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CAPACITAÇÃO EM AUXILIAR PEDAGÓGICO

Instrutora: Janaina Teixeira Santos


RELAÇÃO PEDAGÓGICA DOCENTE-DISCENTE

O relacionamento humano é peça fundamental na vida dos indivíduos, seja na família,


escola ou trabalho, visto que envolve um conjunto de interesses que mantém as
pessoas juntas.

Sendo assim, é relevante estudar a relação professor – aluno, pois dependendo de


como ela ocorre, ocasiona prejuízo ou promove o processo de ensino-aprendizagem.
RELAÇÃO PEDAGÓGICA DOCENTE-DISCENTE

É sabido que a escola oferece uma fonte de oportunidades para que as pessoas
aprendam a ser, a fazer e a conviver, pois em uma sociedade globalizada, saber se
relacionar torna-se peça importante para o crescimento do ser humano enquanto
pessoa e profissional. Portanto, dentre as tantas relações relevantes na escola, elegeu-
se estudar o relacionamento professor-aluno.
Aprender e ensinar reflexivamente

O ensino é um meio fundamental do progresso intelectual dos alunos e uma


combinação adequada entre a condução do processo de ensino pelo professor e a
assimilação ativa, como atividade autônoma e independente, por meio do aluno.
Pode-se sintetizar-se dizendo que a relação entre ensino e a aprendizagem não é
automática, não pode ser vista como uma simples transmissão do professor que
ensina para um aluno que aprende.

Tendo como base os conceitos de Jean Piaget a respeito da aprendizagem, os


processos mentais que antecedem o tão esperado resultado da mesma, revelam a
dificuldade existente nos educandos de obterem e aprenderem novos conceitos e
conteúdos.
A inclusão em educação não se restringe à visão multifacetada da deficiência. Ela se
constitui na dialética exclusão/inclusão, fazendo-se parte constitutiva da exclusão.
Sabe-se que a antinomia exclusão/inclusão significa o direito à satisfação das
necessidades básicas de aprendizagem, a eliminação das barreiras à aprendizagem e
a participação de todos no sistema educativo.
A discussão sobre inclusão é de grande relevância em nossa sociedade, por estarmos
vivendo em uma época em que o respeito à diversidade e a garantia do direito à
participação social de cada pessoa, a despeito de suas características (gênero, étnicas,
socioeconômicas, religiosas, físicas e psicológicas), têm emergido como uma questão
ética, promovendo a reivindicação por uma sociedade mais justa e igualitária.
Educação: inclusão ou exclusão?
A sociedade inclusiva valoriza a igualdade, independentemente de raça, etnia, classe
social, orientação sexual, religião, condição física, educação, dentre outras. Por isso é
muito importante, pois não exclui a diferença, permitido igualdade a todos.

Pessoas portadoras de necessidades especiais sofrem preconceito no seu cotidiano,


o que contribui para sua exclusão no meio em que vive. Sentem-se inferiores e
rejeitados pela sociedade. Além de serem taxados como problema no convívio social.
O ambiente escolar estimula a convivência com a diversidade além do
desenvolvimento individual do estudante, porém nem todos os indivíduos têm a
oportunidade de frequentar à escola por não ter adaptação ou profissionais
preparados para incluir o portador de condição especial.

No entanto, desde 1888 a Constituição Federal no seu artigo 205 deixa claro que
todas
as pessoas têm direito a educação, dando condição de igualdade e permanência do
aluno na escola, inclusive aqueles com algum tipo de condição especial.
A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n°9.394 de 1996 assegura
atendimento na educação às pessoas portadoras de necessidades especiais nas
instituições públicas e privadas.
Relação docente e discente: afeto e aprendizagem

É a partir do convívio em sociedade que passamos por momentos bons ou ruins,


lidando com desilusões e aprendendo com os próprios erros, consertando traços da
nossa personalidade e interagindo com o mundo de acordo com aquilo que
aprendemos no decorrer da vida.
Se existe uma importância nas relações humanas, responsáveis por mudanças
comportamentais, como ignorar a posição do professor em sala de aula e o
relacionamento dado entre aluno e professor?
Afetividade, família e escola são elementos que devem andar juntos em plena
sintonia, uma vez que são aspectos importantes para um bom desenvolvimento
educacional, não apenas de aprendizagem como também de metas de ensino
desempenhadas com êxito.
A escola enquanto promotora e mediadora do saber tem papel relevante na vida dos
educandos e mais ainda, diante da tarefa da construção da afetividade entre a escola e
a família. Desta forma, torna-se de suma importância discutir a afetividade em sala
de aula, uma vez que somos conduzidos pela temática e que, enquanto sujeitos,
somos afetivos uns com os outros.
PEDAGOGIA DO AMOR: POR QUE O AFETO É TÃO IMPORTANTE NO ENSINO-
APRENDIZAGEM?
O ambiente escolar é nossa segunda casa: nele, passamos a maior parte do dia,
construímos laços que, muitas vezes, levamos pro resto da vida e trocamos
experiências que vão contribuir para a formação da nossa personalidade, ética, senso
crítico e bagagem cultural.

A escola é muito mais do que um meio de preparação para o ambiente de trabalho:


ela é o berço da nossa formação para se tornar um indivíduo que saiba conviver com o
coletivo.
O amor é um sentimento único. Representa laços, afeto e cuidado por uma pessoa,
local ou situação. É com ele que podemos passar por experiências incríveis e, com a
falta dele, por experiências traumáticas. Proporcionar um ambiente estudantil com
afeição influi diretamente em nossa autoestima, relacionamento, disposição, bom
humor, superação e respeito.
Por isso, acreditamos na pedagogia do amor: o educador e toda a entidade escolar
precisa mediar, ajudar e empenhar-se e reconhecer que em nossa sociedade existem
problemas mas que, com a atenção e carinho nas relações, podemos mudar o sistema.
É por meio desse laço de afetividade e receptividade que, diariamente, tentamos levar
o melhor para cada aluno.
“O professor autoritário, o professor licencioso, o
professor competente, sério, o professor
incompetente, irresponsável, o professor amoroso
da vida e das gentes, o professor mal-amado,
sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio,
burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos
alunos sem deixar sua marca.” (FREIRE, p.73)

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