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PRÁTICA PEDAGÓGICA I:

EDUCAÇÃO FÍSICA E SOCIEDADE


AULA 6 - PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E SUA FUNÇÃO SOCIAL E INCLUSIVA

O uso das tecnologias assistivas é fundamental para promover práticas pedagógicas


inclusivas, na busca de uma educação para todos, proporcionando ambientes educativos em
que todos tenham possibilidades equalizadas ou tendentes à equalização de aprender e
construir conhecimentos, ajudando alunos com limitações ou deficiências a superá-las.
Neste modulo, você vai estudar a função social das práticas pedagógicas inclusivas e
também sobre as tecnologias assistivas, para compreender suas características aplicadas ao
ensino na escola; vai identificar diferentes alternativas que elas oferecem para o uso
pedagógico e vai relacionar a tecnologia assistiva com a prática inclusiva.

Bons estudos!
Ao final módulo, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Compreender
Nesta aula, você vai conferir
a função os contextos
social conceituais
das práticas da psicologia,
pedagógicas inclusivas.entenderá como
ela alcançou o seu estatuto
 Identificar de cientificidade.
diferentes tecnologiasAlém disso, disponíveis
assistivas terá a oportunidade
para o de
usoconhecer as
três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e Gestalt, e as áreas de
pedagógico.
atuação do Relacionar
psicólogo. a tecnologia assistiva com a prática inclusiva.

 Compreender o conceito de psicologia


 Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia
 Conhecer as áreas de atuação do psicólogo.
6 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E SUA FUNÇÃO SOCIAL E INCLUSIVA

Fonte: https://bityli.com/yV8FL

A sociedade brasileira tem uma vive uma grande experiência quanto ao avanço
democrático nas últimas décadas. Uma das implicações dessa oportunidade é o foco nas
minorias para reduzir a exclusão social em busca de uma melhor qualidade de vida. No
combate à desigualdade social, investir na educação das novas gerações é uma medida que
pode ter forte impacto a médio e longo prazo, provocando mudanças significativas na qualidade
de vida de todos os cidadãos brasileiros.
É claro que para melhorar a qualidade da educação depende na maioria dos professores.
Não só precisamos de professores entusiasmados e dedicados, mas também de treinamento e
aperfeiçoamento. Tendo em vista que os professores são os principais responsáveis pelas
relações sociais estabelecidas em sala de aula, o investimento na formação de professores, tanto
básica quanto contínua, aumentou recentemente. Assim, a convivência de crianças com
deficiência, síndrome ou transtorno, com as demais crianças, tem atingido grandes resultados e
garantindo a permanência delas na escola.
Debates e políticas implementadas em torno de práticas inclusivas reforçam e ampliam
o papel da democracia na ampliação dos direitos civis. Partindo desse pressuposto, todos os
esforços para afirmar ou promover uma política inclusiva buscam o reconhecimento da
diferença, esquecendo das desigualdades que ameaçam derrubar qualquer atitude bem-
intencionada para romper as barreiras mais prementes à viabilização de sociedades
verdadeiramente democráticas.
6.1 As práticas pedagógicas inclusivas no ambiente escolar

A incorporação de novas práticas no campo pedagógico das instituições de ensino já é


difícil e, ao mesmo tempo, requer certo conhecimento de todos os professores e técnicos, o que
requer formação especializada para desenvolver políticas e adequar os currículos ao programa,
também como adaptar os procedimentos de ensino e as competências e habilidades dos alunos.
Para isso, deve-se considerar as limitações e o tempo de aprendizado de cada um. Fato é que, a
escassez de práticas inclusivas nos ambientes escolares afeta diretamente a formação geral dos
alunos, pois por meio dessas práticas os alunos são expostos ao currículo e estratégias
educacionais.
Valle e Connor (2014) apontam que a maioria dos professores não possui especialização
ou treinamento no uso e adaptação de recursos educacionais para alunos com deficiência. Nesse
sentido, é preciso tornar a educação acessível a todos os alunos, com ou sem deficiência, assim,
rever e aprimorar as práticas cotidianas da escola. A gestão escolar tem uma grande
responsabilidade voltada para a inclusão de práticas pedagógicas inclusivas e deve se esforçar
para definir metas e objetivos, deve- se envolver professores de todos os seguimentos para
planejar estratégias em conjunto (práticas inclusivas) e assim alcançar resultados positivos
(diversidade cultural).
Em consonância com Deimling e Moscardini (2017), O problema para a maioria das
escolas de educação inclusiva é o consenso entre as políticas públicas e os ajustes de
planejamento feitos no ambiente escolar. A ideia indica uma compreensão clara da importância
da interação entre os participantes e da flexibilidade associada à prática pedagógica de que
nenhum tratamento ou comportamento exclusivo de qualquer tipo deve ser aceito em violação
da inclusão no meio escolar.
No entanto, as práticas pedagógicas devem ser reconstruídas em um ambiente fluido,
onde devem transmitir conhecimentos específicos para erradicar todas as formas de
descriminação. Todos esses procedimentos permitem que os alunos aprendam de maneiras mais
significativas, assim, nesta perspectiva, devem ser asseguradas novas propostas inclusivas para
corresponder às expectativas de alunos com necessidades educativas especiais.
6.2 As tecnologias assistivas e as práticas pedagógicas inclusivas

A escola tem um compromisso social com a formação de cidadãos ativos,


comprometidos e reflexivos. Por isso, é importante promover o aprendizado de todos os alunos
e facilitar o acesso a serviços educacionais qualificados para aqueles alunos que sofrem com
dificuldades ou limitações. A atenção para proporcionar as condições para o desenvolvimento
independente e ativo com base na possibilidade de acumular conhecimento é essencial.
A tecnologia assistiva pode apoiar organizações que praticam educação inclusiva.
Portanto, é preciso lembrar que o professor deve compreender a importância de sua formação
contínua a partir das aulas e atividades e também refletir sobre sua prática diária como docente,
principalmente na utilização dos suportes escolares. No Quadro 1, a seguir, Manzini apresenta a
classificação de recursos e serviços de tecnologias assistivas que devem ser incorporados à vida
da escola.

Quadro 1. Classificação dos recursos e serviços de tecnologias assistivas

Fonte: Adaptado de Manzini (2005).


De acordo com Bersch e Schirmer (2005), o uso de materiais auxiliares é mais do que
ajudar os alunos a fazerem a tarefa pretendida. Por meio desses materiais os alunos podem ser e
agir construtivamente em seu próprio processo de desenvolvimento. Para a educação, a
principal discussão sobre inclusão não se deve focar somente sobre alunos com deficiência ou
na própria deficiência por si, mas sobre como ensinar sobre a diversidade como uma expressão
legítima de natureza e condição do ser humano.
Santos e Dantas (2017), em estudo com alunos surdos de instituições públicas no
Nordeste do Brasil que cursaram o ensino superior com base no uso de tecnologia assistiva,
apontaram falta de preparo dos professores para o planejamento de aulas inclusivas (neste caso
para alunos com deficiência auditiva). Após enfatizar fortemente a necessidade de aula mais
inclusivas, os alunos foram instruídos a usarem um programa de computador que transcreve as
palavras do professor por meio de um microfone, explica o estudo.
Conforme o estudo, os alunos relataram sentir-se mais envolvidos e compreendidos em
sala de aula. Entretanto, usar o software para traduzir a voz de um professor requer o uso de um
microfone, um recurso com o qual nem todos os professores se sentem confortáveis. Portanto, o
uso de tecnologia assistiva para as práticas pedagógicas requer interação entre professores e
alunos. Todos devem participar da prática educativa.
Os professores devem reconhecer a importância de serem flexíveis, procurando novas
formas de ensinar, modificando o seu desempenho e adaptando-se às novas necessidades. É
fundamental a escolha e a adaptação dos materiais pedagógicos que serão utilizados pelos
estudantes, e esses devem ser apropriados a faixa etária de cada um.
1. Justificativa: As ações educativas têm como eixos o convívio com a diferença e a
aprendizagem como experiência relacional, participativa, que produz sentido para o
aluno, pois contempla sua subjetividade, embora construída no coletivo das salas de
aula. É certo que relações de poder presidem a produção das diferenças na escola, mas
com base em uma lógica que não mais se baseia na igualdade como categoria
assegurada por princípios liberais, inventada e decretada, a priori, que trata a realidade
escolar com a ilusão da homogeneidade, promovendo e justificando a fragmentação do
ensino em disciplinas, modalidades de ensino regular ou especial, seriações,
classificações, hierarquias de conhecimento. Por tudo isso, a inclusão é produto de uma
educação plural, democrática e transgressora. Ela provoca uma crise escolar, ou melhor,
uma crise de identidade institucional - que, por sua vez, abala a identidade fixada dos
professores e faz que seja ressignificada a identidade fixada do aluno. O aluno da escola
inclusiva é outro sujeito, que não tem uma identidade determinada por modelos ideais,
permanentes, essenciais. O direito à diferença nas escolas desconstrói, portanto, o
sistema atual de significação escolar excludente, normativo, elitista, com suas medidas e
seus mecanismos de produção da identidade e da diferença.
2. Objetivos: Refletir sobre práticas pedagógicas inclusivas e sua relação com as
tecnologias assitivas.
3. Tema: “Uso das tecnologias assistivas nas práticas inclusivas”
4. Atividade: Com base nos estudos realizados até aqui, elabore um plano de aula,
como se você fosse o professor desta disciplina ou curso, promovendo uma atividade de
caráter inclusiva, ou seja, uma prática pedagógica na qual todos os alunos participem. O
conteúdo da aula deve ser escolhido a partir dos estudos realizados em seu curso. Para a
elaboração do plano de aula sugerimos o esquema da próxima página.
5. Copiar a atividade proposta na página seguinte em outra página word e salve em
formato pdf, para encaminhar no seu portal AVA.
PLANO DE

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor (a):
Disciplina: Período
do curso:
TEMA: Qual o tema específico a ser desenvolvido nesta aula?

OBJETIVOS: Qual o propósito desta aula? O que você espera que seus alunos
desenvolvam com o conteúdo que será apresentado e estudado?

CONTEÚDO: Defina qual o conteúdo que se propõe desenvolver com base nos estudos
realizados no seu curso.

DESENVOLVIMENTO DO TEMA: Como a aula será iniciada? Uma revisão dos conteúdos
passados? Uma situação problema? Depois de iniciar a aula, seja com uma revisão, seja
apresentando uma situação problemática para os alunos pensarem e resolverem ao final da
aula, você deve desenvolver a aula. Aqui, você irá, de fato, conduzir a aula de modo que o
objetivo traçado seja atendido.

RECURSOS DIDÁTICOS: Listar todos os recursos. Se usar projetor, acrescentar


computador, pendrive e o software que será necessário estar instalado. Se for passar lista de
exercícios, também citar impressões/xerox.

AVALIAÇÃO: Não é interessante, tão pouco didático, o professor ter apenas um modo de
avaliar o aluno. Por isso, é importante e fundamental que aqui esteja explicitado ao menos dois
tipos de avaliações. Pode ser, por exemplo, uma avaliação do comportamento, envolvimento e
participação do aluno ao longo da aula, o que caracteriza uma avaliação qualitativa e contínua,
como também pode ser incluída a avalição quantitativa, com atividades escritas, realização
de trabalhos de pesquisa,
elaboração de relatórios, dentre outras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERSCH, R.; SCHIRMER, C. Tecnologia assistiva e educação inclusiva. In:


BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Ensaios pedagógicos:
construindo escolas inclusivas. Brasília: MEC, 2005.

DEIMLING, N.N.M; MOSCARDINI, S.F. Inclusão escolar: política, marcos históricos,


avanços e desafios. São Paulo. 2017.

MANZINI, E. J. Tecnologia assistiva para educação: recursos pedagógicos adaptados. In:


BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Ensaios pedagógicos:
construindo escolas inclusivas. Brasília: MEC, 2005.

SANTOS, P. K.; DANTAS, N. M. R. Tecnologias assistivas e a inclusão do estudante surdo na


educação superior. Revista Internacional de Educação Superior, Campinas, v. 3, n. 3,
p. 494-514, set./dez. 2017.

VALLE, J. W. ; CONNOR, D. J. Ressignificando a deficiência: da abordagem social às


práticas inclusivas nas escolas. Porto Alegre: AMGH, 2014.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.


Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. Acesso em: 2
out. 2021. FARIAS, I. M. S. et al. Didática e docência: aprendendo a profissão. Brasília:
Liber livros, 2011. FERREIRA, F. Guia completo: o que é rotina na educação infantil?
PROESC, 2020. Disponível em: http://www.proesc.com/blog/guia-completo-rotina-na-
educacao-infantil/. Acesso em: 2 out. 2021.

, v. 4, p. 707–708, 2013.
COSTA, A. R. O gênero textual artigo científico: estratégias de organização. 2003.
Dissertação. (Mestrado em Linguística) – Programa de Pós-graduação em Letras, Universidade
Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
SWALES, J. M. Genre analysis: English in academic and research settings. Cambridge:
Cambridge University, 1990.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2004.

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