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Amélia Da Fina João Pelembe

André Sérgio Marime

Célbio Bernardo Sumbane

Jaime Violeta Mutombene

Mário Anastáncio Quibe

Práticas lectivas de ensino e de alta alavancagem

Licenciatura em Matemática

Especialização em ensino

4o ano

Universidade Save
Chongoene
2024
Amélia Da Fina João Pelembe

André Sérgio Marime

Célbio Bernardo Sumbane

Jaime Violeta Mutombene

Mário Anastáncio Quibe

Práticas lectivas de ensino e de alta alavancagem

Trabalho a ser apresentado ao Departamento de


Matemática, Curso de Licenciatura em
Matemática-Especialização em Ensino, para efeito
de avaliação, na cadeira de Didácticas de Ciências
e Tecnologias II, sob orientação do MSc. Eduardo
Generoso.

Universidade Save
Chongoene
3

2024
Índice
1.0. Introdução...............................................................................................................4
2.0. Objetivos.................................................................................................................4
3.0. Metodologia............................................................................................................4
4.0. Referencial teórico..................................................................................................5
4.1. Praticas lectivas de ensino..........................................................................................5

4.2. Principais práticas de ensino......................................................................................5

4.3. Praticas de alta alavancagem......................................................................................7

4.3.1. Colaboração.............................................................................................................7
4.3.2. Avaliação.................................................................................................................8
4.3.3. Práticas sociais/emocionais/comportamentais.......................................................10
4.3.4. Instrução...............................................................................................................11
4.4. Importância das práticas lectivas de ensino..............................................................16

4.5. Como escolher as práticas letivas de ensino para a aula..........................................16

5.0. Conclusão.............................................................................................................18
6.0. Referências...........................................................................................................19
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1.0. Introdução

No contexto educacional, as práticas lectivas desempenham um papel crucial na


formação dos estudantes influenciando não apenas o seu conhecimento, mas também o
desenvolvimento das habilidades e atitudes. Estas práticas, centradas no processo de
ensino assumem diferentes formas de abordagens, sendo essenciais para criar o
ambiente de aprendizagem dinâmica e eficazes.

Nesta discussão exploraremos a importância das práticas letivas de ensino e analisando


como contribuem para a qualidade do ensino.

2.0. Objetivos

2.1. Objectivo geral


 Conhecer as práticas lectivas de ensino

2.2. Objectivos específicos


 Definir as práticas lectivas de ensino
 Identificar principais práticas lectivas de ensino
 Indicar as principais práticas de alta alavancagem
 Descrever cada prática de alta alavancagem
 Apresentar a importância das práticas lectivas de ensino
 Explicar como escolher as práticas lectivas de ensino

3.0. Metodologia

Para a realização deste trabalho, recorreu-se a pesquisas exploratória que consistiu na


consulta de diferentes obras electrónicas e físicas que abordam directa ou indiretamente,
o tema em causa.
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4.0. Referencial teórico

4.1. Praticas lectivas de ensino

Segundo (Shulman, 1987) “Práticas de ensino referem-se às estratégias, métodos e


técnicas utilizadas pelos professores para facilitar a aprendizagem dos alunos”.

"Práticas de ensino são os meios pelos quais os professores transmitem conhecimento,


habilidades e valores aos alunos, adaptando-se às necessidades individuais e
contextuais" (Hattie, 2009).

Práticas de ensino são ações intencionais e sistematizadas que professores e educadores


utilizam para promover a aprendizagem dos alunos. Elas abrangem um conjunto amplo
de métodos, estratégias, técnicas e recursos.

4.2. Principais práticas de ensino

Há várias práticas de ensino e por sua vez podem ser desenvolvidas de acordo com o
próprio contexto na sala de aula. A maior parte dos professores criam maneiras ou
formas distintas de ensinar os conteúdos aos alunos.

Conhecendo as principais características das práticas de ensino certamente produz


resultado na qualidade de aprendizagem oferecendo ao aluno.

I. Valorização dos alunos

Nesta pratica a valorização dos alunos precisa intervir em todo trabalho pedagógico, por
sua vez, todo o trabalho dos professores é voltado para a aprendizagem dos alunos.

Nesta prática considera-se o trabalho da independência perante aos alunos, pois isso
implica em elevar a qualidade do ensino.

A valorização dos alunos implica em metodologias participativas, aulas onde os alunos


são ouvidos, como seminários e mecanismos voltadas a sala de aula, onde o aluno é o
ditador da aula para os colegas e o professor.

II. Socialização

Socializar é saber conviver, saber resolver conflitos sem nenhuma violência, saber
tolerar e trabalhar em equipe.

A socialização como prática de ensino pode ser implementada através de atividades em


grupo, na discussão colectiva sobre as atividades e normas da turma.
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III. Interdisciplinaridade

Busca a intersecção entre conteúdos de duas ou mais disciplinas para permitir que o
aluno elabore uma visão mais ampla a respeito dessas temáticas. Os professores, muitas
vezes, precisarão trabalhar em conjunto para que essa prática seja favorecida.

IV. Uso da Tecnologia

O uso da tecnologia em sala de aula é uma excelente estrategia em relação às práticas de


ensino. O uso da tecnologia faz com que a escola não fique desatualizada em relação
aos costumes da atualidade.

V. Protagonismo dos alunos

O protagonismo dos alunos possui uma estreita ligação com a valorização dos alunos.
Portanto, protagonismo refere se ao aluno ser o centro da sua aprendizagem.

Mediando o protagonismo estudantil só é possivel se os professores terem em mente


que as crianças, adolescentes e outros alunos são sujeitos de direitos e com a voz ativa.
Também faz parte do processo que os próprios alunos se responsabilizem por ações em
sala de aula.

VI. Aprendizagem contemporânea

Chama-se de aprendizagem contemporânea não somente uma metodologia, mas o


simples facto de trazer para sal de aula assuntos e temas relevantes e de interesses dos
alunos.

Essa é umas das práticas de ensino que podem ser aplicadas com maior facilidade. Ao
escolher um texto para alfabetização, ao invés de optar por uma conversa desconhecida
pelas crianças, é possível usar ditados mais actuais.

VII. Banco de referências

É uma prática proveitosa quando é realizado no âmbito escolar. Trata-se de desenvolver


uma plataforma, de preferência digital, onde os alunos e professores possam consultar
referências diversas que sejam importantes para a aprendizagem.

VIII. Conscientização

A conscientização passa por diversos temas sociais, como a preservação ambiental, a


preservação do ambiente escolar, mas também pela reflexão do próprio ensino
aprendizagem.
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Um aluno consciente sabe sobre a importância de organizar seu espaço e aprender a ler
e escrever. É possível implementar a conscientização durante todo o percurso escolar,
desde pequenas ações, como jogar lixo no lugar certo.

4.3. Praticas de alta alavancagem

Praticas de alta alavancagem são praticas educativas que ocorrem com frequência e que
todos os educadores devem saber como fazer. Essas praticas são baseadas em
evidencias, o que significa que refletem métodos eficazes que, quando implementamos
com sucesso, podem melhorar os resultados de cada aluno.

A Equipe de Redação do praticas de alta alavancagem inicialmente determinou que as


principais funções dos professores de educação especial estavam relacionadas a quatro
áreas de prática: colaboração, avaliação, social/emocional/ Recentemente, o Conselho
para Crianças Excepcionais aprovou um conjunto de 21 práticas de alta alavancagem
para professores de educação especial que se destinam a ser uma base para uma prática
eficaz para ensinar alunos com deficiência. As Práticas de Alta Alavancagem são:

4.3.1. Colaboração

Professores de educação especial eficazes colaboram com uma ampla gama de


profissionais, famílias e cuidadores para assegurar que os programas educacionais e
serviços relacionados sejam efetivamente planejados e implementados para atender às
necessidades de cada aluno com deficiência. A colaboração permite que conhecimentos
e perspectivas variadas sobre um aluno sejam compartilhados entre os responsáveis pelo
aprendizado e bem-estar de cada aluno.

I. Colabore com profissionais para aumentar o sucesso dos alunos.

A colaboração com professores de educação geral, para profissionais e pessoal de apoio


é necessária para apoiar a aprendizagem dos alunos em direção a resultados
mensuráveis e para facilitar o bem-estar social e emocional dos alunos em todos os
ambientes escolares e ambientes de ensino (por exemplo, co-ensino). A colaboração
com indivíduos ou equipes requer o uso de comportamentos de colaboração eficazes
(por exemplo, compartilhar ideias, ouvir ativamente, questionar, planejar, resolver
problemas, negociar) para desenvolver e ajustar planos instrucionais ou
comportamentais com base nos dados do aluno e na coordenação de expectativas,
responsabilidades e recursos para maximizar o aprendizado do aluno.

II. Organizar e facilitar reuniões eficazes com profissionais e famílias.


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Os professores lideram e participam de uma série de reuniões (por exemplo, reuniões


com
famílias, equipes de programas de educação individualizada [IEP], equipes de planos de
serviços familiares individualizados [IFSP], planejamento instrucional) com o objetivo
de identificar resultados claros e mensuráveis dos alunos e desenvolver planos
comportamentais que apoiam esses resultados. Eles desenvolvem uma agenda de
reunião, alocam tempo para cumprir as metas da agenda e lideram de maneiras que
incentivam a construção de consenso por meio de comunicação verbal e não verbal
positiva, incentivando o compartilhamento de múltiplas perspectivas, demonstrando
escuta ativa e solicitando feedback.

III. Colabore com as famílias para apoiar o aprendizado dos alunos e garantir os
serviços necessários.

Os professores colaboram com as famílias sobre as necessidades individuais das


crianças,
metas, programas e progresso ao longo do tempo e garantem que as famílias sejam
informadas sobre seus direitos, bem como sobre os processos de educação especial (por
exemplo, IEPs, IFSPs). Os professores devem se comunicar de maneira respeitosa e
eficaz, considerando a origem, o status socioeconômico, o idioma, a cultura e as
prioridades da família. Os professores defendem recursos para ajudar os alunos a atingir
metas instrucionais, comportamentais, sociais e de transição. Ao construir
relacionamentos positivos com os alunos, os professores incentivam os alunos a se
defenderem, com o objetivo de promover a autodeterminação ao longo do tempo. Os
professores também trabalham com as famílias para se defenderem e apoiarem a
aprendizagem de seus filhos.

4.3.2. Avaliação

A avaliação desempenha um papel fundamental na educação especial. Os alunos com


deficiência são aprendizes complexos que têm necessidades únicas que existem ao lado
de seus pontos fortes. Os professores de educação especial eficazes têm de compreender
plenamente esses pontos fortes e necessidades.

I. Use várias fontes de informação para desenvolver uma compreensão


abrangente dos pontos fortes e necessidades de um aluno.
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Para desenvolver uma compreensão profunda das necessidades de aprendizagem de um


aluno, os educadores especiais compilam um perfil abrangente do aluno por meio do
uso de uma variedade de medidas de avaliação e outras fontes (por exemplo,
informações de pais, educadores gerais, outras partes interessadas) que são sensíveis ao
idioma e à cultura , para (a) analisar e descrever os pontos fortes e as necessidades dos
alunos e (b) analisar os ambientes de aprendizagem baseados na escola para determinar
potenciais apoios e barreiras ao progresso acadêmico dos alunos. Os professores devem
coletar, agregar e interpretar dados de várias fontes (por exemplo, observações formais e
informais, amostras de trabalho, medidas baseadas em currículo, avaliação de
comportamento funcional [FBA], arquivos escolares, análise de currículo, informações
de famílias, outras fontes de dados). Esta informação é usada para criar um perfil
individualizado dos pontos fortes e necessidades do aluno.

II. Interpretar e comunicar informações de avaliação com as partes interessadas


para projetar e implementar de forma colaborativa programas.

Os professores interpretam as informações de avaliação para as partes interessadas (ou


seja, outros profissionais, famílias, alunos) e os envolvem no processo de avaliação,
desenvolvimento de metas e implementação de metas. Os educadores especiais devem
entender o propósito de cada avaliação, ajudar as principais partes interessadas a
entender como a cultura e o idioma influenciam a interpretação dos dados gerados e
usar os dados para desenvolver e implementar de forma colaborativa planos de
educação e transição individualizados que incluam metas baseadas em padrões,
adaptações e modificações apropriadas e práticas de avaliação justas e objetivos de
transição alinhados com as necessidades dos alunos.

III. Use os dados de avaliação dos alunos, analise as práticas de ensino e faça os
ajustes necessários para melhorar os resultados dos alunos.

Depois que os professores de educação especial desenvolvem metas de ensino, eles


avaliam e fazem ajustes contínuos nos programas de ensino dos alunos. Uma vez que a
instrução e outros suportes são projetados e implementados, os professores de educação
especial têm a habilidade de gerenciar e se envolver na coleta contínua de dados usando
medidas baseadas no currículo, avaliações informais em sala de aula, observações do
desempenho e comportamento acadêmico dos alunos, autoavaliação da instrução em
sala de aula e discussões com os principais interessados (ou seja, estudantes, famílias,
outros profissionais). Os professores estudam sua prática para melhorar o aprendizado
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dos alunos, validar hipóteses fundamentadas sobre recursos instrucionais importantes e


aprimorar a tomada de decisões instrucionais. Professores eficazes retêm, reutilizam e
estendem práticas que melhoram o aprendizado dos alunos e ajustam ou descartam
aquelas que não o fazem.

4.3.3. Práticas sociais/emocionais/comportamentais

Professores de educação especial eficazes estabelecem um ambiente de aprendizagem


consistente, organizado e respeitoso para apoiar o sucesso do aluno. Para isso,
empregam diversas práticas que são fundamentais na promoção do bem-estar social e
emocional dos alunos. Eles implementam todos os suportes comportamentais, mesmo
aqueles em resposta a um comportamento problemático significativo, de maneira
carinhosa, respeitosa e culturalmente relevante.

I. Estabeleça um ambiente de aprendizagem consistente, organizado e


respeitoso.

Para construir e promover relacionamentos positivos, os professores devem estabelecer


expectativas, rotinas e procedimentos adequados à idade e culturalmente responsivos
em suas salas de aula que sejam declarados positivamente e explicitamente ensinados e
praticados ao longo do ano letivo. Quando os alunos demonstram domínio e seguem
regras e rotinas estabelecidas, os professores devem fornecer feedback de desempenho
específico apropriado à idade de maneira significativa e atenciosa. Ao estabelecer,
seguir e reforçar as expectativas de todos os alunos na sala de aula, os professores
reduzirão o potencial de comportamento desafiador e aumentarão o envolvimento dos
alunos. Ao estabelecer ambientes de aprendizagem, os professores devem construir
relações de respeito mútuo com os alunos e envolvê-los na definição do clima da sala de
aula (por exemplo, regras e rotinas); seja respeitoso; e valorizam a diversidade étnica,
cultural, contextual e linguística para promover o envolvimento dos alunos em
ambientes de aprendizagem.

II. Fornecer feedback positivo e construtivo para orientar a aprendizagem e o


comportamento dos alunos.

O objetivo do feedback é orientar o aprendizado e o comportamento do aluno e


aumentar a motivação, o envolvimento e a independência do aluno, levando a um
melhor aprendizado e comportamento do aluno. O feedback eficaz deve ser entregue
estrategicamente e direcionado a metas; o feedback é mais eficaz quando o aluno tem
12

um objetivo e o feedback informa o aluno sobre as áreas que precisam de melhorias e


formas de melhorar o desempenho. O feedback pode ser verbal, não verbal ou escrito, e
deve ser oportuno, contingente, genuíno, significativo, apropriado para a idade e em
taxas proporcionais à tarefa e fase de aprendizagem (ou seja, aquisição, fluência,
manutenção). Os professores devem fornecer feedback contínuo até que os alunos
atinjam seus objetivos de aprendizagem estabelecidos.

III. Ensinamento de comportamentos sociais

Os professores devem ensinar explicitamente habilidades interpessoais apropriadas,


incluindo comunicação e autogestão, alinhando as aulas com as expectativas da sala de
aula e de toda a escola para o comportamento dos alunos. Antes de ensinar, os
professores devem determinar a natureza do desafio de habilidades sociais. Se os alunos
não souberem como executar uma habilidade social direcionada, a instrução direta de
habilidades sociais deve ser fornecida até que o domínio seja alcançado. Se os alunos
apresentarem problemas de desempenho, a habilidade social apropriada deve ser
ensinada inicialmente, então a ênfase deve mudar para induzir o aluno a usar a
habilidade e garantir que o comportamento “apropriado” acesse o mesmo resultado ou
um resultado semelhante (ou seja, seja reforçador para o aluno) como o comportamento
do problema.

IV. Realizar avaliações comportamentais funcionais para desenvolver planos


individuais de apoio ao comportamento dos alunos.

Criar planos de comportamento individual é um papel central de todos os educadores


especiais. A chave para planos bem-sucedidos é realizar uma avaliação comportamental
funcional (FBA) sempre que o comportamento for crônico, intenso ou impedir o
aprendizado. Um FBA abrangente resulta em uma hipótese sobre a função do
comportamento-problema do aluno. Uma vez determinada a função, é desenvolvido um
plano de intervenção comportamental que (a) ensina ao aluno um comportamento pró-
social de substituição que servirá à mesma função ou semelhante, (b) altera o ambiente
para tornar o comportamento de substituição mais eficiente e eficaz do que o
comportamento do problema, (c) altera o ambiente para não permitir mais que o
comportamento do problema acesse o resultado anterior, e (d) inclui a coleta contínua
de dados para monitorar o progresso.

4.3.4. Instrução
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Ensinar alunos com deficiência é um processo estratégico, flexível e recursivo, pois


professores de educação especial eficazes usam conhecimento de conteúdo,
conhecimento pedagógico (incluindo prática baseada em evidências) e dados sobre o
aprendizado do aluno para projetar, fornecer e avaliar a eficácia da instrução. Os
professores usam as melhores evidências disponíveis, julgamento profissional e
conhecimento das necessidades individuais dos alunos. Eles valorizam perspectivas
diversas e incorporam a formação, a cultura e o idioma dos alunos.

I. Identifique e priorize metas de aprendizado de longo e curto prazo.

Os professores priorizam o que é mais importante para os alunos aprenderem,


fornecendo acesso significativo e sucesso na educação geral e outros currículos
contextualmente relevantes. Os professores usam padrões de nível de série, dados de
avaliação e progressões de aprendizado, conhecimento prévio dos alunos e metas e
referências do IEP para tomar decisões sobre o que é mais importante enfatizar e
desenvolver metas de longo e curto prazo de acordo. Eles entendem os componentes
essenciais do currículo, identificam os pré-requisitos e fundamentos essenciais e
avaliam o desempenho do aluno em relação a esses componentes.

II. Projete sistematicamente a instrução para um objetivo de aprendizagem


específico.

Os professores ajudam os alunos a desenvolver conceitos e habilidades importantes que


fornecem a base para um aprendizado mais complexo. Os professores sequenciam lições
que se baseiam umas nas outras e tornam as conexões explícitas, tanto no planejamento
quanto na entrega. Os professores priorizam o que é mais importante para os alunos
aprenderem, fornecendo acesso significativo e sucesso na educação geral e outros
currículos contextualmente relevantes. Os professores usam padrões de nível de série,
dados de avaliação e progressões de aprendizado, conhecimento prévio dos alunos e
metas e referências do IEP para tomar decisões sobre o que é mais importante enfatizar
e desenvolver metas de longo e curto prazo de acordo. Eles entendem os componentes
essenciais do currículo, identificam os pré-requisitos e fundamentos essenciais e
avaliam o desempenho do aluno em relação a esses componentes. Eles ativam o
conhecimento prévio dos alunos e mostram como cada lição “se encaixa” com as
anteriores. O planejamento envolve uma consideração cuidadosa das metas de
aprendizado, o que está envolvido no alcance das metas e a alocação de tempo de
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acordo. Mudanças contínuas (por exemplo, ritmo, exemplos) ocorrem ao longo da


sequência com base no desempenho do aluno.

III. Adaptar tarefas e materiais curriculares para objetivos de aprendizagem


específicos.

Os professores avaliam as necessidades individuais dos alunos e adaptam os materiais e


tarefas curriculares para que os alunos possam atingir as metas de ensino. Os
professores selecionam materiais e tarefas com base nas necessidades dos alunos; usar
tecnologia relevante; e faça modificações destacando informações relevantes, alterando
as direções das tarefas e diminuindo as quantidades de material. Os professores tomam
decisões estratégicas sobre a cobertura do conteúdo (ou seja, elementos curriculares
essenciais), a significância das tarefas para atingir as metas estabelecidas e os critérios
para o sucesso do aluno.

IV. Ensinar estratégias cognitivas e metacognitivas para apoiar a aprendizagem


e independência.

Os professores ensinam explicitamente estratégias de processamento cognitivo e


metacognitivo para apoiar a memória, a atenção e a autorregulação da aprendizagem. A
aprendizagem envolve não apenas a compreensão do conteúdo, mas também o uso de
processos cognitivos para resolver problemas, regular a atenção, organizar pensamentos
e materiais e monitorar o próprio pensamento. A auto-regulação e a instrução de
estratégia metacognitiva são integradas às aulas sobre conteúdo acadêmico por meio de
modelagem e instrução explícita. Os alunos aprendem a monitorar e avaliar seu
desempenho em relação a metas explícitas e fazer os ajustes necessários para melhorar o
aprendizado.

V. Fornece suportes de andaimes

Os suportes com andaimes fornecem assistência temporária aos alunos para que possam
concluir com êxito tarefas que ainda não podem realizar de forma independente e com
uma alta taxa de sucesso. Os professores selecionam poderosos suportes visuais, verbais
e escritos; calibrá-los cuidadosamente para o desempenho e compreensão dos alunos em
relação às tarefas de aprendizagem; usá-los de forma flexível; avaliar sua eficácia; e
remova-os gradualmente quando não forem mais necessários. Alguns apoios são
planejados antes das aulas e alguns são fornecidos de forma responsiva durante a
instrução.
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VI. Use instruções explícitas.

Os professores tornam o conteúdo, as habilidades e os conceitos explícitos, mostrando e


dizendo aos alunos o que fazer ou pensar enquanto resolvem problemas, decretam
estratégias, completam tarefas e classificam conceitos. Os professores usam instruções
explícitas quando os alunos estão aprendendo novos materiais e conceitos e habilidades
complexas. Eles escolhem estrategicamente exemplos e não-exemplos e linguagem para
facilitar a compreensão do aluno, antecipar equívocos comuns, destacar conteúdo
essencial e remover informações distrativas. Eles modelam e estruturam etapas ou
processos necessários para entender conteúdo e conceitos, aplicar habilidades e concluir
tarefas com sucesso e independência.

VII. Use agrupamento flexível

Os professores atribuem os alunos a grupos homogêneos e heterogêneos com base em


objetivos de aprendizagem explícitos, monitoram as interações entre colegas e fornecem
feedback positivo e corretivo para apoiar o aprendizado produtivo. Os professores usam
pequenos grupos de aprendizado para acomodar as diferenças de aprendizado, promover
interações acadêmicas aprofundadas e ensinar os alunos a trabalhar de forma
colaborativa. Eles escolhem tarefas que exigem colaboração, emitem diretrizes que
promovam interações produtivas e autônomas em grupo e incorporam estratégias que
maximizam as oportunidades de aprendizado e equalizam a participação. Os professores
promovem interações simultâneas, usam procedimentos para responsabilizar os alunos
pelo aprendizado coletivo e individual e monitoram e sustentam o desempenho do grupo
por meio de proximidade e feedback positivo.

VIII. Use estratégias para promover o envolvimento ativo dos alunos

Os professores usam uma variedade de estratégias instrucionais que resultam na


resposta ativa dos alunos. O envolvimento ativo dos alunos é fundamental para o
sucesso acadêmico. Os professores devem inicialmente construir relacionamentos
positivos entre alunos e professores para promover o envolvimento e motivar os alunos
relutantes. Eles promovem o envolvimento conectando o aprendizado à vida dos alunos
(ex., conhecendo as origens acadêmicas e culturais dos alunos) e usando uma variedade
de recursos liderados por professores (ex., respostas em coral e cartões de resposta),
assistidos por colegas (ex., aprendizado cooperativo e tutoria por pares), estratégias
regulamentadas pelo aluno (ex., autogestão) e apoiadas por tecnologia, que são
mostradas empiricamente para aumentar o envolvimento do aluno. Eles monitoram o
16

envolvimento dos alunos e fornecem feedback positivo e construtivo para sustentar o


desempenho.

IX. Usar tecnologias assistivas e instrucionais.

Os professores selecionam e implementam tecnologias assistivas e instrucionais para


atender às necessidades dos alunos com deficiência. Eles selecionam e usam
dispositivos de comunicação aumentativa e alternativa e produtos de tecnologia
assistiva e instrucional para promover o aprendizado e a independência dos alunos. Eles
avaliam novas opções de tecnologia de acordo com as necessidades dos alunos; tomar
decisões instrucionais informadas com base em evidências, sabedoria profissional e
objetivos de IEP dos alunos; e advogar pelo apoio administrativo na implementação da
tecnologia. Os professores usam a estrutura de design universal para aprendizagem
(UDL) para selecionar, projetar, implementar e avaliar resultados importantes dos
alunos.

X. Fornece instrução intensiva

Os professores combinam a intensidade da instrução com a intensidade do aprendizado


e dos desafios comportamentais do aluno. A instrução intensiva envolve trabalhar com
alunos com necessidades semelhantes em um pequeno número de habilidades ou
conceitos de alta prioridade e claramente definidos, críticos para o sucesso acadêmico.
Os professores agrupam os alunos com base em necessidades comuns de aprendizagem;
definir claramente os objetivos de aprendizagem; e usar instruções sistemáticas,
explícitas e bem ritmadas. Eles frequentemente monitoram o progresso dos alunos e
ajustam suas instruções de acordo. No ensino intensivo, os alunos têm muitas
oportunidades de responder e receber feedback imediato e corretivo com professores e
colegas para praticar o que estão aprendendo.

XI. Ensine os alunos a manter e generalizar o novo aprendizado ao longo do


tempo e das configurações.

Professores eficazes usam técnicas específicas para ensinar os alunos a generalizar e


manter o conhecimento e as habilidades recém-adquiridas. O uso de vários exemplos na
elaboração e entrega de instruções exige que os alunos apliquem o que aprenderam em
outros ambientes. Os educadores promovem a manutenção usando sistematicamente
horários de reforço, fornecendo revisões frequentes de materiais e ensinando
habilidades que são reforçadas pelo ambiente natural além da sala de aula. Os alunos
17

aprendem a usar novos conhecimentos e habilidades em lugares e situações diferentes


do ambiente de aprendizagem original e mantêm seu uso na ausência de instrução
contínua.

XII. Fornecer feedback positivo e construtivo para orientar os alunos


aprendizado e comportamento.

O objetivo do feedback é orientar o aprendizado e o comportamento do aluno e


aumentar a motivação, o envolvimento e a independência do aluno, levando a um
melhor aprendizado e comportamento do aluno. O feedback eficaz deve ser entregue
estrategicamente e direcionado a metas; o feedback é mais eficaz quando o aluno tem
um objetivo e o feedback informa o aluno sobre as áreas que precisam de melhorias e
formas de melhorar o desempenho. O feedback pode ser verbal, não verbal ou escrito, e
deve ser oportuno, contingente, genuíno, significativo, apropriado para a idade e em
taxas proporcionais à tarefa e fase de aprendizagem (ou seja, aquisição, fluência,
manutenção). Os professores devem fornecer feedback contínuo até que os alunos
atinjam seus objetivos de aprendizagem estabelecidos.

4.4. Importância das práticas lectivas de ensino

As práticas lectivas de ensino desempenham um papel crucial na eficácia e no impacto


do processo educacional. Sua importância pode ser entendida através de diversos
aspectos:

Engajamento e motivação

Contribui para participação activa dos alunos, aumentando interesse e motivação para
aprender.

Compreensão profunda

Facilita a compreensão dos conteúdos ao adaptar o ensino as diferentes formas de


aprendizagem dos estudantes.

Desenvolvimento de habilidades

Promovem o desenvolvimento de habilidades cognitivas, socais e emocionais


fundamentais para o sucesso acadêmico e profissional

4.5. Como escolher as práticas letivas de ensino para a aula


18

Um método de aprendizagem pode funcionar para um aluno e não para outro. Por isso o
professor deve estudar a sua realidade e planejar suas atividades de acordo com as
especificidades de cada estudante.

A escolha das práticas de ensino é feita de acordo com o discente, com o conteúdo e
com o contexto. Dessa forma, a escolha dessas práticas depende de:

 Conhecer os objetivos de aprendizagem;

 Adequação ao conteúdo da disciplina;

 Saber qual é a realidade e as características dos alunos;

 Domínio do professor sobre as ações e atividades.


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5.0. Conclusão

Em suma, as práticas lectivas representam a espinha dorsal do sistema educacional,


moldando a experiência de aprendizagem dos alunos. Ao promover métodos
inovadores, interativos e adaptativos os educadores fortalecem não apenas a transmissão
de conhecimento, mas também o desenvolvimento holístico dos estudantes. Portanto
investir em práticas lectivas eficazes é um imperativo para construir uma base sólida de
preparar os alunos para os desafios do futuro.
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6.0. Referências

Benedetti, T. (Março de 12). Métodos de Ensino:o que são e como escolher? Fonte:
Tutormundi.com: https://tutormundi.com
Brownell, T. M., Ciullo, S., & Kennedy, J. M. (2021). Práticas de alta alavancagem.
Educador Americano.
Carlos, S. (2024). Práticas pedagógicas: o que são, quais são as principais e suas
implicações. Rio claro: UNICEP.
Freire, P. (1970). Pedagogia do Oprimido.
Gardner, H. (1993). Multiple intelligences: The Theory in Practice.
Hattie, J. (2009). Aprendizagem Visível: Um Resumo de Mais de 800 Meta-Análises
Relacionadas ao Desempenho. Londres: Routledge.
Mcleskey, J., & Brownell, M. (2015). High Leverage pratices and teacher preparaction
in especial education. CEEDAR.
Mcleskey, J., & Maheady, L. (2019). High leverage pratices, for inclusive classrooms.
New York: Routiedge 711 Avenue.
Shulman, S. L. (1987). Conhecimento e Ensino: Fundamentos de Nova Reforma.
Harvard Educational Review.
Vygotsky, L. S. (1978). The Development of higher Psychological Process.

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