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Não se trata só de
prédios, salas, quadros, programas, horários,
conceitos... Escola é sobretudo, gente. Gente que
trabalha, que estuda Que alegra, se conhece, se estima.
O Diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é
gente, o aluno é gente, Cada funcionário é gente. E a
escola será cada vez melhor Na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de “ilha
cercada de gente por todos os lados”. Nada de conviver
com as pessoas e depois, Descobrir que não tem
amizade a ninguém. Nada de ser como tijolo que forma
a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não
é só estudar, não é só trabalhar, É também criar laços
de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é
conviver, é se “amarrar nela”! Ora é lógico... Numa
escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se, ser feliz. É por aqui que
podemos começar a melhorar o mundo. (Paulo Freire)
FICHA TÉCNICA
Aqui então, retomo ao provérbio citado acima para afirmar a expectativa de que na
relação entre as instituições de Educação Infantil e as famílias possamos superar essa jogada
de responsabilidades e avançar, cada vez mais, no fortalecimento de ações pautadas na
partilha, na parceria. Para isso, podemos nos fundamentar em nossos documentos oficiais
como as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil que reforçam que
a “integração com a família necessita ser mantida e desenvolvida ao longo da permanência
da criança na creche e pré-escola, exigência inescapável ante as características das crianças
de zero a cinco anos de idade, o que cria a necessidade de diálogo para que as práticas junto
às crianças não se fragmentem” (Brasil, 2010).
Cada bebê que entra em uma creche e cada criança que chega à pré-escola
configuram um espaço de intervenção no encontro de sua família com a escola. Em cada um
desses encontros, esses contextos se reorganizam; colocam em jogo suas ideias;
compartilham concepções sobre cuidado, educação, maternidade, paternidade, docência de
bebês e crianças pequenas; e planejam entendimentos e práticas de educação e cuidado. No
final das contas, todos aprendem e se desenvolvem, tanto crianças quanto adultos (pais e
professoras/es).
Para isso, há que se ressaltar que essa participação não é apenas desejada, mas
configura um aspecto necessário à consolidação de um projeto educativo que articula o
repertório de vivências que a criança constrói no âmbito da família ao repertório da cultura
em outro contexto, ampliando assim as possibilidades de aprendizagem na Educação
Infantil.
Na Base Nacional Comum Curricular, essa ideia está colocada, ressaltando uma
concepção que vincula cuidado e educação:
Ao refletirmos sobre essa temática, a relação entre as famílias e as escolas, nos gera
uma grande inquietação. Será que é possível? Sim, parece que é. Percebemos que boas
experiências de Educação Infantil têm mostrado o quanto os projetos pedagógicos são
fortalecidos e, nesse sentido, também as experiências de bebês e crianças na Educação
Infantil, quando toda a “aldeia”, ou seja, a comunidade, participa e dialoga, com vistas à
qualidade dessa educação.
Para isso, faz-se necessário (re)pensar concepções e práticas próprias, de forma que
os empenhos de aproximação sejam sempre mais poderosos e ansiados do que os medos e
afastamentos em relação àquilo que me é divergente. Que possamos, junto com a Secretaria
de Educação de Quixeramobim, em cada comunidade escolar incorporar aldeias e projetos
de educação de boa qualidade para as crianças. Todos juntos por uma educação de
qualidade.
OBJETIVO GERAL
-Promover estratégia para a garantia dos direitos da criança nos âmbitos familiar e escolar.
-Desenvolver na criança a autoconfiança, para que resolva com ética os conflitos no âmbito
escolar e familiar.
Há muitas maneiras para se criar uma maior integração entre as famílias e as escolas,
sobretudo na Educação Infantil. Isso parte de esforços tanto das escolas em pensar como
levar as famílias para a escola, quanto das famílias em compreender a importância de
um trabalho conjunto com as escolas para o desenvolvimento das crianças.
2. Gincana pais (ou responsáveis) e filhos: a gincana pode ser desenvolvida ao longo
de semanas, ou mesmo do ano todo. Podem ser arrecadados materiais, realizadas
atividades e ações sociais, promovendo disputas sadias com as famílias.
3. Dia da reforma na escola: é um dia dedicado para promoção de melhorias na
estrutura da escola. Podem ser criados canteiros com flores, hortas, plantio de
árvores, limpeza dos ambientes da escola, plantio de grama, instalação de mesas e
bancos, pintura dos muros e paredes, reforma das mesas e cadeiras, dentre outros que
visam melhorar a aparência e funcionalidade do espaço escolar.
4. Ações em prol de uma causa: é uma ação na qual as famílias e a escola trabalham
ao longo de um tempo, que pode ser o ano todo, em prol de uma causa comum. Essa
ação pode visar melhorias na escola, ajudar pessoas da sociedade, construir um
espaço coletivo, impulsionar ações sociais já existentes. É uma forma
de trabalho conjunto e que tem como princípio uma boa atitude (sugerimos a
arrecadação de itens para doação na casa do ancião, casa de apoio, hospital infantil,
ou mesmo na própria comunidade, fazendo uma ligação com o Projeto
Humanização: Uma dose de amor).
IMPORTANTE:
Dia das Mães, assim como outras datas familiares, deve ter como foco o
questionamento de qual família estamos falando. Muitas vezes percebemos nesses
preparativos e na execução dessas "homenagens" um desgaste emocional
desnecessário para nossas crianças e para muitas famílias também.
Fingir que não existem essas famílias é ignorar um dado real. Portanto, cabe à escola,
que prepara para o convívio social, incluir e lidar com isso de alguma maneira.
Muitas vezes essa comemoração do dia das mães ou dos pais pode ser prejudicial ao
desenvolvimento sócio afetivo das crianças, inclusive aquelas inseridas em famílias
cuja constituição é considerada ideal ou tradicional. Proporcionar um Dia da Família
é um passo importante para que famílias menos convencionais se sintam mais
acolhidas na rede de ensino.
Segundo Naime Pigatto, muitas escolas têm optado em promover o Dia da Família,
uma festa mais universal. Mas isso não quer dizer que estejam desmerecendo o papel
de pais e mães. Eles continuam fundamentais no processo de escolarização dos
filhos, independentemente do dia. Olhar para essa reconfiguração da família é uma
discussão posta nas escolas.
Uma das ideias é transformar a festa em Dia de Quem Cuida de Mim, ampliando a
participação de outras figuras afetivas dos alunos em seu ambiente escolar. Com
certeza com o tempo e vivenciando essa experiência, as famílias vão perceber que a
criança estará feliz por ter ali, na sua escola, as pessoas de que ela mais gosta. Temos
de mostrar às nossas crianças que a vida vale a pena por termos alguém para amar,
para nos cuidar, para compartilhar momentos, seja esse alguém quem for. É disso
que é feito os relacionamentos, de sentimentos, não de nomenclaturas.
Temos uma ótima oportunidade de proporcionar um dia que seja bom para todos, um
momento inclusivo. Trabalhar valores (respeito, gratidão...) ao invés do consumismo,
muitas vezes atrelado ao dia das mães.
Podemos ainda realizar algumas intervenções no dia a dia, como as listadas abaixo:
- Reforçar para todos os segmentos da escola que não há assunto que não se possa
debater. É claro que nosso foco é a criança, mas só temos a ganhar com a ampliação do
diálogo e com a aprendizagem estendida à comunidade. Então, se houver um caso de
intolerância religiosa, por que não planejar e conversar sobre esse tema no bimestre ou
semestre seguinte?
- Trabalhe o livro FAMÍLIA E ESCOLA da coleção Uerê (Editora Lunna), que traz
assuntos como o desenvolvimento integral da criança (desenvolvimento motor, cognitivo e
afetivo), Vacinação Infantil, Aleitamento Materno (mais voltado para bebês- Choro,
Chupeta, Mamadeira), família e escola como contexto de desenvolvimento humano
(Confiança: a base para educação infantil, como lidar com o novo modelo familiar
contemporâneo?), o que são valores (o que aprendemos com a família), o desenvolvimento
infantil na primeira infância (de acordo com cada faixa etária), corpo e movimento no
processo de aprendizagem o desenvolvimento psicomotor na escola e em casa) e
brincadeiras de criança (os tipos de brincadeiras comuns e seus benefícios para a criança).
Sugerimos que seja trabalhado nas reuniões, para que não sejam apenas informativas, mas
também formativas.
AVALIAÇÃO
Salientamos que muitas dessas ações já são desenvolvidas, mas na maioria das vezes,
não é sistematizada e não possuem registros. Enquanto Secretaria de Educação, solicitamos
que sejam realizados registros fotográficos, vídeos, bem como pequenos registros escritos
das experiências desenvolvidas, para documentação das ações do projeto.
PERÍODO
Durante todo o ano de 2023
REFERÊNCIAS
ZAGURY, Tania. Escola sem conflito: Parceria com os pais. 260 págs., Ed. Record.
https://www.youtube.com/watch?v=NmkZXebaHVg
https://www.youtube.com/watch?v=H_maeoe3I9M
https://www.youtube.com/watch?v=yqTC3PMrbak