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A RELAÇÃO ESCOLA / SOCIEDADE - LEITURA EM FAMÍLIA

Maria Edijânia de Paiva Torres Lima¹


Ana Paula Vieira Camargo²

RESUMO

O Tema proposto aqui apresentado é o estudo da importância da família e escola no processo da


aquisição do hábito de leitura. Esse tema teve por objetivo proporcionar estudos sobre leitura,
visando o aprimoramento da família e escola no hábito da mesma. Assim esse trabalho tem por
objetivo geral o processo do hábito de leitura dos alunos começando pela família e junto a escola,
bem porque ambos têm o dever de educar. Por meio de uma extensa revisão bibliográfica e
respeitando seus procedimentos metodológicos apresentamos este estudo. E por fim, fornecemos
modelos de ferramentas facilitadoras para o processo de aprendizagens e apresentamos também,
como parte fundamental deste processo, análises didáticas de vivências educacionais através de
níveis de compreensão de leitura, caracterização de estados emocionais e comportamentais no
processo de aprendizagem.

Palavras-chave: Hábito de leitura; Compreensão de leitura; Processo de aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

O hábito de ler deve ser estimulado desde infância, pois a importância da leitura é
indiscutível. O professor tem um grande papel, na formação do hábito de leitores, precisa ser
vivenciado, no seu dia a dia, tanto na escola, em leituras de livros, revistas, jornais e nas próprias
atividades, como em casa também usando todos os meios possíveis. Neste caso a leitura virá um elo
de escola e família.
Diante do dinamismo da modernidade trazido pelas novas tecnologias, o professor deve
estimular os alunos a leitura por prazer. Investir em projetos de leitura, promover visitas em
bibliotecas, escolher livros com temas variados para ler em casa com a família.
No entanto, conforme mostra o resultado da edição da pesquisa Retrato da leitura no Brasil,
realizada pelo Instituto PR O livro, o público brasileiro tem uma média de leitura inferior a cinco
livros por ano e 30% dos entrevistados nunca comprou um livro.
O que ajuda aumentar o desafio de incluir esse costume, ação conjunta com os pais de forma
geral, é possível perceber que o hábito da leitura só tem aumentado.
O presente trabalho tem por objetivo pensar a importância da família no processo ensino e
aprendizagem, mostrar que o trabalho em grupo trará resultados satisfatórios para todos e incentivar
e estimular um elo de amor, compreensão e curiosidade através da leitura.
A realização desse projeto está sendo através de um trabalho vivenciado com a professora
Hedilânia Cristiane, na Escola Municipal Sebastião da Silva, localizada na cidade de Belo Jardim-

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PE, endereço Rua: Sebastião Rodrigues da Costa nº 100, que coloca em prática a leitura todos os
dias e busca unir escola e família através da leitura.

2. PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM

Este estudo contribui para estimular o hábito da leitura e influenciar a socialização, e ainda
provocar aquisições de conhecimento das crianças e jovens em sua formação enquanto futuro
cidadãs de pleno direitos e parte integrante de nossa nação. Ainda destacamos abordagens da
educação enquanto processo na formação social, abordando também alguns métodos de incentivo à
leitura no ambiente familiar e na própria escola, ressaltando que estimular essas crianças e jovens à
aprendizagem da escrita e na sua compreensão é o grande desafio para a família, para professores e
escola.
“...Se toda pessoa tem direito a educação é evidente que os pais também. Possuem o direito
de serem, senão educados, ao menos informados no tocante. A melhor educação a ser
proporcionada a seus filhos” (PIAGET, 2007, p50).
É importante que a família esteja lado a lado com a escola, pois isso só fará com que o aluno
evolua. Para a escola ser bem sucedida, deve além de tudo promover ações socioeducativas com o
objetivo de inserir as famílias em seu âmbito. Libaneo diz:
...Não dizemos mais que a escola é a mola das transformações sociais. Não é
sozinha. As tarefas de construção de uma democracia econômica e política
pertencem a várias esferas de atuação da sociedade, e a escola é apenas uma delas.
Mas a escola tem um papel insubstituível quando se trata de preparação das novas
gerações para enfrentamento das exigências postas pela sociedade moderna ou pós-
industrial, como dizem outros. Por sua vez, o fortalecimento das lutas sociais, a
conquista da cidadania, depende de ampliar, cada vez mais, o número de pessoas
que possam participar das decisões primordiais que dizem respeito aos seus
interesses. (LIBANEO, 2000, p. 9).

Primeiro, tudo passa pelos sentidos. A experiência pessoal é sempre a base do aprendizado,
e você aprende melhor o que conseguiu ter em contato com um dos sentidos. A intuição pode ser
direta, quando as coisas são admiradas direta ou indiretamente, quando são apreciadas por analogias
ou exemplos.

2.1 O TRABALHO EM GRUPO COMO RESULTADOS SATISFATÓRIOS PARA TODOS

O papel de se trabalhar em grupo escola e família, a construção dessa parceria e


fundamental, pois um necessita do outro.
A leitura pode abrir as portas para um mundo de informações. Pais e professores podem
fazer isso por meio do exemplo e da conversa. Dê às crianças oportunidades de brincar, conversar e
ouvir quando você fala com elas, ouça o que as crianças têm para dizer e responda às perguntas que

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eles fizerem. Leia em voz alta para seus filhos todos os dias. As seguintes atividades são divertidas
para fazer com as crianças, incentivam a leitura e reforçam a importância da escola.
MARCHES (2004) nos diz que a educação não é uma tarefa que a escola possa realizar
sozinha, a família é a instituição que mais perto se encontra da escola. A escola nunca educará
sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida
a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos. (REIS,
2007, p. 6).

Tudo isso leva a uma ressignificação do papel do diretor escolar: ser um bom diretor vai
além da ideia de conhecimento pedagógico em sentido restrito e de gestão institucional como
administração de recursos. É necessária uma versão muito mais dinâmica e, sobretudo, articulada
dos dois saberes e da combinação de três tipos de olhares: a escola propriamente dita, a comunidade
vista pela escola e a escola vista pela comunidade. E isso não significa que a escola perca de vista
sua própria função social, de ensinar.

É sabido que não existe uma fórmula ideal na relação afirmativa família / escola, pois, cada
família, cada escola possui uma realidade diferente. Do mesmo modo, a influência família / escola
se faz necessário para que ambas conheçam suas realidades e construam de maneira efetiva e
coletivamente uma relação de diálogo mútuo, buscando meios para que se concretize essa
cumplicidade, apesar das dificuldades e diversidades que as envolvem. O diálogo promove uma
maior relação interpessoal e pode ser o começo de uma grande mudança no relacionamento entre a
Família e a Escola.

2.2 COMO INCENTIVAR E ESTIMULAR UM ELO DE AMOR, COMPREENSÃO,


CURIOSIDADE ATRAVÉS DA LEITURA.

Ler é uma coisa maravilhosa e temos que enfatizar isso para nossos filhos. E por meio da
leitura, que o indivíduo adquire conhecimentos. O incentivo à leitura inicia-se desde a infância,
quando ainda seus hábitos estão começando a se formar. É através do contato com o livro que a
criança terá a chance de despertar e perceber o prazer que a leitura produz. É dever da família e do
educador estimular no aluno o interesse, onde os pais podem ler, com ambiente familiar, então a
gente tem que levar pra escola esse tipo de projeto, essas iniciativas. Para Oliveira (2011, p. 11):

Provocar interesse, curiosidade, entusiasmo, vontade de pesquisa, estímulo, amor pelo


conhecimento, problematização do conteúdo são estratégias que contribuem neste processo
e que deveriam ser mais empregadas na prática docente. A motivação deve partir dessa
prática docente do interesse do aluno e da necessidade de conhecer, tendo o conteúdo
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obrigatoriamente significação e que a interação entre professor e aluno não sofra nenhum
bloqueio ou outro tipo de interferência que funcione como inibidor de aprendizagem.

A família tem que ser inserida, mas sabemos da dificuldade de ir à escola. Por isso, é preciso
ter um atrativo, no caso, o atrativo e motivação maior é o próprio filho. Quando o filho chega em
casa estimulado, conversando com os pais, com positividade e otimismo, ele vai contagiar os pais.
Então, o filho precisa tocar o coração dele.
A leitura não é tarefa apenas da escola, é por isso também que a formação dos professores
deve incluir contato com os pais, com bibliotecas de bairros e de empresas com associações, de
maneira a estabelecer intercâmbio entre as ações de informações e formação. (FOUCAMBERT.
1994. P.11).

3. NÍVEIS DE COMPREENSÃO DE LEITURA

Ensinar a pensar, esta é a grande bondade do educador, ou a capacidade didática de um


professor, que não deve ser medida pela quantidade de conhecimentos adquiridos pelo aluno, mas,
juntamente com isso, o sucesso de uma escola que deve ser buscado, acima de tudo, em sua
capacidade de ensinar, pensar e julgar cada um de seus alunos.
A compreensão da leitora é a capacidade de compreender o que se lê, levando em
consideração a compreensão global do texto e também a compreensão das palavras. Ao lermos
ativamos a capacidade de compreensão, ou seja, de apreender as ideias relevantes de um texto e
relacioná-las com os conceitos que já possuem significado para o leitor. Segundo as palavras de
Freire, (1994, p. 11), “o ato de ler não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da
linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo”.
O texto escrito atinge uma importância enorme (imprensa, anúncios, mensagens
instantâneas, ambiente de trabalho, etc.), em alguns casos específicos chega a deslocar a linguagem
oral, como é o caso dos novos smartphones e todos os seus utilitários de mensagens.
A compreensão da leitura é parte essencial de uma correta alfabetização que permite a
integração da criança na sociedade, na vida adulta e cultural. Isso deve ser englobado em vários
contextos e com variados tipos de textos que podem começar com a narrativa mais significativa
para crianças como histórias e poesias e depois prosseguir com textos mais complexos. De acordo
com Martins, “aprender a ler significa também aprender a ler o mundo, dar sentido a ele e a nós
próprios, o que, mal ou bem, fazemos mesmo sem ser ensinados.” (MARTINS, 1982, p. 34).
Também podem ser muito úteis para as crianças ditados infantis, inseridos com uma ampla
utilização de ditados populares com os quais os pequenos podem melhorar sua compreensão da
leitura, e ainda trabalhar sua memória e aprender a recitar os que mais gostam.
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Essas leituras devem partir de textos com caráter lúdico e recreativo, desde suas expressões
mais simples, favorecendo experiências atrativas e prazerosas em torno de toda a leitura,
despertando o interesse e fomentando o hábito da leitura, ao mesmo tempo em que são instrumentos
pedagógicos com textos em várias situações comunicativas.
A compreensão de texto é de vital importância na aprendizagem, desde a compreensão de
frases simples até a compreensão de textos mais complexos. Nesse sentido, é preciso escolher as
leituras mais adequadas para as crianças, aquelas que se adaptam ao nível indicado para sua idade.
Além disso, devem ser fascinantes para garantir que as crianças busquem prestar atenção ao que lê e
consiga explicá-lo posteriormente e para isto, é aconselhável usar parágrafos curtos e divertidos
com maneira lúdica e recreativa que mantenham o interesse da criança sempre ativada.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo foi desenvolvido e fundamentado por meio de abordagens qualitativas através de
levantamentos bibliográficos, baseadas em materiais acadêmicos publicados com estudos, reflexões
e análises sobre o tema Relação escola / comunidade - Leitura em família. Para Minayo (2001);

...a pesquisa qualitativa trabalha com o mundo de significados, causas, aspirações,


créditos, estimas e maneiras, o que corresponde a um ambiente mais intenso das
relações, dos métodos e dos elementos que não podem ser diminuídos à
operacionalização de variáveis.

A presente pesquisa foi realizada em estudo com a professora Hedilânia Cristiane da Silva,
juntamente com os alunos da rede municipal de ensino que atualmente está com mais de 360 alunos
matriculados, com turnos matutino e vespertino.
Os instrumentos utilizados para coleta de dados da pesquisa foram questionários com
perguntas subjetivas e objetivas que permitiu ter uma visão acerca dos estudantes com a leitura.

5. CONCLUSÃO
Através deste trabalho constatou-se que pais e professores devem estar juntos para
incentivar a leitura em casa ou na escola, na prática com relação ao hábito da leitura não existe uma
receita pronta, mas sim experiências que irão dar certo.
Nesse sentido o hábito deve ser um processo prazeroso, contudo a família em elo com a
escola e vice-versa, são peças fundamentais para o pleno desenvolvimento da criança e
consequentemente são pilares imprescindíveis no desempenho escolar.

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Tudo passa previamente pelos sentidos. A experiência pessoal é a base do aprendizado, e
você aprende melhor o que conseguiu ter em contato com um dos sentidos. A intuição pode ser
direta, quando as coisas são apreciadas diretamente ou indiretas, quando são apreciadas por
analogias ou exemplos.
Este estudo visa realizar reflexões e análises de níveis de compreensão de leitura, destacando
comportamentos sociais, físicos e mentais, habilidades desenvolvidas e processos inovadores que
reflitam de forma significativa em práticas que levem alunos e professores a aprenderem juntos, e
que tragam avanços na melhoria do aprendizado levando em consideração a compreensão global do
texto e a compreensão das palavras em si.
Embora a maior dificuldade esteja na aplicação prática dos mecanismos que proporcione o
ludicismo como forma facilitadora no aprendizado, o ensinar através do brincar fica muito mais
prazeroso e envolvente para concepção da leitura, a resposta que encontramos foi de melhorias
significativas no desenvolver de suas capacidades.
A leitura deve partir de textos com caráter lúdico e recreativo, desde suas expressões mais
simples, favorecendo experiências atrativas em torno da leitura e despertando o interesse e
formando o hábito da leitura.
A compreensão da leitura é parte essencial de uma correta alfabetização que permite a
integração da criança na sociedade. É dever da família e do educador estimular no aluno o interesse
pela leitura. Por fim, é preciso inovar em suas práticas para melhorar o aprendizado, já que para
uma ideia se transformar em solução, ela deve ser posta em prática por meio da experiência.

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6. REFERÊNCIAS

FOUCAMBERT, J. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo:
Autores Associados, 1989.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e
profissão docente. São Paulo: Cortez, 2000.

MARCHESI, ÁLVARO; Gil H. Carlos. Fracasso Escolar - uma perspectiva multicultural. Porto
Alegre: ARTMED, 2004.

MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1986.

MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes,


2001.

OLIVEIRA, Fernanda Germani de. Psicologia da Educação e da Aprendizagem. Indaial: Centro


Universitário Leonardo da Vinci Indaial, 2011.

PIAGET, Jean. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007.

REIS, Risolene Pereira. In. Mundo Jovem, nº. 373. 2007.

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