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LUANA FRIES
Ijuí – RS
2017
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LUANA FRIES
Ijuí – RS
2017
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AGRADECIMENTOS
Gianfrancesco T. Venturin
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RESUMO
Este estudo busca apresentar reflexões sobre a importância dos vínculos afetivos na
aprendizagem de crianças, especialmente na Educação Infantil. Para fundamentar a
construção deste trabalho, busquei informações nos referenciais teóricos baseados
nas ideias de Wallon e Vygostky. Da mesma forma, as contribuições de Saltini foram
importantes para caracterizar um professor com olhar afetivo, que é aquele que se
preocupa com a aprendizagem, que deve ser significativa para a criança, onde ele
possa trazer suas experiências, fazer trocas, interagir, enfim estabelecer vínculos. A
partir deste trabalho entendo que a educação infantil deve ser orientada pelo afeto.
INTRODUÇÃO
A criança necessita e deseja ser amada, ouvida, aceita, acolhida para que
possa despertar para a vida do aprendizado e da curiosidade.
A relação de afeto entre a criança e o educador é, portanto um apoio ao
conhecimento é um elemento fundamental na prática pedagógica, tornando
relevante que o processo de cuidar e educar se envolvam, pois, são partes
essenciais que formam um todo.
Busco também da abordagem Reggio Emilia a Pedagogia da Relação, onde
a criança é o foco de toda a abordagem, mas, é fundamental para a educação das
crianças também os professores e a família. Esta participação não é apenas
burocrática como reuniões bimestrais ou chamados aos pais para irem à escola
ouvirem do comportamento de seus filhos, como vemos frequentemente. Esta
participação é como se os três componentes centrais fizessem parte de uma família,
e a escola é preparada para que se sintam em casa. Segundo Malaguzzi:
funções mentais. Vygotsky (Idem, p. 76) afirmava que: “o pensamento tem sua
origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades, interesses,
impulsos, afeto e emoção”.
Desta forma, Vygotsky defende também a importância das interações
sociais, traz a ideia da internalização como aspecto fundamental para a
aprendizagem e também a interação entre os sujeitos envolvidos.
Analisando conjuntamente as teorias defendidas por Henri Wallon e
Vygotsky, pode-se dizer, que há alguns pontos comuns que os autores assumem no
que se refere à afetividade. Segundo Leite (2006, p. 24) estes pontos são:
AS CRIANÇAS
“Uma criança não é uma criança para ser pequena, mas para tornar-se
adulta” (CLARARÈ, 2004, p. 30).
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Aos cinco anos torna-se mais sociável. E mais amistosa que hostil. Os
desejos dos companheiros começam a ser considerados, com promessas
compensatórias, mas ele ainda se coloca em primeiro lugar (FERREIRA,
2002, p. 16).
A PROFESSORA
A FAMÍLIA
O educador poderá pedir aos pais que venham falar do que sabem e do que
fazem... na medida do interesse das crianças por um determinado tema,
fazendo as devidas ligações das declarações dos pais com os fatos
evidenciados pelas próprias crianças.
Cada vez mais nos dias de hoje está entrando em discussão qual o papel da
família e da escola quanto à educação da criança, a família tem feito sua parte? Ou
é a escola que acaba fazendo o que não é de sua função?
A família tem um papel muito importante, quando a criança começa sua vida
escolar. Precisa dar apoio emocional para a criança, incentivar. A criança só vai
confiar na escola se a família confiar.
Durante meu período de estudo, trabalho, observações e conversas percebi
muito a falta e participação da família no desenvolvimento das crianças, cada vez
mais a educação das crianças está terceirizada para a escola. Cresci ouvindo de
meus pais que a educação vinha de casa e o que se aprendia na escola era o
conhecimento. Mas, hoje já não é mais assim, me parece que os pais não têm mais
tempo para dar educação para os filhos e assim deixam essa responsabilidade para
a escola.
E isto está refletindo diretamente nas salas de aula, crianças
desinteressadas, todos os dias ouvimos nos noticiários os resultados de
aprendizagem no Brasil hoje que a cada dia baixam as médias. Com tanta
tecnologia, e acessibilidade, professores capacitados nas escolas hoje, estes
números são inadmissíveis. Podemos perguntar então “O que está faltando?”.
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O que falta é dar valor à educação. A escola é decisiva para a vida futura de
todos. Temos que buscar, reconquistar as famílias para que famílias, crianças e
professores possam trabalhar e tornar o aprendizado mais significado.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS