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1.

0 Introdução

A necessidade de melhorar a prática dos professores e os resultados dos alunos


relacionados levou a um esforço para melhorar a preparação dos professores
“especificando as práticas de ensino” e preparando os professores para usar essas
práticas em suas salas de aula.
As práticas de ensino são instrumentos que podem ajudar as escolasa concretizarem
seus objectivos de aprendizagem. Por exemplo, por meio delas, é possível manter
alunos engajados com a escola ou para estabelecer uma dinâmica de sala aula mais
participativa e inclusiva.
As práticas de alta alavancagem foram definidas como “práticas que são essenciais para
o ensino eficaz e fundamentais para apoiar a aprendizagem do aluno”, são amplamente
aplicáveis em todas as áreas de conteúdo e são frequentemente usados em sala de aula.
1.1 Objectivos

1.1.1 Geral

 Conhecer as práticas de ensino, de alta alavancagem e como devem ser


aplicadas.

1.1.2 Específicos

 Descrever a valorização dos alunos e a socialização;


 Aprofundar sobre a resolução de problemas e conscientização do aluno;
 Descrever o uso de tecnologias como uma prática de ensino;
 Falar sobre a interdisciplinaridade e banco de referências;
 Falar da colaboração, avaliação, práticas sociais/emocionais/comportamentais e
instrução nas práticas de alta alavancagem.

2.0 Metodologia

Para a realização deste trabalho prevê-se a pesquisa nas bibliotecas, pesquisas


bibliográficas, na internet. No processo de pesquisa na biblioteca de internet vai-se
explorar as obras e artigos constantes na bibliografia, nas quais vai se extrair o conteúdo
importante para o trabalho. Depois da leitura e extração do conteúdo original das obras
e artigos vai se analisar, comparar e fazer –se síntese do conteúdo neste trabalho.
3.0 práticas de ensino

Não há uma lista definitiva e fechada de práticas pedagógicas. Elas são diversas e são
criadas e recriadas continuamente. Existem muitas práticas de ensino e muitas outras
podem ser desenvolvidas durante o próprio contexto da sala de aula. A maior parte dos
professores cria jogos ou formas diferenciadas de ensinar os componentes aos
estudantes. Isso também é prática pedagógica. No entanto, existe práticas pedagógicas
mais amplamente divulgadas e conhecidas, sobretudo no âmbito das pesquisas
educacionais. Conhecer essas práticas de ensino, cada uma delas certamente produz
impacto na qualidade do aprendizado oferecido aos estudantes. Algumas dessas práticas
pedagógicas e como devem ser aplicadas.

3.1 Valorização dos alunos

A valorização dos alunos precisa permear todo o trabalho pedagógico, afinal, todo o
trabalho dos educadores é voltado para o aprendizado dos estudantes. Apesar disso,
vivemos em uma cultura onde alunos foram desvalorizados e desconsiderados por muito
tempo nas Instituições Escolares. A desvalorização dos alunos coincide ainda com a
própria visão de criança e adolescentes difundida na sociedade até poucos anos.
Somente nas últimas décadas passamos a considerar essas pessoas como seres
autônomos e portadores de direitos. Dessa forma, precisamos considerar, na prática
pedagógica de valorização dos alunos, que trabalhar para a autonomia dos estudantes
implica em elevar a qualidade do ensino.

A valorização dos alunos implica em metodologias ativas, aulas onde os estudantes são
ouvidos, como assembleias e métodos como a sala de aula invertida, onde o estudante
dá aula para seus colegas e professores.

3.2 Socialização

Socializar faz parte de toda trajetória escolar, desde a Educação Infantil. No entanto,
nem sempre a escola e os professores valorizam adequadamente esse elemento como
parte de práticas pedagógicas importantes. A socialização não pode ser entendida
somente como estar junto ou estar entre outros estudantes. Socializar é conviver,
aprender regras sociais, tolerar o diferente, saber resolver conflitos sem violência e
trabalham em grupo.
 Trabalhos em grupo: Piaget, notável psicólogo e pesquisador suíço, já defendia
o papel da cooperação no desenvolvimento das crianças. Os trabalhos em grupos
fornecem oportunidade para que os alunos participem mais ativamente da aula e
que desenvolvam habilidades além das cognitivas, passando por negociação,
empatia, conciliação, comunicação e outras. Além disso, os trabalhos em grupos
podem trazer mais dinamicidade para a sala de aula. Em uma aula de história,
por exemplo, pequenos grupos podem se responsabilizar por pesquisar e
apresentar diferentes informações sobre uma época – como vestimentas, artistas
conhecidos, métodos de trabalho, etc. Nas aulas de literatura, por outro lado,
cada grupo pode continuar a criação de um poema iniciado pelo grupo anterior.

Como prática pedagógica, a socialização pode ser implementada através de atividades


em duplas produtivas, em grupos de trabalho, na discussão coletiva sobre as atividades e
regras da turma e outras atividades que favoreçam o convívio enriquecedor.

3.3 Resolução de problemas

Nestas práticas pedagógicas, geralmente, o professor media discussões e apresenta


situações-problema para os alunos resolverem ou proporem soluções, mobilizando
conhecimentos já trabalhados e estimulando a criatividade e o pensamento crítico dos
estudantes. Em uma aula de biologia, por exemplo, é possível abordar questões
relativas ao saneamento e à saúde pública da comunidade, buscando a construção de
soluções locais para lidar com o problema.

Já em uma aula de Educação Infantil, pode-se começar a construir conceitos


matemáticos com os pequenos, propondo a resolução de problemas (conceitos como
divisão, soma, subtração, com o uso de materiais de apoio físicos, como brinquedos,
itens em EVA, etc). A resolução de problemas é uma prática de ensino excelente para
trabalhar a lógica e aprimorar o pensamento crítico.

3.4 Conscientização

Não podemos mais viver em um planeta e em uma escola sem conscientização profunda
por parte dos estudantes. A conscientização passa por diversos temas sociais, como
preservação ambiental, do ambiente escolar, mas também pela reflexão do próprio
ensino aprendizado. Um estudante consciente sabe sobre a importância de organizar seu
espaço e aprender a ler e escrever. É possível implementar a conscientização durante
todo o percurso escolar, desde pequenas ações, como jogar lixo no lugar certo, até
atividades mais elaboradas.

3.5 Uso de tecnologias

Os estudantes de hoje são nativos digitais, nasceram com a tecnologia disponível e


muito mais acessível, integrada de forma natural à sua rotina. E ela pode ser utilizada
nas práticas de ensino para promover um alinhamento entre os métodos de ensino e os
interesses e preferências dos alunos.

A tecnologia tornou possível o ensino híbrido, alternativa aplicada por muitas redes e
escolas para garantir o acesso à educação durante a pandemia. E essa possibilidade
deverá ser ainda mais expandida agora que se percebeu como a tecnologia pode ser uma
aliada valiosa dos processos de ensino-aprendizagem. Esse uso faz também com que a
escola não fique atrasada em relação aos costumes da atualidade.

A sala de computadores é um excelente recurso para pesquisas, escrita de trabalhos e


jogos educativos. Mas também pode ser importante realizar trabalhos artísticos
utilizando celulares para fotos e vídeos, assim como a produção de documentários e
outros recursos visuais.

É possível, por exemplo, estabelecer um sistema de pontos por participação em debates


ou entrega de atividades, tornar fases curriculares em etapas de jogos que devem ser
vencidas para se chegar ao próximo estágio, criar badges para oferecer aos alunos em
seus marcos de desenvolvimento, etc. Há diversas plataformas que ajudam na criação,
no controle e no desenvolvimento desses tipos de práticas pedagógicas.

3.6 Interdisciplinaridade

As práticas pedagógicas interdisciplinares são formas de se ter integração e


complementação de conteúdos entre diferentes disciplinas, tornando a experiência de
aprendizado mais completa, rica, imersiva e reflexiva aos estudantes. Por vezes, o aluno
se sente desmotivado por não ver aplicação prática em sua rotina de determinados
conteúdos vistos na escola. As atividades interdisciplinares podem auxiliar a reverter
essa situação, que é uma das responsáveis pela evasão escolar. Assim, por exemplo, um
grande tema como a floresta amazônica pode ser trabalhado em geografia, com a
caracterização de seu ecossistema; em língua portuguesa, o gênero textual informativo
pode ser trabalhado com a leitura e escrita de matérias jornalísticas sobre o tema, e
assim por diante.

3.7 Banco de referências e práticas

O Banco de Referências e Práticas é uma prática pedagógica mais proveitosa quando é


realizado em âmbito escolar. Trata de desenvolver uma plataforma, preferencialmente
digital, onde estudantes e professores possam consultar referências diversas que sejam
importantes para o aprendizado. O banco pode ser composto por atividades a partir de
temas, mas também de referências de textos e autores, além de pesquisas desenvolvidas
pelos próprios estudantes.

4.0 Praticas de alta alavancagem

Praticas de alta alavancagem são praticas educativas que ocorrem com frequência e que
todos os educadores devem saber como fazer. Essas praticas são baseadas em
evidencias, o que significa que refletem métodos eficazes que, quando implementamos
com sucesso, podem melhorar os resultados de cada aluno.

Recentemente, o Conselho para Crianças Excepcionais aprovou um conjunto de 22


práticas de alta alavancagem (HLPs) para professores de educação especial que se
destinam a ser uma base para uma prática eficaz para ensinar alunos com deficiência.
Essas práticas podem ser usadas como um currículo básico para a preparação de
professores, bem como para o desenvolvimento profissional contínuo dos professores
em exercício. Por exemplo, alguns programas de formação de professores começaram a
usar esses HLPs como o currículo básico para a formação de professores, e a preparação
de professores é então projetada para garantir que todos os concluintes do programa
possam usar essas práticas em um nível inicial de proficiência. Isso garante um nível de
proficiência. prática proficiente para todos os professores de educação especial e
fornece uma base de habilidades para desenvolver outros aspectos da prática, à medida
que os professores iniciantes continuam a aprender e se tornam profissionais altamente
realizados à medida que suas carreiras docentes progridem.

O Conselho para Crianças Excepcionais nomeou uma Equipe de Redação de Práticas de


Alta Alavancagem em 2014 para desenvolver um conjunto de HLPs para professores de
educação especial. Esta equipa era composta por 12 membros, a maioria dos quais eram
formadores de professores com vasta experiência na preparação de professores de
educação especial e no trabalho em escolas. A Equipe de Redação do HLP inicialmente
determinou que as principais funções dos professores de educação especial estavam
relacionadas a quatro áreas de prática: colaboração, avaliação, social/emocional/
Recentemente, o Conselho para Crianças Excepcionais aprovou um conjunto de 22
práticas de alta alavancagem (HLPs) para professores de educação especial K-12 que se
destinam a ser uma base para uma prática eficaz para ensinar alunos com deficiência.
As Práticas de Alta Alavancagem são:

4.1 Colaboração

Professores de educação especial eficazes colaboram com uma ampla gama de


profissionais, famílias e cuidadores para assegurar que os programas educacionais e
serviços relacionados sejam efetivamente planejados e implementados para atender às
necessidades de cada aluno com deficiência. A colaboração permite que conhecimentos
e perspectivas variadas sobre um aluno sejam compartilhados entre os responsáveis pelo
aprendizado e bem-estar de cada aluno.
4.1.1 Colabore com profissionais para aumentar o sucesso dos alunos.

A colaboração com professores de educação geral, paraprofissionais e pessoal de apoio


é necessária para apoiar a aprendizagem dos alunos em direção a resultados
mensuráveis e para facilitar o bem-estar social e emocional dos alunos em todos os
ambientes escolares e ambientes de ensino (por exemplo, co-ensino). A colaboração
com indivíduos ou equipes requer o uso de comportamentos de colaboração eficazes
(por exemplo, compartilhar ideias, ouvir ativamente, questionar, planejar, resolver
problemas, negociar) para desenvolver e ajustar planos instrucionais ou
comportamentais com base nos dados do aluno e na coordenação de expectativas,
responsabilidades e recursos para maximizar o aprendizado do aluno.

4.1.2 Organizar e facilitar reuniões eficazes com profissionais e famílias.

Os professores lideram e participam de uma série de reuniões (por exemplo, reuniões


com
famílias, equipes de programas de educação individualizada [IEP], equipes de planos de
serviços familiares individualizados [IFSP], planejamento instrucional) com o objetivo
de identificar resultados claros e mensuráveis dos alunos e desenvolver planos
comportamentais que apoiam esses resultados. Eles desenvolvem uma agenda de
reunião, alocam tempo para cumprir as metas da agenda e lideram de maneiras que
incentivam a construção de consenso por meio de comunicação verbal e não verbal
positiva, incentivando o compartilhamento de múltiplas perspectivas, demonstrando
escuta ativa e solicitando feedback.

4.1.3 Colabore com as famílias para apoiar o aprendizado dos alunos e garantir os
serviços necessários.

Os professores colaboram com as famílias sobre as necessidades individuais das


crianças,
metas, programas e progresso ao longo do tempo e garantem que as famílias sejam
informadas sobre seus direitos, bem como sobre os processos de educação especial (por
exemplo, IEPs, IFSPs). Os professores devem se comunicar de maneira respeitosa e
eficaz, considerando a origem, o status socioeconômico, o idioma, a cultura e as
prioridades da família. Os professores defendem recursos para ajudar os alunos a atingir
metas instrucionais, comportamentais, sociais e de transição. Ao construir
relacionamentos positivos com os alunos, os professores incentivam os alunos a se
defenderem, com o objetivo de promover a autodeterminação ao longo do tempo. Os
professores também trabalham com as famílias para se defenderem e apoiarem a
aprendizagem de seus filhos.

4.2 Avaliação

A avaliação desempenha um papel fundamental na educação especial. Os alunos com


deficiência são aprendizes complexos que têm necessidades únicas que existem ao lado
de seus pontos fortes. Os professores de educação especial eficazes têm de compreender
plenamente esses pontos fortes e necessidades.
4.2.1 Use várias fontes de informação para desenvolver uma compreensão
abrangente dos pontos fortes e necessidades de um aluno.

Para desenvolver uma compreensão profunda das necessidades de aprendizagem de um


aluno, os educadores especiais compilam um perfil abrangente do aluno por meio do
uso de uma variedade de medidas de avaliação e outras fontes (por exemplo,
informações de pais, educadores gerais, outras partes interessadas) que são sensíveis ao
idioma e à cultura , para (a) analisar e descrever os pontos fortes e as necessidades dos
alunos e (b) analisar os ambientes de aprendizagem baseados na escola para determinar
potenciais apoios e barreiras ao progresso acadêmico dos alunos. Os professores devem
coletar, agregar e interpretar dados de várias fontes (por exemplo, observações formais e
informais, amostras de trabalho, medidas baseadas em currículo, avaliação de
comportamento funcional [FBA], arquivos escolares, análise de currículo, informações
de famílias, outras fontes de dados). Esta informação é usada para criar um perfil
individualizado dos pontos fortes e necessidades do aluno.

4.2.2 Interpretar e comunicar informações de avaliação com as partes interessadas


para projetar e implementar de forma colaborativa programas.

Os professores interpretam as informações de avaliação para as partes interessadas (ou


seja, outros profissionais, famílias, alunos) e os envolvem no processo de avaliação,
desenvolvimento de metas e implementação de metas. Os educadores especiais devem
entender o propósito de cada avaliação, ajudar as principais partes interessadas a
entender como a cultura e o idioma influenciam a interpretação dos dados gerados e
usar os dados para desenvolver e implementar de forma colaborativa planos de
educação e transição individualizados que incluam metas baseadas em padrões,
adaptações e modificações apropriadas e práticas de avaliação justas e objetivos de
transição alinhados com as necessidades dos alunos.

4.2.3 Use os dados de avaliação dos alunos, analise as práticas de ensino e faça os
ajustes necessários para melhorar os resultados dos alunos.

Depois que os professores de educação especial desenvolvem metas de ensino, eles


avaliam e fazem ajustes contínuos nos programas de ensino dos alunos. Uma vez que a
instrução e outros suportes são projetados e implementados, os professores de educação
especial têm a habilidade de gerenciar e se envolver na coleta contínua de dados usando
medidas baseadas no currículo, avaliações informais em sala de aula, observações do
desempenho e comportamento acadêmico dos alunos, autoavaliação da instrução em
sala de aula e discussões com os principais interessados (ou seja, estudantes, famílias,
outros profissionais). Os professores estudam sua prática para melhorar o aprendizado
dos alunos, validar hipóteses fundamentadas sobre recursos instrucionais importantes e
aprimorar a tomada de decisões instrucionais. Professores eficazes retêm, reutilizam e
estendem práticas que melhoram o aprendizado dos alunos e ajustam ou descartam
aquelas que não o fazem.

4.3 Práticas sociais/emocionais/comportamentais


Professores de educação especial eficazes estabelecem um ambiente de aprendizagem
consistente, organizado e respeitoso para apoiar o sucesso do aluno. Para isso,
empregam diversas práticas que são fundamentais na promoção do bem-estar social e
emocional dos alunos. Eles implementam todos os suportes comportamentais, mesmo
aqueles em resposta a um comportamento problemático significativo, de maneira
carinhosa, respeitosa e culturalmente relevante.
4.3.1 Estabeleça um ambiente de aprendizagem consistente, organizado e
respeitoso.

Para construir e promover relacionamentos positivos, os professores devem estabelecer


expectativas, rotinas e procedimentos adequados à idade e culturalmente responsivos
em suas salas de aula que sejam declarados positivamente e explicitamente ensinados e
praticados ao longo do ano letivo. Quando os alunos demonstram domínio e seguem
regras e rotinas estabelecidas, os professores devem fornecer feedback de desempenho
específico apropriado à idade de maneira significativa e atenciosa. Ao estabelecer,
seguir e reforçar as expectativas de todos os alunos na sala de aula, os professores
reduzirão o potencial de comportamento desafiador e aumentarão o envolvimento dos
alunos. Ao estabelecer ambientes de aprendizagem, os professores devem construir
relações de respeito mútuo com os alunos e envolvê-los na definição do clima da sala de
aula (por exemplo, regras e rotinas); seja respeitoso; e valorizam a diversidade étnica,
cultural, contextual e linguística para promover o envolvimento dos alunos em
ambientes de aprendizagem.

4.3.2 Fornecer feedback positivo e construtivo para orientar a aprendizagem e o


comportamento dos alunos.

O objetivo do feedback é orientar o aprendizado e o comportamento do aluno e


aumentar a motivação, o envolvimento e a independência do aluno, levando a um
melhor aprendizado e comportamento do aluno. O feedback eficaz deve ser entregue
estrategicamente e direcionado a metas; o feedback é mais eficaz quando o aluno tem
um objetivo e o feedback informa o aluno sobre as áreas que precisam de melhorias e
formas de melhorar o desempenho. O feedback pode ser verbal, não verbal ou escrito, e
deve ser oportuno, contingente, genuíno, significativo, apropriado para a idade e em
taxas proporcionais à tarefa e fase de aprendizagem (ou seja, aquisição, fluência,
manutenção). Os professores devem fornecer feedback contínuo até que os alunos
atinjam seus objetivos de aprendizagem estabelecidos.
4.3.3 Ensinamento de comportamentos sociais

Os professores devem ensinar explicitamente habilidades interpessoais apropriadas,


incluindo comunicação e autogestão, alinhando as aulas com as expectativas da sala de
aula e de toda a escola para o comportamento dos alunos. Antes de ensinar, os
professores devem determinar a natureza do desafio de habilidades sociais. Se os alunos
não souberem como executar uma habilidade social direcionada, a instrução direta de
habilidades sociais deve ser fornecida até que o domínio seja alcançado. Se os alunos
apresentarem problemas de desempenho, a habilidade social apropriada deve ser
ensinada inicialmente, então a ênfase deve mudar para induzir o aluno a usar a
habilidade e garantir que o comportamento “apropriado” acesse o mesmo resultado ou
um resultado semelhante (ou seja, seja reforçador para o aluno) como o comportamento
do problema.

4.3.4 Realizar avaliações comportamentais funcionais para desenvolver planos


individuais de apoio ao comportamento dos alunos.

Criar planos de comportamento individual é um papel central de todos os educadores


especiais. A chave para planos bem-sucedidos é realizar uma avaliação comportamental
funcional (FBA) sempre que o comportamento for crônico, intenso ou impedir o
aprendizado. Um FBA abrangente resulta em uma hipótese sobre a função do
comportamento-problema do aluno. Uma vez determinada a função, é desenvolvido um
plano de intervenção comportamental que (a) ensina ao aluno um comportamento pró-
social de substituição que servirá à mesma função ou semelhante, (b) altera o ambiente
para tornar o comportamento de substituição mais eficiente e eficaz do que o
comportamento do problema, (c) altera o ambiente para não permitir mais que o
comportamento do problema acesse o resultado anterior, e (d) inclui a coleta contínua
de dados para monitorar o progresso.

4.4 Instrução

Ensinar alunos com deficiência é um processo estratégico, flexível e recursivo, pois


professores de educação especial eficazes usam conhecimento de conteúdo,
conhecimento pedagógico (incluindo prática baseada em evidências) e dados sobre o
aprendizado do aluno para projetar, fornecer e avaliar a eficácia da instrução. Os
professores usam as melhores evidências disponíveis, julgamento profissional e
conhecimento das necessidades individuais dos alunos. Eles valorizam perspectivas
diversas e incorporam a formação, a cultura e o idioma dos alunos.
4.4.1 Identifique e priorize metas de aprendizado de longo e curto prazo.

Os professores priorizam o que é mais importante para os alunos aprenderem,


fornecendo acesso significativo e sucesso na educação geral e outros currículos
contextualmente relevantes. Os professores usam padrões de nível de série, dados de
avaliação e progressões de aprendizado, conhecimento prévio dos alunos e metas e
referências do IEP para tomar decisões sobre o que é mais importante enfatizar e
desenvolver metas de longo e curto prazo de acordo. Eles entendem os componentes
essenciais do currículo, identificam os pré-requisitos e fundamentos essenciais e
avaliam o desempenho do aluno em relação a esses componentes.

4.4.2 Projete sistematicamente a instrução para um objetivo de aprendizagem


específico.

Os professores ajudam os alunos a desenvolver conceitos e habilidades importantes que


fornecem a base para um aprendizado mais complexo. Os professores sequenciam lições
que se baseiam umas nas outras e tornam as conexões explícitas, tanto no planejamento
quanto na entrega. Os professores priorizam o que é mais importante para os alunos
aprenderem, fornecendo acesso significativo e sucesso na educação geral e outros
currículos contextualmente relevantes. Os professores usam padrões de nível de série,
dados de avaliação e progressões de aprendizado, conhecimento prévio dos alunos e
metas e referências do IEP para tomar decisões sobre o que é mais importante enfatizar
e desenvolver metas de longo e curto prazo de acordo. Eles entendem os componentes
essenciais do currículo, identificam os pré-requisitos e fundamentos essenciais e
avaliam o desempenho do aluno em relação a esses componentes. Eles ativam o
conhecimento prévio dos alunos e mostram como cada lição “se encaixa” com as
anteriores. O planejamento envolve uma consideração cuidadosa das metas de
aprendizado, o que está envolvido no alcance das metas e a alocação de tempo de
acordo. Mudanças contínuas (por exemplo, ritmo, exemplos) ocorrem ao longo da
sequência com base no desempenho do aluno.

4.4.3 Adaptar tarefas e materiais curriculares para objetivos de aprendizagem


específicos.
Os professores avaliam as necessidades individuais dos alunos e adaptam os materiais e
tarefas curriculares para que os alunos possam atingir as metas de ensino. Os
professores selecionam materiais e tarefas com base nas necessidades dos alunos; usar
tecnologia relevante; e faça modificações destacando informações relevantes, alterando
as direções das tarefas e diminuindo as quantidades de material. Os professores tomam
decisões estratégicas sobre a cobertura do conteúdo (ou seja, elementos curriculares
essenciais), a significância das tarefas para atingir as metas estabelecidas e os critérios
para o sucesso do aluno.

4.4.4 Ensinar estratégias cognitivas e metacognitivas para apoiar a aprendizagem e


independência.

Os professores ensinam explicitamente estratégias de processamento cognitivo e


metacognitivo para apoiar a memória, a atenção e a autorregulação da aprendizagem. A
aprendizagem envolve não apenas a compreensão do conteúdo, mas também o uso de
processos cognitivos para resolver problemas, regular a atenção, organizar pensamentos
e materiais e monitorar o próprio pensamento. A auto-regulação e a instrução de
estratégia metacognitiva são integradas às aulas sobre conteúdo acadêmico por meio de
modelagem e instrução explícita. Os alunos aprendem a monitorar e avaliar seu
desempenho em relação a metas explícitas e fazer os ajustes necessários para melhorar o
aprendizado.

4.4.5 Fornece suportes de andaimes

Os suportes com andaimes fornecem assistência temporária aos alunos para que possam
concluir com êxito tarefas que ainda não podem realizar de forma independente e com
uma alta taxa de sucesso. Os professores selecionam poderosos suportes visuais, verbais
e escritos; calibrá-los cuidadosamente para o desempenho e compreensão dos alunos em
relação às tarefas de aprendizagem; usá-los de forma flexível; avaliar sua eficácia; e
remova-os gradualmente quando não forem mais necessários. Alguns apoios são
planejados antes das aulas e alguns são fornecidos de forma responsiva durante a
instrução.

4.4.6 Use instruções explícitas.

Os professores tornam o conteúdo, as habilidades e os conceitos explícitos, mostrando e


dizendo aos alunos o que fazer ou pensar enquanto resolvem problemas, decretam
estratégias, completam tarefas e classificam conceitos. Os professores usam instruções
explícitas quando os alunos estão aprendendo novos materiais e conceitos e habilidades
complexas. Eles escolhem estrategicamente exemplos e não-exemplos e linguagem para
facilitar a compreensão do aluno, antecipar equívocos comuns, destacar conteúdo
essencial e remover informações distrativas. Eles modelam e estruturam etapas ou
processos necessários para entender conteúdo e conceitos, aplicar habilidades e concluir
tarefas com sucesso e independência.

4.4.7 Use agrupamento flexível

Os professores atribuem os alunos a grupos homogêneos e heterogêneos com base em


objetivos de aprendizagem explícitos, monitoram as interações entre colegas e fornecem
feedback positivo e corretivo para apoiar o aprendizado produtivo. Os professores usam
pequenos grupos de aprendizado para acomodar as diferenças de aprendizado, promover
interações acadêmicas aprofundadas e ensinar os alunos a trabalhar de forma
colaborativa. Eles escolhem tarefas que exigem colaboração, emitem diretrizes que
promovam interações produtivas e autônomas em grupo e incorporam estratégias que
maximizam as oportunidades de aprendizado e equalizam a participação. Os professores
promovem interações simultâneas, usam procedimentos para responsabilizar os alunos
pelo aprendizado coletivo e individual e monitoram e sustentam o desempenho do grupo
por meio de proximidade e feedback positivo.

4.4.8 Use estratégias para promover o envolvimento ativo dos alunos

Os professores usam uma variedade de estratégias instrucionais que resultam na


resposta ativa dos alunos. O envolvimento ativo dos alunos é fundamental para o
sucesso acadêmico. Os professores devem inicialmente construir relacionamentos
positivos entre alunos e professores para promover o envolvimento e motivar os alunos
relutantes. Eles promovem o envolvimento conectando o aprendizado à vida dos alunos
(ex., conhecendo as origens acadêmicas e culturais dos alunos) e usando uma variedade
de recursos liderados por professores (ex., respostas em coral e cartões de resposta),
assistidos por colegas (ex., aprendizado cooperativo e tutoria por pares), estratégias
regulamentadas pelo aluno (ex., autogestão) e apoiadas por tecnologia, que são
mostradas empiricamente para aumentar o envolvimento do aluno. Eles monitoram o
envolvimento dos alunos e fornecem feedback positivo e construtivo para sustentar o
desempenho.
4.4.9 Usar tecnologias assistivas e instrucionais.

Os professores selecionam e implementam tecnologias assistivas e instrucionais para


atender às necessidades dos alunos com deficiência. Eles selecionam e usam
dispositivos de comunicação aumentativa e alternativa e produtos de tecnologia
assistiva e instrucional para promover o aprendizado e a independência dos alunos. Eles
avaliam novas opções de tecnologia de acordo com as necessidades dos alunos; tomar
decisões instrucionais informadas com base em evidências, sabedoria profissional e
objetivos de IEP dos alunos; e advogar pelo apoio administrativo na implementação da
tecnologia. Os professores usam a estrutura de design universal para aprendizagem
(UDL) para selecionar, projetar, implementar e avaliar resultados importantes dos
alunos.

4.4.10. Fornece instrução intensiva

Os professores combinam a intensidade da instrução com a intensidade do aprendizado


e dos desafios comportamentais do aluno. A instrução intensiva envolve trabalhar com
alunos com necessidades semelhantes em um pequeno número de habilidades ou
conceitos de alta prioridade e claramente definidos, críticos para o sucesso acadêmico.
Os professores agrupam os alunos com base em necessidades comuns de aprendizagem;
definir claramente os objetivos de aprendizagem; e usar instruções sistemáticas,
explícitas e bem ritmadas. Eles frequentemente monitoram o progresso dos alunos e
ajustam suas instruções de acordo. No ensino intensivo, os alunos têm muitas
oportunidades de responder e receber feedback imediato e corretivo com professores e
colegas para praticar o que estão aprendendo.

4.4.11. Ensine os alunos a manter e generalizar o novo aprendizado ao longo do


tempo e das configurações.

Professores eficazes usam técnicas específicas para ensinar os alunos a generalizar e


manter o conhecimento e as habilidades recém-adquiridas. O uso de vários exemplos na
elaboração e entrega de instruções exige que os alunos apliquem o que aprenderam em
outros ambientes. Os educadores promovem a manutenção usando sistematicamente
horários de reforço, fornecendo revisões frequentes de materiais e ensinando
habilidades que são reforçadas pelo ambiente natural além da sala de aula. Os alunos
aprendem a usar novos conhecimentos e habilidades em lugares e situações diferentes
do ambiente de aprendizagem original e mantêm seu uso na ausência de instrução
contínua.

4.4.12 Fornecer feedback positivo e construtivo para orientar os alunos


aprendizado e comportamento.

O objetivo do feedback é orientar o aprendizado e o comportamento do aluno e


aumentar a motivação, o envolvimento e a independência do aluno, levando a um
melhor aprendizado e comportamento do aluno. O feedback eficaz deve ser entregue
estrategicamente e direcionado a metas; o feedback é mais eficaz quando o aluno tem
um objetivo e o feedback informa o aluno sobre as áreas que precisam de melhorias e
formas de melhorar o desempenho. O feedback pode ser verbal, não verbal ou escrito, e
deve ser oportuno, contingente, genuíno, significativo, apropriado para a idade e em
taxas proporcionais à tarefa e fase de aprendizagem (ou seja, aquisição, fluência,
manutenção). Os professores devem fornecer feedback contínuo até que os alunos
atinjam seus objetivos de aprendizagem estabelecidos.
5.0 Conclusão

As práticas pedagógicas são de extrema importância para garantir o sucesso do ensino


aprendizado, mas requerem a modificação de algumas perspectivas já consolidadas no
ambiente escolar. Cada prática pedagógica possui objetivos específicos e podem ser
aplicadas para objetivos diferenciados, mas também é possível que o professor busque
sempre a que mais se adéqua à atual situação da turma e necessidades do momento.

Quando implementada em âmbito escolar, qualquer prática pedagógica ganha força e é


apropriada pelos docentes e alunos de mais intensamente, já que passa a fazer parte da
proposta escolar. Os professores devem ter conhecimento sobre a integração de
estratégias baseadas em pesquisa para alunos com deficiência em sua instrução diária e
entender como contextualizar as práticas de ensino para apoiar as diferenças de idioma e
cultura dos alunos. Eles também devem ter tempo, espaço e materiais para colaborar
efetivamente com professores de educação especial, outros profissionais e famílias para
apoiar as necessidades multifacetadas que muitos alunos com deficiência apresentam.
Os professores de educação geral e especial precisam claramente de um conjunto
sofisticado de conhecimentos, habilidades e disposições para otimizar o aprendizado em
salas de aula inclusivas.

As práticas de alta alavancagem fornecem um excelente roteiro para educadores de


ensino fundamental e médio a serem considerados ao projetar e implementando a
instrução para alunos com deficiência e outros que precisam de suportes adicionais.
Embora todos os HLPs sejam importantes para os cintos de ferramentas dos professores,
o uso de instruções explícitas e feedback se destacam como práticas obrigatórias para
produzir resultados fortes para o maior número possível de alunos - incluindo um
grande número de alunos que ficaram para trás como resultado do pandemia. Conforme
observado acima, os educadores podem usar instruções explícitas e feedback ao longo
do dia para ensinar praticamente qualquer conteúdo e, em seguida, fornecer aos alunos
informações positivas e oportunas sobre até que ponto eles estão atendendo às
expectativas. Mas a instrução explícita e o feedback não são práticas isoladas.

6.0 Referências bibliográficas

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