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Política, poder i Democràcia; Uma introducció à ciència política

Política

A política é a atividade mediante a qual se adotam e executam decisões para reger uma
comunidade. A política é uma caraterística coletiva, social, nunca individual.

A idéia moderna de política, não só, comporta o relacionamento existente com o poder, senão
uma separação bastante nítida entre uma esfera pública e outra privada; o crescimento de uma
das esferas comporta a redução da outra. Neste sentido, desde o século XVIII propõe-se a
questão de quais são os limites de atuação do estado.

Como disse David Held: “A política é um fenômeno que se encontra em todos e entre todos os
grupos, instituições formais e informais e sociedades, tanto da vida pública como da vida
privada”.

Como consequência das limitações de uma focalização exclusiva no estado, surge no ano 1953
graças ao politólogo norte-americano David Easton, o conceito de sistema “político”, que se
define como: “aquelas interações e instituições sociais mediante as quais uma sociedade toma
decisões que se consideram vinculantes para a maior parte de seus membros a maior parte do
tempo”. A existência de um sistema político já pressupõe a aceitação de outros sistemas, como
agora o econômico, com os quais se produzem influências que resultam mútuas.

O sistema político carateriza-se porque gera uns inputs (Demandas) para os governantes. Por
sua vez, os governantes geram outputs (Decisões e atuações). A aplicação e o impacto sobre a
sociedade e as consequências que se derivam (feedback) marcarão a formulação de novos
inputs.

Poder

O poder como “coação”, “autoridade”, “decisão”, “força”?

A coação é uma das formas mais extremas do poder, além de ser ilegítima,;quanto à autoridade
trata-se de uma influência legítima mas não isenta de coação.

Segundo Robert. R. Alford a distribuição do poder leva-se a cabo através de três grandes
conceitos: A classe social, o pluralismo (os que querem aceder ao poder, e os que querem influir
sobre ele), e a teoria da organização (o Estado faz a função de organização dominante e tem
uma incidência continuada sobre a sociedade).

A legitimidade deriva da aceitação social que o sistema político e o governante têm. O exercício
do poder político não pode ser entendido sem este conceito.

Que legitima um sistema político?

A vontade: Encontramos dois princípios de legitimidade, o primeiro que se fundamenta em


que o poder provem de Deus, e o segundo, que se fundamenta na legitimidade a partir da
existência de uma vontade popular. Esta última é que dará local à democracia.

A natureza: Também há dois princípios, por uma parte que a força legitimadora provem da
própria natureza, e por outra os que identificam umas supostas leis naturais com a mesma
razão.

A história: Aqueles que buscam a legitimidade na história vivida e os que a justificam


dependendo do futuro que ainda tem de chegar.

Os tipos de legitimidade são:

Poder tradicional: Não há motivo para mudar aquilo que sempre existiu.

Legitimação carismática: Baseia-se na certeza de que os dirigentes dispõem de umas


capacidades extraordinárias.

Legitimação legal racional: Baseia-se na racionalidade do comportamento de acordo com as


leis.

Legitimidade por procedimento: É legítimo pelo jeito que acede-se ao poder não pelo
exercício de um cargo

Legitimidade por representação: A decisão é legítima porque foi decidida pelos


representantes do povo mediante umas eleições.

Legitimidade por resultados: Um governo o ilegítimo ou ilegítimo a partir da obra feita.

Democracia

O que uma democracia pede é o fato de aceitar o caráter vinculante de toda intervenção do
governo para todos os cidadãos, e o direito que os governantes têm a mandar até que não
sejam substituídos por outros por médio dos mecanismos previstos. Esta é a essência da
legitimidade democrática.

Evolução do poder político

As formas pré-estatais do poder político foram os Impérios hidráulicos. A organização política


das primeiras sociedades sedentarias caraterizadas por desenvolver atividades agrárias mas
com uma idéia quase inexistente da propriedade e um poder político sem delimitar.

As formas antigas, eram as formas de organização política da Grécia clássica (polis) e da Roma
republicana. Nestas sociedades já se combinavam formas de comércio com atividades agrárias.
O modelo esclavista carateriza-se pela construção de uma organização de poder
extraordinariamente burocratizada, com um imperador no vértice superior que legitima seu poder
de acordo com uma origem divina. O modelo feudal é a antítese da idéia da existência de um
estado ou de um poder político central.

A transição para o estado começa-se a produzir para o século XVI, as crises dos parlamentos
medievais, o aparecimento da classe burguesa e o confronto entre governantes e Igreja
contribuíram ao aparecimento do Estado. As caraterísticas desta nova idéia de estado são a
unificação do poder, a especialização com a profesionalización da atividade política e a
territorialización do poder, isto é, o estado estabelece relacionamentos de acordo com um
território.

As formas de dominação estatal foram as Monarquias absolutas, depois surgiu o Estado liberal
graças ao aparecimento da burguesía e ao nascimento do capitalismo e por último, o Estado de
bem-estar; a estrutura de estado atual da maioria de países democráticos contemporâneos, que
se carateriza pelo crescimento da despesa pública a um ritmo mais que proporcional em
referência ao crescimento da economia, a transformação qualitativa da atuação pública
mediante a criação de novas instituições com formas inovadoras de intervenção estatal e a
previsão referente ao fato de que as novas necessidades financeiras do estado se cobrirão
mediante um imposto progressivo sobre a renda.

Há vários tipos de estado de bem-estar, segundo Esping-Andersen, dependendo do


relacionamento que se estabelece entre o estado e o mercado, do grau de desmercantilización,
e da estruturação social que a intervenção pública provoca. Assim está o Estado de bem-estar
liberal, que se carateriza pela ajuda para aqueles que não têm recursos; o Estado de bem-estar
corporativista, mediante a intervenção pública persegue-se a manutenção e a consolidação dos
status sociais já existentes; o estado de bem-estar social-democrata, que pretende alargar a
universalización e a desmercantilización plena da classe média.

A classificação de Peter Abrahamson inclui um modelo definido como “católico”. Este modelo
carateriza-se por pôr ênfase na sociedade civil, por uma instituição familiar muito forte e por um
nível de compensação do bem-estar baixo. Neste modelo de estado se encontraria Espanha.

O Estado de bem-estar passou por diferentes etapas, um Momento de experimentação, que vai
de 1870 a 1925, determinado pelos relacionamentos entre responsabilidade social e
democrática (um fato importantísimo foi a segurança social). O Momento de consolidação, que
se produziu entre os anos 1919 e 1940, nesta etapa se consolida a política econômica
keynesiana, uma confiança política e social mais ampla sobre a intervenção do estado e a
legitimação das garantias sociais como direitos da cidadania. E por último, o Momento de
expansão que compreende nos anos desde 1950 até 1973, este momento radica no
relacionamento que se estabelece entre a despesa social e a expansão econômica. A grandes
rasgos, esta época de expansão poderia ser relacionado com o início do fim das ideologias.

Mas o estado de bem-estar não está livre de críticas, e neste sentido se carateriza por ser
pragmático, societarista e de modernização.

Ao início dos anos 60, o crescimento econômico gera os primeiros problemas. A crise da
governabilidade, que se origina pela intervenção do estado na tentativa de corrigir as
externalidades provocadas em anos anteriores pela sentença no mercado. E a sobrecarga do
estado, que normalmente parte de premissas pluralistas.

Algumas chaves para o futuro

As incertezas sobre o futuro do estado de bem-estar estão crescendo sobretudo por causa das
políticas de previdência e da terceira idade.

As novas tendências sociais provocam uma erosão na classe trabalhadora não qualificada. O
dualismo entre setores qualificados e setores não qualificados provoca uma polarización na
demanda de serviços sociais. O estado de bem-estar tem proposto um novo repto que tem que
permitir fazer compatível a existência de prestações universais com umas novas demandas a
cada vez mais personalizadas, se quer continuar mantendo um consenso amplo de suporte.

Teoria da democracia: gênese histórica e desenvolvimentos contemporâneos


Embora o conceito “Democracia” ia unido a tiranía e oligarquía na Antiga Grécia, na atualidade
um estado “não democrático” não é entendido pela maioria da população mundial. Na
Antiguidade tendia-se a achar que o governo da multidão, como governo daqueles que não
tinham independência econômica, conduziria inevitavelmente à destruição de qualquer
possibilidade de vida social organizada, já que se assumia que os pobres não podiam governar,
porque eram incapazes de ter objetivos que transcendessem a seus interesses pessoais.

O meio histórico da democracia moderna carateriza-se por uma estrutura institucional e


administrativa pública: o estado. O conceito de democracia que se impôs progressivamente
desde o século XIX faz referência aos relacionamentos entre estado e sociedade e não aos
deveres em relacionamento com a comunidade, e denota uma forma de governo na qual o poder
político do estado pertence por direito a todo o povo.

A consolidação da democracia representativa é devedora em boa parte do impulso do


movimento operário e das diversas correntes do socialismo, que em muitos casos estavam
orientadas para uma beligerancia insistente na necessidade de uma participação política maior
por parte da classe trabalhadora.

Hoje considera-se que o paradigma teórico da democracia é o “modelo liberal democrático”.


Para os teóricos da tradição liberal, o estado era uma realidade artificial e convencional,
necessária para resolver os conflitos de uma sociedade caraterizada por interesses
contrapostos e para assegurar a liberdade e a autonomia moral dos indivíduos. Os
relacionamentos entre o estado e a sociedade fundamentam-se na crença que, adiante da
impossibilidade que as convenções e os códigos sociais espontâneos pudessem evitar os
confrontos entre os indivíduos, o estado punha ordem de acordo com umas regras que
implicavam a não-interferência do estado em relação à liberdade de terceiros e à igualdade dos
cidadãos adiante da lei. O objetivo do estado democrático era duplo e consistia em amparar os
direitos da pessoa e proteger a esfera de ação dos indivíduos como seres sociais livres. Os
postulados a este paradigma eram a liberdade de expressão, de reunião e de associação.

A soberania foi uma nova maneira de entender a natureza do poder, e o mais importante uma
nova forma de legitimação quando as antigas formas de autoridade se viram debilitadas.

Progressivamente avança-se da soberania estatal à soberania popular. Que como dizia Bodin:
“Era o poder ilimitado e indivisible para fazer leis”. A impor leis a todos os cidadãos com
independência de seu consentimento.

De fato, atualmente ocorre o mesmo, Vota-se a uns governantes mediante eleições portanto é
legítimo e já tem a capacidade para fazer leis e as executar.

No mesmo momento em que se reconhece e estabelece a origem humana e não divino do


poder estatal, se propõe a idéia da representação. O primeiro que teorizó sobre isso foi Hobbes,
e o dizia que a sociedade representada no estado implica que todos e a cada um de seus
membros cederam a um terceiro o direito ao governo e que ninguém pode ficar à margem, senão
que todo mundo sem exceção é igualmente súbdito do soberano. No entanto, o mandato
representativo significa que os escolhidos atuam livremente, em nome próprio e em
representação não tão só de seus eleitores concretos, senão de todo o povo.

Quanto à separação de poderes, o primeiro em teorizar foi John Locke, que distinguiu entre
poder legislativo, poder executivo e poder federativo, este último se referia a uma capacidade
para levar a termo os relacionamentos exteriores, ou para vincular o estado mediante tratados
internacionais. Mas, o autêntico configurador da divisão de poderes foi Montesquieu, que já
incluía na divisão o poder judicial que definia em suas palavras como: “castiga os crimes ou
julga as diferenças dos particulares”

O desenvolvimento da democracia representativa vai intimamente unido ao desenvolvimento do


constitucionalismo. Uma constituição é a malha de normas que regulam que poderes e que
concorrências correspondem às diversas instâncias do estado.

Um dos supostos básicos da teoria democrática é que os homens são livres e iguais. Mas,
Igualdade de que?, Libertem pára que?

A noção mais primária de igualdade dentro do pensamento político de ocidente é a poderíamos


denominar “Igualdade formal”, que sugere que todos os indivíduos são iguais em virtude de seu
pertence à espécie humana.

O igualitarismo formal não pretende a construção de uma sociedade igualitaria quanto a


oportunidades ou riquezas, senão a eliminação dos privilégios que atuavam como princípio
organizativo na sociedade estamental tradicional.

Mas há algo a ter em conta, para conseguir estados finais iguais se requerem meios desiguais.
Assim mesmo, para obter resultados iguais, é necessário que se concedam oportunidades
desiguais à cada indivíduo segundo suas aptidões próprias.

Por outro lado, a noção de liberdade é outro dos conceitos finque da teoria democrática e se
distinguem dois tipos de liberdade: a negativa, que é a situação na que o sujeito tem a
possibilidade de atuar ou de não o fazer, sem que possa ser obrigado ao fazer ou sem que
outros sujeitos possam lhe impedir a ação; a positiva, que é a situação na qual um sujeito tem a
possibilidade de tomar decisões, de se dirigir para um objetivo concreto sem se ver determinado
pela vontade de outros.

Por tanto, a liberdade negativa está centrada na reivindicação do mínimo número de


interferências por parte de terceiros, principalmente do estado, na vida e nos direitos dos
indivíduos. Uma pessoa pode ser considerado livre neste sentido na medida que se lhe
respeitem o que poderíamos chamar seus “direitos negativos” (integridade física,
propriedade…).

Estado de direito

O estado de direito é aquele submetido a uma ordem constitucional e jurídico. O estado está
obrigado a garantir a segurança jurídica, os direitos e as liberdades do cidadão dentro do
enquadramento das declarações de direitos no princípio de legitimidade que carateriza o estado
liberal.

Como funciona a democracia hoje?

Segundo Dahl, a democracia seria um regime, os atos do qual apresentam uma


correspondência relativamente estreita com o desejo de muitos de seus cidadãos durante um
longo período de tempo. Segundo Dalh, os princípios básicos deve ter uma democracia para
que lha considere como tal seriam:
O controle das decisões governamentais sobre as medidas oficiais corresponde, por
disposições constitucionais, a servidores públicos eleitos.

Os servidores públicos eleitos são eleitos e substituídos pacificamente por outros mediante
eleições livres e imparciais relativamente frequentes, nas quais só pode haver um grau
limitado de coação.

Todos os adultos, praticamente, têm direito a votar nestas eleições.

A maioria dos adultos também têm direito a ocupar cargos políticos públicos se
apresentando como candidatos nestas eleições.

Os cidadãos têm o direito efetivo da liberdade de expressão.

A cidadania tem acesso a diversas fontes de informação que não estejam monopolizadas
pelo governo nem por nenhum outro grupo.

E desfruta de direitos efetivos a formar associações autônomas, incluídas as associações


políticas

Em base estes princípios, uns 190 estados do mundo podem ser considerados democráticos.

Quais são os problemas da democracia?

Desde a queda do muro de Berlim, praticamente, democracia foi equivalente a governo legítimo.
Os passos mais importantes que se deram ao longo da história até chegar à democracia foram:
a implantação do sufragio universal, o reconhecimento de partidos políticos e sindicatos, e a
parlamentarización do governo.

Os problemas aos que se enfrenta a democracia hoje em dia, são bastantees mas os mais
relevantes são:

A verdadeira participação-representação dos cidadãos no processo democrático. Para que


esta participação seja efetiva se têm que ter mais em conta os interesses dos cidadãos.

Isto converteu a democracia em uma democracia de partidos ou grupos.

O feito com que os partidos políticos tenham-se convertido em um elemento determinante


dos sistemas democráticos comportou a perda progressiva de independência dos
deputados, que estão sujeitos aos acordos do grupo parlamentar do partido ao que
pertencem.

O funcionamento real da democracia hoje, substituiu a antiga distribuição entre o governo


e o parlamento pela distinção entre a maioria governamental e a minoria de oposição.

A perda de relevo dos parlamentos contemporâneos está causada também por outro fator.
Atualmente, os partidos políticos não são os únicos atores políticos: os agentes
econômicos, os meios de comunicação, os lobbies e as instituições sociais estabelecem
relacionamentos de poder não só com partidos políticos senão com o próprio governo.

Finalmente, a composição do parlamento vê-se influída por sistemas eleitorais capazes de


constituí-lo, segundo suas caraterísticas, de maneira diferente. Por uma parte, o
debilitamiento do estado nação implica uma perda de autonomia por parte dos governos.

A tendência dominante comporta uma alteração profunda das fronteiras entre estado e
sociedade civil. A governabilidade democrática em sociedades etnicamente divididas é um dos
problemas políticos mais destacados dentro do panorama da nova ordem mundial. Em muitos
casos produz-se um conflito entre a soberania nacional, a universalidade dos direitos e a
convivência necessária de diferentes identidades culturais e políticas imposta pela globalização.

Sistemas políticos comparados: as democracias no mundo contemporâneo

O primeiro critério que pode ser tido em conta à hora de classificar sistemas políticos é o grau de
participação que existe na cada um dos cidadãos na tomada de decisões públicas.

A distinção entre sistemas democráticos e sistemas autocráticos concretiza-se pondo toda a


atenção em descobrir como exercem o poder as autoridades.

Os sistemas políticos autocráticos, podem ser classificado a sua vez em sistemas autoritários e
sistemas totalitarios. Ademais, dentro da cada grupo podem ser distinguido diversos tipos
segundo as respetivas caraterísticas institucionais e atendendo às justificativas ideológicas
sobre as que se fundamentam. Enquanto em um sistema autoritário os governantes têm o
objetivo de submeter à sociedade, em um sistema totalitario a vontade que lhe guia é a da
constituir de acordo com um novo sistema de valores, com uns referentes ideológicos fortes e
com a ajuda de uma intervenção decidida do estado. Os sistemas comunistas e nazifascistas
também estariam dentro dos regimes totalitarios.

Os regimes comunistas caraterizam-se por estar dominados por um único partido, que ainda
celebrando eleições não pode ser vencido nunca, há um planejamento centralizado da
economia e uma ausência relativa da propriedade privada. A liberdade de expressão e
associação está limitada, e não existe o conceito de separação de poderes.

O melhor exemplo de regime teocrático é o islâmico, como até faz pouco o era o regime taliban
no Afeganistão. Trata-se de regimes políticos surgidos de revoluções ou de crises políticas nos
quais o elemento religioso, que tem o suporte da massa, é básico para legitimar o sistema
político. Outros exemplos seriam o Vaticano e o Lamaista do Tíbet.

As monarquias tradicionais mais típicas são as representadas pelos islamistas de Arábia


Saudita e Marrocos… Caraterizam-se por um sistema político autocrático integrado por regimes
tradicionais, nos quais tomam forma de monarquias ou outros sistemas análogos, como o sultán,
o emirato, etc.

Os regimes militares surgem após aceder à independência ou após um golpe de estado. O


exército é a peça fundamental no exercício do poder e no qual o recurso à coerción é o mais
claro.

Democracias

Antes de classificar diferentes democracias, há que diferenciar entre o poder legislativo e o


poder executivo: parlamentarismo e presidencialismo. Quando o chefe do executivo é eleito pelo
legislativo e está sujeito a sua confiança, se fala de um sistema parlamentar. Quando o chefe do
executivo o eleito pelos votantes e é independente da confiança do legislativo, se está adiante
de um sistema presidencialista.
A maioria das democracias têm-se decantado pelo parlamentarismo. A vontade geral expressa-
se mediante sufragio universal em umas eleições que servem para construir um parlamento no
qual se manifestam uma maioria e uma minoria. Os elementos finque que caraterizam os
sistemas parlamentares são: o chefe de estado e o chefe de governo são pessoas diferentes, o
relacionamento entre o poder executivo, representado pelo governo, e o poder legislativo,
representado pelo parlamento, é de mútua interdependência. A peça fundamental do sistema
parlamentar é o parlamento ou assembleia legislativa, que pode ser unicameral ou bicameral. O
chefe de governo e o resto do executivo, o gabinete, formam um órgão colegiado responsável
adiante do parlamento.

A outra forma de democracia é o presidencialismo. Nestes sistemas, o chefe do executivo é


independente do parlamento. O presidente foi elegido pela cidadania e só é responsável
politicamente adiante dele. Os sistemas presidencialistas fundamentam-se em uma divisão de
poderes bem mais estrita, o executivo não precisa o suporte parlamentar para governar, e neste
sistema só pode haver repúblicas.

Neste caso, o presidente assume o papel de chefe de estado e de chefe de governo. A duração
do mandato pode oscilar entre 4 e 6 anos, e dependendo do estado não poderão ser reeleitos
duas vezes consecutivas. Em um sistema presidencialista, o presidente não é parte do
legislativo e não pode ser apartado do poder pelo parlamento. Da mesma maneira, e em justa
correspondência com a anterior disposição, o presidente não pode dissolver o legislativo nem
convocar eleições parlamentares. A diferença principal respeito do parlamentarismo jaz no feito
com que no presidencialismo os membros do executivo só são responsáveis adiante do
presidente, e não adiante do parlamento.

Vantagens e desvantagens dos dois grandes sistemas democráticos

As vantagens do presidencialismo seriam:

A estabilidade do executivo, já que o final do mandato do presidente está fixado


previamente.

A eleição popular do chefe do executivo

A separação de poderes, que significa limitar ao governo, e é uma proteção indispensável


contra a tiranía do governo.

As desvantagens:

O conflito irremediable entre o legislativo e o executivo

A excessiva rigidez do presidencialismo já que não apresenta nenhuma flexibilidade em


frente à realidade cambiante.

O triunfo do sistema, fundamentado na idéia que o ganhador lho leva tudo. O candidato
que perde não obtém nada.

Além destes dois sistemas há que ter em conta que as democracias podem ser maioritárias ou
consensuadas. Segundo os estudos, as maioritárias seriam mais adequadas em sociedades
mais homogêneas, e as consensuadas naquelas sociedades mais plurais.
Os maioritários caraterizam-se pela concentração do poder executivo, gabinetes de um só
partido e estrita maioria, pela fusão de poderes e domínio do gabinete, pelo bicameralismo
asimétrico (quase todo o poder corresponde a uma das câmeras), pelo bipartidismo (existência
de dois grandes partidos), pelo sistema de partidos unidimensional, pelo sistema eleitoral de
maioria relativa, por um governo unitário e centralizado, por uma constituição não escrita e
soberania parlamentar, e por uma democracia exclusivamente representativa. A este modelo
pertence a Inglaterra.

O modelo consensual carateriza-se pela participação no poder executivo de grandes coalizões,


pela separação formal e informal de poderes, pelo bicameralismo equilibrado e representação
da minoria, por sistemas pluripartidistas e pluridimensionales, por um sistema eleitoral baseado
na representação proporcional, pela descentralização e o federalismo territorial e não territorial,
por uma constituição escrita e que tem em conta às minorias e por uma maior presença de
mecanismos de democracia direta. A este modelo pertencem a Bélgica, Suíça e Espanha.

O modelo híbridoes o caso de EEUU e carateriza-se por uma concentração do poder executivo
nas mãos do presidente de EEUU, por uma separação de poderes estrita e formal, por um
bicameralismo equilibrado, pelo bipartidismo, por partidos políticos heterogêneos mas com
programas similares, por um sistema eleitoral maioritário a partir de distritos uninominales, pelo
federalismo, por uma constituição escrita e que tem em conta às minorias e pelo uso de
referendos.

A democracia pode ser organizado de diversas maneiras. O requisito mais importante para a
estabilidade democrática é que o conjunto de instituições democráticas estejam de acordo com
a estrutura de poder sobre a que repousam.

Conclusão

Jordi Sánchez faz um percurso histórico pela política desde os Impérios hidráulicos até as
democracias contemporâneas evidenciando um dos principais problemas das mesmas; a
incapacidade de representar aos cidadãos.

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