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CLC4 – Comunicação nas Organizações

Evolução dos meios de comunicação


Arte rupestre (40.000 anos a.C.)
A arte rupestre é o nome dado a gravuras presentes em grutas e cavernas, onde o homem expunha,
principalmente, as suas caçadas e conquistas. Esta seria uma forma de manifestação simbólica, mas
também um modo de assegurar a sobrevivência
das futuras gerações. Estas figuras situam-se
principalmente na região de França, Espanha e
Europa Ocidental, já que esta sempre foi uma
zona bastante rica em termos de abundância de
alimento. Em Portugal, os locais que oferecem
maior destaque são a Gruta do Escoural, no
Alentejo, e as gravuras ao ar livre no Vale do Côa.

O papiro (2500 anos a.C.)


Após a invenção da escrita, os egípcios desenvolveram a técnica
de produzir folhas de papiro a partir da planta de papiro. A folha de
papiro era obtida utilizando a parte interna, branca e porosa do caule do
papiro. As folhas de papiro eram utilizadas com o intuito de manter um
registo permanente de informação a reter para futuras gerações.

O correio (2400 anos a.C.)


O correio é um meio de comunicação que começou – ainda no Antigo Egipto – por permitir aos
Faraós o envio de cartas ou documentos por toda a
extensão do seu Império. Essas cartas eram expedidas
pelos seus mensageiros que realizavam diariamente
dezenas de quilómetros, de modo a permitir a entrega
ao destinatário sem muita demora. Atualmente, com o
apoio de gigantescas frotas de navios e aviões, o envio
de cartas, documentos ou qualquer outro tipo de
mercadoria são enviados por todo o globo a uma velocidade impressionante.

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Elaborado por: Paula Gonçalves
O Telégrafo
O telégrafo consiste num instrumento criado com o objetivo de transmitir mensagens a longas
distâncias. Esta foi uma forma utilizada para transmitir a outras povoações, terras ou províncias a vitória
numa batalha ou a declaração de guerra a uma delas, por exemplo. 
O telégrafo de tochas (1300 anos a.C.) tinha como principal objetivo o envio de mensagens
codificadas por emissão de luz proveniente de tochas. Foi utilizado pela primeira vez para a transmissão aos
povos circundantes que Troia tinha sido derrotada pelo povo Espartano em meados do século 1300 a.C.
O telégrafo de tambores (529 anos a.C.) era utilizado principalmente para o envio de mensagens
utilizando tambores. Estes tinham uma caixa-de-ressonância que permitia propagar o som a longas
distâncias. Este meio de comunicação com data de nascimento incerta, era utilizado para transmissão de
mensagens codificadas entre povoações vizinhas.
O telégrafo de fumo (150 anos d.C.). por sua vez, teve como objetivo primordial a transmissão de
mensagens utilizando sinais de fumo. Essa informação depois de recebida pelo destinatário era interpretada
e descodificada para posterior leitura e análise. Este foi um dos meios mais utilizado no século II pelo povo
romano, para transmitir mensagens entre o seu gigantesco império.

O jornal (século XVII)
Um jornal é uma publicação que contém notícias e artigos, normalmente impressa em papel de custo
relativamente baixo. Embora no ano 713 tenha sido publicado um manuscrito em Pequim que dava os
primeiros passos numa indústria de tanto sucesso nos anos vindouros, o termo só se tornou comum no
século XVII. Atualmente, a venda e impressão de jornais atinge diariamente novos mínimos devido ao forte
impacto de indústrias emergentes como a televisão e a Internet.

Telégrafo eléctrico (século XIX)


O telégrafo elétrico foi inventado por Samuel Morse, célebre inventor e pintor do século XIX pelo
trabalho no campo das telecomunicações. Samuel Morse, inventor do código Morse, criou este código de
modo a permitir o envio de mensagens codificadas a longas distâncias utilizando apenas som. A descoberta
deste meio de comunicação permitiu um
vislumbre esperançoso no futuro das
telecomunicações. Este instrumento ainda
hoje é utilizado em navios, submarinos e
aviões, por exemplo.

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Elaborado por: Paula Gonçalves
O rádio (século XIX)
A criação do rádio foi atribuída a Nikola Tesla que, no final do século XIX, desenvolveu a tecnologia
que possibilita a transmissão de ondas de rádio. Estas ondas são refractadas na camada mais baixa da
atmosfera, a troposfera, a mais indicada para a transmissão de ondas eletromagnéticas. No séc. XX, o rádio
impõe-se como um meio de comunicação muito importante nas comunicações a longa distância. Com a
construção de infraestruturas capazes de transmitir ondas eletromagnéticas a nível Mundial, este é,
atualmente, um dos meios de comunicação mais utilizados.

O telefone (século XIX)


Apesar de existir alguma controvérsia em torno da
questão de quem inventou o primeiro telefone, Antonio
Meucci foi segundo o congresso dos EUA, o "verdadeiro"
inventor do telefone. Esta polémica deve-se ao facto de Meucci
ter vendido, em 1870, a patente da sua criação a Alexander
Graham Bell, considerado por muitos o verdadeiro inventor. Este
dispositivo foi apelidado por Meucci por "telégrafo falante"
porque, apesar de ser baseado no mesmo princípio do telégrafo, este, ao contrário do telégrafo, permite o
envio de voz a longas distâncias.

A televisão (século XX)


A televisão é um sistema de recepção de imagens e som desenhado para transmitir informação a
qualquer ponto do globo sem perda de informação e qualidade. Este dispositivo funciona a partir da
conversão de som e luz em ondas eletromagnéticas que, posteriormente, serão transmitidas para outro
receptor. Atualmente, este é dos meios de comunicação mais requisitados visto que, quase diariamente,
existem novas e melhores opções disponíveis para quem quer usufruir de um home cinema privado,
divertir-se no seu tempo livre ou apenas manter-se informado.

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Elaborado por: Paula Gonçalves
A Internet (século XX)
A Internet é definida como uma rede que reúne todos os dispositivos ligados a esta. Este mecanismo
permite que estes aparelhos comuniquem e partilhem informação entre eles. A Internet  é o meio de
comunicação mais utilizado e mais conhecido atualmente. Isto deve-se ao facto de, através de qualquer
computador ou dispositivo móvel ser possível aceder a "todo o Mundo". A Internet começou por ser, no seu
nascimento, uma rede virtual que interligava dezenas de computadores. Nasceu com o principal objetivo de
tornar o trabalho nas empresas mais facilitado pela capacidade de comunicação entre os seus
funcionários. Atualmente, a Internet, além de permitir aceder a milhares de milhões de websites que
vendem desde roupa a peças de mobiliário é também um negócio. Um negócio dominado pelas empresas
mais poderosas do Mundo como a Google, a Apple e a Microsoft.

Meios de Comunicação Social: O antes, o agora, e o depois


A evolução dos tipos de meios de comunicação social
O ontem, o hoje e o amanhã dos meios de comunicação e marketing são caminhos que podem ser
traçados, mas não adivinhados na evolução constante destes assuntos. O que antigamente se cingia ao
jornal, rádio e depois televisão como comunicação e publicidade para chegar às massas tornou-se em algo
em moldes completamente diferentes para chegar a uma demografia mais ampla. Atualmente, a rádio é
mais usada como companhia, a televisão quase caiu em desuso e os jornais físicos são algo no qual as
gerações mais velhas depositam a sua confiança. Em todas elas as estratégias de marketing podem divergir. 
Houve uma necessidade de melhoramento dos tipos de média, das suas vantagens e desvantagens,
da maneira como o marketing é aplicado, para chegar às camadas mais jovens. A rádio talvez se mantenha o
meio de comunicação mais fiel à sua essência, porém os programas de televisão chegam maioritariamente
a camadas de espetadores mais velhas – com o surgimento de métodos de alcance de conteúdos de
interesse à escolha de um clique – e os jornais migraram parte de si para o mundo online.

As revistas
As revistas são diferentes do que eram antigamente. Muitas conseguem manter o seu destaque em
conteúdo, porém viram-se obrigadas a seguir o avançar dos tempos e à adaptação às gerações mais
recentes de modo a manter-se relevantes. Não é novidade que os meios de comunicação estão em
constante evolução e, como tal, a adaptação é impossível de passar ao lado. De modo a cumprir o seu dever
junto do novo público, os conteúdos mudaram em alguns casos, de modo a agradar aos millenials e
centennials que têm gostos e preferências, assim como hábitos de uso, bastante diferentes das gerações
anteriores, e as estratégias de marketing acompanharam este processo. Algumas revistas migraram parte de
si para o mundo online, onde os mais jovens passam a maior parte do seu tempo.
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Elaborado por: Paula Gonçalves
Os jornais
Assim como as revistas, os jornais tendem agora a abrir horizontes para a internet, fornecendo
maneiras de partilhar notícias nas redes sociais, salvaguardando-se com o uso de publicidade paga – que
não é novidade – e as habituais assinaturas para um acesso mais abrangente ao conteúdo ao qual os
jornalistas se dedicam com afinco. Os jornais, tal como as revistas, já foram vistos como um bloqueio à
comunicação cara a cara, culpa agora atribuída aos smartphones e redes sociais, porque com o avançar dos
tempos a culpa é herdada, apesar do conteúdo jornalístico chegar às mesmas de qualquer das formas. Será
que a juventude não tem paciência para comprar um jornal numa banca e desfolha-lo nos pequenos
tempos livres que tem?

 A televisão
A televisão caiu em desuso por parte das camadas mais jovens, que são impacientes e preferem
escolher livremente o conteúdo digital ao qual são expostos, incluindo a publicidade, que é adaptada ao
consumidor. Surgiram então serviços que oferecem essa escolha pessoal e personalizada. À distância de
uma pequena pesquisa, filmes, séries e vídeos estão disponíveis, e embora em muitos casos pagos, estes
serviços tornaram-se muito mais presentes na vida das novas gerações. A televisão em si, programada e
organizada com a velha lógica, tenta chegar até eles com possibilidade de gravação, com programas e
documentários que chegam a qualquer um, mas muitas vezes acaba por ser vista pelos espetadores mais
velhos, de velhos hábitos que um dia talvez se percam, e é neste meio que se verifica o marketing orientado
para pessoas mais velhas. 

A rádio
Em constante evolução e recriação, a rádio mudou muito ao longo dos tempos, tentando inovar com
a programação, com música que apela a todas as gerações – dependendo da frequência – a publicidade e as
notícias, que vêm num modo muito mais compacto que nos jornais e televisões. Em pequenos segmentos,
o ouvinte mantém-se a par da atualidade, naquele pequeno tempo disponível a caminho do trabalho ou no
regresso. A rádio, outrora companhia para todas as ocasiões, tornou-se em ponto de passagem em viagens. 
E eis que chegamos aos meios de comunicação que apela às gerações mais recentes: as redes sociais,
que, queiramos ou não, tornaram-se num desaguar da comunicação social.

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Elaborado por: Paula Gonçalves
As redes sociais
Com redes sociais mais ou menos populares, as gerações mais novas obtêm as suas informações de
formas originais, misturadas entre brincadeiras e imagens que não passam de passatempos, porém já
encontraram o seu lugar nos media e o seu nicho de mercado. A internet facilitou a pesquisa de
informações relevantes a cada pessoa – o que ditou a morte das enciclopédias – e muitos jovens obtém o
seu conhecimento no que diz respeito à atualidade através de redes sociais como o Facebook ou o Twitter.
Se perguntarmos a um jovem onde soube de um problema social, decerto responderá que foi a internet
que lhe entregou a informação. Sendo a juventude mais letrada nas novas tecnologias, é menos passível de
cair nas chamadas fake news, mas nem sempre se escapa. Tal como as pessoas mais velhas, por vezes
ignoram as fontes e verificação da credibilidade das mesmas e dão por si a acreditar em “notícias” que
convidam o absurdo a entrar nas suas vidas, mesmo quando este surge para camuflar verdadeiros
problemas da atualidade. 
Os meios de comunicação podem ser a melhor fonte de notícias e conteúdo relevante – incluindo a
publicidade endereçada a públicos específicos – mas podem também ser perigosas, uma vez que nem todos
os meios de comunicação mostram o real, apenas um lado do prisma, e levar as massas a crer em algo que
diverge da realidade. É, portanto, imperativo, que se mantenha um espírito crítico e a curiosidade de saber
mais, através da pesquisa em fontes idóneas onde a comparação mora. É neste ponto que a internet é
importante: a globalização e o acesso a diversos pontos de vista sobre temas relevantes. Quanto à ocupação
quase obsessiva dos jovens que vivem no mundo dos smartphones e laptops, o mundo que as empresas já
aproveitam para aplicar estratégias de marketing mais focadas, que levam ao que as gerações anteriores
dizem ser um afastamento da realidade, o mesmo foi dito da televisão e anteriormente dos jornais. É
seguro, portanto, esperar que as gerações vindouras culpem cada nova tecnologia pelo isolamento social.
Os meios de comunicação que sobrevivem – e, cremos, sobreviverão através da adaptação – à mudança dos
tempos, ficarão por cá, a mostrar a sua importância, palavra a palavra, escrita e falada.

Imprensa escrita e televisiva


As notícias que saem na imprensa, escrita ou televisiva são tratadas e dadas de maneira diferente. Na
televisão, a notícia é trabalhada para que o jornalista que a vai dar o possa fazer em tempo real e da forma
mais reduzida possível, pois neste meio o tempo é fundamental. Assim, sempre que vemos e ouvimos uma
notícia na televisão, o que nos fica é o que foi dado na altura e não se pode voltar atrás, caso não
entendamos alguma coisa ou queiramos confirmar o que atrás foi dito.

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Elaborado por: Paula Gonçalves
Já na imprensa escrita, ela é planeada de maneira que seja inserida numa ou mais páginas, ou até
mesmo num canto de uma página. O modo como se tem de chamar a atenção do leitor também
importante, e aí o título que se vai colocar na primeira página é da maior importância, pois esse vai fazer
com que se venda mais. Temos também a vantagem de voltar atrás para confirmar alguma coisa.

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Elaborado por: Paula Gonçalves

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