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Sumário
A variação por região pode ser conhecida também por variação diatópica,
geográfica, territorial regional ou espacial. Em uma comunidade extensa, onde
todos falam o mesmo idioma, pode perceber variações na forma de pronúncia,
entonação e timbre (fonética): córação=som aberto/côração=som fechado; variação
no léxico (vocabulário) caba/marimbondo, macaxeira/aipim/mandioca; variação na
sintaxe (nível da construção frasal): estou procurando um livro (Brasil) estou a
procurar um livro (Portugal).
Além das variações da língua se darem num plano maior como o geográfico,
por exemplo, podem ainda ser subdivididas em grupos menores como as variantes
de faixa-etária. É possível percebermos que os adolescentes se comunicam
apropriando-se de uma linguagem que, em muitos aspectos, é diferente das
utilizadas pelas crianças ou pelos adultos. Cada faixa dessa desenvolve maneiras
próprias de interação com outras pessoas do mesmo grupo etário. Nos
adolescentes, por exemplo, há muitas gírias e dialetos novos.
Não é possível que todos os falantes de uma comunidade unida por uma
classe social fale do mesmo jeito, contudo há as semelhanças que determinam
os graus de interações entre elas. É nesses níveis de proximidades que
se concretizam as variações socioculturais. O desempenho verbal dos
falantes é caracterizado por padrões linguísticos.
Vale ressaltar que o tipo de variante que devemos usar depende do contexto
situacional, uma vez que, em situações sociais que se exijam a língua padrão,
como concursos, exames, entrevistas de emprego, documento formal, exposição
pública e etc., é muito importante que a dominemos.
Clareza: é uma das características mais difíceis de ser obtida, pois para quem
escreve, a ideia já está clara em sua mente. Assim, não é fácil de perceber as
falhas ou lacunas de sentido que possa haver entre o que se pensa e o que se
escreve.
Exemplo: Encontrei o João com seu irmão, que está bem gordo.
Dicas
Cuidados...
➢ Veja se o papel não está amassado;
➢ Se a letra (quando manuscrita) é legível;
➢ Muita atenção ao escrever nomes, cargos e títulos! (Devem estar sempre
corretos, sobretudo quando envolve ego. O ideal é ligar e conferir os dados).
Canal – meio que possibilita o contato entre o emissor e o receptor, ou que leva a
mensagem até este. Precisa estar livre de ruídos.
Público interno: O público interno não deve ser deixado de lado. Mesmo porque,
ele entra em contato com o cliente. Não importa a posição que ocupe: o
empregado deve saber o que se passa dentro da empresa.
Como vimos anteriormente, um bom texto escrito precisa ser conciso, claro,
objetivo e escrito em linguagem forma. É na linguagem formal que trabalhamos a
coesão e a coerência do texto.
Todos sabemos que um texto não pode ser constituído de frases soltas,
desconexas, pois o que determina se o texto é um texto é necessário que ele tenha
textualidade, a qual é caracterizada pela unidade de sentido. Em outras palavras
para se construir um texto precisamos lançar mão dos elementos gramaticais
articulação de ideias. A essas características denominamos a coerência e coesão
textuais.
Vejamos:
Coesão referencial: é a que faz uso dos conectores que substituem e/ou reiteram.
A reiteração pode ser por mesmo item lexical, por sinonímia ou por
hiperônimo/hipônimo.
Exemplos:
Exemplo:
O que há em mim é sobretudo cansaço
não disto nem daquilo
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço
(Fernando Pessoa)
1) Ordenação linear
Ex.: vim, vi e venci e não venci, vi e vim.
2) Ordenação e continuação
Ex: Primeiro vi o moto, depois o carro.
3) Partículas temporais
Ex.: Volto amanhã; volto à noite.
Ex.: Via a menina que toca piano (a menina. Não é qualquer menina).
2) Operadores do discurso:
3) Pausas
Ex: não mexa nesses fios; levará choque.
Veja a tabela dos principais conectivos:
6. Tipologias textuais
7. Correspondência
Não existe a palavra referenciado, tão usada nos textos. Substitua-a pela forma
correta: mencionado, referido ou citado.
Ora, quando se analisa o significado dessa frase, percebe-se que ela indica
com rudeza que não se tem mais nada para acrescentar. Portanto, só deve ser
usada em comunicações em que não se pretenda encerrar de forma polida, como
em cartas de cobrança ou similares.
Trataremos agora a particularidades da linguagem das comunicações,
segundo o Manual de Redação da Presidência da República.
a) Do Poder Executivo:
• Presidente da República;
• Vice-presidente;
• Ministros de Estado;
• Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
• Oficiais-Generais das Forças Armadas;
• Embaixadores;
• Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de
natureza especial;
• Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
• Prefeitos Municipais.
b) Do Poder Legislativo:
c) Do Poder Judiciário:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador.
(...)
Magnífico Reitor,
(...)
Santíssimo Padre,
(...)
(...)
Respeitosamente,
Atenciosamente,
➢ Nome do mês com letra minúscula e, após o ano, deve-se usar o ponto final.
➢ A preposição “para” não é mais utilizada antes do nome do destinatário.
➢ O endereçamento também não é mais utilizado, pois já aparece no
envelope.
➢ Não é mais necessário fazer referência ao assunto tratado na carta.
➢ Para o encerramento, utilizam-se expressões, como “cordialmente”,
“atenciosamente”, seguidas da assinatura do remetente e o título.
Exemplo:
1
GRION, Laurinda. Como redigir documentos empresariais. São Paulo: Edicta, 2002.
• Gramática correta.
Ct Nº 24 – GEREM
À
Empresa Tal S.A.
Setor de Compras
At.: Sr. Flávio de Castro
Prezado Senhor,
Estamos lançando no mercado as mais modernas máquinas registradoras que sua mente
pode imaginar.
Permita que lhe mostremos o que podemos e queremos fazer para ajudá-lo a aumentar
seus lucros.
Atenciosamente,
Paulo Garcia Júnior
Gerente de Marketing
TIMBRE
Informamos que será realizada no dia 10 de agosto a V Feira de Informática de Minas Gerais,
na Serraria Souza Pinto. Gostaríamos de convidá-lo para o evento que reunirá equipamentos
de última geração no setor.
Atenciosamente,
Isabel Loes
Assessora de Comunicação
MODELO CIRCULAR (MARTINS, 2000).
CIRCULAR Nº 354/2004
1 A implantação da nova imagem visual nos impressos, de Unidades da Matriz e das Filiais, será feita
com exclusividade sob a orientação do DEORG
2 Por meio de anexos à presente Circular, serão fixadas as normas de utilização dos novos impressos
e do estoque remanescente com a antiga imagem.
Fulano de Tal
Chefe do DEORG
Fulano de Tal
Adjunto de DS
REQUERIMENTO: “é um documento específico de solicitação e, através dele, a
pessoa física ou jurídica requer algo a que tem direito (ou pressupõe tê-lo),
concedido por lei, decreto, ato, decisão, etc.” (MARTINS, 2000).
MODELO DE REQUERIMENTO2
Prodesa – Indústria e Comércio S. A., com sede na Av. Assis Brasil, 2086,
em Porto Alegre, por seu Presidente e Representante Legal, Luís Carlos
Soares, industrial, brasileiro, casado, residente em Porto Alegre, na Rua
Filadélfia, 1260, nos termos do Decreto nº............................, assinado por V.
Exª, em 10 de março de ............, em que concede isenção de impostos
sobre serviços de qualquer natureza, por 10 (dez) anos, a indústrias que
venham a instalar-se nesse município em ..................., vem,
respeitosamente, requerer a V. Exª se digne outorgar-lhe a referida isenção,
para o que junta a este a documentação exigida pelo citado decreto.
Termos em que
Pede deferimento
2
2In: MARTINS, Dileta Silveira, ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português Instrumental. Porto Alegre:
Editora Sagra Luzzato, 2000. p. 256
ATA: É o registro em que se relata o que se passou numa reunião, assembleia ou
convenção. Daí as várias espécies: ata de assembleia geral extraordinária, ata de
assembleia geral ordinária, ata de condomínio. É, portanto, um relatório
pormenorizado de tudo o que se passou em uma reunião (MARTINS, 2000).
Uma de suas particularidades é que a ata deve ser assinada em alguns casos
pelos participantes da reunião (conforme estatuto da empresa), e pelo presidente
ou secretário, sempre. Para sua lavratura, devem ser observadas as seguintes
normas:
MODELO DE ATA
Aos quinze dias do mês de janeiro de dois mil e seis, às quinze horas, na sala de
reuniões, da Empresa Rio Alto, sita à Rua Santa Catarina, nº xxxx, 12 andar, Bairro de
Lourdes, nesta cidade de Belo Horizonte, reuniram-se em Assembleia geral ordinária os
acionistas da empresa, devidamente convocados por edital publicado no jornal “Diário do
Povo”, do dia 02 (dois) de janeiro de 2006 (dois mil e dois) à página 34 (trinta e quatro).
Constatou-se pelo Sr. Antônio Carlos Ramos, Presidente da Empresa, número
suficiente de acionistas presentes para a devida assembleia, de acordo com o estatuto,
declarando iniciada a reunião, para deliberarem sobre os motivos da
convocação. Após a composição da mesa, a reunião presidida pelo próprio Sr.
Antônio Carlos Ramos e por mim Mariana dos Santos, secretária, iniciou-se a leitura
da ata anterior, que após lida foi aprovada por todos. Em seguida principiou-se a
votação para a escolha do novo Conselho Fiscal para o biênio 2006/2008 em vista
do término dos serviços do Conselho Fiscal anterior. Apresentaram-se os senhores
José Amaral da Silva, Joaquim Santos e Fernando Vasconcelos que foram eleitos por
todos. Foram empossados na mesma data de hoje de acordo com o estatuto da
empresa. Nada mais havendo a tratar o Sr. Presidente, Antônio Carlos Ramos,
agradeceu a presença de todos e determinou a mim, secretária, que lavrasse a
presente ata. Esta será assinada por todos os presentes. Belo Horizonte, 15 de janeiro
de 2006.
MODELO DE DECLARAÇÃO
DECLARAÇÃO
........................., .........de.............................de..........
Chefe Administrativo
Estrutura do memorando:
➢ Timbre da empresa;
➢ Tipo (Memorando);
➢ Para: nome ou cargo do destinatário;
➢ Assunto ou referência: o título que resume o teor da comunicação;
➢ Data
➢ Mensagem;
➢ Fecho;
➢ Assinatura;
EXEMPLO DE MEMORANDO SINTÉTICO
LOGOTIPO DA EMPRESA
MEMORANDO nº 35
Atenciosamente,
(nome signatário).
assinatura
TIMBRE DA EMPRESA
Memo n°001/CPI/DPIPG
A Todas as Gerências.
Atenciosamente,
nome
cargo
assinatura
PLANO DO RELATÓRIO
Introdução 1. Objetivo
2. Estabelecimento do
cronograma
3. Tarefas realizadas
Desenvolvimento 3.1 quantidade
3.2. qualidade
4. Tarefas a serem realizadas
4.1 A curto prazo
4.2 A médio prazo
4.3 a longo prazo
5. Tarefas impossíveis de realizar
5.1 Impossibilidade técnica
5.2 Insuficiência de recursos humanos
Conclusão
6. Necessidade de atualização da
máquina e contratação de
pessoal
MODELO DE CONVITE
7.6. Comunicação Oficial
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:
Exemplo:
Modelo de Ofício
Referências Bibliográficas
Fontes. 1991
FAVERO. Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo. Ática. 1991.