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• Um planejamento e orçamento meticuloso;
• Objetivos claros;
• Adequação ao público que será atendido e ao projeto escolar.
O que os seus alunos pensam sobre um determinado tema? Sempre que for
possível e estiver dentro da sua proposta educacional, incite o debate e valorize a opinião
de cada aluno. Após todos se manifestarem, promova uma correção coletiva. A
importância desse tipo de atividade está em fazer com que os seus alunos se sintam
sujeitos ativos em relação ao seu posicionamento enquanto aprendizes.
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3. Associação dos temas estudados à realidade da região
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educação não se confina a espaços escolares tradicionais. Levar os alunos a observações
locais, em diferentes pontos da cidade, ou de outras localidades, além de favorecer o
desenvolvimento de habilidades de pensar, de associar causa e efeito, de tomar decisões,
propicia vivenciar o companheirismo, a compreensão, o respeito. Vai tornar a teoria mais
perto da realidade, quebrar a distância entre conhecimento e vida, facilitar a comunicação.
Atividades organizadas fora da sala de aula complementam o trabalho do
professor. Não é recreação, as visitas têm objetivos determinados num momento do
currículo. Os caminhos para a aprendizagem são amplos, os estímulos diversificados,
tendo sempre que se ressaltar as potencialidades anunciadas pelo aluno.
A escola deve, também, considerar as atividades extraescolares, como a
formação de um coral, de um torneio de vôlei etc. e anexá-las às atividades curriculares.
Não é só em sala de aula que se aprende. A escola dedica-se, sob as mais diversas
formas, a um processo humano de crescimento, de conscientização dos valores perenes
da alma, do significado maior da vida. Numa de suas últimas palestras, Darcy Ribeiro
perguntava: “Será que se perdeu o sentido real do processo educativo, confundido com
ensino?”
Todos os momentos do processo educativo devem passar pelo processo de
avaliação, sejam os desenvolvidos em sala de aula ou fora dela. O professor precisa
avaliar como educador e não como um comunicador de informações, interessar-se pelos
alunos enquanto pessoas, valorizando suas atitudes e responsabilidade. A cada tópico,
deve o professor ter conhecimento do grau de assimilação do conteúdo e dos
comportamentos esperados, abrangendo, simultaneamente, informação e formação. Por
outro lado, a avaliação é, também, instrumento importante da integração do aluno no
processo de aprendizagem, na medida em que este dela participa ativa e
conscientemente, através de um sistema trabalhado de auto avaliação.
As atividades extraclasses, extraescolares favorecem a educação integral,
auxiliam o desenvolvimento dos aspectos comportamentais na formação de valores, ao
mesmo tempo que trabalham os aspectos quantitativos, as habilidades e as
competências.
Muitas escolas deixaram esse assunto de lado, elas focam apenas em matérias
como português, matemática, biologia, química, mas esquecem que a cultura
brasileira também deve ser trabalhada e é função da escola ensinar. Antigamente os
alunos aprendiam muito sobre a cultura brasileira, até mesmo o folclore.
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Não deixe de trabalhar esse assunto, por isso, veja a importância das
atividades culturais na escola. As atividades culturais podem ser de muitos estilos,
citamos o folclore, mas não é só essa cultura que pode ser trabalhada, é possível estudar
a cultura literária, a cultura artística, entre outras.
Só não deixe de aplicar esse assunto em sala de aula, muitas escolas
criam semanas culturais, durante esses dias os alunos vão trabalhar diversos temas e
depois apresentar para a escola toda em forma de feira cultural.
É muito interessante esse tipo de atividade, é uma forma de envolver os alunos
e proporcionar a inclusão entre eles. Por isso, converse na sua escola e crie formas de
trabalhar temas ligados a cultura com os alunos.
Não será preciso falar que a atividade cultural deve ser estudada, pois faz parte
da nossa cultura. Essa é uma iniciativa importante que a escola deve ter, ela visa
complementar a formação do aluno, um estudante não é feito apenas de matérias como
matemática, química, geografia e história. Todas as matérias são importantes sim, mas é
preciso aprender a cultura, por isso a importância das atividades culturais.
Com esse trabalho o aluno terá conhecimento da diversidade cultural do Brasil
e, por isso, irá se tornar um cidadão mais crítico e criativo. Estudar o folclore, por exemplo,
pode ser bobeira, mas ~e uma importante ferramenta no desenvolvimento da cultura de
uma país. Estudar a cultura literária brasileira vai ajudar os estudantes na criatividade, é
certo de que a cultura é muito relevante no desenvolvimento humano.
Além disso, a importância das atividades culturais na escola vai mais além,
essa atividade vai ajudar e permitir os alunos a desenvolver valores culturais e artísticos,
vão saber se expressar melhor e recuperar os valores humanos. O conhecimento básico
nessa área pode ser muito interessante.
É possível criar atividades culturais de várias formas, pode resgatar a cultura
fazendo trabalho com sucata, por exemplo. Com os maiores é possível fazer teatros e
trabalhos mais elaborados, a forma de trabalhar com seus alunos você pode escolher ou
encontrar a melhor forma com eles, só não deixe de trabalhar esse assunto.
A escola tem grande responsabilidade com essa formação, você já percebeu a
importância das atividades culturais na escola, por isso, não deixe de praticar o que
aprendeu. É através desse trabalho que, desde cedo, o adolescente poderá ter contato
com as diferentes manifestações que definem a identidade cultural do seu país. Como
professor você vai propagar à aprendizagem de técnicas e expressão artísticas, vai
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explorar diversos materiais e técnicas e proporcionar uma experiência única para os
alunos.
É por esses e muitos outros motivos que acreditamos que os projetos
culturais vão contribuir para a formação de adultos mais responsáveis e compromissados
com sua identidade. Se tiver alguma dúvida sobre o assunto não deixe de comentar, nós
podemos te ajudar a fazer um trabalho interessante com seus alunos. Sua escola já faz
esse trabalho? Conte como ele acontece e ajude outras escolas a fazer atividades
culturais também.
Dança, teatro, culinária, circo e até robótica. As atividades extracurriculares
oferecidas pelas escolas brasileiras são utilizadas para diversas finalidades, como
despertar a criatividade e o talento nos estudantes e melhorar o desempenho em sala de
aula. Para a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia Bombonatto,
as atividades complementam e enriquecem a vivência acadêmica e favorecem o processo
de formação.
Ela acredita que toda atividade cumprida dentro de um projeto pré-elaborado,
seja um trabalho de estimulação cognitiva nas diferentes áreas, seja de atividades de
desenvolvimento socioafetivo, traz um ganho significativo tanto no desempenho
acadêmico quanto na formação geral do indivíduo. Fazem parte desses trabalhos aulas
de reforço de conteúdo programático, oficinas de artes (teatro, música, artes plásticas,
dança), esportes, arte culinária, artesanatos, marcenaria e feiras culturais, entre outras
atividades.
Para desenvolvê-las, segundo Quézia, o professor deve acreditar que elas
farão diferença no desempenho dos alunos. E cabe às instituições proporcionar as
condições favoráveis ao professor. “As atividades devem sempre ser antecipadas por um
planejamento, a ser cumprido no sentido de se obter os resultados e as metas propostas
no projeto inicial”, avalia.
A especialista acredita que as atividades extracurriculares proporcionam ao
professor maior comprometimento com a prática docente. “Ele se sente mais valorizado
pelos alunos, que ficam mais envolvidos nas aulas” afirma. “As atividades também
favorecem a interdisciplinaridade e, dessa forma, uma aprendizagem mais significativa,
que permita vivenciar conceitos teóricos numa prática que traga sentido àqueles
estudados em sala de aula.
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Atividades Culturais no Contexto Escolar
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Nesse contexto a escola precisa trabalhar com valores e conhecimentos que
não podem ser transmitidos apenas em conteúdo específicos, mas principalmente através
das atitudes e dos gestos dos educadores no dia a dia da vivência escolar, contribuindo
para a formação de cidadãos capazes de conviver e respeitar a diversidade cultural seja
em âmbito local, regional ou nacional. A escola tem grande responsabilidade com essa
formação, pois através dela, desde cedo a criança e o jovem poderão tomar contato com
om as diferentes manifestações que definem a identidade cultural do seu país.
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permanecendo domesticados pelos mitos que se fundem como: o instrucionismo, o
conteudíssimo, a transmissão e a reprodução, mantendo os alunos numa posição de
seres que gradativamente precisam abandonar a curiosidade, para aprender os conteúdos
que a escola quer que aprendam, cuja tônica reside fundamentalmente em matar nos
educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade (Freire:1982). Este modelo
de escola tem-se revelado insuficiente às necessidades de nosso tempo, pois cabe à
escola estar qualificada para colaborar no desenvolvimento educacional do aluno, uma
vez que vivemos em uma sociedade de múltiplas oportunidades de aprendizagem e torna-
se fundamental aprender a pensar autonomamente, trabalhar colaborativamente, articular
o conhecimento com a prática e com outros saberes, compreender o mundo e suas
transformações, situando-se como indivíduo participativo, agente do processo de ensino-
aprendizagem e não apenas como mero receptor de conteúdos compartimentalizados. E
nisso Paulo Freire (2005:98) é enfático: Não podemos existir sem nos interrogar sobre o
amanhã, sobre o que virá, a favor de que, contra que, a favor de quem, contra quem virá;
sem nos interrogar em torno de como fazer concreto o “inédito viável” demandando de
nós a luta por ele. Faz-se necessário um outro modelo que, inspirado no respeito
democrático ao educando como um dos sujeitos do processo do ato de ensinar e
aprender, possa fazer surgir o momento curioso e criador para construir um conhecimento
significativo e real, e com isso, conscientizar-se de seu papel como cidadão, para exercer
a cidadania desde a infância, optando por posicionar-se como parte integrante do meio
ambiente, responsável pelas interferências e transformações realizadas pelo homem.
A aplicação da metodologia de pesquisa científica em sala de aula implica em
problematizar o conhecimento, o que suscita a organização e a sistematização do que foi
estudado e do que foi aprendido. Estudar é realmente, um trabalho difícil. Exige de quem
o faz uma postura crítica, sistemática. Exige uma disciplina intelectual que não se ganha
a não ser praticando-a A atitude crítica no estudo é a mesma que deve ser tomada diante
do mundo, da realidade, da existência. Uma atitude de adentramento com a qual se vá
alcançando a razão de ser dos fatos cada vez mais lucidamente (Freire:1982). Disso se
deduz que para aprender é preciso fazer perguntas, é preciso inventar hipóteses para
respondê-las, é preciso buscar argumentos para sustentar pontos de vista, é preciso se
posicionar sem medo do desconhecido. A problematização é um momento vital no
processo de ensino e aprendizagem, pois é a expressão viva de que o ato de conhecer,
de aprender, exige do homem uma postura impaciente, inquieta, indócil (Freire:1983).
Requer, portanto, que o educando formule hipóteses e elabore a problematização da
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realidade, que seu saber já constituído viva um confronto com o não saber, que é uma
experiência significativa, mas incômoda, que exige um confronto com as descobertas à
medida que se faz as investigações que permitirão a coleta de dados, a tabulação e
análise desses dados para sistematização e socialização dos resultados.
Sendo a metodologia de pesquisa científica uma das maneiras de se construir
conhecimentos sobre o problema que se quer elucidar, e o conhecimento organizado a
ferramenta que dá ao sujeito condições para estudar e investigar tal problema, ambas
devem proporcionar ao aluno a oportunidade de desenvolver sua autonomia para, a partir
da escola, ir além dela e alçar voos próprios frente aos contínuos desafios dos novos
conhecimentos produzidos pela Ciência.
No decorrer do processo de investigação, a pesquisa poderá ser de caráter: -
documental: realizada em documentos encontrados em igrejas, partidos políticos,
sindicatos, instituições, escolas, delegacias, universidades, como: cartas, fotos, diários;
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da competência histórica humana e social para realizar seu projeto de vida em sociedade.
Ou seja, no circuito escola - sociedade, a escola não pode mudar tudo e nem pode mudar
a si mesma sozinha. Ela está intimamente ligada à sociedade que a mantém, em que uma
produz a outra. Qualquer intervenção que modifique um dos termos tende a provocar uma
modificação no outro, chegando a um impasse segundo Morin: (2005: 99) não se pode
reformar a instituição sem uma prévia reforma das mentes, mas não se podem reformar
as mentes sem uma prévia reforma das instituições.
Ainda para Morin, (2002:29) as sociedades domesticam os indivíduos por meio
de mitos e ideias, que, por sua vez, domesticam as sociedades e os indivíduos, mas os
indivíduos poderiam reciprocamente, domesticar as ideias, ao mesmo tempo em que
poderiam controlar a sociedade que os controla. É um novo saber que nasce como
resposta a uma pergunta; os saberes são constituídos pelos homens como respostas a
questões, como soluções de problemas para melhor entender o mundo. O próprio mundo
se apresenta como o maior palco para o aprendizado: eis um laboratório vivo e
infinitamente rico em possibilidades. A representação de escola está ligada ao prazer de
melhor entender o mundo, de se sentir inteligente, de se sentir capaz de fazer as coisas,
de estar incluído socialmente. Esse sistema de relações não está estritamente ligado
somente pela identidade do sujeito que os detém, mas é a base a partir da qual se
constroem proposições coerentes (ou não), se desenvolvem descrições mais ou menos
exatas e se efetuam verificações onde se desdobram teorias.
O projeto de pesquisa em sala de aula busca evidências para o diálogo como
base de desenvolvimento para atingir o conhecimento através da pesquisa, com uma
metodologia que propicie a troca de saberes, ao valorizar as participações do aluno, dos
professores e das ciências envolvidas. Assim, o questionamento que aponta para a
autoridade do argumento e a habilidade de saber pensar e fundamentar, devem permitir
que o aluno desconstrua o conhecimento e o reconstrua com mão própria, o que fortalece
o desenvolvimento da autonomia e da criticidade, incentivando a observação, o registro,
a comparação, a investigação, que favorecem a solução de problemas reais de seu
cotidiano, utilizando a linguagem para a generalização em diferentes situações e
contextos e a reconceitualização das experiências vividas, preparando-se para a
intervenção na sociedade pautado no conhecimento, na solidariedade, no respeito e na
tolerância. Nesse desenvolvimento da democracia do conhecimento, que só é possível
através da reorganização do saber, é prioritária uma reforma do pensamento que permita
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não apenas isolar para conhecer, mas também ligar o que está isolado pelo esmagamento
disciplinar.
Assim, torna-se possível ir além da discussão e da reflexão, uma vez que,
nesses momentos, ocorre o trânsito de ideias, concepções e propostas permitindo que
ocorra a produção de conhecimento, criando situações onde a prática dos próprios
professores emerge para ser refletida e analisada; onde as dúvidas, o não saber, as
inquietações vão sendo colocadas para serem compartilhadas, onde a busca de uma
melhor compreensão teórica sobre os problemas apresentados vai sendo assumida
coletivamente, onde o compromisso com o saber mais, para uma ação mais competente,
vai se manifestando de uma forma mais despojada e corajosa, vai sendo assumida de
forma mais autônoma e consciente, aumentando as possibilidades de êxito na resolução
dos problemas colocados pela prática pedagógica.
A atividade educacional é acompanhada de forma reflexiva e crítica, de modo
a explicitar os seus fundamentos, esclarecendo a contribuição das diversas disciplinas
pedagógicas e avaliando o significado das soluções escolhidas, evidenciando a
construção de uma metodologia de ensino, sedimentada na pesquisa-ação. Ou seja, a
Educação, numa perspectiva teórica e de efetiva prática cotidiana, situa-se como ponto
de partida. Os caminhos percorridos pelo professor nesse trânsito entre saberes tornam
possível a reflexão desse trajeto em sala de aula, que passa a figurar também como ponto
de chegada.
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sondagem de aptidões; a preparação para o trabalho e a integração do indivíduo na
sociedade (PEREIRA,2000).
Pereira(2000) entendeu que os objetivos da realização de Feiras de Ciências
vão além da criticada ênfase na “formação de pequenos cientistas”:
“Como estratégia de ensino, as Feiras de Ciências são capazes de fazer com
que o aluno, por meio de trabalhos próprios, envolva-se em uma investigação científica,
propiciando um conjunto de experiências interdisciplinares, complementando o ensino-
formal. Como empreendimento social-científico, as Feiras de Ciências podem proporcional
que os alunos exponham trabalhos por eles realizados à comunidade, possibilitando um
intercâmbio de informações”. (p. 38, PEREIRA, 2000)
Segundo Pereira(2000), as Feiras de Ciências têm como objetivos propiciar
um conjunto de situações de experiências que possibilitem:
A teoria de Vigotski
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contexto social que, segundo sua teoria, esse desenvolvimento é uma conversão entre
relações sociais e estruturas mentais. Gaspar (1993) entendeu que esta teoria postula que
o desenvolvimento mental do ser humano parte do inter para o intrapsíquico, ou seja, da
interação social para interiorizar-se no indivíduo, em função, basicamente, da
interiorização da fala. Nesta, considera-se o conceito de desenvolvimento da zona
proximal, que corresponde à diferença entre o nível de desenvolvimento atual e o nível de
desenvolvimento que pode ser alcançado com o auxílio de alguém mais capacitado, esta
interação social é imprescindível no processo ensino-aprendizagem. Em relação ao
desenvolvimento cognitivo que se refere à maneira como se desenvolvem os conceitos
espontâneos ou científicos, segundo Vigotski, esses conceitos se desenvolvem em
sentidos opostos, dos níveis de maior complexidade para os de menor complexidade,
sendo assim, a visita às exposições de Feiras de Ciências poderiam potencializar o
avanço do conhecimento de seus visitantes introduzindo-os ao aprendizado de conceitos
científicos.
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O conceito de atividades educativas se baseia na criação de situações de
aprendizagem pelo professor. Elas possuem o intuito de elevar a possibilidade de que os
alunos tenham contato com experiências que os permitam atingir os objetivos
educacionais. Essas atividades educacionais podem consistir em experiências durante as
aulas ou extraclasse.
Ampliando as experiências
Equilibrando o conteúdo
Está claro o real valor de utilizar as atividades educativas fora da sala de aula
para o andamento das aulas. Mas qual delas utilizar? Confira alguns exemplos que podem
ser introduzidos facilmente em sua instituição:
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Visitas educativas
Artes em geral
Que tal promover um dia só de artes? Pense em um conteúdo propício para ser
trabalhado de forma interdisciplinar e sugira aos professores. A apresentação de um
musical formado por coral, peça de teatro e show de talentos são algumas das inúmeras
alternativas disponíveis para exercitar o lado criativo e as habilidades artísticas dos
estudantes. Como essas atividades geralmente são realizadas no auditório da escola,
será muito mais fácil conseguir a autorização da diretoria para realizar o projeto.
Jogos Educativos
Na maioria das vezes, jogos e brinquedos são utilizados com um único fim, a
diversão. Entretanto, trazer essas ferramentas para a sala de aula pode proporcionar ao
educador um maior engajamento dos seus alunos e ao mesmo tempo promover o ensino
de uma forma mais lúdica.
Dessa forma, é possível unir a brincadeira com o material
pedagógico. Olimpíadas do conhecimento, gincanas, quizzes e competições entre os
alunos são boas formas de trazer jogos educativos para a sala de aula.
Simulados
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horários extraclasse e consistem em um mecanismo fundamental no processo de
aprendizado.
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(LDBEN) nº 5.692/71, a Lei de Diretrizes e Base para a Educação (LDB) nº 9.394/96 e,
em específico no Estado do Paraná as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, entre
outros. Estes últimos, em consonância com autores da área, advertem sobre a
necessidade de se discutir e refletir a interdisciplinaridade de forma a ultrapassar as
tradicionais organizações disciplinares em busca de propostas cada vez mais
interdisciplinares e contextualizadas.
Se olharmos, entretanto, para nossa realidade marcada pela era da informação
e dos saberes contextualizados, a nossa realidade educacional na grande maioria, ainda,
se pauta no método tradicional em favor da fragmentação do conhecimento. Método esse
que se limita apenas a mera justaposição das disciplinas sujeitando o objeto de estudo a
simples adição de informações. Como já afirmado por Lück (1994) em nosso contexto
educacional há uma “[...] despreocupação por estabelecer relação entre ideias e realidade,
educador e educando, teoria e ação, promovendo-se assim a despersonalização do
processo pedagógico.” (p. 30).
Desse modo torna-se imprescindível discutir a interdisciplinaridade dentro do
espaço escolar, procurando superar as fronteiras disciplinares, consideradas por Japiassu
(1997, p. 30) como forma mais adequada para resolver “o sintoma da situação patológica”
que se depara atualmente o saber.
Para Japiassu (1976) a interdisciplinaridade define-se e elabora-se através de
uma crítica das fronteiras das disciplinas, de sua compartimentalização, proporcionando
uma grande esperança de renovação e de mudança no domínio da metodologia das
ciências humanas. Trata-se de explorar as fronteiras das disciplinas e as zonas
intermediárias entre elas. Segundo o mesmo autor, a característica central da
interdisciplinaridade consiste no fato de que está se incorpora aos resultados de várias
outras disciplinas.
Distingue-se pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de
integração real das disciplinas, no interior de um projeto específico de pesquisa ou de
ensino, com o propósito de desenvolver um conhecimento integrado, onde cada disciplina
saia enriquecida.
De acordo com Fazenda (2009) a interdisciplinaridade se configura como uma
nova atitude perante a questão do conhecimento. Segundo a autora está se dá na
interação entre duas ou mais disciplinas, no estabelecimento de relações recíprocas e
mutualidade num regime de copropriedade que permite formas de diálogos e intercâmbios
entre os que estão envolvidos no processo, onde o conhecimento dos conteúdos de cada
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disciplina saia mais fortalecido. Entende, para a autora, que tal atitude é “[...] assumida no
sentido de alterar os hábitos já estabelecidos na compreensão dos conhecimentos” (p. 29)
entre professores e alunos.
Fazenda (1996) compreende a interdisciplinaridade na esfera da educação,
como meio de estabelecer condições para melhorias da qualidade de ensino, por propiciar
a formação integral do sujeito. Muito embora, o sucesso de tal formação dependa muito
das medidas tomadas pelos educadores em relação ao estabelecimento continuo de
diálogos entre suas disciplinas e que promovam a integração entre o conhecimento e a
realidade concreta, ou seja, as expressões da vida, que fazem parte de todas as áreas do
conhecimento, extinguindo as barreiras existentes entre os conhecimentos produzidos.
Através da interdisciplinaridade produzimos novos saberes capazes de nos propiciar um
novo entendimento sobre nossa realidade social, pois os conhecimentos possíveis nessa
perspectiva não se dão só em relação aos conteúdos disciplinares, mas em relação a
formação humana do sujeito. Para Marinho (2004) o objetivo deve ser o de transformar o
espaço escolar em um ambiente de aprendizagem e, não apenas, de transmissão de
informações, em que o aluno seja desafiado a solucionar problemas, para além de um
conhecimento estático.
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REFERÊNCIAS (ALGUMA SUGESTÕES)
DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
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________. A religação dos saberes: o desafio do século XXI. 8. ed. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2010.
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