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Elias Domingos Charles

TEMA

PROGETO DE METODO DE ESTUDO E INVESTIGACAO CIENTFICA

Docente dr. Tiago Tendai Chingore


Elias Domingos Charles

TEMA

PROGETO METODO DE ESTUDO E INVESTIGACAO CIENTIFICA

Docente dr.Tiago Tendai Chingore


Indice

Agradecimento--------------------------------------------------------------------------------1

Resumo------------------------------------------------------------------------------------------2

Introducao--------------------------------------------------------------------------------------3

Problematizacao-------------------------------------------------------------------------------4

Hipotese-------------------------------------------------------------------------------------------4.1

Obijetivos-----------------------------------------------------------------------------------------4.2

Justificativa--------------------------------------------------------------------------------------5

Metodologia--------------------------------------------------------------------------------------5.1

Tipo de pesquisa----------------------------------------------------------------------------------6

Metodo de analise --------------------------------------------------------------------------------7

Bibliografia----------------------------------------------------------------------------------------8
Agradecimento

Em primeiro lugar agradeço a Deus pela capacidade de renovar-me a cada dia,


enfrentando os desafios da vida com saúde e amor. Agradecer a todos que de uma forma
directa ou indirecta ajudaram na recolha dos dados deste trabalho.
Resumo

As exigências do ensino implicam com frequência que os alunos permaneçam muitas


horas na sala de aula, local onde escrevem, escutam, reflectem, interagem com os seus
colegas e aprendem. É importante melhorá-la, transformando-a num ambiente de
conforto e bem-estar, permitindo a interacção e onde seja agradável trabalhar. Por esta
razão, este estudo pretende descrever como é que é feita a gestão de espaço em turmas
numerosas numa sala de aulas.

Palavras-chave: Gestão do espaço; turmas superlotadas.


Introducao

Esta educação é acompanhada pela instrução como sendo o saber fazer. Para a
sua materialização a educação vai de mãos dadas com o ensino. Vários autores
definem o Ensino como a criação de condições favoráveis de modo que a instrução
e a educação decorram. Na vida prática as exigências do ensino e da educação são
cada vez maiores e mais complexas. No contexto escolar a indisciplina, o insucesso
escolar e o abandono escolar são problemas que integram o quotidiano dos
professores (nas salas de aulas). Ora, como os alunos passam cada vez mais horas
na escola, quase que se poderia dizer que habitam na escola, este espaço deveria
estar imerso num Ambiente de conforto e bem – estar. É aí que eles escrevem,
escutam, reflectem, aprendem e interagem com os seus colegas. Como refere
AUGUSTOWSKY (2005) para tanto, consideramos absolutamente necessário
melhorar o espaço da sala de aula, tornando-o o mais acolhedor, mais humano,
mais bonito; um espaço que permita a interacção e agradável na actividade
docente no decurso do seu trabalho. Não é possível pensar nas práticas de ensino
que ocorram no vazio, é necessário situá-las no contexto em que se inserem.
Quando entramos numa escola e olhamos em redor, e os diversos espaços que a
compõem, como as salas de aula, por exemplo, podem perceber qual a dinâmica que a
envolve, que tipos de actividades se desenvolvem, como interage os diferentes alunos,
como se relacionam entre pares e com os adultos, professores, auxiliares e agentes da
comunidade escolar. Todo o ambiente envolvente informa-nos; basta observarmos
atentamente a forma como as pessoas se relacionam e como estão organizados os
espaços de recreio, o mobiliário e as paredes, ou seja, como está organizado o espaço
físico dentro e fora das salas de aula.

Estudos como de RICHARDSON (1997) que versam sobre a gestão dão destaque aos
escassos recursos que o professor controla, salientando o tempo – gestão e focalização
do tempo dos alunos nos assuntos escolares em geral – e o espaço na sala de aula –
como movimentar-se nesse espaço, onde colocar os alunos, os materiais e as carteiras e
como criar um ambiente adequado à aprendizagem. Fazem, ainda, referências ao facto
de estar bastante bem desenvolvida a investigação sobre a gestão do tempo, mas muito
pouco se sabe ainda sobre a gestão do espaço. A flexibilidade na colocação das carteiras
e das mesas e no agrupamento dos alunos assume um papel muito importante quando se
considera o uso do espaço na sala de aula, mas é difícil prever quais as implicações
destas decisões no comportamento e na aprendizagem dos alunos, uma vez que os dados
da investigação são ainda muito reduzidos.

A principal preocupação dos professores com o espaço é experimentar a reorganização


da disposição da sala de aula. A forma como o mobiliário está disposto pode ter
influência no tempo de aprendizagem escolar e, consequentemente, na aprendizagem
dos alunos. Como já foi referido, neste estudo, será abordada a questão da gestão de
espaço em turmas superlotadas para o processo de ensino e aprendizagem.

PROBLEMATIZACAO
Após a reforma do SNE Moçambicano, criou-se directrizes que norteavam e ainda
norteiam este sistema educativo, destacando a educação como direito do todo o cidadão,
tendo desta forma suscitado a necessidade de toda a criança moçambicana ingressar-se
na escola após a idade desejada numa perspectiva de preparar as novas gerações para o
desafio que impõe a sociedade actual. Ainda de acordo com a ONU, no seu relatório
que fala sobre os direitos da criança, preconiza que internacionalmente todo o ser
humano deve ter acesso a educação. E na perspectiva de responder a estas preocupações
expostas pela sociedade verifica-se um número elevado de crianças nos recintos
escolares com idade a partir dos 6 anos de idade, a ingressarem-se para a escolaridade
no ensino primário.

Deste modo, a eficácia do acto educativo depende de vários factores internos e externos
dos quais o aspecto motivacional, o clima organizacional e ainda as condições físicas
das salas de aulas não se esquecendo do rácio professor - aluno. Encontra partida nos
últimos anos, verifica-se a superlotação nas salas de aulas do ensino básico em
Moçambique.

Com o presente trabalho pretende-se saber como é que os professores gerem o espaço
numa turma superlotada ou com um elevado rácio professor - aluno no PEA na EPC
chidodo.

HIPOTESES
De um modo sintético e perante esta situação acredita-se que este facto pode ser
solucionado usando diferentes estratégias:
 Em cada carteira por serem crianças, podem sentar três a três, para permitir que
todos alunos tenham acesso a carteira, evitando que sentem no chão e sujem o
uniforme escolar.
 Numa outra perspectiva, para a gestão de espaço é a divisão da turma ou dos
alunos em grupos de dez alunos cada, com objectivo de potenciar o
conhecimento dos alunos que reúnem pouca competência com os mais
aproveitados para uma melhorar a aprendizagem.
 Noutra vertente é organizar a sala em forma de U onde os alunos irão sentar nas
carteiras e os que não tiverem espaço sentam no interior do formato U.

OBJETIVOS

GERAL
 Compreender como é feita a gestão de espaço em turmas populosas na sala de
aulas;

ESPECÍFICOS
 Descrever o ambiente educativo numa sala populosa;
 Identificar os factores que contribuem para a superlotação das salas de aulas;
 Descrever o ambiente de interacção e atendimento na sala de aula;
 Sugerir as estratégias de gestão das turmas numerosas.

Justificativa
O processo de ensino/aprendizagem decorre envolvendo vários actores, destacando o
professor e o aluno como os principais intervenientes no contexto de sala de aulas. Para
a materialização deste acto depende de um conjunto de acções que visam garantir a sua
execução, refira-se das condições ambientais dentro e fora da sala de aulas. De acordo
com o tema apresentado, a pesquisadora do trabalho sentiu-se comovida para
detalhadamente buscar ou fazer um estudo aprofundado sobre a gestão de espaços em
turmas populosas, facto vivido durante o período da realização do trabalho de pesquisa
na EP1,2 de Phinda, na (….) classe, turma (…..). Constitui ainda motivos da pesquisa,
compreender as metodologias usadas para a gestão de turmas numerosas um dilema que
se depara com maior número das escolas do ensino básico no SNE do nosso país.
Dos aspectos destacados, a autora, pretende colocar o seu contributo como forma de pôr
cobro esta situação, proporcionando uma aprendizagem eficiente e eficaz para os
educandos ao nível das escolas. Num outro diapasão, procura perceber e trazer uma
reflexão sobre o impacto deste facto para o PEA e qual tem sido o esforço empreendido
pelo professor dentro dos quarenta e cinco minutos para que esta aprendizagem seja
efectiva e abrangentes a todos os alunos na sala de aulas.
Constitui pano do fundo da pesquisadora, perceber ainda junto da direcção da escola e
de outras estruturas competentes e que intervém no acto educativo, quais são as acções
que tem sido levado acabo para minimizar esta situação nas escolas do país.

Delimitação do tema
O estudo sobre a Gestão de espaço em turmas superlotadas, subjaz do tema: As
condições físicas da sala de aulas para uma aprendizagem eficaz, como sendo um
pilar no PEA, que se enquadra na disciplina de Gestão Educacional. Os estudos deste
caso foram feitos na Escola Primária Completa 25 de Junho.

Localização geográfica da escola

REVISÃO DA LITERATURA

Conceitos básicos

Espaço
O conceito de espaço refere-se, de acordo com a Dicionário Editora da Língua
Portuguesa 2010 a um “lugar mais ou menos bem delimitado, cuja área (maior ou
menor) pode conter alguma coisa; extensão indefinida”. Perante esta definição, espaço
adquire uma acepção de algo físico, algo relacionado com os elementos que ocupam o
espaço. BATTINI (1982 apud FORNEIRO, 2008) afirma que “é necessário entender
o espaço como um espaço de vida, no qual a vida acontece e se desenvolve: é um
conjunto completo” salientando que: para as crianças pequenas o espaço é aquilo que
nós chamamos de espaço equipado, ou seja, espaço com tudo o que efectivamente o
compõe: móveis, objectos, odores, cores, coisas duras e moles, coisas longas e curtas,
coisas frias e coisas quentes, etc.
No final do séc. XIX e na primeira metade do séc. XX, o espaço foi abordado em
diversos textos enquanto realidade social, estabelecendo a inter-relação com a
sociedade que dele faz parte. Para Durkheim (1912 apud DURKHEIM, 2002) o espaço
não se pode dissociar da sociedade que o habita e os tipos de organização que esta exibe
devem ser explicados pela relação estabelecida entre os dois – espaço e sociedade.
Fazendo o paralelismo com a sala de aula, também ela é um espaço pessoal e social.
Forneiro (2008) refere ser três os elementos que nos podem condicionar quando
pretendemos organizar o espaço: os elementos estruturais, que dizem respeitam ao
edifício propriamente ditos, não sendo possível a sua alteração; o mobiliário,
correspondente a, por exemplo, mesas e cadeiras, que embora não se possa retirar, pode
ser objecto de reorganização, de acordo com as necessidades; e os materiais de que
dispomos, que cada um poderá usar da forma que considerar mais pertinente. Os
elementos estruturais, elementos permanentes na estrutura do edifício, constituem
aquilo a que designa de espaço de organização fixa.

Hall (1986) citado por Ferrão Tavares (2000, p. 33) afirma ser importante reflectir
sobre a organização do espaço na aula como meio de facilitar a interacção. Faz, ainda,
referência à diferença existente entre escolas de nível inferior com as dos outros níveis,
afirmando que “à medida que se avança na escolaridade, os espaços deixam de ser
dinâmicos para se tornarem fixos”. Como exemplo de espaços dinâmicos, Ferrão
Tavares (2000) menciona o desenrolar das actividades na educação pré-escolar e / ou
do primeiro ciclo, em que as cadeiras, as mesas, e outros materiais, podem ser
facilmente deslocados em função das actividades a realizar. Já no que diz respeito à
disposição tradicional da sala de aula, principalmente nos níveis de escolaridade mais
avançados, acredita que constitua um obstáculo à realização de actividades de produção
oral, “uma vez que o olhar recíproco faz parte das estratégias interactivas” (TAVARES,
2000, p. 33). Nesta linha, e no que diz respeito ao espaço de organização semifusa,
como a organização do mobiliário existente naquele espaço, Hall (1986) fala de espaços
sociófugos e sociópetos. Enquanto os primeiros mantêm os indivíduos estanques entre
si, dificultando a comunicação, os segundos provocam os contactos, favorecendo-a. Na
sala de aula, verifica-se também a existência destes espaços, na medida em que há
lugares que levam a uma participação natural do aluno, assim como há outros que
podem dificultar essa participação.
Sob ponto de vista da autora o espaço é o local bem delimitado , caracterizado móveis,
objectos, coisas duras e moles, coisas longas e curtas, coisas frias e coisas quentes, etc.

O espaço da sala de aula


“Compreendo a sala de aula como um espaço.” Freire; Pires da Costa (2008, p. 95)
Relativamente ao espaço da sala de aula, e fazendo referência aos termos espaço e
ambiente, os quais costumam ser utilizados de forma equivalente, (FORNEIRO 2008)
estabelece uma diferença entre eles, embora considere que estejam intimamente
relacionados. Enquanto, espaço diz respeito ao espaço físico “locais para a actividade
caracterizados pelos objectos, pelos materiais didácticos, pelo mobiliário e pela
decoração.” Ambiente engloba o “espaço físico e as relações que se estabelecem no
mesmo (os afectos, as relações interpessoais entre as crianças, entre crianças e adultos,
entre crianças e sociedade em seu conjunto) ” (idem).
Por isso dizemos que o ambiente «fala», transmite-nos sensações, evoca recordações,
passa-nos segurança ou inquietação, mas nunca nos deixa indiferentes. (ibidem).
Zabalza (2001) afirma que o espaço poderá favorecer ou dificultar a aquisição de
aprendizagens, revelando-se estimulante ou limitador em função do nível de coerência
entre os objectivos e a dinâmica proposta para as actividades a realizar, ou em relação
aos métodos de ensino e de aprendizagem caracterizadores do nosso modo de trabalhar.

FORNEIRO (2008) refere-se ao espaço como conteúdo curricular, apresentando três


etapas constituintes do processo:
1ª – Espaço como local onde se ensina, no qual é esperado que o professor se adapte da
melhor maneira possível;
2ª – Espaço como componente instrumental, o qual o professor altera se considerar
importante relativamente às actividades a realizar, fazendo parte do projecto de
formação como elemento facilitador;
3ª – Espaço como factor de aprendizagem, passando a fazer parte integrante do projecto
formativo do professor e do processo de ensino e aprendizagem.
Na mesma linha, Zabalza (2001) considera que a forma como organizamos e utilizamos
o espaço físico da sala constitui, ela própria, uma mensagem curricular, uma vez que
reflecte o nosso modelo educativo.

Concordando com os autores o espaço da sala de aula é um lugar bem delimitado


caracterizado por mobiliário carteiras, mesa do professor, quadro, pelos materiais
didácticos,e pela decoração, que poderá favorecer a aprendizagem. O espaço físico é
lugar de desenvolvimento de várias habilidades e sensações, auxiliando, portanto, na
aprendizagem. O espaço da sala de aulas deve propiciar condições para que as crianças
possam usufruí-lo em benefício do seu desenvolvimento e aprendizagem. Por tanto é
preciso que o espaço seja versátil e permeável à sua acção, sujeito a modificações
propostas pelas crianças e pelos professores em função das acções desenvolvidas E
oferecer conforto, segurança física e proteger, significa proporcionar ambiente seguro e
confortável.

Escola:
Etimologicamente a palavra escola deriva do grego σχολή (scholē), originalmente
significa "lazer" e também "aquele em que o lazer é empregado", e mais tarde "um
grupo a quem foram dadas palestras, escola". As escolas são espaços organizados
propostos para o ensino e a aprendizagem.
No que concerne à escola, FORNEIRO (2008) apresenta o ambiente estruturado em
quatro dimensões bem definidas, mas relacionadas entre si: dimensão física, que se
refere ao aspecto material do ambiente; dimensão funcional, que se relaciona com a
forma de utilização do espaço; dimensão temporal, que reporta à organização do tempo,
isto é, aos momentos em que serão utilizados os diferentes espaços, e dimensão
relacional, que concerne às diferentes relações que se estabelecem dentro da sala de
aula. Cada uma destas dimensões inclui elementos que podem existir por si só, mas o
ambiente só existe se todos eles se inter-relacionarem, pois não possui uma existência
material como o espaço físico. Sob ponto de vista da pesquisadora escola é uma
instituiçã o de educaçã o, é um dos espaços de inserçã o das crianças nas relaçõ es
éticas e morais que permeiam a sociedade na qual estã o inseridas.

A organização do espaço na sala de aula


O espaço físico da sala de aula possui elementos que, conforme a sua organização,
constituem um determinado ambiente de aprendizagem que irá, consequentemente,
condicionar a dinâmica de trabalho e as aprendizagens que aí se poderão efectuar. Ele
deverá estar organizado tendo em vista a actividade a ser desenvolvida, pois constitui o
elemento que condiciona mais claramente a estrutura do espaço (FORNEIRO, 2008).
Planificar e gerir os espaços, de um modo coerente com os nossos modelos
metodológicos, reveste-se de uma grande importância dado que o ambiente se revela
como um poderoso factor facilitador ou inibidor da aprendizagem (ZABALZA, 2001).

No que diz respeito à disposição dos materiais, carteiras e alunos, o espaço é um recurso
importante que é planificado e gerido pelos professores. A forma como o espaço é
utilizado interfere no ambiente da sala de aula, influencia o diálogo e a comunicação e
tem efeitos emocionais e cognitivos importantes nos alunos (ARENDS, 2008).

Richardson (1997) afirma que a forma como está disposto o mobiliário pode
influenciar o tempo de aprendizagem escolar e a aprendizagem dos alunos. Por
conseguinte, o modo de organização do espaço tem uma influência directa sobre os
padrões de comunicação e sobre as relações de poder entre professores e alunos, que
podem afectar o grau com que estes controlam os conteúdos e tornam a sua
aprendizagem independente. A disposição dos alunos nas carteiras ajuda a determinar os
padrões de comunicação e das relações interpessoais nas salas de aula e influencia uma
variedade de decisões diárias que os professores têm de tomar acerca da utilização e
gestão dos escassos recursos ao seu alcance. A aprendizagem cooperativa, por exemplo,
requer uma atenção especial quanto ao uso do espaço na sala de aula, bem como do
mobiliário movível (ARENDS, 2008). concordando com os autores,A organização do
espaço da sala de aula reflecte a acção pedagógica do professor, pelo que ele deve
avaliar o seu próprio estilo de ensino: se gosta de ver todos os alunos ao mesmo tempo,
se vai usar actividades em pequenos grupos, se vai leccionar com exposição a maior
parte do tempo, ou outras formas.
Neste sentido, apresentam carteiras dispostas em filas, mesas agrupadas e disposição
das cadeiras em círculo. Como já vimos, a acção pedagógica do professor reflecte-se na
organização que faz do espaço da sala de aula. Se pretender uma prática eficaz e se a
eficiência for a meta, o espaço deverá ser adequado ao ambiente consoante os objectivos
a atingir.

Numa sala de aula, é o professor que controla os recursos, os processos e a didáctica. Se


quer efectuar um debate e/ou uma discussão é essencial que organize os alunos da turma
e as carteiras em círculo. Se as actividades a realizar, mediante as tarefas propostas, irão
beneficiar de diálogos em grupo que irão enriquecer o processo para que os objectivos
pretendidos sejam alcançados, então colocam-se as carteiras em grupos de alunos. No
entanto, se apenas se pretender introduzir um conceito novo, expor uma temática, muda-
se o cenário para o sistema de filas e colunas ou linhas de carteiras ARENDS (2008).

O espaço da sala de aula deve ser um lugar aprazível e ter as condições necessárias às
diferentes aprendizagens – da leitura, da escrita e de outras. Para que seja possível, é
fundamental que estejam reunidas condições de ambientação, de cuidado com a sala, da
sua preparação e adequação às práticas pedagógicas. O espaço constitui, ele mesmo, um
elemento formador, como referencial de posturas e aprendizagens (VERDINI, 2006).

Martins e Niza (1998) referem que uma organização de aula que possibilite a realização
de actividades variadas e modos de trabalho diversos, favorecerá as crianças de uma
turma, dado possuírem saberes diferentes relativamente aos objectivos e à natureza da
linguagem escrita, terem ritmos de aprendizagem próprios e interesses diversificados,
utilizando estratégias distintas para ler e escrever. Talvez por esta razão, Kounin (1970
apud FERREIRA; SANTOS, 2000, p. 41) afirme que uma organização de sala de aula
bem sucedida é aquela que “mantém um baixo nível de comportamentos desviantes e
produz um alto nível de envolvimento na tarefa.”

Sob ponto de vista da pesquisadora no que refere a organização da sala de aula depende
do tipo de método que o professor

Conceito de professor e seu perfil


TEORIA CONSTRUTIVISTA: o professor deve orientar, mediar, explícita e
deliberadamente o processo de ensino-aprendizagem, enfatizando o papel de ajuda
pedagógica que proporciona ao aluno.
Deve, pois, realizar actividades que favoreçam a aprendizagem, sendo que o
conhecimento se vai construindo a partir da experiência.
Deste modo, desenvolveremos duas concepções básicas bem distintas que se colocam à
intervenção educativa, muito particularmente à actividade do docente como profissional
de ensino: o professor como técnico-especialista que aplica rigorosamente as normas
que derivam do conhecimento científico, e o professor como prático autónomo, como
artista que reflecte, que toma decisões e cria durante a sua própria acção (Pérez
Gómez:1990).
Concordado com os autores o professor é alguem que não se considere acabado, mais
sim alguem que busca permanentimente redescobrir novas formas de melhore gerenciar
sua sala de aula. Dessa forma, o papel do profef passa por um renpensar, estao tentando
superar o papel tradicionalista de uma educacao voltada para o individualismo,em que a
ideia do processo funcional por accao de uma única pesso.enquanto as demais era
desconsiderada.esta mundaça vem ocorendo eé devido a necessidade que se tem de
buscar um modelo de gestao da sala de aula mais humano, participativo,viavel e
possivel de ser executado por contar com uma participacao de um grupo.

O professor como técnico


A concepção do professor como técnico (que tem raízes na concepção tecnológica)
defende o conceito de professor eficaz e rigoroso, no quadro da racionalidade técnica
(Schön, 1983). Segundo Pérez (1990), trata-se de uma concepção epistemológica da
prática, herdada do positivismo, que prevaleceu durante todo o século XX e serviu de
referência para a educação e socialização dos profissionais em geral, e dos docentes, em
particular.
A actividade do docente profissional é, segundo o modelo de racionalidade técnica,
sobretudo instrumental, dirigida para a solução de problemas e aplicação rigorosa de
teorias e técnicas científicas. Serão eficazes os profissionais da área das ciências sociais
que enfrentem os problemas concretos que encontrem na prática, aplicando princípios
gerais e conhecimentos científicos derivados da investigação.
Concordando com os autores o professor é o espelho da sociedade

Competências da função docente


Segundo as novas teorias psicopedagógicas sobre a aprendizagem, o professor assume
se como um facilitador que coloca ao alcance dos seus alunos os elementos e
ferramentas imprescindíveis à construção do seu conhecimento, de modo a participar
activamente no seu próprio processo de aprendizagem, sendo que a figura do professor
surge como um tutor do processo de aprendizagem.
Nesta perspectiva, o professor deixa de ser um mero transmissor, revelando-se, antes
um gestor da aprendizagem.
Assim, reconhecem-se como competências de todo o docente:
 Domínio da matéria que lecciona (competência científico-cultural);
 Qualidades pedagógicas (habilidades didácticas, tutoria, técnicas de
investigação, conhecimentos psicológicos e sociais);
 Habilidades instrumentais e conhecimentos de novas linguagens e características
pessoais (maturidade, segurança, auto-estima, equilíbrio emocional, empatia).
Tendo como pano de fundo estas competências, Marquéz (2002), sintetiza
como principais funções do docente actual as seguintes:
 Planificar (conhecer as características individuais e grupais dos seus alunos;
diagonsticar as suas necessidade de formação; desenhar o currículo);
 Desenhar estratégias de ensino e aprendizagem (preparar estratégias didácticas
que incluam actividades motivadoras, significativas, colaborativas, globalizadoras e
aplicativas tendo em conta a aplicação das novas tecnologias
de informação e comunicação);
 Pesquisar e preparar recursos e materiais didácticos (desenhar e gerir os
recursos);
 Proporcionar informação e gerir o desenvolvimento das aulas mantendo a ordem
(informar os alunos das fontes de informação, os objectivos, metodologia);
 Motivar os alunos (despertar a curiosidade e interesse dos alunos face aos
conteúdos e actividades relacionadas com a disciplina);
 Fomentar a participação dos alunos (incentivar a apresentação pública de
alguns trabalhos);
 Facilitar a compreensão dos conteúdos básicos;
 Ser exemplo de actuação e portador de valores;
 Assessorar no uso de recursos vários;
 Orientar a realização de actividades;
 Tutoriar (quer em termos presenciais, quer em termos telemáticos);
Tendo como pano de fundo estas competências, Marquéz (2002), sintetiza como
principais funções do docente actual as seguintes:
 Planificar (conhecer as características individuais e grupais dos seus alunos;
diagonsticar as suas necessidade de formação; desenhar o currículo);
 Desenhar estratégias de ensino e aprendizagem (preparar estratégias didácticas
que incluam actividades motivadoras, significativas, colaborativas,
globalizadoras e aplicativas tendo em conta a aplicação das novas tecnologias
de informação e comunicação);
 Pesquisar e preparar recursos e materiais didácticos (desenhar e gerir os
recursos);
 Proporcionar informação e gerir o desenvolvimento das aulas mantendo a
ordem (informar os alunos das fontes de informação, os objectivos, metodologia);
 Motivar os alunos (despertar a curiosidade e interesse dos alunos face aos
conteúdos e actividades relacionadas com a disciplina);
 Fomentar a participação dos alunos (incentivar a apresentação pública de
alguns trabalhos);
 Facilitar a compreensão dos conteúdos básicos;
 Ser exemplo de actuação e portador de valores;
 Assessorar no uso de recursos vários;
 Orientar a realização de actividades;
 Tutoriar (quer em termos presenciais, quer em termos telemáticos);

O perfil do professor na sociedade do século XXI


Paralelamente a estas funções, o perfil do professor na sociedade do século XXI é
definido, como um educador que:
 Forma a pessoa para viver em sociedade, desenvolvendo e fomentando uma
educação integral, visando a formação de conhecimentos, procedimentos e
atitudes;
 Orienta os seus alunos na realização das suas tarefas escolares;
 É aberto à participação, justo nas actuações, em suma, um educador
democrático;
 É motivador, sendo capaz de despertar nos alunos o interesse pelo saber e pelo
seu crescimento como pessoas;
 É capaz de realizar reflexões sobre as suas vivências e experiências aprendendo
com elas;
 É um sujeito implicado com a sua profissão, vocacionado, que pretende
contribuir para uma melhor qualidade da situação social através do seu exercício
profissional.

Conceito de gestão
Do latim gestĭo, o conceito de gestão refere-se à acção e ao efeito de gerir ou de
administrar. Gerir consiste em realizar diligências que conduzem à realização de um
negócio ou de um desejo qualquer. Administrar, por outro lado, consiste em governar,
dirigir, ordenar ou organizar.
A gestão, como tal, envolve todo um conjunto de trâmites que são levados a cabo para
resolver um assunto ou concretizar um projecto. Por gestão entende-se também a
direcção ou administração de uma empresa ou de um negócio.

Existem vários tipos de gestão. A gestão social, por exemplo, consiste na construção de
diversos espaços a pensar na interacção social.

Conceito de superlotação
De acordo com o dicionário de língua Portuguesa Superlotar é exceder a lotação, lotar
demasiado, ou por outra, o termo super significa o excesso e lotar significa encher ou
completar e superlotação quer dizer encher demasiado, saturação; fora do rácio normal.
Superlotar é encher fora das capacidades do recipiente.

Num contexto de sala de aulas este termo refere ao número excessivo de aluno numa
determinada sala de aulas com uma determinada capacidade.

Impacto de elevado rácio aluno - professor no PEA

 Condicionar a fraca qualidade de ensino moçambicano no ensino básico o que


futuramente poderá afectar outros níveis subsequentes;
 Contribuir ao mau acompanhamento dos alunos durante o PEA;
 Contribuir para má gestão de tempo e controlo da turma durante a leccionação;
 Condicionar o não alcance dos objectivos educacionais traçados.

Conceito de educação
De acordo com o filósofo teórico da área da pedagogia RENÉ HUBERT (199:94), a
educação é um conjunto de acções e influências exercidas voluntariamente por um ser
humano em outro, normalmente de um adulto em um jovem e orientadas para um fim
que consiste na formação, no jovem, de todas a espécie, disposições que correspondem
aos fins a que é destinado quando atinge a maturidade. Face a este conceito pode-se
entender que os fins educacionais relacionam-se com os papéis e funções que o
indivíduo desempenha dentro da sociedade. Essas acções pretendem alcançar um
determinado propósito no indivíduo para que ele possa desempenhar alguma função nos
contextos sociais, económicos, culturais e políticos de uma sociedade. A educação não
se limita apenas a normas morais e intelectuais, mas também pode estar relacionada
com o aspecto físico, como é o caso da educação física.

METODOLOGIA
Para melhor compreendermos o que é metodologia partimos do conceito de método que
é um procedimento, ou melhor, um conjunto de processos necessários para alcançar os
fins de uma investigação. Envolve a definição de como será realizado o trabalho,
MARCONI e LAKATOS (2007).
Na perspectiva de GALLIANO (1986), todas as acepções da palavra “método”
registradas nos dicionários estão ligadas à origem grega methodos - que significa
“caminho para chegar a um fim”.
GOLDENBERG (1997) define o método como a observação sistemática dos fenômenos
da realidade através de uma sucessão de passos, orientados por conhecimentos teóricos,
buscando explicar a causa desses fenômenos, suas correlações e aspectos não-revelados.

TIPO DE PESQUISA
a) Do ponto de vista da forma de abordagem
Pesquisa Qualitativa:
Segundo Martins & Bicudo (1989), a ideia de fato e fenómeno resume-se a descrever
aquilo que se mostra, que se manifesta, evento cujo sentido existe apenas num âmbito
particular e subjectivo.
b) Do ponto de vista de seus objectivos trata-se de uma pesquisa descritiva: visa
descrever as características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento
de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados:
questionário e observação sistemática assume, em geral, a forma de levantamento dos
dados (GIL 1991). Concordando com o autor, neste trabalho far-se-á a descrição
detalhada como gerir o espaço numa turma superlotada para o processo de ensino e
aprendizagem, as características da sala, no que se refere ao clima durante as aulas e da
interacção com o professor.
c) Do ponto de vista dos procedimentos técnicos constitui uma pesquisa
bibliográfica e pode ser elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos periódicos e actualmente com material
disponibilizado na Internet, isto é obras virtuais, (idem).

UNIVERSO E AMOSTRA
O universo da população em estudo nesta pesquisa é composto por (…48…) alunos dos
quais …34 .são homens e 14…..mulheres da 4a.classe, turma A da EPC chidodo.

INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS


Conceituação entrevista
Pode-se definir entrevista como a técnica em que o investigador se apresenta frente ao
investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos dados que
interessam à investigação. A entrevista é, portanto, uma forma de interacção social.
Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes
busca colectar dados e a outra se apresenta como fonte de informação (JUDD, SMITH,
KIDDER, 1991, p. 233) citado por GIL (2008:109-121).
Conceito questionário
Pode-se definir questionário como a técnica de investigação composta por um conjunto
de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter Informações sobre
conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações,
temores, comportamento presente ou passado etc. (idem)
Forma das questões
Em relação à forma, podem ser definidos três tipos de questão: fechadas, abertas e
dependentes. E neste trabalho usar-se-á perguntas abertas visto que solicita-se aos
respondentes para que ofereçam suas próprias respostas. Este tipo de perguntas
possibilita ampla liberdade de resposta. (ibidem)

MÉTODO DE ANÁLISE
Pode-se definir método como caminho para se chegar a determinado fim. E
Método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adoptados
Para se atingir o conhecimento. Nesta usar-se-á o método observacional pode ser
considerado como o mais primitivo, e consequentemente o mais impreciso. Mas, por
outro lado, pode ser tido como um dos mais modernos, visto que possibilita observar
algo que acontece ou já aconteceu. (ibidem)
BIBLIOGRAFIA
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