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Nesse sentido, penso que tanto a família como as pessoas que atuam como
tutores de uma criança, adolescente ou jovem devem ser convidadas e
incentivadas pelas instituições escolares a participarem da elaboração de
propostas escolares de responsabilidade social coletiva.
Paulo Freire disse: “Ninguém luta contra as forças que não compreende, cuja
importância não mede, cujas formas e contornos não discerne” (1979, p. 22).
A escola e a família devem aprender a trilhar de forma unida esse caminho
complexo que é a constituição de propostas educacionais inclusivas para todo
e qualquer aprendiz. Devem, juntas, aprender a discernir quais são as
amarras que, de fato, impedem ou atrapalham o acontecimento de uma
educação de qualidade para todas as crianças, adolescentes e jovens da
educação básica brasileira, tanto na rede pública quanto na rede privada.
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Só o amor não basta. Muitas famílias amam seus filhos e pagam as melhores
escolas para eles, mas não se envolvem com consciência em sua preparação
para a vida. Falta essa participação autêntica, que move mães e pais a
dedicarem tempo à educação cidadã da filha, do filho.
Porque “criar”, sustentar um filho, é menos complexo que o educar para ser
autônomo, emancipado, ser “gente boa”, não ser valentão ou indiferente com
seus colegas, com as outras pessoas do mundo.
Nesse prisma, buscar conhecer, conversar, trocar ideias com pessoas que
tenham o mesmo propósito de uma educação mais humanizada para seus
filhos, como também para aqueles que não são seus filhos, é a chave para
romper com as inércias e relutâncias de quem se faz barreira para
uma educação inclusiva.
Famílias e escolas durante a pandemia
Não acredito que tenha havido uma real proximidade entre escolas e famílias
durante o período de pandemia e ensino remoto. A tela dos computadores e
dos celulares causa uma falsa impressão de proximidade e distanciamento.
No menor desconforto, desligar a câmera e o microfone é um reflexo
imediatista.
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Creio que seja necessário observarmos com atenção quais são os reais
impactos desse tempo de isolamento e distanciamento social na constituição
de nós mesmos e de nossa sociedade. Após cuidadosa análise, pensarmos
em como conduziremos a educação dos aprendizes e as nossas próprias
relações sociais daqui para frente.
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Uma pessoa sem acesso à educação e sem condições de chegar aos níveis
mais elevados de ensino, dificilmente terá espaço para ter um trabalho com
salário decente, o que impactará em sua qualidade de vida.
Não estamos sozinhos! Vivemos em sociedade. O que desejamos de melhor
para nossos filhos deve ser a régua daquilo que podemos fazer como famílias
para uma sociedade cada vez mais inclusiva, mais acolhedora e menos
indiferente quanto às questões sociais daqueles que não fazem parte de
nosso grupo de convívio.
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Referência
FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação. São Paulo: Cortez
& Moraes, 1979.
A escola conta, ainda, com um portal digital do aluno. O canal pode ser
acessado via site ou aplicativo, e reúne as principais informações
sobre os estudantes, como as atividades em sala de aula, frequência e
funções administrativas, como acesso aos boletos. Por lá, também há
espaço para a comunicação com as famílias.
Teatro da Família