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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA PITÁGORAS AMPLI

PEDAGOGIA

Janice Regina Leite de Souza Torres


RA: 31095082817

Relatório de Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula

Mauá/ SP
2024
Janice Regina Leite de Souza Torres
RA: 31095082817

Relatório de Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula

Relatório apresentado à Centro Universitário


Anhanguera Pitágoras Ampli, como requisito parcial
para o aproveitamento da disciplina de Práticas
Pedagógicas - Gestão da Sala de Aula do curso de
Pedagogia.
Tutora: Lilian Amaral da Silva Souza

Mauá/ SP
2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
2. Planejamento do ensino ........................................................................ 4 a 6
3. Garantia de Aprendizagem para os Alunos ........................................... 6 e 7
3.1. Trabalho em Grupo ............................................................................. 7 e 8
4. A contextualização da aula .................................................................... 8 e 9
5. Os desafios da sala de aula hoje ........................................................... 9 e 10
6. Conclusão .................................................................................................... 10
7. Referências ...................................................................................................10

Mauá/ SP
2024
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo, apresentar informações sobre os temas


abordados nas aulas de Práticas Pedagógicas - Gestão da Sala de Aula. No
capítulo primeiro início com o Planejamento do Ensino, com diferentes níveis de
planejamentos, relações entre plano e rotina e continuidade no planejamento
docente. Seguindo para o segundo capítulo temos a garantia das condições de
aprendizagem. Já no terceiro capítulo é abordado o desenvolvimento das
condições de ensino. Seguindo para o quarto e último capítulo vimos os
requisitos necessários à gestão de sala de aula – narrativa e percurso.

2. Planejamento do ensino
A sala de aula é o espaço em que o ensino-aprendizagem se efetiva,
considerando a legislação, as políticas educacionais, as teorias das áreas de
conhecimento, a postura e a atuação do professor de acordo com a sua
formação, as concepções sobre a educação adotadas, o desenho do currículo
entre outros. Nesse sentido, a sala de aula, vista não só como espaço físico, mas
como lugar de ensinar e aprender, necessita ser pensada e planejada, levando
em consideração todas essas variáveis. É uma parte de um complexo muito
maior, que é a escola.

O âmbito mais próximo e imediatamente ligado ao trabalho do professor é o


âmbito do ensino. É ali que ele lida com as questões mais específicas da gestão
das condições que precisam ser garantidas em sala de aula para o sucesso do
ensino e da aprendizagem. Exemplo a seguir:

Os três níveis do sistema de ensino no Brasil, trabalhados no texto.


Os níveis devem ter como foco a garantia de que todos os alunos aprendam em
sua longa jornada na escola. Nesta prática pedagógica, focamos o terceiro nível
de planejamento, o ensino.

Os objetivos do projeto político-pedagógico da escola também se expressam nas


escolhas da professora e visam assegurar a aprendizagem das crianças, que
são vistas como sujeitos ativos em seu processo de aprender e seus
encaminhamentos didáticos: os conteúdos e o melhor método de ensino.

O planejamento didático é o primeiro instrumento de que o professor dispõe para


fazer a gestão de sala de aula. Por meio dele, o docente organizará dois outros
elementos fundamentais ao funcionamento do cotidiano da classe: o tempo e o
espaço.

De acordo com o texto (BRASIL, 2004), para que o professor possa cuidar com
mais atenção do tempo de ensinar, a fim de garantir que seus alunos aproveitem
melhor o tempo de aprender, é importante que ele siga algumas orientações em
seu planejamento didático.

 Contextualizar os conteúdos escolares de modo que todos compreendam


o sentido que aquela informação, prática ou conhecimento tem para a sua
vida.
 Tratar as atividades, no caso dos professores polivalentes, ou as aulas,
no caso dos professores das áreas, de forma contínua, para dar sentido
ao conteúdo em desenvolvimento e dar mais tempo para que todos
aprendam.
 Diversificar a dinâmica de gestão de subgrupos ou criar atividades
alternativas na rotina diária para que diferentes alunos possam,
eventualmente, se dedicar a tarefas distintas. Essa prática permite que
todos avancem e que aqueles que precisam de mais ajuda tenham mais
atenção do professor, enquanto outros, mais autônomos, trabalham
sozinhos ou em subgrupos.
 Pensar a continuidade desde o planejamento, prevendo sequências
didáticas ao longo dos meses.
 Considerar que a avaliação pode ocorrer em tempos diferentes e, muito
provavelmente, de formas diferentes.
Os principais pontos abordados no material segundo o verbete escrito por Ana
Cláudia Gonçalves Pessoa, publicado no Glossário Ceale, organizado pelo
Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da Faculdade de Educação
da UFMG, a organização de uma sequência didática deve seguir princípios
didáticos precisos. Veja:

3. Garantia de Aprendizagem para os Alunos


Em 2007, Juan Casassus, do Laboratório Latino-Americano de Avaliação da
Qualidade da Educação, Unesco, empreendeu uma pesquisa em 16 países da
América Latina e Caribe, entre eles o Brasil. Os resultados foram publicados em
2007, em uma obra intitulada A escola e a desigualdade (CASASSUS, 2007).

Com base nas análises de resultados e perfis das escolas, a pesquisa conseguiu
sistematizar as principais características de instituições escolares que favorecem
o desempenho dos alunos. A maioria delas é institucional ou de infraestrutura:
prédios adequados; materiais didáticos, livros e recursos suficientes na
biblioteca; gestão institucional autônoma; reduzida proporção professor-aluno;
avaliação sistemática; nenhum tipo de exclusão; pais envolvidos com a vida
escolar; quadro docente com formação. A relação com as famílias e tudo o mais
fossem de fato aspectos atendidos no ambiente escolar, ainda assim seria
insuficiente para o avanço na qualidade da educação.
A ciência didática evoluiu muito nos últimos anos, em grande parte como
decorrência de pesquisas nas áreas de Educação e Psicologia que apontam
para o complexo processo de aprendizagem e suas relações com o ensino. Sem
uma concepção de aprendizagem, é comum que o ensino fique centrado apenas
no professor, sem considerar o potencial participativo do sujeito em sua própria
aprendizagem. Com base a teoria de Vygotsky, concebe o desenvolvimento
humano a partir das relações sociais que a pessoa estabelece no decorrer da
vida. Nesse referencial, o processo de ensino-aprendizagem também se
constitui dentro de interações que vão se dando nos diversos contextos sociais.
A sala de aula deve ser considerada um lugar privilegiado de sistematização do
conhecimento e o professor um articulador na construção do saber. Tendo como
base tais pressupostos teóricos, esse texto sistematiza alguns pontos da teoria
com a possibilidade de trabalho do professor junto a seus alunos.

3.1. Trabalho em Grupo

1º Agrupamento por amizade:


É comum, que professores organizem grupos de alunos tomando como critério
o fato de que já se conhecem e mantêm relações de amizade. Trabalhar entre
amigos pode garantir um ambiente agradável e acolhedor, mas não
necessariamente ajuda no avanço de todos. Portanto, do ponto de vista do
desenvolvimento dos alunos, a amizade pode ser um critério, mas não é o único.
2º Agrupamento por comportamento:
Na tentativa de controlar a agitação da sala, os professores organizam os
agrupamentos por perfis comportamentais: os que ficam mais quietos trabalham
juntos, apartados dos que são considerados mais agitados. Diante disso, é
importante refletir sobre como o comportamento influencia na capacidade
reflexiva e de resolução de problemas dos alunos, e quais são as razões dos
problemas comportamentais em uma turma.
3º Agrupamento por proximidade cognitiva:
Outra solução adotada com frequência pelos professores é a de aproximar, em
um só grupo, os alunos que sabem mais e, em outro, os que sabem menos.
Porém, ao fazer isso, muitas vezes o docente não considera que reunir pessoas
que sabem realizar as mesmas atividades individualmente não favorece o seu
desenvolvimento. Se o agrupamento for homogêneo, isto é, se o critério for reunir
alunos que sabem as mesmas coisas, pode ser que as tarefas em grupo sejam
concluídas, de forma que o docente tenha a ilusão de que tudo vai bem. No
entanto, esses alunos não aprenderão, necessariamente, além do que já sabem,
e essa é uma situação na qual o professor precisar atentar-se.
4º Agrupamento por diferenças cognitivas:
Ao que tudo indica, o agrupamento por diferenças parece ser o mais
interessante, porque não restringe os alunos em seus níveis reais de
desenvolvimento, mas os apoia, com parcerias e recursos didáticos, para que
possam ir além do nível real de desenvolvimento, e construir, com esse apoio,
soluções que talvez não seriam criadas se estivessem sozinhos.

4. A contextualização da aula
Nessa aula, esse trecho chamou muita minha atenção: Não há professor sem
aluno. Não há ensino sem aprendizagem. Por isso, tudo o que se leva para a
sala de aula precisa ser orientado, mesmo a mais simples proposta de leitura.
Muitos professores creem que o fato de adotar livros didáticos os livra de planejar
as aulas, bastando seguir a sequência proposta nesses livros. O livro é um
suporte importante para o ensino e seu uso também precisa ser orientado.
O sucesso dos alunos nos estudos está diretamente relacionado à condição
criada pelo ensino nessa situação específica de leitura. Por esse motivo, é muito
importante que o professor tenha clareza de suas intenções de ensino e que as
explicite aos alunos, dando a eles condições para que resolvam os desafios da
tarefa, mais conscientes e envolvidos no próprio processo de aprender.
Ensinar exige do professor:

 A administração do espaço e do tempo.


 A organização dos materiais e demais recursos pedagógicos.
 O estabelecimento de acordos, combinados e regras de funcionamento
do trabalho em sala de aula, é uma espécie de contrato.
 A preparação da turma para os trabalhos individuais e coletivos.
“Para que um professor transforme as bases da ciência em que é especialista,
em matéria de ensino, e com isso oriente o ensino dessa matéria para a
formação da personalidade do aluno, é preciso que ele tenha:

a) formação na matéria que leciona;

b) formação pedagógico-didática na qual se ligam os princípios gerais que regem


as relações entre o ensino e a aprendizagem com problemas específicos do
ensino de determinada matéria”. (LIBÂNEO, 2009, p. 14)

5. Os desafios da sala de aula hoje


“A escola é um espaço de ensino, aprendizagem e vivência de valores. Nela, os
indivíduos se socializam, brincam e experimentam a convivência com a
diversidade humana. No ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e
a solidariedade, a disciplina, a negociação, o combate à discriminação e o
exercício dos direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e a
convivência, desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade
entre todos.” (BRASIL, 2004, p. 19)
Chrispino (2007), Gestão do conflito escolar: classifica os conflitos aos modelos
de mediação e chama a atenção para a capacidade da escola em perceber a
existência do conflito.
Há escolas que reagem procurando evitar toda e qualquer forma de conflito, o
que sabemos ser impossível. Conflitos sempre existirão, não só na escola, mas
também nas outras esferas da vida social. O que faz a diferença, do ponto de
vista educativo, é a capacidade de reagir positivamente ao conflito, criando,
assim, oportunidades para o aprendizado da convivência. Para o autor, conflitos
educacionais ou escolares provêm de ações dos sistemas escolares ou das
relações que envolvem os atores da comunidade educacional.
O professor que faz uma boa gestão da sala não entende o erro como uma falha,
mas considera seu papel na aprendizagem. Reconhecer que os alunos erram é
importante para pensar formas mais estratégicas de agrupamentos entre os que
sabem mais, os que sabem menos e os que sabem coisas diferentes. E
entendemos que o erro é um importante instrumento de gestão da sala de aula,
na medida que, por meio dele, o aluno participa ativamente do processo de
aprender. Além da participação individual e singular que cada aluno sempre
exerce nesse processo, é importante reconhecer outras dimensões da
participação escolar na gestão da convivência cotidiana e do trabalho coletivo.

6. Conclusão:
Em virtude do que foi mencionado concluo que, as práticas pedagógicas são de
extrema importância para garantir o sucesso do ensino aprendizado, mas
requerem a modificação de algumas perspectivas já consolidadas no ambiente
escolar. Cada prática pedagógica possui objetivos específicos e podem ser
aplicadas para objetivos diferenciados, mas também é possível que o professor
busque sempre a que mais se adéqua à atual situação da turma e necessidades
do momento.
Quando implementada em âmbito escolar, qualquer prática pedagógica ganha
força e é apropriada pelos docentes e alunos de mais intensamente, já que passa
a fazer parte da proposta escolar através do planejamento. No entanto, o
planejamento em gestão da Sala de Aula ganha muito quando o professor
conhece diferentes práticas e sabe como aplicá-las de acordo com os resultados
que pretende alcançar.

7. Referências:

BRASIL 2004
Ana Cláudia Gonçalves Pessoa
Juan Casassus

LIBÂNEO, J. C.

Vygotsky

Chrispino (2007)

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