GESTÃO DA APRENDIZAGEM
AULA 1
COMUNICADO SOBRE A PANDEMIA COVID-19
Caro aluno,
Devido à pandemia que enfrentamos neste momento, estamos passando por
tempos desafiadores, juntos e com esforços de cada um, certamente
venceremos essas adversidades.
Pensando na saúde e bem-estar de todos os nossos alunos, corpo docente e
administrativo, e seguindo as determinações dos órgãos municipais, estaduais e
dos Ministérios da Saúde e da Educação, as práticas pedagógicas propostas
pelo seu curso deverão ser desenvolvidas em casa.
Precisamos nos assegurar de que nossos alunos estão em segurança e, por
isso, pedimos que você utilize sua criatividade, mas não deixe de realizar suas
práticas, pois elas são fundamentais para a sua formação.
FLUXO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
A parte de planejamento/organização e RELÁTORIO DAS ATIVIDADES devem
ser realizados em sua casa... NÃO HÁ PERDA DA QUALIDADE DO PRODUTO
A SER APRESENTADO!
PARTE PRÁTICA DE EXECUÇÃO DO PROJETO
Vale realizar as atividades propostas em cada projeto com os pais, irmãos,
sobrinhos (QUE RESIDAM EM SUA CASA...), vale fazer videoconferência com
a amiga que é professora, com o colega que trabalha como secretário, enfim,
use sua imaginação, mas não deixe de fazer suas práticas pedagógicas e postar
no portal, pois essas atividades compõem sua avaliação.
Se você residir sozinho(a), utilize a sua CRIATIVIDADE, mas execute o
plano da atividade que você está propondo para as PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS.
Temos certeza de que essa pandemia se trata de algo que iremos superar e,
rapidamente, poderemos normalizar nossas vidas.
Um abraço,
Equipe da UNIFAVENI
Práticas
Pedagógicas
Abertura
Olá!
BONS ESTUDOS!
APRESENTAÇÃO CONCEITUAL
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Definir prática pedagógica tornou-se quase um tormento, pois poucos haviam se dedicado
a tal zelo, uma vez que para muitos, prática não se teoriza, prática se pratica.
Colocava-se a descoberto a filosofia da educação que fundamenta a prática de cada
um.
As áreas que compõem o currículo são separadas apenas para efeito didático, estando
permanentemente coligadas num dinâmico processo.
Todos os participantes que compõem uma turma fazem parte do processo de ensino-
aprendizagem do vir a ser professor. A participação de todos reunidos em sala de aula
se constitui em atos pedagógicos de qualidade equiparada ao papel do
professor da turma.
Exemplos: o professor relapso ensina o aluno a ser relapso, mesmo que saiba bem o
conteúdo a que se propõe trabalhar. O professor autoritário ensina o aluno a ser autoritário.
O professor exigente ensina o aluno a ser exigente. O professor amoroso ensina o aluno a
ser amoroso.
Isto nos remete à questão de que a aprendizagem significativa pode ser correta ou incorreta.
Muitos professores e alunos têm se perguntado o que é afinal de contas considerado como
prática pedagógica dentro de uma disciplina da formação de professores.
Uma pergunta poderia ajudar a identificar quais atividades propostas aos estudantes pode ser
considerada prática pedagógica:
O que precisa ficar claro na formação de professores é que há uma distinção entre a prática
pedagógica, vivenciada na formação inicial e as outras práticas pedagógicas que o
docente irá experimentar no decorrer de sua formação continuada. É importante lembrar
que o professor da atualidade já não tem condições – em virtude da crise paradigmática
– de definir uma prática que irá sustentar para o resto de sua vida. Precisamos “avisar”
aos estudantes da formação de professores que precisamos reformular nossas
intenções de práticas permanentemente, sob o risco de esquecer a autocrítica. Daí se
pode concluir que mais importante do que definir que atividade pode ser considerada
prática pedagógica é se o estudante está disposto a tomar consciência do que irá
oportunizar o início da construção da sua identidade como professor.
Referencial Teórico
Para aprofundar seu conhecimento acerca das Práticas Pedagógicas, convidamos a fazer a leitura
do artigo abaixo:
RESUMO
Tem por objeto as práticas pedagógicas, da dificuldade de sua compreensão como conceito à
complexidade da análise de seus fundamentos como práxis. Objetiva elencar os princípios
que fundamentam as práticas pedagógicas, que, de acordo com a perspectiva teórica
adotada, só podem ser compreendidas na perspectiva da totalidade, ou seja, como síntese
de múltiplas contradições. Destaca que as práticas docentes são respostas às configurações
provenientes das práticas pedagógicas, afirmando que não é da natureza das práticas
docentes encontrarem-se avulsas, desconectadas de um todo, sem o fundamento das
práticas pedagógicas que lhes conferem sentido e direção. Conclui que a prática docente
avulsa, sem ligação com todo, perde o sentido e a direção.
BOA LEITURA!
ESTUDOS RBEP
http://dx.doi.org/10.1590/S2176-6681/288236353
Resumo
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Prática pedagógica e docência:
um olhar a partir da epistemologia do conceito
Abstract
Pedagogical practice and teaching: a view from the epistemology of
the concept
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sobre o que ocorre nas práticas educativas, bem como por um pensamento
crítico do que pode ser a prática educativa.
A grande diferença é a perspectiva de ser crítica e não normativa; de ser
práxis e não treinamento; de ser dialética e não linear. Nessa perspectiva,
as práticas pedagógicas realizam-se como sustentáculos à prática docente,
num diálogo contínuo entre os sujeitos e suas circunstâncias, e não como
armaduras à prática, que fariam com que esta perdesse sua capacidade de
construção de sujeitos.
No entanto, constata-se que essa epistemologia crítica da Pedagogia
tem estado cada vez mais distante das práticas educativas contemporâneas.
Segundo essa perspectiva, é possível falar em esgotamento da racionalidade
pedagógica. A esfera da reflexão, do diálogo e da crítica parece cada vez
mais ausente das práticas educativas contemporâneas, as quais estão
sendo substituídas por pacotes instrucionais prontos, cuja finalidade é,
cada vez mais, preparar crianças e jovens para as avaliações externas, a
fim de galgarem um lugar nos vestibulares universitários. A educação,
rendendo-se à racionalidade econômica, não mais consegue dar conta de
suas possibilidades de formação e humanização das pessoas.
Como esses dois polos da racionalidade pedagógica são fundamentais
à compreensão da variabilidade de interpretação do sentido de prática
pedagógica, faz-se aqui uma digressão para especificar suas diferenças,
destacando-se que, entre ambos os polos, há um continuum de
possibilidades:2
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“nem a teoria, nem a prática tem anterioridade, cada uma modifica e revisa
continuamente a outra” (Carr, 1996, p. 101, tradução nossa).
Dessa forma é possível perceber o perigo que ronda os processos de
ensino quando este se torna excessivamente técnico, planejado e avaliado
apenas em seus produtos finais. A educação se faz em processo, em
diálogos, nas múltiplas contradições, que são inexoráveis, entre sujeitos
e natureza, que mutuamente se transformam. Medir apenas resultados
e produtos de aprendizagens, como forma de avaliar o ensino, pode se
configurar como uma grande falácia.
As práticas pedagógicas devem se estruturar como instâncias críticas
das práticas educativas, na perspectiva de transformação coletiva dos
sentidos e significados das aprendizagens.
O professor, no exercício de sua prática docente, pode ou não
se exercitar pedagogicamente. Ou seja, sua prática docente, para se
transformar em prática pedagógica, requer, pelo menos, dois movimentos:
o da reflexão crítica de sua prática e o da consciência das intencionalidades
que presidem suas práticas. A consciência ingênua de seu trabalho (Freire,
1979) impede-o de caminhar nos meandros das contradições postas e, além
disso, impossibilita sua formação na esteira da formação de um profissional
crítico.
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Considerações finais
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Referências bibliográficas
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Pesquisa
É possível apontar cinco estratégias utilizadas por professores e que podem ser replicadas ou
adaptadas em aulas de todas as disciplinas.
As estratégias são:
1. Facilitação do diálogo entre alunos: por meio de intervenções, o professor possibilita que os
estudantes discutam, defendam sua opinião e formulem argumentos a partir dos posicionamentos
dos colegas.
2. Acompanhamento dos alunos com dificuldade de aprendizagem: feito de forma sistemática,
periódica e constante, o acompanhamento serve como termômetro e como um meio de aprimorar
a qualidade da educação na escola. Durante as aulas, atividades são planejadas para oferecer
diferentes oportunidades de aprendizagem aos alunos com mais dificuldade.
3. Resolução coletiva de situações-problema: os professores fazem a mediação das discussões,
mobilizam saberes já trabalhados, instigam os alunos a raciocinar logicamente e a elaborar
estratégias para buscar soluções.
4. Leitura frequente pelos alunos: diversos tipos de texto, como contos, notícias, cartas e histórias
em quadrinhos, são trabalhados para que os alunos desenvolvam competências leitoras.
5. Experimentos em Ciências: a prática não só desperta o interesse pela Ciência, como possibilita
a compreensão dos fenômenos que regem as transformações do mundo e, consequentemente, o
entendimento dos conteúdos propostos de forma concreta.
Eleja uma das cinco estratégias acima descritas e elabore uma atividade que tenha por objetivo
colocá-la em prática, justificando como este objetivo será alcançado.