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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA


VINCI-POLO FERNANDO CORREIA DA COSTA
CUIABÁ-MT
PRATICA INTERDISCIPLINAR: ESCOLA E
SOCIEDADE
TURMA: (PED 3327-2)

ENTENDER A RELAÇÃO: ESCOLA E FAMÍLIA

ACADÊMICOS:
Andressa Caroline Fernandes da Silva
Sandra Mara Marques Arruda
Valdineia Francisca Barbosa

TUTORA
Carolina Martins Camargo

CUIABÁ MT
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RESUMO
A relação entre escola e família é um desafio para quase todas as instituições de ensino. Muito
mais que aproximar os pais do processo educacional, estreitar o relacionamento com os
responsáveis apresenta diversos benefícios. O primeiro erro que se estabelece nessa parceria é
o pouco esclarecimento dos papéis da escola e da família na formação dos alunos. Vale
ressaltar que o trabalho deve ser feito em conjunto, compreendendo a função de cada parte.
Nesse sentido, tanto escola quanto família exercem papéis diferentes na construção de
conhecimento e formação de uma pessoa, é preciso entender que cada parte está afetando
diretamente a formação da criança, a demonstração de interesse pela vida escolar dos
filhos é parte fundamental em seu processo de aprendizagem. Ao perceber que pais e
família se interessam por seus estudos e por suas experiências escolares a criança sente-
se valorizada, desenvolvendo-se de forma segura e com boa autoestima. Quando a
criança entra na escola traz consigo experiências adquiridas no convívio com meios
anteriores o que lhe permitirá formar uma determinada visão sobre si mesma. O
convívio na escola significa para ela, uma ampliação em sua esfera de relações. Na
escola a criança conhecerá outras crianças com as quais deverá compartilhar uma parte
de sua vida, além de estabelecer relações com adultos que não pertencem a sua família.
Acompanhar o crescimento educacional dos filhos aumenta suas habilidades sociais e
diminui a chance de problemas comportamentais. Quanto maior o envolvimento dos
pais nas experiências escolares das crianças, mais facilidade de fazer amigos elas terão!
Sendo assim, quanto mais os pais conversam sobre a escola, visitam o local, se
envolvem com as lições e os trabalhos e incentivam o progresso educacional dos filhos
em casa, melhores serão suas habilidades sociais. A participação familiar na vida
escolar dos filhos leva-os, dentre outras coisas, à demonstração de um maior
autocontrole e à manifestação de um comportamento cooperativo. Os pais precisam
entender, no entanto, que acompanhar a vida escolar dos filhos não deve significar
apenas cobrar. O acompanhamento pressupõe muito mais do que isso. É necessário
estimular, motivar, valorizar, ensinar, conversar, prestigiar, discutir. Nessa parceria, a
cobrança é a última ferramenta a ser utilizada. Quando a criança se sente ouvida,
apoiada, prestigiada, se sente mais estimulada para aprender e aproveitar todas as
oportunidades que a escola promove. Neste processo ganha a criança, a família e a
escola.

Palavras-chave: A importância da família e da escola no processo de ensino e


aprendizagem.
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1. INTRODUÇÃO
O relacionamento mútuo entre a escola e a família tem enfrentado vários desafios no
que diz respeito ao papel e a responsabilidade que cada parte possui, em relação a
formação integral do aluno. Decorrente das pesquisas em estudos sobre o assunto, e
necessário buscar caminhos que contribuem na criação de ideias para que aconteça uma
interação harmoniosa e agradável entre a instituição escolar e a família. A entidade
escolar ocupou desde sempre um grande espaço na sociedade, espaço esse muito
importante na vida da criança, a escola e a família exercem papéis importantes e
fundamentais na propagação dos conhecimentos. Porém, há vários desafios em relação
às responsabilidades que cada instituição possui no trabalho pedagógico. A política de
participação da família, e algo que intriga o profissional da educação, pois acredita-se
que o desempenho favorável da criança na escolar está ligado diretamente à cooperação
e presença da família na vida escolar do filho (a). De tal forma, de que forma fazer
como fazer com que essa relação “ escola e família” proporcione circunstâncias
apropriadas para que as crianças atinjam a meta pedagógica. O que o corpo docente
pode fazer, o que poderia ser agregado para que os pais interesse pelos assuntos
relacionados à educação do seu filho? A escola se apresenta como objeto importante
nesse processo, já que devido à formação que os profissionais possuem, é cabível que
haja uma iniciativa por parte desta instituição para que se estabeleça uma relação
harmoniosa e produtiva entre as duas partes envolvidas. Dessa forma, o estudo aqui
apresentado abordará reflexões que possam buscar respostas para tais dúvidas, a fim de
fazer com que ambas as instituições envolvidas trabalhem em regime de colaboração. O
presente estudo tem como objetivo buscar reflexões acerca da relação entre escola-
família no processo pedagógico, investigar em estudos bibliográficos análises já
relacionadas ao tema em questão, compreender o papel que cada um desempenha na
sociedade, de forma a encontrar caminhos e soluções que auxiliem nos problemas
enfrentados pelas duas instituições. Escola e família são eixos fundamentais no processo
de desenvolvimento do ser humano, entretanto ainda há divergências no papel que cada
um deve desempenhar dentro do processo pedagógico. Partindo dos princípios da
Constituição Federal Brasileira (1988), é evidente que as duas instituições devem
trabalhar de forma cooperativa, num processo de colaboração.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho
(BRASIL, 2003, p.122)
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A relação entre escola e família é um desafio para quase todas as instituições de ensino. Muito
mais que aproximar os pais do processo educacional, estreitar o relacionamento com os
responsáveis apresenta diversos benefícios. Dessa forma, as duas instituições acabam por
confundirem o papel que cada uma deve desenvolver na educação das crianças,
VARANI E SILVA (2010, p.515) acrescentam que as “transformações ocorridas na
família e na escola camuflaram as atribuições especificas de cada uma delas”. Ao longo
da história vários fatores colaboraram para o estreitamento entre as relações da família
com a escola. Contudo, foi a partir do surgimento das indústrias na transição entre os
séculos XVIII e XIX, que tal vínculo se reforçou ainda mais. De acordo com Duarte
(2000) a inserção das mulheres no mercado de trabalho influenciou de forma direta a
criação de novas instituições escolares, o que acarretou num distanciamento familiar, já
que a mãe ficava longe do filho durante uma parcela significativa do dia. Assim sendo,
VARANI E SILVA (2010) afirmam que a família deixou de ser a única instituição de
proteção da criança, pois a escola também passou a exercer o papel de atender e educar
tal indivíduo de acordo com suas necessidades. Como já foi dito anteriormente, muitas
leis e estudos ditam os direitos estabelecidos às crianças, contudo é válido ressaltar que
ambas as instituições, escola e família, passaram a dividir o dever de auxiliar a criança e
adolescente em seu desenvolvimento social e cognitivo.
Ao longo do século XX, em referência à escola nova, dá-se maior importância a
experiência advinda da instituição familiar no que tange a educação moral, intelectual e
física das crianças. Frente a essas experiências há uma constante, a relação entre escola
e família é sempre relacionada às mudanças sociais. Onde se quiser resultados é preciso
organização e planejamento, o que é preciso que esteja presente tanto na escola quanto
na família, considerando-se o objetivo constitucional de formação humana, para a
autonomia e cidadania. Pois, de acordo com Costa (1929):

A família, a escola e a cidade hão de ver no menino uma esperança da pátria, donde
deve brotar um cidadão digno e prestante. Elas têm de oferecer para esse fim, um
ambiente favorável, cuja formação compete aos professores e a todos aqueles que forem
modelos da vida social (COSTA, 1929, p.45-58).

Ainda segundo a visão do autor:


O lar forma, no estrito âmbito da casa, um mundo à parte, independente, regido talvez
por leis reacionárias e dispersivas. É bem por isso que a rua impressiona. A escola deve
completar a tarefa do lar, o aperfeiçoamento do caráter, encaminhando as tendências
individuais para a harmonia e a estabilidade sociais (COSTA, 1929, p.45-58). Sabe-se
que os problemas sociais trazidos para as salas de aula
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2.1 ALGUNS PROBLEMAS QUE PODEM SER GERADOS PELO NÃO


ACOMPANHAMENTO DOS FAMILIARES NO DESENVOLVIMENTO E
APRENDIZADO DOS ALUNOS.

Hoje, a formação das famílias acontece de forma desordenada. Poucas ainda são
constituídas nos parâmetros tradicionais (pai, mãe e filhos). Quando nasce uma criança,
também nasce um pai e uma mãe, ao menos é assim que deveria ser., no entanto, muitas
crianças são hoje criadas por avós e tias, porque seus pais e mães optaram por não
participar do seu desenvolvimento, por motivos de trabalho ou por simples desinteresse.
A gravidez na adolescência também é um fator agravante na desestruturação da família.
O alicerce na construção do caráter e formação do desenvolvimento da criança é a
família e deveria ser construída de maneira sólida, isto é, de forma que consiga conviver
segundo os parâmetros da sociedade (cultura, regras, respeito, etc.). Mas tem-se hoje um
desgaste da instância familiar, no seu planejamento e construção, passando pelos maus-
tratos com as crianças, mulheres e idosos, culminando com mortes, prisões, traumas e
desajustes que mexem com o psicológico de todos os envolvidos, que em contrapartida,
tendem a repassar esses momentos mal vividos às pessoas que posteriormente venham
fazer parte da sua vida. Pais e responsáveis estão deixando cada vez mais para a escola
o papel de estabelecer regras e normas éticas e morais, o que repercute na disciplina em
seus filhos. Isso toma uma grande parte dos projetos da escola que, ao invés de
consolidarem seus trabalhos pedagógicos, por culpa da indisciplina, tem que realizar
projetos voltados para valores, ética e disciplina. O rendimento dos alunos, quando não
são assistidos pela família de um modo sistemático e regular, geralmente fica
comprometido. A falta de acompanhamento familiar na escola, pelas atividades dos
filhos, muitas vezes vem junto com o desinteresse em casa, na ausência de
acompanhamento pelas produções escolares, e isso pode ser um dos fatores que
influenciam no baixo desempenho e no mau comportamento dos alunos.
Independentemente de a família ser composta da forma tradicional (pai, mãe e filhos),
ou não, ela ainda é responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento físico,
emocional, escolar e cultural. Ou seja, a família é responsável pela formação humana de
seus filhos.

(...) os tempos mudaram, mas não as relações humanas que constituem as raízes da
formação do caráter. Os filhos ainda precisam dos pais, porque as relações afetivas que
mantêm com eles desde o nascimento, permitem que adquiram padrões que os tornarão
seres normais. As crianças precisam de direção, disciplina, apoio, ânimo para crescer,
amadurecer e tornarem-se pessoas independentes da família, adultos autônomos.
(COSTA, 2006, p. 8)

Não só o carinho, o respeito e a atenção são formas de demonstrar amor, mas também a
disciplina e o estabelecimento de limites, que se configuram como cuidado. A família,
assim, deve cultivar nela um espírito de equipe, com todos trabalhando em prol do
coletivo, do bem querer e do bem-estar de todos. Nesse sentido, Costa (2009), traz
tópicos que auxiliam a família a atuar de forma colaborativa:
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(...) procure a superação de suas próprias dificuldades, independentemente de qualquer


explicação, procure a correção do erro; assimile as mudanças que sejam progressivas;
pratique a cidadania familiar para que todos sejam cidadãos éticos; todos se unam para
que a equipe melhore sempre; exija do elemento ajudado a correção dos erros e seis
resultados; não coloque uma vitória como ápice de uma conquista; não sinta uma
derrota como eterna; os deveres sejam cumpridos e os mérito reconhecidos; o melhor
para a equipe seja o melhor para o bairro e para o planeta (COSTA, 2009, p. 25).

Vários especialistas dizem que a família é a base da educação, mesmo com suas
mudanças, no entanto, na realidade da família moderna, ela não é mais a célula máster
da sociedade, sendo essa dimensão confrontada. Mas não deve ser retirado da família
sua responsabilidade no ato de educar. Freire (2000) em um tipo de desabafo diz;

A mim me dá pena e preocupação quando convivo com as famílias que experimentam a


“tirania da liberdade” em que as crianças podem tudo, gritam, riscam as paredes,
ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda
campeões da liberdade (FREIRE, 2000, p. 29).

A escola deve também construir relacionamento com a família, demarcando a importância da


participação ativa desta. Reconhecer qual é o papel de cada um contribui para uma escola
mais aberta aos pais. Nos casos em que a família se ausenta, não se pode abandonar o
aluno.

Podemos citar como funções principais da família: função sexual, reprodutiva,


econômica e educacional. [...] A função educacional é responsável pela transmissão, à
criança, dos valores e padrões culturais da sociedade. A família é a primeira agência que
socializa a criança (OLIVEIRA, 2003, p.65).

A educação familiar se sobrepõe às demais instituições das quais o indivíduo participa


ao longo de sua vida e, sendo assim, a família se torna fonte confiável de saberes sociais
e atitudinais, tendo como finalidade educar seus filhos. Oliveira (2010, p. 65) cita a
escola como sendo a instituição que complementa o trabalho que foi iniciado no seio
familiar, a qual terá como incumbência desenvolver os aspectos educacionais
pedagógicos do indivíduo, “sendo de grande importância o entrosamento família-escola
na execução da tarefa educativa”. O contexto familiar será o primeiro ambiente em que
a criança irá criar seus vínculos e relacionamentos, e a partir de tais relações o indivíduo
criará seus modelos de aprendizagem como também terá seus primeiros conhecimentos
acerca do mundo à sua volta, criando noções básicas que influenciarão na sua vida
escolar. Dessa forma, a família se torna importante instrumento na formação afetiva do
indivíduo, como influenciarão na sua vida escolar. Dessa forma, a família se torna
importante instrumento na formação afetiva do indivíduo, como também
potencializadora do trabalho que a escola realizará no desenvolvimento da criança,
participando ativamente do processo educativo do aluno (SOUZA, JOSÉ FILHO,
2008).
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Ao mesmo tempo em que desempenha uma função positiva a família pode influenciar
de maneira negativa, em que o distanciamento da família pode provocar o desinteresse
escolar e a desvalorização da educação (DESSEN, POLONIA, 2005)

Diversas são as relações que escolas e famílias desempenham no desenvolvimento do


indivíduo, em que a família é vista como a primeira e principal instituição de aquisição
de valores e cultura, que prepara o indivíduo para as demais relações que irá estabelecer
posteriormente, como foi citado anteriormente. A partir desses pressupostos, a escola,
juntamente com a família, detém diversas atribuições na formação integral do indivíduo,
tal como:

Uma de suas tarefas mais importantes, embora difícil de ser implementada, é preparar
tanto alunos como professores e pais para viverem e superarem as dificuldades em um
mundo de mudanças rápidas e de conflitos interpessoais, contribuindo para o processo
de desenvolvimento do indivíduo (DESSEN, POLONIA, 2007, p.25).

De acordo com DESSEN E POLONIA (2005) a escola deve reconhecer e valorizar a


importância da participação da família no contexto escolar e no desenvolvimento do
aluno, de modo a auxiliá-la no cumprimento de suas funções em relação à educação,
evolução e progresso dos filhos; sendo assim, propiciará, consequentemente, a
transformação da sociedade. Dessa forma, o trabalho realizado em conjunto pelas duas
instituições, família e escola, faz com que haja uma melhoria tanto no desenvolvimento
escolar do aluno, quanto em suas relações em outros contextos sociais, tais como o
âmbito familiar. Vale ressaltar que ‘o trabalho deve ser feito em conjunto’, compreendendo
a função de cada parte.

2.2 COMO ESTREITAR OS LAÇOS ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA.

Uma das respostas possíveis é: investindo em comunicação escolar dinâmica e eficiente, isso
porque é a falta de tempo de acompanhar presencialmente a rotina escolar do filho que pode
esfriar a relação entre escola e família. Hoje, a escola pode (e precisa) se adaptar às novas
formas de comunicação, diante da complexidade das tarefas atribuídas às pessoas – que são
pais e também trabalhadores. Ferramentas tecnológicas, como aplicativos de comunicação já
colaboram com muitas escolas nesse sentido. Uma Agenda Digital permite que a
família tenha acesso a demandas e rotinas escolares na palma das mãos. Dessa forma,
a comunicação escolar eficiente é um passo rumo a melhoria desse trabalho conjunto de
formação de uma pessoa.
Para tanto, é importante que ter como pilares o diálogo e o respeito mútuo. A tarefa
certamente ficará menos pesada se tais valores balizarem atitudes e comportamentos de
toda a equipe escolar, fazendo com que professores, gestores e funcionários encontrem
respaldo e apoio durante os momentos inevitáveis de conflito - e possam contornar a
situação e ajudar o aluno. A coerência e o sentimento de união são também bons
caminhos para que os valores encontrem ressonância na comunidade, fortalecendo a
parceria pela Educação das crianças. Até porque, para muitos estudantes, a escola é o
único recurso que se têm.
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MATERIAIS E MÉTODO

Na elaboração desse nosso trabalho cujo o título é A Relação Família- Escola o método
utilizado foi por meio de pesquisas, conversas informais, artigos, revistas e livros,
precisamos seguir todo um caminho metodológico como se espera de um trabalho
cientifico. Ao delimitar o assunto e construir um tema fizemos pesquisas bibliográficas
para fundamentarmos nosso enfoque teórico, fazendo uma reflexão apurada da leitura
de diversos autores, onde fizemos um apanhado de informações sobre o papel da
família, da escola no contexto históricos em que estão inseridos e assim mostrar a
importância da relação família e escola no processo ensino e aprendizagem.
Segundo VERGARA (2005.pag. 47-48) a pesquisa bibliográfica é o estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais
e redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Partindo da pesquisa
bibliográfica fizemos a pesquisa qualitativa descritiva porque após as informações
obtidas construímos um histórico sobre “A Importância da Relação família-Escola”.
Segundo MYNAIO (1994, p.21-22) a pesquisa qualitativa responde a questão muito
particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não
pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos,
aspirações, crenças, valores e atitudes o que corresponde a um espaço mais profundo
das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à
operacionalização de variáveis.
Através das pesquisas feitas através dos livros, revistas e artigos apresentamos o gráfico
mostrando a importância da família-escola.

Autor: www.bibliotecadigital.unicamp.br
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E o aumento da frequência escolar, segundo o portal do MEC com a melhora nas


políticas sócias nas famílias, assim influenciando na melhora da relação entre família e
escola.

Autor: http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/211-218175739/51791-frequencia-escolar-
tem-segundo-melhor-resultado-da-historia
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autor: https://blog.forleven.com/2016/09/08/relacao-entre-familia-e-escola/

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Percebemos que uma relação saudável e presente entre a escola e a família,
desenvolvida de maneira responsável e comprometida com o avanço da sociedade e da
criança ou adolescente, é de suma importância para a evolução da educação de um país.
A escola clama pela presença da família no acompanhamento do desempenho escolar da
criança, para os pais impor limites aos filhos, e relata da dificuldade que muitos deles
encontram em transmitir valores éticos e morais importantíssimos para a convivência
em sociedade. Por outro lado, a família reclama da excessiva cobrança da escola para
que os pais se responsabilizem mais pela aprendizagem da criança, da ausência de um
currículo voltado para a transmissão de valores e da preparação do aluno para os
desafios não acadêmicos da sociedade e do mundo do trabalho. A família não deve
apenas criticar a escola, nem a responsabilizar pelo fracasso escolar de seus filhos, ela
deve sugerir propostas para a escola para complementar o ensino de seus filhos, deve-se
interessar pelos problemas que seu filho possa encontrar nas disciplinas escolares e se
precisam de ajuda.
Para ARANHA, 1989;
É preciso compreender a família como um fenômeno historicamente situado, sujeito as
alterações, de acordo com as mudanças das relações de produção estabelecidas entre os
homens [...]. É evidente que as funções da família vão depender do lugar que ela ocupa
na organização social e na economia.

Estamos numa sociedade de intensa competição e de falta de oportunidades, altos


índices de violência e pobreza, diferentes classes sociais, com os indivíduos cada vez
mais ocupados e numerosas formações familiares, como aquelas chefiadas somente por
mulheres ou somente por homens, aquelas formadas por casais sem filhos, seja por
vontade própria ou não, até aquelas provenientes da união de casais homossexuais,
embora esta ainda, a exemplo de alguns países, não tenha sido legalizada no Brasil.
Desta forma se torna cada vez mais difícil este vínculo entre escola e família.
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“Segundo a constituição a educação é um direito de todos e dever do Estado e da


Família” (BRASIL, 1988), vê-se que a Lei Maior procura registrar em seu texto, a
garantia de que as instituições ligadas ao ato educacional – Poder Público (União,
Estado e Municípios) e a Família – têm a corresponsabilidade social de inserir e cuidar
da educação de seus membros.
Di Santo, 2006;
Atualmente, a família tem passado para a escola a responsabilidade de instruir e educar
seus filhos e espera que os professores transmitam valores morais, princípios éticos e
padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene pessoal.
Justificam alegando que trabalham cada vez mais, não dispondo de tempo para cuidar
dos filhos. Além disso, acreditam que educar em sentido amplo é função da escola. E,
contraditoriamente, as famílias, sobretudo as desprivilegiadas, não valorizam a escola e
o estudo, que antigamente era visto como um meio de ascensão social.

A família é o principal espaço de referência, proteção e socialização dos indivíduos,


independente da forma como se apresenta na sociedade. Ela exerce uma grande força na
formação de valores culturais, éticos, morais e espirituais, que vêm sendo transmitidos
de geração em geração. Tais valores vivenciados no ambiente familiar contribuem
significativamente para a formação do caráter da criança, para a sua socialização e para
o aprendizado escolar. Na sociedade atual, é cada vez mais significativa a participação
dos pais na formação e na educação de seus filhos. MARANHÃO (2004) enfatiza a
importância da relação família-escola afirmando que:

O que família e escola julgavam suficiente no que tange à educação, já não é. O ideal
é /que pais, professores e comunidade estreitem seus laços e torne a educação um
processo coletivo. Mas não cabe aos professores educar os pais. Seu alvo é o aluno,
independente da história familiar que carrega e o influencia.

Conforme citado acima a escola deve priorizar a educação, sendo este o seu alvo, mas
existem contradições nessa realidade. Muitas vezes os pais não receberam educação
quando pequenos e necessitam de ajuda, para desenvolverem atividades juntamente com
seus filhos, neste contexto entra a o diálogo e a boa convivência entre escola e família,
pois assim um sabe como ajudar o outro. A mudança é necessária, é preciso que todo
educador saiba que o apoio da família é crucial no desempenho escolar: pai que
acompanha a lição de casa; mãe que não falta a nenhuma reunião; pais cooperativos e
atentos no desempenho escolar dos filhos na medida certa. Esse é o desejo de qualquer
professor; que haja uma aliança entre família e Escola. O desenvolvimento e
aprendizado da criança que tem o acompanhamento em casa são muito melhores, pois a
criança demostra interesse de estudar. E aquela que não tem ajuda em casa ela é
totalmente desmotivada.
Segundo MITTLER (2003) nenhuma escola é uma ilha e nenhuma escola pode ter
sucesso sem desenvolver redes de parcerias com sua comunidade local, com pais de
alunos passados, presentes e futuros, com outras escolas e outras agências.
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Sendo assim impõe se a necessidade da interação dos pais com a escola, pois como
salienta o autor “a escola não é uma ilha”, e não sendo uma ilha não caminha sozinha
precisa do apoio de todos para que juntos possam melhorar o ensino e aprendizagem de
milhares de crianças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 11ª ed. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1982.

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