo com as suas condições específicas, outras formas de organiz
“O Município é a autarquia local que visa a prossecução de interesses próprios da população residente na
circunscrição concelhia, mediante órgãos representativos por ela eleitos” (Id. Ibidem, p.43).
“As Freguesias são autarquias locais que, dentro do território municipal, visam a prossecução de
interesses próprios da população residente em cada circunscrição paroquial” (Diogo Freitas do Amaral, Curso de
Direito Administrativo, Vol. I, p.516).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 36/
Municípios
⚫ Assembleia Municipal
⚫ Câmara Municipal
Assembleia Municipal
A assembleia municipal é o órgão deliberativo do município. É formada pelos presidentes das Juntas de
Freguesia e por membros eleitos por sufrágio universal, directo e secreto.
CÂMARA MUNICIPAL
A Câmara Municipal é constituída por um presidente e por vereadores. É o órgão executivo colegial do
município, eleito pelos cidadãos eleitores recenseados na sua área.
⚫ Acção Social – disponibiliza apoio técnico e financeiro nas áreas da infância, idosos, pessoas com
deficiência, sem abrigo, minorias e desenvolvimento comunitário;
⚫ Educação – disponibiliza apoio a projectos da Escola de todos os níveis do ensino, do pré-
escolar ao secundário;
⚫ Acção Social Escolar - cantinas e actividades de tempos livres, transportes escolares, colónias de
férias, suplemento alimentar;
⚫ Habitação Social;
⚫ Reabilitação Urbana;
⚫ Cultura;
⚫ Desporto.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 37/
Os municípios dispõem ainda de serviços no âmbito do atendimento municipal que têm por função
genérica atender e encaminhar os munícipes, bem como receber e encaminhar todos os assuntos que o
munícipe pretenda apresentar à Câmara.
Freguesias
⚫ Assembleia de Freguesia
⚫ Junta de Freguesia
Assembleia de Freguesia
A Assembleia de Freguesia é eleita por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos recenseados na
área da freguesia, segundo o sistema de representação proporcional.
A Junta de Freguesia é o órgão colegial da freguesia. É constituída por um presidente e por vogais, sendo
que dois exercerão as funções de secretário e de tesoureiro.
⚫ As Juntas de Freguesia têm competências próprias e competências delegadas pela Câmara Municipal.
⚫ Compete à Junta de Freguesia, nomeadamente:
– deliberar as formas de apoio a entidades e organismos legalmente existentes, com vista à
prossecução de obras ou eventos de interesse para a freguesia, bem como à informação e defesa
dos direitos dos cidadãos;
– lavrar termos de identidade e justificação administrativa;
– passar atestados nos termos da lei;
– celebrar protocolos de colaboração com instituições públicas, particulares e cooperativas que
desenvolvam a sua actividade na área da freguesia.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 38/
1.4. Estrutura, modo de funcionamento e formas de intervenção das organizações
governamentais e não governamentais
O papel dos cidadãos, na defesa dos seus direitos e garantias é essencial. Se é verdade que é indispensável
que a Constituição e as leis consagrem, de forma positiva, os direitos, os deveres e as garantias, também
não é menos verdade que sem a participação dos cidadãos, para os fazer cumprir, elas são simplesmente
ineficazes.
Estes princípios são também os que regem as relações entre a Administração e os cidadãos imigrantes, já
que nada na lei ou na Constituição justifica a existência de qualquer desigualdade de tratamento (Vide art.º
15 da Constituição da República Portuguesa).
A Administração Pública, nos termos do Código de Procedimento Administrativo, deve, nas suas relações
com os particulares, respeitar sempre diversos princípios, dos quais se destacam:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 39/
Organizações não Governamentais (ONG)
A cidadania não é apenas um conjunto de direitos e deveres que os cidadãos devem cumprir e respeitar. O
exercício da cidadania é sobretudo uma atitude, um comportamento e uma certa forma de ser e estar e de
encarar os problemas da sociedade em que se está inserido.
A cidadania tem duas dimensões: a política (em que os cidadãos e cidadãs intervêm na sociedade como
membros da comunidade política) e a cívica (agindo enquanto membro da comunidade civil). Na sua
dimensão cívica, as organizações não governamentais, enquanto representantes da sociedade civil, têm um
papel fundamental a desempenhar no exercício da cidadania.
As Organizações não governamentais (ONG) são organizações da sociedade civil, constituídas como
instituições sem fins lucrativos, independentes dos Estados. A sociedade civil pode organizar-se em torno
dos mais variados objectivos sociais e podem ser de âmbito nacional, regional, local ou de bairro.
Constituem um espaço importante de aprendizagem das virtudes cívicas indispensáveis ao exercício de
cidadania responsável.
A cidadania tem uma função integradora, na medida em que é partilhada. Nesta óptica também os
cidadãos imigrantes e seus descendentes, através das suas associações, beneficiam de um
reconhecimento de representatividade, junto do ACDI, que as habilita a serem representativas, junto das
instâncias oficiais.
Os cidadãos estrangeiros podem intervir na vida pública, através das suas associações, através do
Conselho Consultivo para os Assuntos da Imigração ou, ainda, através da Comissão para a Igualdade e
contra a Discriminação, para defenderem os seus direitos e garantias legalmente protegidos.
Têm, ainda, garantido o acesso à justiça, como um direito, para a defesa dos seus direitos. Além disso,
alguns cidadãos estrangeiros podem participar nas eleições locais, votando, e alguns podem não só eleger,
como serem eleitos.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 40/
Igualdade de Oportunidades e Tratamento no Acesso ao
UNIDADE TEMÁTICA 2
Trabalho, Emprego e Formação Profissional
Objectivos
Reconhecer a titularidade dos direitos e deveres dos cidadãos estrangeiros em matéria de trabalho,
emprego e formação;
Identificar legislação/normativos legais e sua aplicação prática sobre igualdade de tratamento no acesso
ao trabalho, emprego, educação e formação profissional.
Conteúdos
2.1. Disposições legais constantes do Direito Interno, de Normativos, das Convenções ou Acordos
Bilaterais ou de Direito Comunitário
- Condições de entrada e permanência de cidadãos estrangeiros nacionais de países terceiros
para exercício de actividade profissional
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 41/
2.1. Disposições legais constantes do Direito Interno, de Normativos, das Convenções ou
Acordos Bilaterais ou de Direito Comunitário
Tipos de visto que permitem aos cidadãos nacionais de países terceiros obter autorização para
trabalhar em Portugal
O direito dos cidadãos a uma livre relação com o território do seu Estado é uma das manifestações mais
directas e imediatas da cidadania. A adesão de Portugal à Comunidade Europeia implicou a introdução na
nossa ordem jurídica interna, de condições relativas à entrada e permanência no território nacional de
trabalhadores assalariados, ou não nacionais, de um estado membro. Ao instituir a cidadania da UE e ao
criar um espaço de liberdade, de segurança e de justiça, os cidadãos nacionais dos estados membros da
União Europeia, passaram a gozar do direito de livre circulação noutros estados membros.
Estes cidadãos e os nacionais do Espaço Económico Europeu (EEE), da Suíça, nacionais de países terceiros
que sejam membros da família de cidadãos beneficiam da liberdade de circulação, bem como os familiares
de cidadãos portugueses e comunitários. Por isso estão sujeitos a um regime jurídico especial de entrada,
residência e afastamento que decorre do Direito Comunitário, regulado pela Lei n.º 37/2006, de 9 de
Agosto.
Para a generalidade dos cidadãos nacionais de países terceiros que queiram entrar em Portugal devem
proceder de acordo com a lei que define as condições e procedimentos de entrada, permanência, saída e
afastamento de cidadãos estrangeiros, do território português, estabelecidos na Lei n.º 23/2007, de 4 de
Julho (Revogou o Decreto-Lei n.º 244/98 de 8 de Agosto, alterado pela Lei n.º 97/99, de 26 de Julho e pelo Decreto-Lei n.º 4/2001, de 10 de
Janeiro e, e n.º 34/2003, de 25 de Fevereiro), regulamentada pelo Decreto Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de Novembro
(Revogou o Decreto Regulamentar n.º 6/2004, de 6 de Abril).
Entrada em Portugal
Um estrangeiro que pretenda entrar em território português deve reunir um conjunto de requisitos,
previstos nos artigos 9.º, 10.º, 11.º e 13.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, nomeadamente:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 42/
O estrangeiro que pretende vir para Portugal para exercer uma actividade profissional, subordinada ou
independente, deve possuir um visto que lhe permita, uma vez em território nacional, obter um título válido
de residência, para exercer a actividade profissional pretendida.
Vistos
Nos termos do artigo 45.º, da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, podem ser concedidos no estrangeiro, pelas
embaixadas e/ou postos consulares de carreira portugueses, cinco tipos de vistos, que a seguir se
apresentam:
Visto de
Escala
Dá apenas acesso à zona internacional do aeroporto ou porto marítimo, para seguir viagem.
Visto de
Trânsito
Pode ter validade de um ano e permite ao seu titular o acesso ao território nacional por um período que não pode ex
Visto de Curta
Com duração de três meses por cada semestre, a contar da data da primeira passagem de uma fronteira externa. Pode ser em
Exemplo:
Duração
Turismo,
Visita ou acompanhamento de familiares que seja titular de visto de estada temporária.
É um tipo de visto concedido no estrangeiro a cidadãos nacionais de países terceiros permitindo-lhe entrar em território na
Tratamento médico;
Transferência de cidadãos nacionais de estados partes na organização mundial de Comércio, no contexto da prestação de s
Exercício em território nacional de uma actividade profissional subordinada ou independente, de carácter temporário, que
Visto de Estada Temporária
Exercício em território nacional de uma actividade de investigação científica em centros de investigação, de uma activid
Exercício em território nacional de uma actividade desportiva amadora;
Permanência em Portugal por períodos superiores a três meses, desde que se trate de casos excepcionais devidamente fund
Acompanhamento de familiar sujeito a tratamento médico.
É válido por um período de três meses, permitindo ao seu titular múltiplas entradas em território nacional. Se o seu titular p
(art. 56.º n.º 4).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 43/
⚫ Os vistos de estada temporária e para obtenção de autorização de residência, designados por vistos
de residência, são os que permitem ao cidadão estrangeiro obter um título de residência para exercer
actividade profissional em Portugal.
⚫ É o único tipo de visto que permite a entrada e a permanência em território nacional para efeitos de
tratamento médico. Um dos requisitos essenciais para a sua concessão é a apresentação de relatório
médico e de comprovativo emitido pelo estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido,
de que o requerente tem assegurado o internamento ou o tratamento ambulatório, conforme previsto
no n.º 1 do art.º 18.º do Decreto Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de Novembro.
⚫
actividade docente num estabelecimento de ensino superior ou altamente qualificada, por um período
inferior a um ano. O Visto de Estada Temporária pode, também, ser concedido a cidadãos nacionais de
estados terceiros que pretendam exercer uma actividade de investigação, uma actividade docente num
estabelecimento de ensino superior ou altamente qualificada, por um período inferior a um ano, desde
que sejam admitidos a colaborar num centro de investigação reconhecido pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior, nomeadamente através de uma promessa de trabalho, de uma proposta
ou contrato de prestação de serviços, ou de uma bolsa de investigação científica. De harmonia com o
preceituado no n.º 3 do art.º 21.º do Decreto Regulamentar n.º 84/2007, existindo dúvidas quanto ao
enquadramento de uma actividade como altamente qualificada (nos termos da alínea a) do art.º 3.º da
Lei n.º 23/2007) o parecer prévio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, é de carácter
obrigatório.
⚫ Poderá, ainda, ser concedido um Visto de Estada Temporária se o cidadão estrangeiro for detentor de
uma promessa ou de um contrato de trabalho, de uma proposta escrita ou de um contrato de prestação
de serviços para exercer uma actividade docente num estabelecimento de ensino superior (art.º 57.º Lei
n.º 23/2007).
Os cidadãos nacionais de países terceiros que pretendam exercer, em território nacional, uma
actividade profissional subordinada de carácter temporário, deverão dispor de uma promessa ou de um
contrato de trabalho.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 44/
O estrangeiro que pretende vir viver para Portugal deve possuir o visto para obtenção de autorização de
residência, que é concedido de acordo com objectivos específicos (exercício de actividade profissional,
reagrupamento familiar, estudos).
⚫ Para exercer uma actividade profissional, subordinada ou independente, deve possuir um visto que lhe
permita, uma vez em território nacional, obter um título válido de residência, para exercer a
actividade profissional pretendida nos termos do disposto no artigo 58.º da Lei n.º 23/2007, de 4 de
Visto de Residência
Julho.
O pedido deve ser apresentado pelo cidadão estrangeiro junto do consulado português do país da sua
residência habitual, ou no país da área da jurisdição consular do estado da sua residência (n.º 2 do artigo
10.º, do Decreto Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de Novembro).
A concessão do visto de residência implica a verificação dos requisitos previstos no artigo 52.º da
Lei n.º 23/2007, nomeadamente, não ter o requerente sido sujeito a medida de afastamento e a
subsequente interdição de entrada em território nacional, não estar indicado para efeitos de não
admissão nem no Serviço de Informação e Segurança (SIS) nem no Sistema Integrado de Informação
(SEF) e não ter sido condenado por crime que em Portugal seja punível com pena privativa da liberdade
de duração superior a um ano.
⚫ Consoante as finalidades pretendidas, podem ser solicitados diversos tipos de vistos de residência:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 45/
Visto de residência para o exercício de actividades profissionais subordinadas
A concessão deste tipo de visto depende da existência de oportunidades de emprego, não preenchidas por
nacionais portugueses, por trabalhadores nacionais de outros estados membros da União Europeia, do
Espaço Económico Europeu, de estado terceiro com o qual a EU tenha celebrado acordos de livre circulação
de pessoas, bem como por trabalhadores nacionais de estados terceiros com residência legal em Portugal
(art.º 59.º n.º1, da Lei n.º 23/2007).
http://www.netemprego.imigrante.gov.pt
Visto de Residência
Através deste mesmo sítio, os cidadãos estrangeiros podem apresentar as suas candidaturas, se encontrarem
ofertas que lhes interessem e que correspondam ao seu perfil profissional.
O Conselho de Ministros, mediante parecer prévio da Comissão Permanente da Concertação Social, aprova
anualmente uma resolução que define um contingente global indicativo de oportunidades de emprego
presumivelmente não preenchidas (art.º 59.º n.º 2). Até ao limite deste contingente, poderá ser emitido
visto de residência para exercício de actividade profissional subordinada aos nacionais de estados terceiros
que, além dos requisitos gerais previstos no art.º 52.º da Lei n.º 23/2007, possuam:
Excepcionalmente e, independentemente do referido contingente global, poderá ser concedido visto para
obtenção de autorização de residência para o exercício de actividade profissional subordinada aos nacionais
de estados terceiros se, além dos requisitos anteriormente referidos, comprovarem que a oferta de emprego
não foi preenchida pela categoria de trabalhadores acima mencionada (art.º 59.º n.º 7 da Lei n.º 23/2007).
O visto de residência poderá também ser concedido para o exercício de uma actividade
profissional independente ou a imigrantes empreendedores nacionais de estados
terceiros (art.º 60.º da Lei n.º 23/2007).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 46/
Para o exercício de uma actividade profissional independente os interessados deverão ser detentores:
Para os imigrantes empreendedores que pretendam investir em Portugal, os interessados nesse tipo de visto
devem:
Em situações desta natureza, o pedido de visto de residência será apreciado tendo em conta,
particularmente, a relevância económica, social, científica, tecnológica ou cultural do
(continuação)
⚫ Tenham sido admitidos a colaborar como investigadores num centro de investigação reconhecido
pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior;
⚫ Disponham de uma promessa ou contrato de trabalho, de uma proposta escrita ou contrato de
prestação de serviços ou de uma bolsa de investigação científica (n.º 1 do mesmo artigo).
⚫ Tenham sido admitidos para o exercício de uma actividade docente num estabelecimento de ensino
superior;
⚫ Disponham de uma promessa de contrato de trabalho, de proposta escrita ou de contrato de prestação
de serviços, para o exercício de uma actividade altamente qualificada.
Poderão, também, ser concedidos vistos de residência a cidadãos estrangeiros que detenham a qualidade de
ministros do culto, membros de instituto de vida consagrada ou que exerçam profissionalmente actividade
religiosa e que, como tal, seja certificada pela igreja ou comunidade religiosa a que pertençam, devidamente
reconhecidas nos termos da ordem jurídica portuguesa (art.º 24.º, alínea e) do Decreto Regulamentar n.º
84/2007).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 47/
Concessão de autorização de residência a titulares de visto de residência
A concessão do direito de residência assente na necessidade de visto adequado, desde que o cidadão
estrangeiro seja detentor de um adequado visto de residência, nos termos expostos anteriormente, poderá
entrar em Portugal e solicitar a respectiva Autorização de Residência ao Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras.
Das condições gerais para concessão de Autorização de Residência (AR) nos termos do art. 77.º da Lei n.º
23/2007, destacam-se, entre outras:
O título de residência substitui, para todos os efeitos, o Bilhete de Identidade (BI) e o Cartão
do Cidadão (CC).
Os cidadãos estrangeiros que residam legalmente em Portugal há mais de 5 anos podem solicitar a
concessão de uma autorização de residência permanente ou o estatuto de residente de longa duração. Para
o efeito devem deter:
A autorização de residência permanente não tem limite de validade, no entanto o cidadão deverá
requerer a renovação do título de 5 em 5 anos (art.º 76.º, da Lei n.º 23/2007).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 48/
O estatuto de residente de longa duração permite ao cidadão estrangeiro:
⚫ Beneficiar de igualdade de tratamento perante os cidadãos nacionais (art.º 133.º, da Lei n.º
23/2007);
⚫ Ver facilitado o reconhecimento do seu direito de residência noutro país da União Europeia.
Reagrupamento familiar
Autorização de Residência (continuação)
De harmonia com o preceituado no art.º 98.º n.º 1 da Lei n.º 23/2007, o cidadão com autorização de
residência válida, tem direito ao reagrupamento familiar, com membros da sua família que se encontrem
fora do território nacional, que com ele tenham vivido noutro país, que dele dependam ou que com ele
coabitem, independentemente dos laços familiares serem anteriores ou posteriores à entrada em território
nacional, do residente.
Nos termos do n.º 3 do mesmo art. 98.º é, ainda, assegurado o direito ao reagrupamento familiar aos
cidadãos que a lei tenha reconhecido o estatuto de refugiado, quer aos membros da sua família que se
encontrem em território nacional ou fora dele, salvaguardando as disposições legais que reconheçam o
estatuto de refugiado aos familiares.
Quando os familiares a reagrupar se encontrem no nosso País, o procedimento poderá ser desencadeado
quer pelo titular do direito, quer pelos próprios familiares (n.º 2 do mesmo artigo).
A lei considera como tais, para efeitos de reagrupamento familiar (n.º 1 do art.º 99.º da Lei n.º
23/2007):
⚫ O cônjuge;
⚫ Os filhos menores ou incapazes a cargo do casal ou de um dos cônjuges;
⚫ Os menores adoptados pelo requerente quando não seja casado, pelo requerente ou pelo cônjuge;
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 49/
⚫ Os filhos maiores a cargo do casal ou de um dos cônjuges, que sejam solteiros e se
encontrem a estudar num estabelecimento de ensino em Portugal;
⚫ Os ascendentes na linha recta e em 1º grau do residente ou do seu cônjuge, desde que se encontrem a
seu cargo;
⚫ E os irmãos menores, desde que se encontrem sob tutela do residente.
Consideram-se, ainda, membros da família, para efeitos de reagrupamento familiar do refugiado menor não
acompanhado, os ascendentes em 1.º grau, o seu tutor legal ou qualquer outro familiar, se o refugiado não
tiver ascendentes directos ou não for possível localizá-los (A lei define como menor não acompanhado para este efeito,
o nacional de estado terceiro ou apátrida, com idade inferior a 18 anos, que tenha entrado no território nacional não acompanhado, nem
se encontre a cargo de adulto responsável, ou seja abandonado após a sua entrada em território nacional).
Quanto aos cidadãos estrangeiros titulares de autorização de residência para efeitos de estudo, estágio
profissional não remunerado ou voluntariado, consideram-se familiares para efeitos de reagrupamento,
apenas o cônjuge, os filhos menores ou incapazes a cargo do casal ou de um dos cônjuges e os menores
adoptados pelo requerente quando não seja casado, pelo requerente ou pelo cônjuge (A lei refere ainda que,
sempre que seja solicitado o reagrupamento familiar com filho menor ou incapaz de um dos cônjuges, deverá ser obtida a necessária
autorização do outro progenitor, ou decisão de autoridade competente, que ateste que o filho lhe foi confiado, de acordo com o n.º 4 do
Autorização de Residência (continuação)
mesmo artigo).
O reagrupamento familiar também é reconhecido aos cidadãos que vivam em união de facto, devidamente
comprovada nos termos da lei, quer ainda com os filhos solteiros menores ou incapazes, incluindo os filhos
adoptados do parceiro de facto, desde que estes lhe estejam legalmente confiados.
Ao abrigo do art.º 118.º da Lei n.º 23/2007, é igualmente reconhecido o direito ao reagrupamento familiar
aos cidadãos estrangeiros que, detendo o estatuto de residente de longa duração concedido por outro estado
membro da União Europeia, sejam titulares de autorização de residência em Portugal, nos termos do art.º
116.º do mesmo normativo legal. São considerados membros da família para este efeito, os familiares
referidos no n.º 1 do art.º. 99.º, bem como no n.º 1, do art.º 100.º da Lei n.º 23/2007.
De acordo com o consignado no n.º 1, do art. 101º, do diploma mencionado, o titular do direito ao
reagrupamento familiar deverá, para o poder exercer, demonstrar que dispõe de condições para o efeito,
entre as quais se destaca:
⚫ A disponibilidade de alojamento;
⚫ A posse de meios de subsistência,
tal como são definidos pela portaria conjunta dos Ministros da Administração Interna e do Trabalho e da
Solidariedade Social (Portaria n.º 1563/2007, de 11 de Dezembro).
O SEF notificará por escrito, no prazo máximo de três meses, a decisão ao requerente (art.º 105.º,
da Lei n.º 23/2007).
Este prazo poderá, em circunstâncias excepcionais, vir a ser prorrogado por três meses,
correspondendo a deferimento tácito a ausência de decisão no prazo de seis meses.
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A pedido do cidadão, o SEF certificará o deferimento tácito, devendo comunicá-lo, no prazo de
48 horas, à Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, para efeitos de
admissão do visto de residência, nos termos do art. 64º do referido normativo legal.
À luz do preceituado no art.º 107.º, da Lei n.º 23/2007, ao membro da família que seja titular de um visto
emitido nos termos do seu artigo 64.º (reagrupamento familiar), ou que se encontre em território nacional,
tendo sido deferido o pedido de reagrupamento familiar, é concedida uma autorização de residência de
duração idêntica à do residente, excepto se o residente for titular de uma autorização de residência
permanente, caso em que é concedida ao familiar, uma autorização de residência renovável, válida por dois
anos.
O visto de residência habilita o seu titular a entrar em território nacional para solicitar a concessão de
autorização de residência. Nalgumas situações especiais, a lei veio admitir que verificados determinados
requisitos excepcionais, pudesse ser concedida autorização de residência com dispensa de visto (art.º 122.º
da Lei n.º 23/2007).
⚫ Menores que tenham nascido em território nacional, que aqui tenham permanecido, e se encontrem a
frequentar a educação pré-escolar, o ensino básico, o ensino secundário ou profissional – alargando esta
protecção aos progenitores que sobre eles exerçam o poder paternal, podendo os pedidos ser efectuados
em simultâneo;
⚫ Cidadãos estrangeiros, filhos de imigrantes legais, que tenham atingido a maioridade e aqui tenham
permanecido desde os 10 anos de idade – e ainda cidadãos estrangeiros, maiores, nascidos em território
nacional, que daqui não se tenham ausentado ou que aqui tenham permanecido desde idade inferior aos
10 anos. Quer num caso, quer noutro, devem comprovar a actividade desenvolvida durante a
permanência em território nacional, designadamente o percurso escolar;
⚫ Cidadãos estrangeiros vítimas de tráfico de pessoas que tenham residido nessa qualidade;
⚫ Cidadãos estrangeiros em situação ilegal vítimas de exploração laboral grave, desde que atestada pela
Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT);
⚫ Cidadãos estrangeiros, estudantes, que pretendam permanecer em Portugal desenvolvendo uma
actividade profissional, devendo para o efeito comprovar a conclusão dos estudos em território nacional
ao nível do ensino secundário ou superior;
⚫ Cidadãos estrangeiros cientistas/investigadores e quadros altamente qualificados, que tenham sido
admitidos com Visto de Estada Temporária e pretendam continuar a sua actividade em Portugal,
comprovando, através de contrato de trabalho ou de prestação de serviços, a actividade de investigação
ou altamente qualificada desenvolvida.
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Processo de obtenção de autorização de residência, em território nacional, para
exercício de actividade profissional subordinada, independente e empreendorismo
⚫ A concessão do direito de residência por razões excepcionais que decorrem da inexistência do visto
adequado:
Os números 2 dos artigos 88.º e 89.º prevêem a possibilidade de concessão de autorização de residência
Autorização de Residência (continuação)
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⚫ Diferenças em relação ao disposto no artigo 123.º:
Apesar das semelhanças entre os número 2 dos artigos 88.º e 89.º da referida lei e o artigo 123.º da
mesma, por todos se reportarem a procedimentos oficiosos, o último distingue-se, claramente dos
primeiros.
O artigo 123.º prevê a possibilidade de concessão de autorização de residência, por motivos de
interesse nacional, de interesse público ou por razões humanitárias, não se reportando necessariamente
ao exercício de qualquer actividade profissional.
No fim do primeiro ano de residência e até trinta dias antes de caducar o seu título de residência, o cidadão
estrangeiro deverá solicitar a respectiva renovação.
O direito de residência caduca decorrido um ano sobre o termo da validade do título de residência.
Para o efeito, o cidadão estrangeiro deverá fazer prova de que dispõe de meios de subsistência e
Autorização de Residência (continuação)
alojamento, do cumprimento das obrigações fiscais e da segurança social e que não tenha sido condenado
em pena ou penas que, isolada ou cumulativamente, ultrapassem um ano de prisão.
Ao abrigo do disposto no art.º 79.º os cidadãos que cumpram pena de prisão podem ver a sua autorização de
residência renovada, sempre que não lhes tenha sido decretada medida de expulsão.
A autorização de residência temporária é renovada por períodos sucessivos de 2 anos, com excepção de um
conjunto de situações específicas, prevista na lei, em que tal não ocorre, nos casos em que o cidadão
estrangeiro tenha fixado residência para efeitos de estudo, para a realização de um estágio profissional não
remunerado ou preste voluntariado.
A renovação da autorização de residência temporária deve ser solicitada pelos interessados até 30 dias antes
de expirar a sua validade, nas Delegações Regionais do SEF, da área onde o cidadão estrangeiro reside ou
exerce a sua actividade profissional.
Para efeitos de renovação da autorização de residência, para além dos documentos recorrentes terá, ainda,
de fazer prova dos meios de subsistência e alojamento.
Prorrogação de permanência
A prorrogação deve ser pedida na data que corresponde ao limite de validade da autorização de
permanência ou, excepcionalmente, em data posterior, mas nunca decorridos 30 dias sobre aquela.
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A prorrogação da autorização de permanência deve ser solicitada em impresso próprio, fornecido pelo SEF,
devendo ser preenchidos os campos relativos ao nome, data de nascimento, nacionalidade e campos em que
se verifiquem alterações, acompanhado dos seguintes documentos:
⚫ Passaporte válido;
⚫ Uma fotografia;
⚫ Três cópias do contrato de trabalho, em execução no momento do pedido (actual);
⚫ Três cópias dos contratos de trabalho anteriores, caso tenha celebrado outros contratos de trabalho,
após a emissão da sua Autorização de Permanência.
A Lei n.º 37/2006, de 9 de Agosto, que transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva 2004/38/CE do
Parlamento Europeu e do Conselho, de, 24 de Abril, fixa as condições que regem o exercício do direito dos
cidadãos da União Europeia e seus familiares de circularem e residirem livremente no território nacional.
Este direito é extensivo aos Cidadãos Nacionais de Estados Parte no Espaço Económico Europeu e da
Suíça. (O Acordo do EEE – entrou em vigor a 1 de Janeiro de 1994. Depois do alargamento, a 1 de Maio
de 2004, é aplicável aos países da UE e aos países da EFTA
– a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega. A Suíça, que também é um país pertencente à EFTA, não faz
Autorização de Residência (continuação)
Para entrada e estadias até três meses no território nacional os cidadãos da UE e seus familiares têm,
apenas, que apresentar o bilhete de identidade ou passaporte válidos, sem necessidade de qualquer visto de
entrada ou formalidade equivalente.
Os familiares dos cidadãos da UE que sejam nacionais de estado terceiro e estejam sujeitos à obrigação de
visto de entrada, nos termos das normas em vigor na União Europeia, podem beneficiar de todas as
facilidades para a obtenção dos vistos necessários, concedidos a título gratuito, com uma tramitação
especial que garanta a celeridade na respectiva emissão.
O familiar que não tenha a nacionalidade de um estado membro deve comunicar a sua presença no território
nacional nos termos da lei, sendo o incumprimento desta obrigação punido nos termos da lei de entrada,
permanência, saída e afastamento de estrangeiros.
Qualquer cidadão da UE tem o direito de residir no território nacional por período superior a três meses
desde que reúna uma das seguintes condições:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 54/
Têm igualmente o direito a residir no território nacional por período superior a três meses os familiares
que não tenham a nacionalidade de um estado membro, que acompanhem ou se reúnam a um cidadão da
União que esteja nas condições acima referidas.
O cidadão da UE que tiver deixado de exercer uma actividade profissional mantém o estatuto de
trabalhador subordinado ou independente quando tiver uma incapacidade temporária para o trabalho
resultante de doença ou acidente, quando estiver em situação de desemprego involuntário devidamente
registado e estiver inscrito no Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP, como candidato a um
emprego e/ou frequentar uma formação profissional, desde que exista uma relação entre a actividade
profissional anterior e a formação em causa,
Estas condições não se aplicam quando o cidadão estiver em situação de desemprego involuntário.
Têm direito a residência permanente os cidadãos da UE e seus familiares que tenham residido
legalmente no território nacional por um período de cinco anos consecutivos. Para tal, há que solicitar
um Certificado de Residência Permanente.
Os cidadãos da União cuja estada no território nacional se prolongue por período superior a três meses
devem efectuar o registo que formaliza o seu direito de residência no prazo de 30 dias após decorridos
os primeiros três meses da entrada no território nacional. O registo é feito junto da Câmara
Municipal da área de residência, caso esta disponha deste serviço ou na Delegação do SEF mais próximo
da área de residência. Neste caso, será emitido um Certificado de Registo.
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2.2. Regime jurídico do contrato individual de trabalho - trabalho de estrangeiros
O direito de trabalho de um estado de direito democrático, deve passar sempre pela atribuição de igual
direito aos níveis de vida e de condições de trabalho existentes nesse país.
A Lei n.º 20/98, de 12 de Maio, que regulamenta o trabalho de estrangeiros em território português.
A Lei 7/2009, de 12 de Fevereiro, que aprova a revisão do Código do Trabalho, revogou algumas
das normas estabelecidas no Decreto-Lei n.º 97/77, de 17 de Março, que previa, que em empresas com
mais de 5 trabalhadores, apenas 10% poderiam ser estrangeiros.
Assim, no que se refere a trabalho de estrangeiros o Artigo 4.º da Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro, acima
mencionada, sob a epígrafe “Igualdade de tratamento de trabalhador estrangeiro ou apátrida”
dispõe: “Sem prejuízo do estabelecido quanto à lei aplicável ao destacamento de trabalhadores
e do disposto no artigo seguinte, o trabalhador estrangeiro ou apátrida que esteja autorizado a
exercer uma actividade profissional subordinada em território português goza dos mesmos
direitos e está sujeito aos mesmos deveres do trabalhador com nacionalidade portuguesa.”
O artigo 5.º da lei supramencionada estipula a forma e conteúdo de contrato com trabalhador
estrangeiro ou apátrida, nos seguintes termos:
“1 - O contrato de trabalho celebrado com trabalhador estrangeiro ou apátrida está sujeito a forma
escrita e deve conter, sem prejuízo de outra informação exigível, no caso de ser a termo, a que aseguir
se indica:
a) Identificação, assinaturas e domicílio ou sede das partes;
b) Referência ao visto de trabalho ou ao título de autorização de residência ou permanência do
trabalhador em território português;
c) Actividade do empregador;
d) Actividade contratada e retribuição do trabalhador;
e) Local e período normal de trabalho;
f) Valor, periodicidade e forma de pagamento da retribuição;
g) Datas da celebração do contrato e do início da prestação de actividade.
4 - O exemplar do contrato que ficar com o empregador deve ter apensos documentos comprovativos
do cumprimento das obrigações legais relativas à entrada e à permanência ou residência do cidadão
estrangeiro ou apátrida em Portugal, sendo apensas cópias dos mesmos documentos aos restantes
exemplares.
6 - O disposto neste artigo não é aplicável a contrato de trabalho de cidadão nacional de país membro
do Espaço Económico Europeu ou de outro Estado que consagre a igualdade de tratamento com
cidadão nacional em matéria de livre exercício de actividade profissional.
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Nestes termos resulta que o contrato de trabalho celebrado entre cidadãos estrangeiros, nacionais de países
que não pertençam ao espaço económico europeu ou de outro estado que consagre a igualdade de
tratamento com cidadão nacional em matéria de livre exercício de actividade profissional está sujeito a
forma escrita. Estão dispensados de forma escrita, os contratos celebrados com nacionais de países
signatários da Carta Social Europeia, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe, casos em
que vigora a regra geral sobre a forma de contrato de trabalho. (O contrato de trabalho não depende
da observância de forma especial, salvo quando a lei determina o contrário).
A cessação de contrato, deve igualmente ser comunicada à ACT nos 15 dias posteriores.
Noção
O trabalhador compromete-se a prestar a sua actividade no local e durante o período acordado, a respeitar
as orientações dadas pelo empregador, a cumprir as normas de segurança e higiene no seu trabalho.
⚫ Nome (quando se trata de pessoa singular) ou denominação (quando se trata de pessoa colectiva
ou sociedade);
⚫ Residência ou sede do dador e do prestador de trabalho;
⚫ Categoria profissional ou funções ajustadas;
⚫ Retribuição do trabalhador;
⚫ Local de trabalho:
– Horário de trabalho;
– Data de início de trabalho;
– Prazo estipulado com indicação de motivo justificativo;
– Data de celebração.
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Contrato de Trabalho Sem Termo
O contrato de trabalho sem termo é aquele que não tem uma duração previamente fixada pelas partes. Pode
durar indeterminadamente. Só cessa nos termos da lei, ou seja, por:
⚫ Caducidade;
⚫ Revogação por acordo das partes;
⚫ Despedimento promovido pela entidade empregadora (com justa causa);
⚫ Rescisão, com ou sem justa causa, por iniciativa do trabalhador;
⚫ Rescisão por qualquer das partes durante o período experimental;
⚫ Extinção de postos de trabalho por causas objectivas;
⚫ Inadaptação do trabalhador ao posto de trabalho.
O empregador e o trabalhador devem proceder de boa fé no exercício dos seus direitos e no cumprimento das respectivas
obrigações.
Trabalhador
É o sujeito do contrato de trabalho que se obriga a prestar, ele próprio, a sua actividade e num estado de
dependência.
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O trabalhador obriga-se a:
⚫ Exercer um determinado género de actividade correspondente à categoria profissional para que foi
contratado. Excepcionalmente, a entidade patronal pode encarregar o trabalhador de serviços não
compreendidos no objecto do contrato de trabalho;
⚫ Exercer a sua actividade com zelo e de uma forma cuidada, empregando todas as suas capacidades e
aptidões;
⚫ Comparecer nas horas e locais previamente definidos, para exercer o seu trabalho;
⚫ Ser assíduo e estar disponível para o serviço;
⚫ Ser leal à entidade patronal;
⚫ Tratar com respeito a entidade patronal, os superiores hierárquicos, os companheiros de trabalho;
⚫ Cumprir as normas de segurança e higiene no trabalho.
Entidade Patronal
Após contratar os trabalhadores e durante a vigência do contrato a entidade patronal tem sobre os
trabalhadores o poder de autoridade e de direcção, que se consubstanciam em:
⚫ Atribuir ao trabalhador um certo posto de trabalho e funções que se enquadrem na categoria para que
foi contratado;
⚫ Definir os termos em que deve ser prestado o trabalho, dentro dos limites decorrentes do contrato
e das normas que o regem;
⚫ Indicar as normas de organização e disciplina do trabalho;
⚫ Exercer o poder de disciplina.
Assim como os trabalhadores têm deveres para com a entidade patronal, também a entidade patronal tem
deveres para com o trabalhador, dos quais se distinguem os seguintes:
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Outros elementos
⚫ A Remuneração Mínima Mensal (RMM), garantida por lei, é actualizada todos os anos.
⚫ Duração máxima de trabalho: 40 horas semanais / 8 horas diárias
⚫ Descanso semanal: 1 x semana obrigatório (+ 1 dia generalizado)
⚫ Trabalho suplementar: limite = 2 horas diárias = 200 horas anuais (com direito a remuneração
especial ou a compensação)
⚫ Remuneração especial mínima/trabalho extraordinário:
– 1.ª hora de trabalho = + 50% sobre o valor do contrato de trabalho
– 2.ª hora e seguintes = + 75% sobre o valor hora do contrato de trabalho
– Em descanso semanal ou feriados = + 100% sobre o valor hora do contrato de trabalho
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⚫ Cessação do contrato de trabalho a termo incerto
– 7 dias de pré-aviso (contrato com duração até 6 meses)
– 30 dias de pré-aviso (contratos com duração de 6 meses a dois anos)
– 60 dias de pré-aviso (contratos de duração superior a dois anos)
⚫ Acidentes de Trabalho
– No local de trabalho
– Fora do local de trabalho na execução de serviços determinados pela entidade patronal
– Na ida para o local de trabalho ou no regresso
Em caso de acidente, o trabalhador deverá dirigir-se ou ser conduzido ao hospital ou unidade de saúde mais
próxima, devendo ser informado do número da apólice da Companhia Seguradora. No caso de não possuir
o número da apólice, deve indicar no registo hospitalar, tratar-se de acidente de trabalho.
Compete à entidade patronal, participar o acidente à companhia de seguros e informar o trabalhador das
condições auferidas enquanto segurado.
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2.3. Igualdade de oportunidades e tratamento no emprego
Várias medidas legislativas e práticas sociais foram adoptadas, tanto a nível interno, como internacional,
para assegurar a igualdade de tratamento, promover a igualdade de oportunidades, e combater a
discriminação no domínio do emprego.
A nível internacional:
A nível nacional:
⚫ Lei n.º 134/99, de 28 de Agosto, posteriormente regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 111/2000, de 4 de
Julho, que teve por objecto prevenir e proibir a discriminação racial, entendida como toda e qualquer
distinção, exclusão, restrição ou preferência em função da raça, cor, ascendência, origem nacional e
étnica no exercício dos direitos económicos, sociais e culturais.
De entre as práticas que essa lei considera discriminatória, salienta-se a alínea a), b) e l).
Mereceu, ainda, referência específica “as práticas discriminatórias no emprego, nos termos dos artigos
9.º, 12.º, e o parágrafo 4, do artigo 19.º.
De entre as práticas que essa lei considera discriminatória, mereceu referência específica “as práticas
discriminatórias no emprego.
Os cidadãos estrangeiros têm direito ao acesso à formação profissional, à Segurança Social, aos cuidados
de saúde e à educação, nas mesmas condições que os nacionais.
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Acesso ao emprego e à formação
Quanto aos cidadãos estrangeiros de países terceiros, sem “autorização de residência”, mas com
título válido de residência, designadamente, visto de trabalho, visto de estudo, visto de residência e de
autorização de permanência, podem inscrever-se nos Centros de Emprego, nas seguintes condições:
⚫ Como utentes, desde que reúnam todos os requisitos definidos pelos serviços para os
utentes em geral.
⚫ Como candidatos a emprego, se demonstrarem possuir capacidade e disponibilidade
para o trabalho, embora só tenham acesso às ofertas de emprego internas e, no caso de não existirem
candidatos comunitários ou estrangeiros com “autorização de residência”, disponíveis e com perfil
compatível com as ofertas disponíveis.
Podem, ainda, e na sequência da sua inscrição nos Centros de Emprego, beneficiar do acesso às acções
de formação profissional e aos programas/medidas de emprego, desde que preencham os requisitos
de acesso dos destinatários estabelecidos na legislação ou normativos que os regulamentam
para a generalidade dos cidadãos, sem prejuízo dos casos específicos de elegibilidade, determinados pelo
quadro de financiamento em vigor.
Modo de Acesso
Para recorrer aos serviços públicos de emprego e formação profissional, basta dirigirem-se ao Centro de
Emprego da sua área de residência, onde poderão efectuar a inscrição, sendo necessário para esse efeito, a
apresentação do bilhete de identidade ou passaporte e, ainda, documento comprovativo da regularização da
sua estadia em Portugal.
Acesso à educação
Um dos direitos mais genericamente reconhecidos é o direito à escolaridade. Existe uma Resolução do
Conselho Europeu de 23 de Outubro de 1995, que estabeleceu que “em conformidade com a Convenção
Europeia dos Direitos do Homem e com a legislação internacional, em particular com o artigo 2.º da
Convenção sobre os Direitos da Criança, todas as crianças, as crianças de requerentes de asilo e de
imigrantes ilegais indevidos, têm direito à escolaridade”.
Este direito é reconhecido como um direito fundamental, consagrado no artigo 73.º da Constituição da
República Portuguesa.
Existem regras a observar, nos termos previstos na lei e nas convenções internacionais, para garantir, nos
termos do princípio da igualdade, o reconhecimento da equivalência entre períodos de estudo, quer
universitários quer pré-universitários.
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2.4. Protecção social dos trabalhadores estrangeiros
Acesso à Saúde
Através do Sistema Nacional de Saúde (SNS), o Estado organiza a prestação de cuidados globais de saúde,
garantindo-se o acesso a todos os cidadãos, mesmo aos estrangeiros, em regime de gratuitidade no acto da
prestação. As taxas moderadoras servem para racionalizar a utilização das prestações.
Aos cidadãos de países estrangeiros é garantido o acesso ao Serviço Nacional de Saúde em igualdade de
tratamento com os nacionais, podendo beneficiar dos cuidados de saúde e de assistência medicamentosa,
prestados pelas instituições que integram este sistema.
Os cidadãos estrangeiros legalmente residentes em Portugal, que efectuem descontos para a Segurança
Social, e o respectivo agregado familiar, devem, como os nacionais, dirigir-se ao centro de saúde da sua
área de residência para obter o cartão de utente do SNS, que deverão exibir perante os serviços de saúde da
sua área de residência.
Os cidadãos estrangeiros que não possuam nenhum dos títulos acima indicados, devem apresentar um
documento comprovativo, emitido pelas juntas de freguesia, de que se encontram em Portugal há mais de
90 dias. A estes, poderão ser-lhes cobradas as despesas efectuadas, exceptuando a prestação de cuidados de
saúde em situações que ponham em perigo a saúde pública.
A taxa que terão que pagar consta das tabelas em vigor e devem atender à situação económica e social da
pessoa. A prova da situação económica é aferida pela Segurança Social.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 64/
Acesso à Segurança Social
O Instituto da Segurança Social (ISS) é uma pessoa colectiva de direito público encarregue da
gestão das prestações do sistema de Segurança Social, sem prejuízo das competências
atribuídas a outras instituições de Segurança Social e aos serviços integrados na administração directa do
estado.
Nos termos da Lei de Bases da Solidariedade e Segurança Social recentemente aprovada, o ISS tem a seu
cargo a protecção social dos cidadãos, promovendo a protecção dos trabalhadores e das suas famílias.
Cabe às entidades empregadoras efectuar a inscrição na segurança social de trabalhadores que iniciam
actividade ao seu serviço até ao final do mês seguinte ao do início de actividade.
A inscrição é feita no serviço de solidariedade e Segurança Social que abrange o local de trabalho. As
contribuições devem ser pagas todos os meses, sendo a taxa contributiva de 23,75% da entidade
patronal e 11% do trabalhador. A taxa de incidência é o salário pago ao trabalhador.
A inscrição na Segurança Social e o pagamento das contribuições garante aos trabalhadores as seguintes
protecções:
⚫ Doença;
⚫ Maternidade;
⚫ Desemprego;
⚫ Doenças profissionais;
⚫ Invalidez;
⚫ Velhice;
⚫ Morte.
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Acesso às prestações
Os cidadãos estrangeiros legalmente residentes em Portugal têm direito ao rendimento mínimo garantido,
desde que reúnam as condições exigidas por lei para a sua obtenção.
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UNIDADE TEMÁTICA 3 Formas de Acesso à Informação e Documentação
Objectivos
Conteúdos
3.3. Internet
- Noções básicas
- Glossário de termos relativos à Internet
- Etapas da pesquisa de informação na Internet
- Etapas de utilização de uma aplicação de correio electrónico
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3.1. Introdução aos Sistemas Informáticos
A palavra informática resulta da conjugação de duas palavras distintas: informação e automática e significa
tratamento ou processamento da informação, utilizando meios automáticos, ou seja, através de um
computador.
O software é a parte lógica de um sistema informático que gere e controla o hardware, de uma forma
organizada, para que o computador possa funcionar convenientemente. O software é constituído pelos
programas que, através de várias instruções, são responsáveis pelo funcionamento do computador e pela
realização de várias tarefas como escrever, desenhar, etc. Por isso, para se executar uma determinada
actividade com um computador é necessária a instalação de um programa adequado a essa actividade.
Componentes de um computador
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O CPU é a Unidade Central de Processamento, é o “cérebro” do computador e é responsável por
controlar e realizar todas as tarefas exigidas pelos utilizadores. É o CPU que determina a velocidade com
que os dados são recebidos, processados e transmitidos.
A Motherboard, é onde se encontram os circuitos electrónicos e a memória ROM, e é a ela que se ligam
os componentes internos como o processador, memórias, discos, entre outros.
A Memória é um suporte para armazenar qualquer tipo de informação, quer seja de dados ou programas.
Armazena de forma temporária ou permanente os dados ou as instruções, podendo existir dois tipos de
memória num computador: as memórias primárias e as memórias secundárias.
As Memórias Primárias estão em contacto directo com o CPU e fornecem as instruções e os dados com
os quais o CPU vai trabalhar, assim como recebem os dados que resultam desse processamento. É
vulgarmente conhecida como memória volátil.
⚫ Os periféricos de entrada (input) permitem que o utilizador envie informação para o computador;
⚫ Os periféricos de saída (output) permitem enviar informação do computador para o exterior;
⚫ Os periféricos de entrada e saída (input/output) permitem que o utilizador envie informação para o
computador e que o computador envie informação para o utilizador.
Funcionamento de um computador
O software de aplicação corresponde aos programas que nos permitem realizar várias tarefas, a título
de exemplo temos, os processadores de texto (escrita e formatação de texto), as folhas de cálculo (que
permitem efectuar cálculos numéricos e criação de gráficos), os sistemas de gestão de bases de dados (que
permitem elaborar e gerir ficheiros com informação catalogada e ordenada), as apresentações gráficas
(permitem criar conjuntos automatizados de slides), programas de desenho e tratamento de imagem (que
possibilita a criação de desenhos originais ou tratamento de imagens previamente armazenadas), programas
de navegação na Internet, jogos (programas de entretenimento que, geralmente, são bastante exigentes com
o hardware) e os antivírus (que são programas de combate a vírus informáticos).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 69/
3.2. Processador de Texto
Características e Vantagens
⚫ Impressão de Documentos
– Imprimir um documento (atendendo aos procedimentos de impressão de um documento)
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 70/
3.3. Internet
Noções básicas
A Internet constitui, nos dias de hoje, uma nova forma privilegiada de acesso à informação. Esta é uma
rede constituída por um vasto conjunto de redes independentes ligadas entre si, que liga computadores de
diferentes tipos e dimensões e permite a comunicação entre pessoas diferentes, independentemente do país
ou do local onde estas se encontram. É, por isso, uma forma muito rápida de obter e dar informação.
Imagine que pretende obter uma informação relativamente à formação profissional. Um dos sítios na
internet onde poderá obter essa informação é no sítio do Instituto do Emprego e Formação Profissional,
I.P. onde poderá consultar informações sobre este assunto, assim como encontrar outros pontos de ligação
para reforçar a sua consulta.
1. º Passo: Precisa de se dirigir a um local onde exista um computador que esteja ligado à
internet (público ou privado, como por exemplo, os CTT ou a Portugal Telecom).
2. º Passo: Depois de se sentar em frente do computador, terá de “clicar” (tocar) no ícone que simboliza a
internet e esperar que o computador.
3. º Passo: Depois de estabelecida a ligação, aparecerá no ecrã do computador uma janela grande, onde
existe uma caixa pequena, devidamente identificada, onde deverá escrever o endereço a que
pretende aceder, que neste caso é www.iefp.pt.
Termo Designação
É o nome genérico do programa que nos permite navegar na Internet. Os mais populares são o
Browser
Internet Explorer e o Netscape Navigator.
É o pequeno aparelho (ou placa) que liga o computador à linha telefónica para estabelecer a
Modem
ligação com o fornecedor de acesso Internet.
Servidor Computador central, que administra e fornece informação a outros computadores- clientes.
(Server / Existem servidores Web que disponibilizam páginas online, servidores de mail que distribuem
Host) mensagens, etc.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 71/
HTTP
(HyperText O ''protocolo'' utilizado para navegar na internet é o http, isto é, ao escrever
Transfer ''http://www.nome.pt/index.html'' estamos a dizer ao browser para transferir o ficheiro index.html,
Protocol) – que está no servidor www.nome.pt, com o protocolo http.
“protocolo”
World Wide Web, ou apenas Web, é o termo utilizado quando nos referimos à imensidão de
WWW -
páginas existentes em toda a Internet;
World Wide
Página web é o termo utilizado para nos referirmos a uma determinada página;
Web
Web site, também conhecido por "sítio" ou "sítio web" é o conjunto de páginas web num
determinado endereço.
Homepage -
A Homepage de um web site é a sua página principal. A homepage de um utilizador pode ser a
página
sua página pessoal, mas pode também ser a página que carrega quando se abre o browser (Internet
principal de
Explorer ou Netscape Navigator).
um web site
As palavras ou imagens de uma página na internet nas quais é possível clicar e, portanto, aceder a
Hiperligação outros locais de informação, chamam-se links, hiperlinks ou hiperligações.
FAQ
(Frequently
Asked Em Português, uma FAQ é um conjunto de respostas às perguntas mais frequentes,
Questions) - colocadas pelos utilizadores de determinado site, produto ou serviço.
Perguntas
Frequentes
A arroba é utilizada nos endereços de e-mail (ex. maria@iefp.pt) e significa ''em'' (“at” em
@ - “arroba”
inglês).
Attachment Quando uma mensagem de correio electrónico tem um attachment significa que a
– “anexo” mensagem tem um ficheiro em anexo.
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Etapas da pesquisa de informação na Internet
⚫ Iniciar uma sessão de trabalho, através da utilização de uma aplicação de correio electrónico
⚫ Identificar os vários elementos que constituem o ambiente de trabalho de uma aplicação de correio
electrónico
⚫ Criar uma mensagem
– Destinatário
– Assunto
– Conteúdo
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6. FICHAS DE TRABALHO
FICHA 1
1. Depois de ler com atenção as palavras abaixo escritas, faça um círculo vermelho à volta das palavras que,
na sua opinião, correspondem ao conceito de cidadania:
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FICHA 2
1. Depois de observar as 4 figuras que se encontram nas páginas seguintes assinale, com uma cruz, os
conceitos que as mesmas lhe sugerem e transcreva-as para as respectivas imagens.
Diferente Mau C u l t u r aD i s c r i m i n a ç ã o
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Preencha os espaços em branco com as palavras/conceitos seleccionados, complementando-os com outros
que as mesmas imagens lhe sugiram.
Figura n.º 1
Fonte: Elyh Holzhaus, in L´Europe se moque du Racism, Centre de Recherches Tsiganes, Editorial Presencia Gitana, Madrid, 1999.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 76/
Figura n.º
Fonte: Fernand Léger, in Manuela Monteiro e Irene Queirós; Psicosociologia 2; Porto Editora, Porto, 1998.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 77/
Figura n.º
Fonte: In Manuela Monteiro e Irene Queirós; Psicosociologia 2; Porto Editora, Porto, 1998..
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Figura n.º
África
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 79/
FICHA
1. Descubra na sopa de letras (horizontal / vertical / diagonal) as palavras que são indicadas e que estão
relacionadas com o Ano Europeu do Diálogo Intercultural que a União Europeia comemorou em 2008.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 80/
FICHA
1. Os direitos humanos consagrados na Declaração Universal dos Direitos do Homem podem ou não ser
aplicados a todos os seres humanos, independentemente do país? (Assinale a[s] resposta[s] certa[s]):
1.1. Não, porque os povos têm hábitos, costumes, cultura e religiões diferentes
1.2. Sim, porque responde directamente aos problemas provenientes de todos os seres
humanos, culturas e sociedades.
2.4. Não, porque uns são mais ricos e têm mais poderes que outros.
3.4. Membros de igrejas não registadas legalmente não podem professar a sua fé.
3.5. Apenas são permitidos meios de comunicação social controlados pelo partido político
no poder.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 81/
FICHA
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 82/
2. Equilibre a balança, colocando as letras correspondentes a direitos no prato do lado esquerdo e as
correspondentes a deveres no do lado direito.
a) Protecção judicial
b) Respeitar os outros
c) Colaborar com os serviços públicos
d) Livre associação
e) Pagar os impostos
f) Protecção social
g) Descontar para a Segurança Social
h) Cuidados de saúde
DIREITOS DEVERES
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 83/
3. Identifique as palavras que, na sua opinião, correspondem ao conceito de DEMOCRACIA.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 84/
FICHA 6
1. Dos quatro gráficos, qual lhe parece representar uma democracia pluralista?
RESPOSTA:
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2. Em Portugal os Órgãos de Soberania são:
2.1. A Assembleia da República, o Governo e os Tribunais.
3. Qual é a cor que corresponde ao órgão de soberania que garante a independência nacional e a unidade do
estado?
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 86/
6. Qual o órgão que por excelência assegura o direito dos cidadãos?
8. Assinale com uma cruz, qual das duas imagens representa, na sua opinião, a forma democrática de
exercício do direito do voto.
Figura A Figura B
Figura A Figura B
8.1. Porque…
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FICHA 7
Nome
Endereço:
Localidade:
Freguesia:
Concelho:
Distrito:
País:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 88/
2. Identifique as Organizações Governamentais e as Organizações Não Governamentais da região
onde vive.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 89/
FICHA
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
…..
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 90/
FICHA
1. Utilize o seu contrato de trabalho e identifique se o tipo de contrato é a termo ou sem termo.
- Nome ou denominação
- Residência ou sede do dador e do prestador de trabalho
- Categoria profissional ou funções ajustadas
- Retribuição do trabalhador
- Local de trabalho
- Horário de trabalho
- Data de início de trabalho
- Prazo estipulado com indicação de motivo justificativo
- Data de celebração
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 91/
FICHA
1. Identifique um conjunto de serviços públicos onde se deve dirigir para tratar de assuntos de emprego,
formação, descontos para a Segurança Social, etc.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 92/
FICHA
2. Associe aos periféricos: (1) Entrada (2) Entrada e Saída (3) Saída
Teclado
Impressora
Rato
Disquete
Pen Drive
Microfone
Cd-Rom
Monitor
Scanner
Modem
3. No que respeita ao software, indique se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F): É um
É um conjunto de instruções códigos numéricos que o micro interpreta e executa para realizar tarefas.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 93/
FICHA
1. Aceda à Internet e entre na página da Internet do ACIDI. Procure a lei da imigração e faça o
download da mesma para o seu ambiente de trabalho.
1.1. Enuncie os passos necessários para imprimir o documento. Se tiver acesso a uma
impressora, imprima apenas a página 1 do documento.
2. Se quiser saber informações sobre a Lei da Nacionalidade Portuguesa, indique duas formas distintas
de efectuar essa procura na Internet.
3.1. Escolhe a ligação "Declaração Universal dos Direitos do Homem" e escolha um dos artigos da
Declaração.
3.1.1. Copie para um documento do Word e ilustre-o com um relato de uma situação concreta,
presenciada por si ou contada por outra pessoa. O documento de Word deve chamar-se
"direitos_humanos".
3.2. De seguida escolha a ligação " Prevenção da Discriminação" e escolha também um artigo, Copie-
o para o Word e ilustre-o também com uma situação concreta presenciada por si ou contada por
alguém. O documento deverá chamar-se "prevenção_discriminação".
4. Aceda à Internet, localize a página da Portugalmail e crie uma caixa de correio electrónico nesse
website.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 94/
7. PROVA DE AVALIAÇÃO FINAL (MODELO)
TESTE DE CIDADANIA
Nome:
Data:
Classificação final:
Assinatura:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 95/
Por cada questão assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F)
1.1. As pessoas só são “seres individuais” ou “seres sociais”. Nunca são as duas coisas ao
mesmo tempo.
2.4. Ser cidadão significa viver isolado, sem pertença a nenhum estado.
2.5. Os deveres cívicos implicam o respeito pelos direitos e dignidade dos outros
cidadãos.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 96/
4. Assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F).
4.1. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adoptada e proclamada pelo
Concelho da Europa em 1948.
4.2. A Carta de Direitos Fundamentais foi proclamada pela Assembleia-Geral das Nações
Unidas.
4.4. A Carta de Direitos Fundamentais foi proclamada pela Concelho da Europa no ano
2000.
5.2. Todos os direitos humanos também consagrados na Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
5.5. Um conjunto alargado de direitos sociais, como por exemplo o direito à saúde, à
segurança social, à habitação e urbanismo, ao ambiente e qualidade de vida, à educação e
à cultura.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 97/
6. Assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F).
6.1. Portugal é um estado de direito totalitário desde o 25 de Abril de 1974.
8. O «triângulo institucional» que está na origem das políticas e da legislação que se aplicam em toda a
UE são:
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9. Identifique o lema da União Europeia.
11.1. 15
11.2. 25
11.3. 27
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12. Assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F):
13. Assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F).
13.5. Através dos motores de busca posso procurar qualquer tipo de informação
relacionada com a imigração na internet.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 100/
8. ELEMENTOS ADICIONAIS
Fonte: Pascal Fontaine, A Europa em 12 lições. Comissão Europeia. Direcção-Geral da Comunicação. Fevereiro de 2007, págs. 58 a 61.
1950
1951
Seis países — Bélgica, República Federal da Alemanha, França, Itália,
18 de Abril Luxemburgo e Países Baixos — assinam em Paris o Tratado que institui a
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que entra em vigor em 23
de Julho de 1952, por um período de 50 anos.
1955
1957
Assinatura em Roma dos Tratados que instituem a Comunidade
25 de Março Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica
(Euratom), que entram em vigor em 1 de Janeiro de 1958.
1960
Por iniciativa do Reino Unido, a Convenção de Estocolmo cria a
4 de Janeiro Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), que reúne vários países
europeus que não fazem parte da CEE.
1963
É assinado em Yaoundé um acordo de associação entre a CEE e 18 países
20 de Julho africanos.
1965
É assinado o Tratado de fusão dos executivos das três Comunidades
8 de Abril (CECA, CEE e Euratom) que cria um Conselho e uma Comissão únicos. Este
tratado entra em vigor em 1 de Julho de 1967.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 101/
19
«Compromisso do Luxemburgo»: na sequência de uma crise política, a França
aceita retomar o seu lugar nas reuniões do Conselho, a troco da manutenção da
29 de Janeiro
regra da unanimidade quando estejam em jogo «interesses nacionais de importância
vital».
1968
Eliminação completa, com 18 meses de avanço sobre o previsto, dos direitos aduaneiros entre
1 de Julho
1969
Na Cimeira de Haia, os dirigentes políticos da CEE decidem dar novo impulso ao processo de in
1 e 2 de Dezembro
1970
É assinado no Luxemburgo um tratado que permite que as Comunidades Europeias sejam prog
22 de Abril
1972
1973
1974
Na Cimeira de Paris, os líderes políticos dos nove decidem reunir-se regularmente em Conselh
9 e 10 de Dezembro
1975
28 de FevereiroÉ assinada em Lomé uma convenção (Lomé I) entre a CEE e 46 Estados da África, das Caraíbas e do
É assinado um tratado que reforça os poderes orçamentais do Parlamento Europeu e cria o Tribun
22 de Julho
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 102/
19
7 a 10 de JunhoPrimeiras eleições directas dos 410 deputados do Parlamento Europeu.
1981
1984
14 a 17 de Junho
Segundas eleições directas para o Parlamento Europeu.
1985
É assinado o Acordo de Schengen, cuja finalidade é suprimir os controlos nas fronteiras entre
14 de Junho
1986
17 e 28 de Fevereiro É assinado no Luxemburgo e em Haia o Acto Único Europeu, que entra em vigor em 1 de Julh
1989
15 e 18 de Junho
Terceiras eleições directas para o Parlamento Europeu.
9 de Novembro
Queda do Muro de Berlim.
1990
O Conselho Europeu de Maastricht adopta o Tratado da União Europeia, que estabelece as bases
9 a 10 de Dezembro
1992
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 103/
19
1 de Janeiro É criado o mercado interno.
1994
1995
A Áustria, a Finlândia e a Suécia juntam-se à UE, que passa a ter 15 Estados-Membros. A Nor
1 de Janeiro
Entra em funções uma nova Comissão Europeia (1995–1999), presidida por Jacques Sante
23 de Janeiro
1997
1998
Tem início o processo de adesão dos novos países candidatos, que vai abranger Chipre, M
30 de Março
1999
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 104/
20
O Conselho Europeu de Lisboa define uma nova estratégia para fomentar o emprego na UE, m
23 e 24 de Março
Em Nice, o Conselho Europeu chega a acordo sobre o texto de um novo tratado, que reforma o
7 e 8 de Dezembro
2001
26 de FevereiroAssinatura do Tratado de Nice, que entra em vigor em 1 de Fevereiro de 2003.
O Conselho Europeu de Laeken adopta uma declaração sobre o futuro da União, que abre caminh
14 e 15 de Dezembro
2002
Entrada em circulação das notas e moedas de euros nos 12 países da área do euro.
1 de Janeiro
O Conselho Europeu de Copenhaga decide que 10 dos países candidatos (Chipre,
13 de Dezembro Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e
República Checa) poderão aderir à UE em 1 de Maio de 2004.
2003
2004
10 e 13 de
Junho Sextas eleições directas para o Parlamento Europeu.
A Constituição Europeia é adoptada em Roma (sujeita a posterior ratificação
29 de Outubro pelos Estados-Membros).
Entra em funções uma nova Comissão Europeia presidida por José Manuel Durão
22 de Novembro Barroso.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 105/
20
29 de Maio e 1 de Junho
Rejeição da Constituição por referendo em França e, três dias depois, nos Países Baixos.
2007
Para aprender mais sobre a União Europeia, o modo como funciona e o impacto que tem na vid
.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 106/
LISTAGEM DE SÍTIOS NA INTERNET
http://www.acidi.gov.pt/
http://www.parlamento.pt/
http://www.anmp.pt/
http://www.act.gov.pt/
http://www.catalogo.anq.gov.pt/
http://www.cidm.pt/
http://www.cicdr.pt/
http://www.ciga-nos.pt/
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 107/
http://www.entreculturas.pt/
http://www.imigrante.pt/
http://www.iefp.pt/
http://www.novasoportunidades.gov.pt/
http://www.mai.gov.pt/
http://www.mne.gov.pt/
http://www.mtss.gov.pt/
http://www.nacionalidade.sef.pt/
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 108/
http://www.pnai.pt/
http://www.portaldoci dadao.pt/PORTAL/pt
http://www.portugal.gov.pt/Portal/ PT
www.presidenciarepublica.pt
www.pgr.pt
http://www.oi.acidi.gov.pt/
http://obercid.ufp.pt/
http://www2.seg-social.pt/
http://www.sef.pt/
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 109/
http://tv.sef.pt/
TV
ORGANIZAÇÕES NACIONAIS
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1 FP-OF Setembro 110/
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
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Eurostat –
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NOTÍCIAS
http://noticias.sapo.pt/
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