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Participação das famílias na

elaboração de propostas escolares


Sílvia Ester Orrú 09/05/2022

A família é base importantíssima na constituição do ser humano. Costuma ser


o primeiro grupo social no qual convivemos e nos acompanha por toda a vida.
Mesmo quando perdemos o contato físico com familiares, eles permanecem
vivos em nossa memória e, com eles, muito de nosso aprendizado.

É nesse núcleo que aprendemos a conviver com as diferenças uns dos


outros, a respeitar a individualidade de cada um, a compartilharmos afetos e
construirmos valores que serão o alicerce da nossa maneira de nos
relacionarmos com o mundo. No convívio familiar, aprendemos a lidar com
compromissos e conflitos. Na verdade, na melhor das hipóteses, assim
costumamos conceber a família.

Nesse sentido, penso que tanto a família como as pessoas que atuam como
tutores de uma criança, adolescente ou jovem devem ser convidadas e
incentivadas pelas instituições escolares a participarem da elaboração de
propostas escolares de responsabilidade social coletiva.

Isso porque as propostas escolares não se resumem a repetição,


memorização e fixação, sem nenhuma consideração aos aspectos subjetivos
de cada aprendiz. Penso que a escola também deve ser um lugar de
acolhimento às crianças e adolescentes em suas demandas sociais. Há
crianças que só têm acesso à comida quando estão na escola, por exemplo, e
essa não é uma realidade da minoria dos estudantes de nosso país.

Portanto, a importância da participação das famílias na elaboração de


propostas escolares não se limita apenas a pensarem acerca do processo de
ensino de seus próprios filhos, mas também de compreenderem que a escola
é o lugar de toda diversidade de estudantes, com realidades socioeconômicas
distintas, com múltiplas possibilidades e impossibilidades de acesso à
educação.

Participação da família na escola

A importância da participação das famílias se dá, principalmente, para que


saiam de sua zona de conforto e tenham contato com outras realidades, para
o desenvolvimento da empatia e da aceitação da diferença como valor
humano.

Se a escola não proporcionar esse convívio, quem favorecerá o acolhimento


tão necessário à transformação de nossa sociedade em um lugar melhor para
todas as pessoas viverem?

Nessa perspectiva, a participação dos familiares e responsáveis na


elaboração de propostas escolares é uma rica oportunidade de
compartilhamento de vivências, de compreensão sobre limitações e
dificuldades, de entendimento que as pessoas são diferentes e, por isso, têm
inteligências, capacidades, potencialidades, dificuldades e demandas
diferentes. Logo, é preciso compreender que nunca dará certo um único
método de ensino, uma mesma forma de avaliação rígida e inflexível, uma
mesma maneira de tratar a todos.

Não há como fazermos uma sociedade diferente se não compreendermos


suas mazelas e, para isso, é preciso o envolvimento das famílias de maneira
empática, inclusiva e democrática, para que a comunidade escolar pense em
conjunto os diferentes e possíveis modos de acolhimento e educação para
todos os aprendizes, sem desconsiderar a realidade de cada um, cultivando a
amorosidade para que a educação esteja ao alcance dos que têm apoio
familiar e também para aqueles que não têm esse privilégio.

Paulo Freire disse: “Ninguém luta contra as forças que não compreende, cuja
importância não mede, cujas formas e contornos não discerne” (1979, p. 22).
A escola e a família devem aprender a trilhar de forma unida esse caminho
complexo que é a constituição de propostas educacionais inclusivas para todo
e qualquer aprendiz. Devem, juntas, aprender a discernir quais são as
amarras que, de fato, impedem ou atrapalham o acontecimento de uma
educação de qualidade para todas as crianças, adolescentes e jovens da
educação básica brasileira, tanto na rede pública quanto na rede privada.

Leia também

+ Como as famílias podem atuar a favor de uma educação de qualidade


+ Aulas presenciais: famílias revelam expectativas após imunização infantil
+ Qual o papel da família na construção de uma sociedade mais inclusiva?

Família mais atuante na escola

Em uma mesma escola, encontramos famílias relutantes em se envolverem


com a educação de seus filhos, assim como também encontramos
profissionais fechados para acolherem a educação na perspectiva inclusiva.

O esgotamento do cotidiano e a falta de consciência de que a educação é


responsabilidade da família e do Estado são as principais causas para que
familiares e profissionais da educação deixem de se responsabilizar pela
educação acolhedora dos aprendizes. Sem amor e respeito por esse ser
humano, é impossível que alguém chame para si a responsabilidade de
educar com afeto e com responsabilidade social.

Só o amor não basta. Muitas famílias amam seus filhos e pagam as melhores
escolas para eles, mas não se envolvem com consciência em sua preparação
para a vida. Falta essa participação autêntica, que move mães e pais a
dedicarem tempo à educação cidadã da filha, do filho.

Porque “criar”, sustentar um filho, é menos complexo que o educar para ser
autônomo, emancipado, ser “gente boa”, não ser valentão ou indiferente com
seus colegas, com as outras pessoas do mundo.

E só o respeito também não é suficiente. Temos familiares e professores que


respeitam a criança, o adolescente, o jovem, mas não têm o amor necessário
para apoiá-lo quando ele realmente precisa.

É preciso algo mais para não ceder ao cansaço e ao conformismo e, assim,


avançar em propostas e ações que favoreçam o acolhimento e a educação de
todos, sem distinção.

Nesse prisma, buscar conhecer, conversar, trocar ideias com pessoas que
tenham o mesmo propósito de uma educação mais humanizada para seus
filhos, como também para aqueles que não são seus filhos, é a chave para
romper com as inércias e relutâncias de quem se faz barreira para
uma educação inclusiva.
Famílias e escolas durante a pandemia

Não acredito que tenha havido uma real proximidade entre escolas e famílias
durante o período de pandemia e ensino remoto. A tela dos computadores e
dos celulares causa uma falsa impressão de proximidade e distanciamento.
No menor desconforto, desligar a câmera e o microfone é um reflexo
imediatista.

Apesar do esforço e dedicação de muitos professores aprenderem a planejar


e ministrar suas aulas remotamente, e de inúmeras famílias se voltarem
desesperadas para as escolas em busca de alguma forma de seus filhos
interagirem e terem acesso à educação para não perderem o ano letivo, ainda
assim, as telas são um aparato de considerável bloqueio social.

O fato de haver um botãozinho que inicie e encerre a videoconferência cria


uma situação e condição limitada de interação social. Tudo se acaba de
imediato quando aquele botão é clicado.

A ausência daquele tempo que antecede o início da aula presencial, o


intervalo entre as aulas e o término das aulas, onde os aprendizes brincam,
brigam e conversam, interfere na habilidade interacional, na capacidade de
produzir e manter diálogos, de conviver com as diferenças de cada um, de
tolerar os humores, de interpretar as expressões faciais, de querer ficar mais
um pouco junto com os colegas.

Semelhantemente, as famílias também se encontravam, esbarravam entre si


e com os professores nesses curtos espaços de tempo do início e do final das
aulas. Isso nos permitia uma aproximação um pouco mais elaborada, uma
necessidade de cumprimentar os outros, de olhar nos olhos, mesmo que por
poucos minutos, de ficar mais um pouco esperando e conversando enquanto
os filhos teimavam em brincar mais um pouquinho antes de voltar para casa.

Creio que o isolamento, em decorrência da pandemia, nos deixou ainda mais


silenciosos, mais reservados para começarmos e mantermos relacionamentos
sociais concretos.

As redes sociais, principalmente WhatsApp e semelhantes, não param de


tocar sininhos de notificações, de recados, de demandas exaustivas. Mas
quantas vezes o telefone toca para uma conversa mais próxima? Quando o
telefone toca em tempo real para ouvir as alegrias e os lamentos uns dos
outros com empatia e acolhimento? Nunca tivemos tanto tempo e nunca
estivemos tão sem tempo para nos relacionarmos com profundidade com as
outras pessoas.

Saiba mais

+ Escuta e diálogo: meios para esclarecer dilemas sobre inclusão escolar

 
Creio que seja necessário observarmos com atenção quais são os reais
impactos desse tempo de isolamento e distanciamento social na constituição
de nós mesmos e de nossa sociedade. Após cuidadosa análise, pensarmos
em como conduziremos a educação dos aprendizes e as nossas próprias
relações sociais daqui para frente.

De qualquer maneira, a escuta sensível e o diálogo aberto e respeitoso são


importantes cernes para uma educação e relação saudável entre todos nós.
Ouvir ao outro, cultivar a empatia e a reciprocidade de atenção são ações
importantes para manter os seres humanos próximos uns dos outros.

Eliminação de barreiras para a educação inclusiva

A diferença é própria da espécie humana. Somos todos, igualmente,


diferentes! Se as pessoas são diferentes, elas têm capacidades, inteligências,
limitações diferentes, elas aprendem, percebem o mundo ao redor e agem de
maneiras diferentes.

Enquanto houver o culto aos estereótipos, intolerâncias às diferentes formas


de ser e estar no mundo, com o mundo e com as outras pessoas sendo
diferente, teremos muitas barreiras a serem quebradas.

O preconceito e a discriminação por raça, cor, etnia, sexo, gênero,


sexualidade, religião, deficiência, xenofobia, singularidades diversas, são
barreiras terríveis e desumanizadoras.

Para a eliminação desses entraves, é preciso educar meninas e meninos para


que sejam mulheres e homens que não perpetuem dispositivos de exclusão
como o preconceito e a discriminação de quem quer que seja, pelo motivo
que for.

Leia mais

+ Dia da Educação: Brasil tem o que celebrar, mas ainda há muito a avançar
+ Comunidade escolar fala sobre contribuição do portal DIVERSA

O mundo precisa de pessoas humanizadas, que entendam que todos têm


limitações e potenciais, que todas as pessoas têm sentimentos e que todos,
sem distinção, têm direito à educação, que é a chave do conhecimento para
novas oportunidades de vida e trabalho em sociedade.

Uma pessoa sem acesso à educação e sem condições de chegar aos níveis
mais elevados de ensino, dificilmente terá espaço para ter um trabalho com
salário decente, o que impactará em sua qualidade de vida.
Não estamos sozinhos! Vivemos em sociedade. O que desejamos de melhor
para nossos filhos deve ser a régua daquilo que podemos fazer como famílias
para uma sociedade cada vez mais inclusiva, mais acolhedora e menos
indiferente quanto às questões sociais daqueles que não fazem parte de
nosso grupo de convívio.

A escola é constituída por uma comunidade. Todos nós somos responsáveis


pelas decisões a serem tomadas em prol de uma educação inclusiva. O
contrário disso é tomar parte da manutenção da maquinária excludente à qual
tanto criticamos.

Cada um de nós tem a escolha de se mover para ser um ponto de conexão


das redes locais, regionais, nacionais e internacionais de inclusão. Cada um
de nós tem a escolha de ser um obstáculo ou uma trinca entre as possíveis
conexões pró-inclusão. Cabe a cada um fazer sua escolha, compreendendo
que sua decisão é seu legado às gerações futuras.

Rede de inclusão e o papel de cada indivíduo nela

Construir uma rede de inclusão é o caminho mais favorável para que as


diferentes vozes ocupem espaços nas instituições educacionais e tomem
posse do direito e do dever de participarem da elaboração de propostas
escolares na perspectiva da educação que não é excludente.

As redes de inclusão se constituem de pessoas atuantes em diferentes


espaços sociais e que também são mães, pais, responsáveis e professores,
que decidem agir coletivamente em prol de uma educação cada vez mais
inclusiva.

A união dessas pessoas possibilita o fortalecimento dos espaços de


acolhimento, de construção de saberes e ações inclusivas como modos de
apoio aos aprendizes e seus familiares e, também, à própria escola.

Sozinho é difícil vencer os mecanismos de exclusão postos na sociedade.


Mas, na coletividade, é possível vencer e transformar, tecer uma outra
educação tão necessária a esta e às futuras gerações.

Saiba mais

+ Redes de inclusão entre família e escola

Referência
FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação. São Paulo: Cortez
& Moraes, 1979.

Sílvia Ester Orrú é doutora em educação, professora da Universidade de


Brasília, colaboradora na Universidade Federal de Alfenas, Campus Poços de
Caldas e coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em
Aprendizagem e Inclusão (LEPAI).
Convite à convivência

No Colégio Edim, localizado na Vila Ede, em São Paulo (SP), Daphiny


Monteiro Barbosa Becker divide a direção com a mãe, e o ambiente
familiar transparece no dia a dia da instituição. “Somos carinhosas,
amorosas, muito abertas ao diálogo. Isso cria um ambiente de
harmonia e tranquilidade. Quando há cordialidade e respeito, o gestor
se coloca em uma posição de que todos estão ali com o mesmo
propósito. Assim, criamos um senso de ajuda mútua com a
comunidade escolar”, diz. 

A escola costuma reunir os funcionários de diferentes áreas para


diferentes encontros. “Além da parte pedagógica, costumamos fazer
encontros entre uma pessoa da equipe de limpeza, alguém da
administração e um professor, por exemplo. Isso funciona muito bem”,
comenta Daphiny. 

Com as famílias não é diferente: o diálogo também é contínuo. Afinal,


a escola tem de ser um lugar de conforto e de segurança, pontua a
diretora. “Os pais querem se sentir seguros, e é preciso demonstrar
essa segurança. As portas da direção e da coordenação ficam sempre
abertas”, comenta. 

A escola conta, ainda, com um portal digital do aluno. O canal pode ser
acessado via site ou aplicativo, e reúne as principais informações
sobre os estudantes, como as atividades em sala de aula, frequência e
funções administrativas, como acesso aos boletos. Por lá, também há
espaço para a comunicação com as famílias.

Por mais espaços de troca

Celinha Coelho, coordenadora pedagógica da Aderj (Associação dos


Diretores de Escolas Públicas do Estado do Rio de Janeiro) e gestora
do CE Pandiá Calógeras em São Gonçalo (RJ), reforça que o diálogo é
o princípio norteador da educação. “Escola e família estão interligadas
desde a Constituição Federal, que mostra a educação como direito de
todos e dever do Estado e da família”. Por isso, diz ela, a escola deve
promover encontros e espaços de troca além das reuniões de pais. 

“Muitos pais não têm tempo de ir às reuniões, por questões de


trabalho. Costumamos pedir aos estudantes que façam atividades em
conjunto com as famílias, e postamos os vídeos em nossas redes
sociais. Essa parceria é fundamental, ainda mais em um momento
como o atual. Não é fácil manter a atualização, mas temos notado que
essa troca tem sido bastante efetiva”, comenta. “A tecnologia garante
um contato mais estreito com as famílias, nos ajuda muito na
dinâmica da comunicação com os pais, até para o caso de
precisarmos de uma conversa pessoal – afinal nada substitui o
contato humano. Mas é preciso entender os limites, até onde
podemos ir com a tecnologia”, diz.

Outro ponto destacado por Celinha é o autocuidado que gestores,


educadores, estudantes e familiares precisam ter. Nesse sentido, o
diretor pode tomar atitudes simples, mas eficazes: desde convidar
psicólogos para palestras até fazer rodas de conversa periódicas para
compreender os problemas da sala de aula. “Normalmente, na
correria, deixamos para conversar depois. Isso tem sido invertido aqui
na escola: conversamos antes de o professor ir para a sala. Tanto com
professores quanto com alunos, nunca deixamos o papo para depois,
para que ninguém entre na aula sob estresse”, diz a diretora. A cada
bimestre, a gestão também pede retorno avaliativo dos professores e
da equipe para entender as dificuldades e o que pode ser melhorado. E
o diálogo tem surtido efeito: não há casos recentes de violência na
escola. 

Dicas para aproximar família e gestão escolar

Confira as sugestões publicadas no blog da Proesc.com

 Estabeleça um calendário de reuniões antes do início do ano letivo,


para que os responsáveis fiquem cientes com antecedência;
 Realize eventos educativos, como festa junina, caminhada com
animais de estimação e noite cultural, por exemplo;
 Planeje a pauta dos encontros com os pais junto aos professores;
 Exponha trabalhos dos alunos em datas comemorativas;
 Organize eventos esportivos;
 Promova ciclos de debates e convide os responsáveis a sugerir os
temas;
 Mantenha as redes sociais atualizadas e ativas;
 Adote um software de gestão escolar: além de facilitar o dia a dia e a
organização da administração, um aplicativo ou um site customizado
favorece a comunicação

Dia da Família na Escola: 3 ideias de


atividades
 Escolas Exponenciais, 13/05/2022  3 min read
3 min de leitura
Ao longo dos anos as instituições têm optado por dar maior enfoque ao Dia da
Família na Escola, em comparação ao Dia dos Pais e Dia das Mães de forma
isolada. Essa é uma mudança que visa ser mais inclusiva para os formatos
familiares que conhecemos hoje e permite uma programação mais diversa e
criativa, para todos celebrarem em conjunto com as escolas. 
São ocasiões diferentes, que valem atenção para o conceito por trás desses
eventos comemorativos. Conversamos com Maria Cecília Bonna, diretora da
escola Espaço Bem Viver – Pedagogia Waldorf, de Embu das Artes (SP),
que comentou sobre as atividades do Dia da Família, com objetivo de incluir
e envolver a comunidade escolar. 

O objetivo de celebrar o Dia da Família


na Escola
Na entrevista, Maria Cecília ressalta a importância de criar um ambiente
acolhedor para a criança. “O papel da escola, no quesito pedagógico,
educacional, também cultural, é o papel de socializar. A criança quando vai
para a escola, é o primeiro passo que ela dá fora de casa, primeiro passo
para o mundo. A escola é um microcosmos, é a reprodução do que ela vai
encontrar no mundo”, explica.
Sendo a escola o ponto de encontro de atividades da criança, com participação
direta da família, ampliar a discussão sobre a importância da pluralização de
vozes e também sobre a representatividade dentro das famílias é um objetivo
relevante para celebração da data.
“Não importa se eu sou negro, branco, índio, deficiente, TDH, lésbica. Aliás,
isso está em pauta e virou modismo, mas na hora de atuar, nós não vemos
tanto isso. Sabe, é ponto pacífico que todo ser humano é igual – somos todos
diferentes – mas todos humanos. A gente ensina que todos são iguais, e a
forma de ensinar é fazendo. Sendo e fazendo juntos”, afirma a diretora. 
Esse pensamento abre novas possibilidades para atividades que podem
agregar grande valor ao dia que celebra a união familiar, o núcleo mais
importante no desenvolvimento de crianças e jovens. 

3 ideias de atividades para o Dia da


Família: 
 Mutirões 

A ideia consiste em realizar encontros, com todos da família, para em


conjunto, concluir um trabalho. “Pode ser para montar horta, ou preparar
terra, fazer bandeiras, artes, flores para enfeitar a escola nos dias de festa.
Também fazemos um bazar de artesanatos feitos pelos alunos com a
participação de suas famílias”, sugere. 

 Ofertar e partilhar comida 

O momento da refeição, além de muito cultural, também é quando a família se


reúne no dia a dia. Quando cada família contribui para os eventos levando um
prato de comida, estão levando junto um pouco de sua história, origem e
identidade para compartilhar com os demais. “E esse é o mundo. Precisamos
criar um mundo onde as pessoas se aceitem, se respeitem, suas próprias
culturas e origens, e dos colegas. Aproveitamos as habilidades de cada
família, pegamos o que cada um sabe fazer e reunimos todos, e todos
participam um pouco”, complementa Maria Cecília Bonna. 

 Teatro da Família

Com muito sucesso e envolvimento das famílias, o teatro dos responsáveis


para os filhos torna-se um evento peculiar e inesquecível quando realizado.
Além de reunir talentos e criar um ambiente divertido, criativo e empolgante,
a apresentação artística cria uma forma de trabalhar em equipe e aproximar os
familiares da escola e dos filhos.
 

“Preferimos atividades de trabalho, de cada um dar um pouquinho de


si”, finaliza a diretora sobre as dicas para o Dia da Família na
escola. 
 

Sua escola realiza atividade do Dia da


Família? 
E a sua escola, já implementou essa ideia? Para mais informações sobre esse
assunto, aproveite para ler nossa matéria sobre projetos pedagógicos
transformadores clicando aqui.

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