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UNIVERSIDADE PÚ NGUÉ
EXTENSÃ O DE TETE

Curso de: Licenciatura em Administraçã o e Gestã o da Educaçã o


Disciplina de: Fundamentos da Pedagogia
Docente: Malua Mateus Adany
Discente: Merga José Limã o Magaço
Data: 06 de Julho de 2021

LIBANEO, José Carlos, Didá ctica, Cortez Editora, Brasil, Outubro de 2006;
PILETTI, Claudino, Didá ctica geral, Editora Aríca, 23 Ediçã o, Sã o Paulo, 2004.

Schulman, Lee (1987). "Conhecimento e Ensino: Fundamentos da Nova Reforma"


(PDF). Revisã o educacional de Harvard. 15 (2): 4-14. Retirado em 26 de julho de 2017.

Petrie et al. (2009). Pedagogia - uma abordagem holística e pessoal para trabalhar com
crianças e jovens, em todos os serviços. p. 4

Kenklies, Karsten (2012-02-12). "Teoria Educacional como Retó rica Topoló gica: Os
Conceitos de Pedagogia de Johann Friedrich Herbart e Friedrich Schleiermacher".
Estudos em Filosofia e Educaçã o. 31 (3): 265-273. ISSN 0039-3746. doi: 10.1007 /
s11217-012-9287-6.

Abbagnano, N. e Visalberghi, A. "Histó ria da Pedagogia". Nona reimpressã o. Madri:


Fondo de Cultura Econó mica, 1992.

De Battisti, P. J. (2011) Classificaçõ es da Pedagogia Geral e Pedagogias Específicas: uma


aná lise das demarcaçõ es realizadas por especialistas no campo pedagó gico [online].
VIII Encontro das Cá tedras de Pedagogia das Universidades Nacionais da Argentina, 8, 9
e 10 de agosto de 2011, La Plata. Disponível na memó ria acadêmica:
memoria.fahce.unlp.edu.ar
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(2009). Ensino eficaz e aprendizagem. 26 de julho de 2017, da LSIS Website:


equalitiestoolkit.com.

1. Aspectos fundamentais da Pedagogia.

A Pedagogia apresenta três aspectos fundamentais que sã o: aspecto Filosó fico,


Científico e Técnico.

 Aspecto filosófico: baseia-se nos principais fundamentos da educaçã o, tais


como, as relaçõ es da educaçã o com a vida, os valores, os ideais e as finalidades
da educaçã o. Este aspecto procura responder as seguintes questõ es: o que deve
ser a educaçã o? Para onde a educaçã o deve conduzir as suas geraçõ es?
Este aspecto, também procura estabelecer as diretrizes da educaçã o de acordo com os
valores de cada povo e de cada época.

 Aspecto científico: a Pedagogia moderna apoia-se nos dados apresentados


pelas ciências, principalmente aquelas que estudam o comportamento humano
nas á reas da Psicologia, Biologia, Sociologia, Antropologia, Economia, Ciências
Políticas, que por sua vez dá um grande contributo para a compreensã o do
comportamento humano.

 Aspecto técnico: refere-se a técnica educativa, como educar e ensinar. Este


aspecto situa-se entre o filosó fico e o científico, entre o que deve ser e o que é,
ligando o ideal ao real. O aspecto técnico estuda os métodos e os processos
educativos, as técnicas de trabalho escolar, as normas para a comparaçã o da
parte está tica e dinâ mica da escola.

2. Ramos da Pedagogia como ciência

Os ramos da pedagogia sã o: a cooperativa, a experiencial, a diferenciação, a


cibernética, a avaliação para a aprendizagem, a aprendizagem multissensorial
e a pedagogia da modelação.

A pedagogia cooperativa: Ajuda os alunos a trabalharem como parte de uma equipe


e, ao mesmo tempo, garante que a contribuiçã o de todos seja valorizada.
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Este ramo da pedagogia pode ajudar a reduzir as barreiras entre os alunos,


introduzindo o conceito de responsabilidade, desenvolve as habilidades necessá rias
para os alunos trabalharem em grupos e usa abordagens de aprendizagem cooperativa
com os alunos para realizar a promoçã o da compreensã o intercultural, e gera ensino
através da comunicaçã o aberta entre os alunos que perseguem o mesmo objetivo.

Pedagogia experiencial: Os alunos vêm com muitas experiências de vida ú teis e


relevantes fora da sala de aula que podem ser usadas para promover a igualdade e a
diversidade e explorar as opiniõ es e desafios dos alunos.

É importante avaliar inicialmente as habilidades e os conhecimentos dos alunos, para


que a aprendizagem experiencial possa ser planejada para garantir que eles nã o sejam
sobrecarregados ou desencorajados. Aprender com os erros é uma parte vital da
pedagogia experiencial, mas isso pode fazer com que alguns alunos se sintam
desconfortá veis e hesitam em contribuir para as discussõ es.

Dentro deste ramo, é comum usar atividades de dramatizaçã o, vídeos e estudos de caso
para ajudar os alunos a experimentar o que se sente ao enfrentar uma barreira ou
enfrentar a discriminaçã o.

Pedagogia da diferenciação: A diferenciaçã o eficaz requer uma avaliaçã o regular para


o aprendizado e leva em conta as diversas origens e necessidades dos alunos
individualmente. A valorizaçã o das diferenças pode ser feita de vá rias maneiras, desde
o desenvolvimento de materiais e imagens que refletem diversidade, até o uso de
técnicas de questionamento diferenciadas para permitir que os alunos trabalhem em
vá rios níveis de complexidade.

Aprender um projeto ajuda os alunos a trabalhar em seu pró prio nível. As atividades do
andaime, as indicaçõ es e o uso do suporte tecnoló gico podem ajudar os alunos com
dificuldades de aprendizagem que realizam o trabalho do projeto.

Pedagogia cibernética: É o ramo da pedagogia que faz uso efetivo do e-learning e da


tecnologia para garantir que todos os alunos tenham acesso ao aprendizado.
No entanto, as atividades e estratégias devem ser constantemente revisadas e avaliadas
para garantir que elas ofereçam o tipo certo de apoio à s pessoas.
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É importante lembrar que alguns alunos podem ter dificuldades com a tecnologia. Por
exemplo, um aluno com epilepsia ou distú rbio de déficit de atençã o e hiperatividade
pode precisar de intervalos regulares para usar uma tela de computador.

Existem muitas abordagens e ferramentas que podem ser usadas para garantir que
todos os alunos participem do processo de aprendizagem, por exemplo: o uso de
multimídia ou da internet.

Avaliação para aprender


Verificar a aprendizagem e gerar feedback sã o ingredientes essenciais de todas as
atividades de aprendizagem eficazes.
O uso de uma variedade de métodos de avaliaçã o garante que todos os alunos possam
refletir sobre suas á reas de aprendizado e revisã o para o desenvolvimento. Isso
permite identificar as necessidades dos alunos relacionadas a qualquer coisa, desde
uma deficiência à histó ria cultural, desenvolvimento de técnicas eficazes de
questionamento permite que você explore aspectos de igualdade e diversidade mais
profundamente.
A reflexã o, como parte das conversas de aprendizagem, permite a exploraçã o de
desafios e formas de resolver problemas.

Pedagogia da aprendizagem multissensorial: Refere-se ao uso de uma ampla gama


de estilos de ensino que garantirã o que os alunos estejam mais motivados a participar
da aprendizagem. Isso leva ao planejamento e ao aprendizado que usa uma série de
sentidos, como ver, ouvir e tocar.
Uma mudança regular no tipo de atividade que é implementada sob esta modalidade
também garantirá um maior grau de motivaçã o.
Por exemplo, ensine com objetos ou fotos reais, use á udios e vídeos juntos para atingir
objetivos de aprendizado.
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Pedagogia de modelagem: Este ramo requer um especialista para modelar uma


habilidade ou processo e tornar explícito o pensamento por trá s dessa habilidade ou
processo.
Para integrar a igualdade e a diversidade no ensino e aprendizagem, é importante
modelar constantemente a linguagem e os comportamentos que promovem a inclusã o.
Para promover modelos positivos, o educador através da pedagogia procura envolver
pessoas de uma ampla gama de origens, em palestras ou demonstraçõ es para os alunos.

3. Métodos Da Pedagogia

Os métodos da pedagogia sã o: Tradicional, Freiriano, Construtivismo, Montessori,


Waldorf e Pikler.

1. Tradicional
O primeiro dos métodos pedagó gicos mais usados é o tradicional. Ele funciona por meio
de uma relaçã o geralmente rígida entre os professores e alunos. De modo que se
entenda o docente como figura central do conhecimento, responsá vel por garantir a
aprendizagem dos estudantes.
No método tradicional, o conteú do ganha especial atençã o, e a avaliaçã o é uma grande
preocupaçã o das escolas e dos professores. Isso porque as provas e exercícios sã o
utilizados para dar a nota e verificar o sucesso na aprendizagem da turma.
Esse é um método em que se utiliza pouco de estratégias variadas — como trabalhos
em grupo, discussõ es, recursos artísticos etc. Por esse motivo, a visã o tradicional de
educaçã o tem sido bastante questionada nos ú ltimos anos, embora ainda seja a opçã o
escolhida por vá rios profissionais e instituiçõ es.

2. Freiriano
Paulo Freire foi um educador brasileiro que desenvolveu muitas críticas ao método
tradicional de ensino. Sem dúvida, ele é uma das personalidades mais estudadas
nos cursos de Pedagogia brasileiros. Afinal, foi responsá vel pela criaçã o de um dos
principais métodos pedagó gicos.
Freire desenvolveu sua metodologia de ensino especificamente na alfabetizaçã o de
adultos.
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— Tarefa que realizou na década de 1960, alcançando ó timos resultados. Alguns dos
princípios de sua teoria sã o a autonomia e a priorizaçã o do senso crítico. Ele acreditava
no ensino que partia da realidade das pessoas.
Com isso, o método Freiriano aponta muitas limitaçõ es à educaçã o tradicional. Freire a
chamava de educaçã o bancá ria, por funcionar como um depó sito de conhecimento que
o professor do ensino bá sico fazia nos alunos. Ele, ao contrá rio, defendia que os saberes
trazidos pelo estudante precisam ser valorizados.

3. Construtivismo
É outro dos principais métodos pedagó gicos que surgiram como alternativa à educaçã o
tradicional. Assim como a teoria de Paulo Freire, essa é a favor de que os alunos sejam
autô nomos e produzam conhecimento de maneira contextualizada, sem depender
apenas da transmissã o feita pelo professor.

O método construtivista tem como base autores internacionais, como os psicó logos
Jean Piaget e Lev Vygotsky. Apesar de nã o serem pedagogos, os dois desenvolveram
teorias que sã o muito ú teis para a compreensã o do desenvolvimento e da
aprendizagem.
Uma ideia com a qual ambos concordam é que o conhecimento é adquirido na relaçã o
com as outras pessoas e com o mundo. Por isso, pedagogos e escolas que se guiam pelo
construtivismo buscam estimular a interaçã o entre os alunos e a realizaçã o de
atividades em que eles sã o ativos na construçã o da pró pria aprendizagem.

4. Montessori
A autonomia também é um dos maiores elementos valorizados pela Pedagogia
Montessori. A teoria foi desenvolvida na Itá lia, pela médica Maria Montessori. Para ela,
o objetivo dos adultos deve ser o de incentivar as crianças a aprenderem coisas por
conta pró pria, desenvolvendo a criatividade e a independência.
Por isso, o método Montessori defende que as crianças, desde bebês, tenham acesso ao
mundo. Inclusive, as ideias da teoria têm sido utilizadas por muitos pais na criaçã o de
seus filhos. Um exemplo é colocar os objetos do quarto em alturas mais baixas, para que
a criança consiga explorar o ambiente sozinha e fazer suas escolhas.
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Na escola o método funciona de maneira semelhante. A orientaçã o é que os ambientes


sejam organizados de maneira segura e com materiais diversos, para que os alunos os
explorem. O professor é um guia na construçã o de conhecimento, acompanhando as
crianças e propondo desafios.

5. Waldorf
Mais um dos métodos pedagó gicos muito usados atualmente é o Waldorf. Escolas
baseadas nessa e em outras teorias de educaçã o alternativas à tradicional têm crescido
no Brasil. A proposta é bastante diferente do ensino tradicional, até mesmo em relaçã o
ao currículo.
A Pedagogia Waldorf questiona a organizaçã o das matérias em um currículo rígido e
focado apenas nos conteú dos científicos (como Português e Matemá tica). Em escolas
guiadas por essa teoria, os componentes corporais, artísticos e filosó ficos sã o
igualmente importantes.

Por isso, o currículo Waldorf inclui muitas atividades prá ticas e variados tipos de artes.
O ensino da leitura e da escrita nã o é um dos focos desse método durante a pré-escola e
os primeiros anos do ensino fundamental, pois se entende que a criança nã o está
desenvolvendo apenas o cognitivo nessa fase.
O ponto central para a metodologia Waldorf é o desenvolvimento integral. Rudolf
Steiner, o criador do método, considerou estudos da Antroposofia para defender
conhecimentos pedagó gicos que fossem além da visã o limitada ao intelectual.

6. Pikler
O método ou abordagem Pikler é uma teoria pedagó gica específica para o
desenvolvimento de bebês — especialmente de zero aos três anos de idade. A
responsá vel por desenvolver essa teoria foi Emmi Pikler, uma médica hú ngara que
trabalhou em instituiçõ es de cuidado a bebês carentes.
Os pontos essenciais da teoria desenvolvida por Pikler foi a importâ ncia dos cuidados
físicos e afetivos à s crianças. Para ela, momentos como a troca de fraldas ou o banho
sã o oportunidades importantes de vínculo com o adulto e também de aprendizagem.
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Além disso, o método Pikler defende a autonomia desde bebês. Para a médica, os
adultos tendem a fazer as coisas pelo bebê, mas deveriam fazer com ele. Ou seja,
envolvê-los nas atividades, conversar sobre o que está sendo feito e incentivar a
participaçã o e a independência sempre. Agora, você sabe o que sã o métodos
pedagó gicos e quais sã o os mais utilizados. O conhecimento acerca deles é algo que
contribui com a valorizaçã o do professor. É fundamental que o pedagogo compreenda
as principais teorias e consiga basear sua prá tica naquela que lhe parece mais
interessante e produtiva.

4. Tipos de educação
Existe 3 Tipos de educaçã o que sã o: Educação formal, Educação informal e Educação
não formal.

1-Educação formal
A educaçã o chamada “formal” é justamente aquela efetuada por professores a alunos
em escolas tradicionais, nas quais eles se relacionam por meio de prá ticas e
experiências que envolvem as teorias de aprendizagem, as linhas pedagó gicas da escola
e os métodos de ensino utilizados.

Em geral, a educaçã o formal é dividida em vá rias á reas do conhecimento, também


chamadas de disciplinas, para facilitar a assimilaçã o do conteú do por parte do aluno,
a característica principal deste tipo de educaçã o é fazer parte de um modelo
sistemá tico, estruturado e administrado de acordo com leis e normas, tendo um
currículo padronizado no que diz respeito a objetivos de ensino, conteú dos e
metodologias.

A educaçã o formal corresponde ao processo adotado por escolas e universidades, isto é,


por instituiçõ es de ensino que sã o física e administrativamente organizadas de acordo
com requisitos legais. Estas entidades cumprem um programa que envolve avaliaçõ es
de aprendizagem entre os períodos letivos, que fornecem graus e diplomas.
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2-Educação não formal


Enquanto a educaçã o formal é organizada, estruturada e deve atender a requisitos
metodoló gicos, legais e administrativos, a educaçã o nã o formal possui maior
flexibilidade, diferenciando-se das modalidades formais principalmente por centralizar
o processo de ensino no aluno.
A educaçã o nã o formal também é focada nas necessidades profissionais e técnicas do
estudante e na utilidade imediata da disciplina abordada para o crescimento pessoal,
emocional e profissional do aluno.
Assim, esse tipo de educaçã o é composto por diversas situaçõ es. Por exemplo, o
educando pode aprender a falar inglês por meio de aulas presenciais em uma
instituiçã o de ensino nã o tradicional e completar seu estudo com cursos online sobre
idiomas.

3-Educação informal

A educaçã o informal nã o envolve os objetivos e assuntos geralmente englobados pelos


currículos tradicionais, nã o controla as atividades realizadas pelos alunos e nã o
pretende adquirir graus, diplomas ou certificados.
A educaçã o informal complementa a educaçã o formal e nã o formal. Por exemplo, uma
pessoa pode ter aulas formais de uma disciplina como histó ria da arte e completar seu
aprendizado por meio de visitas a museus.

Em geral podemos dizer que:

1º Educação formal

É guiada por um currículo regulamentado e leva o aluno a obter uma credencial


reconhecida. Os professores sã o treinados como profissionais e suas carreiras também
seguem padrõ es legais.
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2º Educação não formal


Possui maior flexibilidade e pode ou nã o ser guiada por um currículo formal. Esse tipo
de educaçã o pode ser liderado por um professor qualificado, por um tutor ou até por
uma pessoa com mais experiência e nã o resulta em um grau ou diploma formal.

Nã o há currículo formal nem credenciamento. O transmissor do conhecimento


geralmente é uma pessoa com mais experiência, como pais, avó s ou amigos. Esse tipo
de educaçã o também pode ser adquirido por meio da internet, de livros e de mú sicas.

Os limites entre essas três categorias de educaçã o nã o sã o extremamente rígidos, sã o


permeá veis. Pos dia a dia estamos aprendendo constantemente e por diferentes vias e
agentes.

3º Educação informal
Nã o há currículo formal nem credenciamento. O transmissor do conhecimento
geralmente é uma pessoa com mais experiência, como pais, avó s ou amigos. Esse tipo
de educaçã o também pode ser adquirido por meio da internet, de livros e de mú sicas.

Os limites entre essas três categorias de educaçã o nã o sã o extremamente rígidos, sã o


permeá veis. Pos dia a dia estamos aprendendo constantemente e por diferentes vias e
agentes

Observações .
Durante a laboracao dessa ficha de leitura deu para parceber
duma maneira especificada sobre os tipos de educacao e aspectos
da fundamentais, algumas contradiçõ es entre os ramos da
pedagogia e dizer do modo geral que foi bom a elaboracao dessa
ficha.

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