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O ambiente familiar e a
arte de viver em sociedade
Caro (a) Aluno (a)
Você sabia que o ambiente familiar é peça fundamental
na constituição da personalidade das pessoas? Principalmente a
relação que a criança estabelece com seus primeiros cuidadores
(geralmente a mãe e o pai). O desenvolvimento da criança e estas
primeiras relações também interagem com os futuros processos de
aprendizagem na criança e no adulto! Trataremos ainda da arte
de viver em sociedade. Esta é uma tarefa árdua para alguns e mais
simples para outros. Que fatores determinam esta diferença?
Vamos descobrir?
Objetivos da unidade
Ao final desta unidade, você deverá ter condições de:
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Conteúdo da unidade
— O ambiente familiar;
— O desenvolvimento infantil e a aprendizagem;
— Ideia X Oportunidade;
— Desenvolvendo ideias;
— Oportunidade de Negócio;
— Analisando ideias – avaliando oportunidades.
3.1 O ambiente familiar
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Deste modo, cabe ao psicopedagogo um olhar atento
no sentido de contextualizar os problemas de aprendizagem
na atualidade, e compreender tanto a dinâmica familiar de
onde emergiu o sintoma, quanto os mecanismos de exclusão
desencadeados pela escola e pela sociedade. Nesta mesma
perspectiva, é importante ao psicopedagogo ajudar a família a
tomar consciência dos mecanismos que determinaram a formação
do sintoma apresentado pela criança, que muitas vezes se apresenta
não só como o porta-voz de uma dinâmica familiar comprometida,
mas de todo o funcionamento de seus membros.
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É papel da família dar subsídios morais, éticos, cívicos,
espirituais, limitantes e etc, ao indivíduo. A vivência dos familiares
deve estimular o indivíduo para a geração de um cidadão
consciente, voltado a melhorar não apenas o convívio familiar,
mas também buscar recursos para gerir problemas na sua família,
na sua rua, pois ao fazê-lo estará contribuindo para melhorar
além das limitações da sua casa. Cada lição de vida que os mais
velhos passam soma-se aos estímulos que este indivíduo recebe do
meio em que vive. É na fase escolar, onde entra o educador com
suas informações e conceitos, que ocorre a estimulação para que
o indivíduo crie o olhar crítico de tudo que observa, escolhendo
para si próprio o caminho que deverá seguir em sua vivência. O
educador passa então a dividir com a família o papel principal na
formação do mesmo, sensibilizando-o com as problemáticas da
sociedade, enfatizando que ele, fazendo parte desta sociedade,
deve contribuir nas modificações e soluções de problemas pré-
existentes e existentes ou pró-existentes.
Bem, o que pode ser feito para ser atingido este patamar
é que a vivência do indivíduo deve ser alheia a tudo e a todos,
ou simplesmente agir como se “isto não acontece comigo” é o
bastante. É preciso reestruturar, dando condições para que cada
um exerça seu papel na sociedade, lembrando sempre que o que
quero para mim quase sempre alguém também quer para si. É
indispensável que desde a sociedade primaz, a família não se isente
de sua função em conduzir o indivíduo em seus primeiros passos
na subida da escalada da vida, entretanto se as famílias ao invés
de desempenharem seu papel, contribuírem para o aumento do
contingente de famílias que já se isentam, colocando na escola,
religião ou o no estado o dever de nortear o caminho ao indivíduo
a sociedade estará fadada ao colapso total e irreversível.
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Síntese da unidade
Nesta unidade notamos que são determinantes para
o desenvolvimento infantil as primeiras relações que a criança
estabelece com seus cuidadores (geralmente a mãe e o pai). Este
conhecimento é mais um passo importante para a nossa prática
docente e para a vida!
Exercício proposto
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UNIDADE 4
Resultados da
aprendizagem social e
emocional, e a percepção
e o desenvolvimento da
assertividade e empatia
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Caro (a) Aluno (a)
Nesta unidade trataremos de resultados da aprendizagem
social e emocional. Neste contexto do conhecimento da psicologia
da aprendizagem, torna-se vital vislumbrarmos outras modalidades
da aprendizagem: social e emocional. Trataremos ainda da
percepção e desenvolvimento da Assertividade e Empatia. Estas são
características humanas que contribuem para um pleno convívio
social.
Bom entendimento!
Objetivos da unidade
Ao final desta unidade, você deverá ter condições de:
— Conceituar aprendizagem social;
— Conceituar aprendizagem emocional;
— Estabelecer relações entre estas duas
modalidades de aprendizagem;
— Conceituar assertividade;
— Conceituar empatia;
— Estabelecer relações entre assertividade e empatia;
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Conteúdo da unidade
— Resultados da aprendizagem social e emocional;
— Vantagens e limites da assertividade;
— A empatia como uma habilidade complementar à
assertividade.
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4.1 Resultados da aprendizagem social
e emocional
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Atualmente, os programas de aprendizagem de
competências sociais focalizam-se no desenvolvimento máximo
das capacidades pessoais e relacionais, bem como da generalização
dessas aquisições para o contexto social do indivíduo (Matos,
1997). Assim, programas de THS também são utilizados para
desenvolver habilidades interpessoais necessárias à realização de
um trabalho eficiente. Tais programas têm sido aplicados em vários
profissionais, tais como administradores educacionais (Smith &
Montelo, 1992); médicos (Amack, 1995); psicólogos (Egan, 1994)
e gerentes (Burley-Allen, 1995). No contexto escolar, o THS tem
sido também aplicado em crianças, como medida preventiva (ver
Cotton, s.d.; Del Prette & Del).
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tipo de comportamento. O comportamento assertivo inclui
verbalizações tais como: “Penso”; “Sinto”; “Quero”; “Como
podemos resolver isso?”; “O que você acha?” No comportamento
agressivo, as verbalizações são: “Você faria melhor se”; “Você
deve estar brincando”; “Se você não fizer”; “Você não sabe”;
“Você deveria”. O comportamento passivo caracteriza-se pelas
seguintes verbalizações: “Talvez”; “Suponho”; “Me pergunto
se poderíamos”; “Você se importaria muito”; “Realmente, não é
importante”; “Não se aborreça” (p.415).
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A empatia como uma habilidade
complementar à assertividade
Outra habilidade social apontada como importante para
as relações interpessoais bem sucedidas refere-se à empatia. O
comportamento empático inclui: a) um componente cognitivo,
caracterizado por uma capacidade de compreender acuradamente
a perspectiva e os sentimentos dos outros; b) um componente
afetivo, caracterizado por sentimentos de compaixão/preocupação
com a outra pessoa e c) um componente comportamental,
entendido como manifestões verbal e não verbal de compreensão
dos estados internos da outra pessoa (Ver Barrett-Lennard, 1993;
Davis, 1980, 1983a, 1983b; Egan, 1994; Feschbach, 1992, 1997;
Greenberg & Elliott, 1997, para uma compreensão mais detalhada
do assunto).
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diretamente, mas não fixamente, a pessoa-alvo, procurando
manter contato ocular; adotar uma postura aberta (braços e
pernas cruzados indicam menos envolvimento e disponibilidade);
inclinar-se levemente, com a parte superior do corpo, em direção
ao outro; acenar com a cabeça e usar vocalizações (ex., hum-hum,
sim) quando o outro diz algo importante são demonstrações de
estar atento à pessoa que fala.
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Nas relações interpessoais, existem circunstâncias nas
quais o ouvir se torna difícil. Isso ocorre geralmente quando a
outra pessoa é (a) excessivamente detalhista, tornando a conversa
cansativa e desinteressante; b) egoísta, fazendo com que o assunto
gire apenas em torno dela. O ouvir também é prejudicado quando
o ouvinte: (a) está sobrecarregado de problemas, que dificultam
a sua atenção; (b) interpreta erroneamente a fala da outra pessoa
como algo pernicioso, ameaçador ou enfurecedor; (c) está mais
preocupado em controlar, instruir ou mudar a outra pessoa; (d)
preocupa-se em ensaiar o que vai dizer a seguir, em vez de prestar
atenção no discurso da outra pessoa (Nichols, 1995).
Verbalizar sensivelmente:
A função da verbalização empática é fazer com que a
outra pessoa se sinta compreendida, além de ajudar a explorar as
preocupações desta de forma mais completa. Embora as etapas
anteriores (prestar atenção e ouvir) possam sinalizar compreensão,
aceitação e acolhimento, através da comunicação não verbal (ex.,
acenar com a cabeça, usar vocalizações), a verbalização empática é
a forma mais eficiente de demonstrar compreensão acurada.
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As estratégias de verbalização empática: tentam explicar
e validar os sentimentos e a perspectiva da outra pessoa; são
desprovidas de julgamento; aceitam e legitimam a perspectiva
e os sentimentos do outro; relacionam o contexto, a perspectiva
e os sentimentos da outra pessoa. As estratégias de verbalização
não empática: focalizam-se no evento em si; impõem o próprio
ponto de vista; desconsideram ou ignoram os sentimentos e a
perspectiva da outra pessoa; tentam minimizar o problema e/ou
estão mais centradas em dizer ao outro o que fazer ou como se
sentir (Burleson, 1995).
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Síntese da unidade
Exercício proposto
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