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1.

Introdução
A democracia se apresenta nas relações dos cidadãos com as cidades e estados, reflectindo seus
anseios que resulta na participação dos cidadãos pelos movimentos sociais, inserções políticas e
participação económica, desde a antiguidade até a contemporaneidade. As forças que levaram a
democracia representativa à assumir sua actual condição, envolvida na conjuntura da vida social
e os impactos económicos ligados directamente no desenvolvimento estão ancorados na actuação
dos indivíduos pela sua compreensão do que é a democracia. Contudo, a provocação é saber se
realmente as pessoas compreendem o significado de democracia, e se têm a dimensão do
envolvimento no sistema representativo, pois as decisões tomadas pela maioria resultam no
atender ou não dos interesses colectivos, assim como a gestão dos assuntos públicos. Não existe
consenso sobre a forma correta de definir a democracia, mas a igualdade, a liberdade e o Estado
de direito foram identificadas como características importantes desde os tempos antigos.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral

 Falar dos desafios da democracia.

1.1.2. Objectivos específicos

 Conceituar a democracia;
 Contextualizar a dinâmica dos desafios da democracia.

1.2. Metodologia

A metodologia usada para a pesquisa deste Exame foi a consulta de manual da história das
Instituições Políticas 1do 1° ano, Universidade Católica e a pesquisa da internet

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2. Democracia conceito

A Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente


directamente ou através de representantes eleitos na proposta, no desenvolvimento e na criação
de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições
sociais, económicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação
política. (CUNNINGHAM, 2009).
O termo "democracia" apareceu pela primeira vez no antigo pensamento político e filosófico
grego na cidade-Estado de Atenas durante a antiguidade clássica. Um dos aspectos que define a
democracia é a livre escolha de governantes pelos cidadãos através de eleições directas ou
indirectas. Um sistema de governo que actua democraticamente, deve abranger todos os
elementos de sua organização política: sindicatos, associações, movimentos sociais, parlamento,
etc. Nesse sentido, democracia não é apenas uma forma de Estado ou de Constituição, mas a
ordem constitucional, eleitoral e administrativa. Isto se reflecte no equilíbrio dos poderes e órgãos
do Estado, a prioridade política do parlamento, o sistema alternativo de grupos governamentais e
de oposição.
Embora, teoricamente, estas definições sejam opostas, na prática, a distinção entre elas foi
obscurecida historicamente. No sistema político da Atenas Clássica, por exemplo, a cidadania
democrática abrangia apenas homens, filhos de pai e mãe atenienses, livres e maiores de 21 anos,
enquanto estrangeiros, escravos e mulheres eram grupos excluídos da participação política. Em
praticamente todos os governos democráticos em toda a história antiga e moderna, a cidadania
democrática valia apenas para uma elite de pessoas, até que a emancipação completa foi
conquistada para todos os cidadãos adultos na maioria das democracias modernas através de
movimentos por sufrágio universal durante os séculos XIX e XX.
2.1. Princípios fundamentais da democracia

A democracia tem como princípios fundamentais:


 Liberdade do indivíduo perante os representantes do poder político, especialmente face
ao Estado;
 Liberdade de opinião e de expressão da vontade política;
 Multiplicidade ideológica;
 Liberdade de imprensa;

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 Igualdade dos direitos e oportunidades favoráveis para que o povo e os partidos se
pronunciem sobre todas as decisões de interesse geral;
 Alternância do poder de acordo com os interesses dos cidadãos.
2.2. Principais tipos de democracia
Segundo a maneira do cidadão expressar sua vontade, os sistemas democráticos de governo
podem se organizar de maneira directa ou indirecta. (PATEMAN 1992).
2.2.1. Democracia directa
A democracia directa é caracterizada pelo voto directo, onde as decisões políticas são tomadas
directamente pelo cidadão que expressa sua opinião sem intermediários. Esse sistema só é
praticável em comunidades minúsculas e fechadas em si mesmas.
A democracia directa tornou-se cada vez mais difícil, e necessariamente se aproxima mais da
democracia representativa, quando o número de cidadãos cresce. Historicamente, as democracias
mais directas incluem o encontro municipal de Nova Inglaterra (dentro dos Estados Unidos), e o
antigo sistema político de Atenas. Nenhum destes se enquadraria bem para uma grande
população (embora a população de Atenas fosse grande, a maioria da população não era
composta de pessoas consideradas como cidadãs, que, portanto, não tinha direitos políticos; não
os tinham mulheres, escravos e crianças).

2.2.2. Democracia indirecta ou democracia representativa


A democracia indirecta ou representativa é um sistema democrático em que as decisões políticas
não são tomadas directamente pelos cidadãos. Cabe ao cidadão escolher representantes através do
voto, que deverão zelar pelos seus interesses.
Em democracias representativas, em contraste, os cidadãos elegem representantes em intervalos
regulares, que então votam os assuntos em seu favor. Do mesmo modo, muitas democracias
representativas modernas incorporam alguns elementos da democracia directa, normalmente
referendo.
2.3. As diferentes concepções de democracia

As concepções sobre a extensão atribuída às garantias de liberdade oscilam entre dois polos: o da
democracia liberal e o da democracia social (socialista). Também é o que acontece com a
participação dos cidadãos dos grupos sociais e do conjunto do povo na formação das vontades
políticas.
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2.3.1. Democracia liberal

A democracia liberal aquela em que o desenvolvimento das organizações económicas e


financeiras não está sujeito a restrições. Nela os indivíduos desfrutam de completa liberdade de
contrato entre si. A democracia liberal se caracteriza pela não interferência do Estado nos
assuntos económicos e financeiros dos cidadãos. Os negócios estão entregues à iniciativa privada
e a produção está sujeita a lei da oferta e da procura.
2.3.2. Democracia Social

A social democracia é aquela em que o desenvolvimento das organizações económicas é


subordinado aos interesses do povo em conjunto. Nela todos os contratos estão subordinados aos
interesses da comunidade. O Estado controla os assuntos económicos e financeiros e a produção é
determinada pelo Estado de acordo com as necessidades do consumo.
2.4. Desafios da democracia
Um dos principais desafios da democracia contemporânea é descobrir a verdade por trás de
idealismos políticos. Portanto, a democracia enfrenta diversos desafios no cenário actual, sendo
características da ordem global suscitadas pela chegada do século XXI a (re)afirmação da
democracia como uma qualidade de estados nacionais independentes. Esse atributo tem dois
principais desafios para ser superado, o primeiro deles é a criação e o fortalecimento de
instituições de governo transnacional, como é o caso das Nações Unidas, a Organização Mundial
do Comércio e o Fundo Monetário Internacional. Ao passo que essas instituições sejam
concretizadas, elas impõem sérias limitações aos estados nacionais, contudo, a gravidade de
“problemas da ordem mundial torna provável que essas instituições, ou outras novas, serão
fortalecidas e, com esse fortalecimento, trarão desafios à democracia dos estados nacionais”
(MARKOFF, 2013, p. 29).
Desse modo, importante destacar que o modelo liberal de democracia e o participativo são
distintos, pois o primeiro valoriza a autonomia do indivíduo enquanto o segundo modelo, o
participativo, respalda a possibilidade de controle da administração pública pela sociedade,
regulando, assim, a vida colectiva. Nesse sentido, para melhor compreensão dos modelos,
analisar-se-á cada um deles, ainda que de forma sucinta, uma vez que não é este o objectivo do
presente trabalho. Assim, inicialmente abordar-se-á o modelo liberal e, em um segundo
momento, o modelo participativo.

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Vale lembrar que a democracia é conceituada como uma forma de exercício de poder em que a
vontade soberana do povo prevalece, assim, o povo é o titular, o sujeito activo e o sujeito passivo
desse poder legítimo. Assim, Bonavides (1993) apresenta aquela concepção de democracia
consagrada por Lincoln, como o governo que emana do povo, pelo povo e para o povo. Ressalta-
se, porém, que ainda que existem várias concepções para o termo “povo”, adoptar-se-á aqui,
aquela dada por Bonavides (2001) e que está estreitamente ligada a ideia de soberania popular.
Para o autor, o termo “povo” deve ser estabelecido sob três prismas, quais sejam, o político, o
sociológico e o jurídico.
O primeiro reflecte a ideia de participação política, especialmente, por meio das eleições e dos
processos democráticos decisórios, em que a população é capaz de participar por meio do voto. O
segundo, do ponto de vista sociológico, o conceito de “povo” confunde-se com o conceito de
“nação”, designando uma comunidade com valores e aspirações em comum. O terceiro sentido,
ou seja, o jurídico designa um conjunto de pessoas vinculadas por um determinado ordenamento
jurídico, pertencentes a um Estado e que estabelecem uma relação de cidadania. (AGAMBEN,
2014).
Assim, a divisão de competências é de vital importância, uma vez que a centralização do poder
em um só órgão ou em uma só pessoa comprometeria a democracia. Nesse sentido, a finalidade
da separação dos poderes de preservar a liberdade individual, combatendo a concentração de
poder. Para Canotilho (2002), o princípio da separação assegura uma medida jurídica ao poder do
Estado e, consequentemente, serve para garantir e proteger a esfera jurídico subjectiva dos
indivíduos.
2.5. A crise do sistema democrático
A forma de agir de cada indivíduo dentro do sistema democrático e as influências do Estado
sobre ele podem ser analisadas pelos pressupostos da individualidade, onde o ser humano age
conforme acções favoráveis a ele, e também as decisões que o Estado direcciona à sociedade. Os
laços da política e o envolvimento dos cidadãos com ela se transformaram ao longo da história, a
começar pela concepção de democracia presente na antiga Atenas no século V a.C. Na Atenas da
antiguidade, o cidadão participava directamente das decisões políticas, e obtinha reconhecimento
público de tal condição. A política exercia um papel fundamental no quotidiano do cidadão,
assim como o reconhecimento de tal condição pela polis (AGAMBEN, 2014).

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Tais acções que pautavam a democracia directa ateniense se modificaram profundamente. Na
modernidade e em suas sociedades demograficamente povoadas a democracia se apresenta na
forma representativa. Assim, o debate e o encaminhamento das decisões são tomados pelo
governo, entendido aqui na confluência de esforços e acções do legislativo e do executivo,
voltadas para controlar, vigiar e administrar o poder e suas relações na gestão dos direitos e
deveres dos cidadãos. A governabilidade contemporânea reforça estas directrizes a partir das
formas e acções de condução da gestão dos interesses públicos por parte da razão governamental
vigente.
A compreensão do sistema político vigente que norteia as decisões pertinentes à sociedade, torna-
se cada vez mais vital, uma vez que as decisões embarcadas direccionam a condução de todos os
assuntos públicos. (BONAVIDES, 1993).

2.6. A Participação no espaço democrático


O conhecimento acerca dos impactos da política na vida social e a participação do indivíduo na
esfera pública é uma das urgências na contemporaneidade e, apresenta-se de forma desafiadora
no que se refere a compreensão da democracia em sua forma representativa vivenciada na
actualidade. No contexto da sociedade contemporânea em que se encontra inserido o indivíduo, o
mesmo é influenciado diariamente por informações e fatos que o levam a considerar que política
é algo prejudicial, perda de tempo e que, portanto, não produz efeitos consistentes e palpáveis em
sua vida produtiva e de consumo. Ainda nesta direcção, considera-se que o indivíduo e os atores
políticos agem conforme seus próprios interesses. Tal condição faz com que se desconsidere as
exigências da participação no contexto das democracias representativas incidindo sobre a escolha
dos políticos e, por decorrência em sua responsabilidade social. (DALARI, 2007).
As prerrogativas da democracia representativa anunciam que o poder está nas mãos da maioria,
tanto o poder para instituir, quanto para destituir representantes no poder executivo, quanto no
poder legislativo. Assim, quanto maior a compreensão da potencialidade do voto e sua efectiva
participação nas questões públicas, menores serão as chances de equívocos, ou de erros do
sistema democrático representativo.

2.7. A actuação no processo democrático

O reconhecimento da condição de cidadão advinda do exercício da cidadania, como participante


da polis está nas funções e nos compromissos que o indivíduo tem para com o colectivo. Sua
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presença, ou ausência, se reflecte no desenvolvimento, ou não, da sociedade. Consecutivamente a
organização e actuação dos representantes políticos deveriam ser de relevância para toda a
comunidade, uma vez que eles são eleitos com o compromisso de potencializar o espaço público.
Os representantes são incumbidos de atender as necessidades emanadas pela sociedade. É a partir
destas que surgem as legislações para nortear as directrizes do Estado e, também as acções da
sociedade. O que vai legitimar é o voto. É através do sufrágio universal que os cidadãos elegem
seus representantes para governar a sociedade (BOBBIO, 1986).

O voto legitima o poder do Estado, e a forma que o mesmo define a condução dos assuntos. Abre
também outras possibilidades, como um instrumento para alcançar o poder. Se utilizado apenas
como técnica, sua actuação se reduz a uma encenação política, o que resulta em questionamentos,
dúvidas em torno da liberdade política, pois, a originalidade da actuação poderá concentrar o
poder nas mãos de pessoas interessadas em atender uma minoria, constituindo assim o governo
de minorias no exercício da soberania sobre a maioria.

Temos, pois, na democracia a confluência de duas


formas de soberania que, na verdade, constituem
uma só: a soberania da maioria e a soberania das leis.
Uma insiste sobre o papel do povo na criação de
instituições que respondem aos anseios da maioria e,
a outra, sobre a objectividade e a permanência das
instituições criadas (ROSENFIELD, 2003, p. 34).

A democracia possibilita teoricamente a escolha da estrutura política vigente. Teoricamente,


embora os candidatos se elejam, isso não garante que ele faça parte do quadro político do país.

2.8. A democracia e as ideologias partidárias


Os partidos atuam na indicação do candidato, na pré-candidatura que ocorre no interior do
partido, que é responsável por negociações e decisões que envolvem outras legendas, na
conformação de alianças e blocos de disputa política eleitoral. Na democracia representativa, as
acções dos candidatos e de seus partidos necessitam ser respaldadas por suas ideologias. Mas
alguns partidos as deixam de lado para se coligar a outras legendas cujas ideologias diferem
significativamente das suas. Alianças desta natureza demonstram que o objectivo de tais partidos
está vinculado aos interesses pecuniários que o exercício do poder político pode proporcionar.

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O surgimento de um partido político é resultado de dois movimentos convergentes.
Primeiramente é resultado da demanda de determinado segmento da sociedade que tem interesse
em ter representadas suas ideias e propostas pela esfera de Estado e de governo e, num segundo
momento é um posicionamento diferencial de um partido em relação aos demais partidos do
espectro político. Assim, a existência dos partidos políticos é crucial na representação dos mais
diversos interesses da sociedade. (PATEMAN 1992).

2.8.1. Sistema representativo e o poder colectivo

O sistema representativo, base da democracia, confere ao cidadão o poder de eleger seus


representantes, assim como acompanhar e cobrar dos mesmos o atendimento as urgências sociais.
As acções políticas geram impactos significativos na vida da sociedade, e são decididas pelos
representantes nas esferas do poder legislativo e executivo. Contudo, algumas vezes, a sociedade
não compreende o papel de cada poder, e concede ao executivo responsabilidade pelo andamento
das questões sociais, políticas e económicas. O que cada cidadão compreende por política e a
forma como sua compreensão interfere na sociedade, fazem parte de um conjunto problemático
contemporâneo que pode ser influenciado por uma média interessada em manipular, ou orientar a
agenda política para ser apresentada a opinião pública. Ainda nesse conjunto problemático, é
possível verificar o problema da individualidade resultada pela participação do indivíduo na
dinâmica da produção e consumo, uma vez que estes sistemas podem reduzir a vontade do
indivíduo em participar da esfera política. (PATEMAN 1992).
Pensar a actuação do cidadão no espaço público é importante para repensar suas actuações fora
das instituições políticas. Pois, embora a burocracia seja importante para a funcionalidade de
qualquer organização, quando se refere ao espaço político, pode ser reduzida ao âmbito
administrativo e não o espaço onde o cidadão e os seus representantes se encontram para discutir
questões de interesse da comunidade. Manifestações movimentadas pela colectividade precisam
ser reflectidas pela política, pois ela é o único caminho para atender as demandas sociais pelo
sistema representativo. Desta forma, a manifestação de cada cidadão precisa ser respeitada para
que a democracia seja aplicada e vivenciada como vontade da maioria.

2.8.2. Os contrapontos da democracia

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Na política, tanto quanto na vida social a conceituação das percepções do senso comum em
relação ao bem e ao mal está ligado directamente as acções levadas adiante pelos indivíduos em
relação a si como em relação aos outros. E na forma de governar não é diferente, as pessoas, na
maioria das vezes, almejam encontrar o melhor governo.
A democracia além de contemplar os interesses da
sociedade, justifica-se na participação do indivíduo
que saindo de sua zona de conforto, de sua
individualidade vinculada a produção e ao consumo
admite a condição de participar dos interesses
públicos da comunidade, onde o político é habitado e
visto por todos (ROSENFIELD, 2003).
Porém, para contextualizar o governo em qualquer categoria é primordial que os indivíduos
participem deste, se reconheçam como formadores da cidade, e o reconhecimento poderá se
efectivar por meio das relações existentes entre o cidadão e o Estado. A democracia legitima o
poder do Estado pela força embasada na representação da maioria. Deste modo, pode ser
compreendido que a maioria tem liberdade de escolha e consciência política. O oposto desta
condição e prática é perigoso e gera dúvidas sobre atender as necessidades sociais, pois, o poder
concedido para alguns constitui a soberania das leis pela soberania da maioria. Uma das forças da
democracia está na aplicação da lei, esta feita a partir das aclamações da sociedade em atender às
suas necessidades. Contudo, é importante frisar que as necessidades humanas, assim como a
própria democracia sofrem modificações ao longo da história. De tal modo que, as necessidades
passam a ser diferentes e a estrutura democrática também, pela sua contextualização histórica,
social, política, económica e cultural podem gerar conflitos de interesses.

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3. Conclusão
As expressões da democracia se transformaram historicamente sendo contextualizada a partir do
modelo de cada sociedade. Assim, seu significado e entendimento se ampliaram de forma
considerável. As relações de poder efectivadas pelo voto, a soberania popular, instituições
políticas descaracterizaram a democracia originária em suas origens em Atenas, o que resultou
numa nova projecção desta na contemporaneidade. A palavra democracia é utilizada
quotidianamente, nos jornais, nas revistas, nas redes sociais. Mas, a compreensão do que é a
democracia e sua responsabilidade está longe de ser vivenciada, pois o sistema representativo
possibilita uma utópica liberdade para escolher seus representantes e concede a real
responsabilidade por essas escolhas. Os cidadãos embora não sejam responsáveis directamente
pelas decisões políticas ou administrativas em prol da sociedade, são indirectamente
responsáveis. Pois, as decisões são daqueles que os representam pelo sistema representativo
partidário. Assim, a participação do indivíduo está relacionada directamente com os
acontecimentos públicos, resultados das decisões políticas e pela responsabilidade que ele
concede aos representantes.

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4. Referências Bibliográficas

 BOBBIO, N. (1986).O futuro da democracia. 6ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.


 BOGO, Ademar. (2005). Teoria da organização política: Escritos de Engels - Marx -
Lenin - Rosa - Mao. São Paulo: Expressão Popular.
 CANOTILHO, José Joaquim Gomes.(2002). Direito constitucional e teoria da
constituição. 5. ed. Coimbra: Almedina.
 CUNNINGHAM, Frank. (2009). Teorias da democracia: uma introdução crítica. Porto
Alegre: Artmed.
 DALLARI, Daldo de Abreu. (2007). Elementos de teoria geral de Estado. São Paulo:
Saraiva.
 PATEMAN, Carole. (1992). Participação e teorias democráticas. São Paulo: Paz e
Terra.

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