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NOME DA INSTITUIÇÃO

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CIDADE DO ALUNO (Arial, fonte 12)


ANO
NOME DA INSTITUIÇÃO

DANIELE DE AGUIAR CRUZ

A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO


ENSINO APRENDIZAGEM

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em
Psifcopegagogia
INSTITUCIONAL E CLINICA
tga

NOVA IGUAÇU
ANO 2022
A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO
ENSINO APRENDIZAGEM

daniaguiarcruz@yahoo.com.br

Declaro que sou daniaguiarcruz@yahoo.com.br deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro


também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou
extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas
consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram
de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar
este texto no trabalho”.

RESUMO- Este trabalho aborda a relação entre a escola e a família, que por causa da demanda do
mundo moderno encontra-se em sérios conflitos. Tanto a escola como as famílias sofrem mudanças
constantes, influenciando na aprendizagem dos estudantes. O objetivo desta pesquisa é despertar a
atenção para o que se refere à participação familiar na vida escolar dos estudantes e buscar
estratégias que possam solucionar o problema da interação da família com a escola. Para o
desenvolvimento desta pesquisa foram consultadas as obras de Cury (2003).
.

PALAVRAS-CHAVE: Família. Escola. Educação. Orientador Educacional e Psicopedagogia


1 INTRODUÇÃO

Atualmente vivemos em um mundo globalizado, onde crianças ,jovens e


adultos tem acesso a uma gama de informação e a várias formas de tecnologia,
onde todas essas tecnologia tem como objetivo aproximar mais as pessoas, porém
quanto mais se tenta , mais ela se torna individual e o distanciamento esta cada vez
maior entre as pessoas. E com esse modelo de sociedade, vemos que cada fez mais
muitos pais também estão deixando de lado a sua obrigação na participação e no
acompanhamento da vida escolar de seus filhos.
A educação não é dever só da escola, mas também sim uma obrigação
da família zelar pela formação de seus filhos, pois é no âmbito familiar que as
crianças desenvolve os princípios básico dos valores morais, necessários para
viver em sociedade. Ou seja, são o pais os responsáveis em conversar e
estabelecer limetes a seus filhos. Agindo desta forma os pais estarão contribuindo
para que seu filho seja um aluno comprometido, o que contribui para que sua
aprendizagem seja significativa.
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho. (Artigo 205 da Constituição Federal
Brasileira de 1988)

Diante a estas mudanças sociais, este trabalho busca analisar a relação e o


papel da família no cotidiano educacional, onde a responsabilidade é tanto da escola
como da família, destacando a importância da parceria entre estes dois grupos
sociais que constituem partes de uma rede social mais ampla.
Este artigo tem como objetivo conscientizar os responsáveis sobre a
importância que exercem no desenvolvimento intelectual dos seus filhos,
despertando o interesse dos pais para que freqüentem o espaço escolar em que seu
filho está inserido e sugerir estratégias que possam aprimorar e estreitar os laços de
convívio entre escola e família, proporcionando uma educação plena e formando
cidadãos atuantes na comunidade escolar e local.
Para o desenvolvimento deste trabalho foi realizado pesquisas bibliográficas ..
Elizabeth Monteiro, Criando Adolescentes em tempos difíceis, nesta obra a
autora aborda temas referentes à família mais especificamente a relação entre pais e
filhos. Em sua visão os jovens necessitam de modelos seguros, que lhes darão
suporte para enfrentar o difícil estágio da adolescência. Por outro lado, os pais
precisam oportunizar momentos para que os filhos lhes mostrem o seu valor,
crescimento e desenvolvimento. Nesta difícil caminhada tudo é possível, basta ter
paciência e dedicação.
Em “Pais Brilhantes Professores Fascinantes” Augusto Cury direciona seu
estudo aos pais e professores que perseguem o sonho de tornar filhos e alunos
felizes, pois tanto os pais como os professores cultivam a inteligência e a emoção
dos estudantes e filhos. É uma obra que trata de temas específicos na área
educacional, discutindo o campo psicológico e promovendo a formação de
pensadores que visam a produção de qualidade de vida. Além de compartilhar
experiências do campo psiquiátrico.
O trabalho aqui apresentado encontra-se assim organizado. O capítulo I busca
apresentar um breve relato sobre a instituição família, apontando a importância da
mesma na vida do aluno. O Capítulo II, que tem como título: “A escola e a função de
educar”, vem abordando sobre o espaço escolar, suas obrigações para com o aluno
e como este espaço deve se organizar para receber seus alunos. O Capítulo III vem
fazendo uma breve apresentação do profissional Orientador Educacional e quais
suas competências dentro do espaço escolar e sua importância para a comunidade
escolar. O capitulo IV vem abordando a importância da parceria escola/família no
processo de ensino e aprendizagem e como o Educador Educacional contribui de
forma positiva para que esta parceria aconteça .

I- A INSTITUIÇÃO FAMÍLIA.

Família é um grupo social que pode influenciar e ser influenciado por


outras pessoas e instituições. Ela é o primeiro grupo social do qual fazemos parte e é
a partir daí que os indivíduos começam a construir sua identidade. A palavra
“família” deriva-se do verbo latino “famulus”, que significa domésticos, servidores. Os
membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, são ligados
por interesses capazes de mantê-los reciprocamente por toda vida.
O papel da família modificou-se ao longo do tempo. Hoje se busca
definir o diálogo e a co-responsabilidade entre as pessoas que fazem parte da
família, como sendo o gerador da solidificação da responsabilidade um para com o
outro e também, do bom relacionamento familiar. A convivência prazerosa é o
grande segredo para o crescimento do respeito mútuo. A primeira vivência do ser
humano acontece em família. É a família que lhe dá nome e sobrenome, que
determina sua estratificação social, que lhe concede o biótipo específico de sua
raça.. A família é o primeiro espaço para a formação psíquica, moral, social e
espiritual da criança.
O perfil das famílias atuais é completamente diferente daquele das de alguns
anos atrás. Por isso, digo que criamos filhos em tempos difíceis. Tempo em
que as famílias estão passando por uma nova estruturação, em que os
valores antigos não servem mais, mas os novos ainda não estão
verdadeiramente estabelecidos, assim como os papéis parentais estão
pouco definidos. Aquilo que servia como modelo já não serve mais.(Monteiro
2009 p. 151)

E no âmbito familiar que a criança encontra a garantia da sobrevivência e a


proteção. E ela que desempenha um papel decisivo na educação formal e informal
dos filhos, pois são com os familiares se aprendem os valores éticos e
humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade e afetividade.

É na família que os indivíduos se relacionam e trocam experiências, visto


que ela é, ao mesmo tempo, um espaço de conflito cooperativo e um espaço
determinante de bem estar através da distribuição de recursos, passando
muitas vezes a refletir diretamente dúvidas, aspirações e questões pessoais.
Na família os filhos e demais membros encontram o espaço que lhes
garantem a sobrevivência, desenvolvimento, bem-estar e proteção integral
através de aportes afetivos e, sobretudo, materiais”. (NASCIMENTO,
2006,2)

II - A ESCOLA E A FUNÇÃO DE EDUCAR

Como dizia Paulo Freire a Escola é gente, gente que trabalha que estuda que
se alegra se conhece se estima. Quando estamos na escola vivemos um pouco da
nossa vida, construímos um pouco da nossa história.
Se em cada escola houvesse companheirismo, amizade, cooperação em
equipe, conseguiria trabalhar em harmonia, fazer das aulas um prazer para os
alunos, uma troca de experiências, pois a intenção de um educador é fazer seu aluno
crescer como cidadão na sociedade em que vive, além dá capacidade e subsídios
para se tornar cidadãos críticos e pessoa capacitada para o mercado de trabalho
futuro.

A escola é um lugar amoroso e acolhedor para que as crianças possam


se sentir bem, assim ficando estimuladas a aprender. O espaço escolar tem que
proporcionar bem-estar nos alunos e oferecer condições para um melhor
desenvolvimento. A escola tem um grande significado na vida do aluno, porque é um
espaço onde ele demonstra ou reprime suas emoções, descontentamentos, aonde
ele adquire conhecimentos e mais é um lugar ele começa uma história de vida.

Ensinar realmente é guiar, conduzir o aluno a aprendizagem, onde esta


aprendizagem seria de dentro para fora, onde o trabalho do professor não se dá
somente na motivação do aluno, mas sim na sua estimulação. Apenas se estimularia
o aluno de forma que fizesse aumentar sua motivação pelos conteúdos trabalhados
tanto em sala de aula como fora da mesma mediante a pesquisa.
O professor tem que ter uma metodologia adequada e prazerosa em sala de
aula, no processo de observação vê-se que a forma com que os professores trabalha
é adequada para que se tenha uma melhor assimilação dos conteúdos dando aos
educando capacidade para construírem seus próprios conhecimentos a partir de
situações vivenciadas no dia a dia. No colégio onde foi feita as observações os
professores são dedicados aos alunos, as aulas não se tornam uma mesmice, por
que os conteúdos são aplicados em formas de seminários, aulas debates, pesquisas
em forma de apresentações orais, portfólio, trabalhos em grupos, individuais,
trabalhos com materiais recicláveis, teatros, feiras integradas, assim proporciona o
interesse dos alunos, trazendo uma melhor aprendizagem e interação entre eles.
Buscando uma perspectiva de sucesso para o desenvolvimento do ensino e
aprendizagem do educando no contexto da educação, o espaço físico torna-se um
elemento indispensável a ser observado, pois se torna um espaço pedagógico. A
organização deste espaço deve ser pensada, tendo por principio oferecer um lugar
acolhedor e prazeroso para seus alunos, onde se sintam estimuladas a aprenderem
e adquirindo autonomia com relação a esse ensino e aprendizagem.

É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o


mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se
inserem emoções (...) nessa dimensão o espaço é entendido como algo
conjugado ao ambiente e vice-versa. Todavia é importante esclarecer que
essa relação não se constitui de forma linear. Assim sendo, em um mesmo
espaço podemos ter ambientes diferentes, pois a semelhança entre eles não
significa que sejam iguais. Eles se definem com a relação que as pessoas
constroem entre elas e o espaço organizado(HORN 2007, p. 28).

A organização dos espaços na Educação é fundamental para o


desenvolvimento integral do aluno, desenvolvendo suas potencialidades e propondo
novas habilidades sejam elas: motoras, cognitivas ou afetivas. O aluno que vive em
um ambiente construído para ela e por ela, vivencia emoções que a farão expressar
sua maneira de pensar, bem como a maneira como vivem e sua relação com o
mundo.
O projeto pedagógico é um documento orientador da ação da escola, onde se
registram os alvos a atingir, as opções estratégicas a seguir, em função do
diagnóstico realizado, dos valores definidos e das concepções teóricas escolhidas, e
também é necessário que cada unidade escolar tenha o seu projeto pedagógico e
que ele não seja somente um plano no papel.
O projeto deve ser concreto, vivo, discutido, decidido e sustentado pelos
diferentes segmentos da escola, como o propósito de superar a desarticulação e a
fragmentação observadas na prática educativa. Esse projeto pedagógico construído
por todos que atuam no cotidiano da escola deve levar em consideração as questões
relativas ao currículo, ao planejamento, à avaliação e à organização e funcionamento
da escola como instituição social.
Uma proposta educativa deve respeitar e valorizar a diversidade como fonte
de crescimento, difundindo o diálogo, o intercâmbio, a tolerância, a solidariedade, a
esperança e o compromisso com a construção de um mundo e de uma escola onde
toda a pessoa humana possa ser feliz!

II- A IMPORTÂNCIA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL.


O orientador educacional é um profissional, cujo papel principal é atuar junto
aos educandos. Ele ajuda o aluno, na escola a tomar consciências de seus valores,
incertezas e dificuldades. Sua função é orientar os alunos no conhecimento pessoal,
social e cultural, para que o mesmo interaja e intervenha no contexto onde está
inserido, sendo capaz de tomar decisões a partir do que se conhece como pessoa e
atuando de forma positiva na sociedade.

O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na formação de uma


cidadania crítica, e a escola, na organização e realização de seu projeto
pedagógico. Isso significa ajudar nosso aluno por inteiro com utopias,
desejos e paixões. [...] a Orientação trabalha na escola em favor da
cidadania, não criando um serviço de orientação para atender aos
excluídos [...], mas para entendê-lo, através das relações que ocorrem [...]
na instituição Escola. (GRINSPUN, 2003, p. 29)

O Orientador Educacional é um profissional de grande importância dentro da


escola, pois e função dele orientar os alunos em seu desenvolvimento pessoal,
preocupando-se com a formação de seus valores, atitudes, emoções e sentimentos;
Orientar, ouvir e dialogar com os alunos, os professores, os gestores e os
responsáveis e com a comunidade. Ele Participa da organização e da realização do
projeto político-pedagógico e da proposta pedagógica da escola; ajuda o professor a
compreender o comportamento dos alunos e a agir de maneira adequada em relação
a eles; auda o professor a lidar com as dificuldades de aprendizagem dos alunos.
Ele é o responsável em mediar quando há conflitos entre alunos, professores e
outros membros da comunidade. Ele tem que ter por habito • circular pela escola de
forma a observar e convive com os alunos. É o orientador Educacional que tem que
buscar estratégias para sensibilizar os pais, de forma que eles percebam a
importância de sua participação efetiva na ação educativa dos alunos.
O orientador faz a ponte

VI – A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO
A Psicopedagogia pode abranger diferentes cenários. Nesse sentido, segundo
o § 2º do Código de Ética da Psicopedagogia (2011, p. 1), “a intervenção
psicopedagógico na Educação e na Saúde se dá em diferentes âmbitos da
aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre o institucional e o clínico”.
No ambiente escolar o trabalho em equipe é de suma importância, pois em
parceria os professores, o Orientador Educacional e a família irão buscar estratégias
para solucionar as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos.
Barbosa ratifica que a atuação psicopedagogia junto a um grupo ou instituição,
para ser operante precisa interpretar os papéis desempenhados, a forma como foram
atribuídos e assumidos, assim como as expectativas que se encontram latentes
neste movimento de atribuir e aceitar o papel. [...] A tarefa de cada um deve estar
voltada para o aprender, desde a direção até a portaria ou o serviço de limpeza.
O Psicopedagogo é o profissional que estuda como se dá o processo de
ensino e aprendizagem e investiga as diferentes formas de apropriação da
aprendizagem, sabendo que cada aluno tem suas especificidades.
Barbosa ressalta, que "a Psicopedagogia, como área que estuda o processo
ensino/aprendizagem, pode contribuir com a escola na missão de resgate do prazer
no ato de aprender e da aprendizagem nas situações prazerosas”
Trabalhando interdisciplinarmente a Psicopedagogia contribui com o
planejamento educacional , alinhado com o pedagógico colaborando com planos
educacionais e lúdicos desenvolvidos numa modalidade cujo caráter é clínico
institucional,.
Segundo Neves (1991):
“A psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em
conta as realidades interna e externa da aprendizagem, tomadas em
conjunto. E mais, procurando estudar a construção do conhecimento em
toda sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos
cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos.” (NEVES apud
BOSSA, 2000, p.19)

O Psicopedagogo ao perceber que o aluno apresenta necessidades


educacionais especiais deve realizar a ponte entre a escola, família e paciente com a
finalidade de viabilizar a educação inclusiva.
V- IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA NO PROCESSO
PEDAGÓGICO.
Ao observar o espaço escolar verifica-se que a baixa frequência e o
desinteresse dos responsáveis pela vida escolar dos estudantes afetam diretamente
o desenvolvimento escolar, intelectual e social, atingindo também a unidade escolar,
pois é necessário que a família auxilie os gestores nas tomadas de decisões e no
acompanhamento dos educandos. Para que isto aconteça é preciso que haja a
parceria entre família e escola.

A família e a escola possuem um valor insubstituível, pois elas fazem


parte do centro da vida das crianças na construção de sua consciência.

A função social da educação escolar pode ser vista no sentido de um


instrumento de diminuição das discriminações. Por isso, mesmo, vários
sujeitos são chamados a trazer sua contribuição para este objetivo,
destacando-se a função necessária do Estado, com a colaboração da família
e da sociedade. (Cury, Jamil 2010 p. 7)

À família cabe o papel de orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar


dos estudantes e à escola cabe o papel de oferecer aulas e ensino de qualidade,
além de proporcionar um ambiente agradável, onde o principal objetivo é a educação
dos educandos e aquisição do conhecimento, com a utilização de materiais
adequados a uma aula atrativa oferecida por profissionais bem preparados para
cumprir o dever de educadores, pautando suas práticas na eficiência, eficácia e
efetividade social, contribuindo no processo ensino-aprendizagem e
consequentemente articulando com a formação da cidadania, que acarretará a
transformação da sociedade.
Um dos papéis da escola necessita ser o de estabelecer parâmetros para que
o aluno cresça como ser humano, seja o protagonista de sua própria história, que
possa construir uma práxis sobre valores fundamentais e que desenvolva um canal
com a família para que venha contribuir de forma satisfatória para o
desenvolvimento do ensino-aprendizagem.. É, neste sentido, que o acesso e
permanência na escola constituem possibilidades reais aquisição do saber.
Sentimos que as crises da educação brasileira provem da falta de um bom
relacionamento entre a escola e a família.
Formar o novo cidadão (o cidadão necessário) no aluno significa formá-lo
com capacidade para ter uma inserção social crítica / transformadora na
sociedade em que vive. Ou seja, a sociedade civilizada, fruto e obra do
trabalho humano, cujo elevado progresso evidencia as riquezas que a
condição humana pode desfrutar, revela-se também uma sociedade
contraditória em que grande parte dos seres humanos está à margem dessa
riqueza, dos benefícios do progresso, da humanização, enfim. Assim, educar
na Escola significa ao mesmo tempo preparar as crianças e os jovens para
se elevarem ao nível da civilização atual – da sua riqueza e dos seus
problemas – para aí atuarem. Isto requer uma preparação científica, técnica
e social. (Pimenta 2010 p.78)

O aluno precisa sentir que pode contar com a família para resolver as
dificuldades, com a família por perto ela se sente segura e amparada para continuar
seus estudos e quebrar as barreiras. Muitas vezes os pais não percebem a
dificuldades de seu filho ou ignoram a situação por não enfrentarem da forma que
precisa ser tratado. Quando a escola e família se aproximam, processo educacional
fica muito mais fácil de ser alcançado.
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a
muita coisa que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando
em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos
métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais
dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas
coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades
[...] ( PIAGET 2007, p.50)

E também é direito das famílias ter acesso a informações que lhes permitam
opinar e tomar decisões sobre a educação de seus filhos e exercer seus direitos e
responsabilidades.
Um canal de comunicação mais usado pela escola são as reuniões de pais,
porém este modelo dependendo da forma como estas reuniões são realizadas as
mesmas podem afastar os responsáveis do que aproximá-lo. Pois eles devem ser
chamados para compartilhar conquistas no desenvolvimento de seus filhos e não
somente quando a escola necessita.
A família precisa perceber a importância de garantir a frequência do filho na
escola. E para que isto aconteça a escola precisa saber estimular a parceria
família/escola e envolver os pais no trabalho que desenvolve para que todos saiam
ganhando.
Cabe repensar a responsabilidade que temos enquanto profissionais ou como
família nessas questões e como podemos e devemos mudar o foco de nosso olhar
do aluno para a relação ensino-aprendizagem que lhe oferecemos para entender
suas dificuldades de aprendizagem. Importante e desafiante é repensar as práticas
educativas, envolvendo não só os alunos, mas professores, coordenadores, diretores
e todos que fazem parte do processo, um recorte para uma intervenção do
Orientador Educacional. E ele o responsável em
O Orientador Educacional pode levar a família a refletir sobre os problemas,
conversando e buscando soluções de forma que ambos possam ajudar o aluno. O
Orientador no decorrer destas conversas tem que ser neutro, pois cada família tem
sua vivência e seu modo de pensar, pois existem questões religiosas e morais

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir desta pesquisa percebe-se que a escola tem como função criar
condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os
conteúdos necessários para a vida em sociedade; permitindo ao aluno exercitar sua
cidadania a partir da compreensão da realidade, para que possa contribuir em sua
transformação. Mas que se faz importante que essa escola perceba, que para
ensinar é preciso muito mais que amor, é preciso reconhecer a criança como um ser
complexo e subjetivo.
Mas sabe-se que a escola sozinha não caminha e não atinge os objetivos
esperados, pois eles precisam da parceria dos pais. Afinal Um passo importante para
a construção de uma parceria efetiva e produtiva entre a escola e a família é, sem
duvida, a identificação da família como instituição educadora, tendo sempre o que
transmitir e o que aprender, tendo a escola como sua eterna e afinada aliada e não
rival, porque ambas possuem e trabalham por um mesmo objetivo. Os pais devem
estar presentes na vida escolar diária de seus filhos, dialogando, procurando saber
como foi o seu dia na escola. A escola, por sua vez, não deve apenas lembrar-se dos
pais na hora do problema, para apenas lhes fazer reclamações quanto à participação
do aluno em sala de aula ou apenas quando as notas estão ruins, a família deve ser
vista como uma co-autora no processo educacional da criança, sendo
propositalmente envolvida na concretização do mesmo. Fazendo com que o aluno se
sinta seguro e duplamente amparado.
Com isso é importante conquistar os responsáveis e aperfeiçoar os meios de
aproximação da família ao espaço escolar
E vimos através desta pesquisa que é tarefa do Orientador Educacional, é um
profissional importante dentro do cenário da educação, pois é ele quem vai buscar
alternativa e estratégias para que escola e família caminhem juntas, pois assim o
processo de ensino e aprendizagem será de qualidade, contribuindo para formar
cidadãos aptos para possa atuar na sociedade.

BIBLIOGRAFIA:

BARBOSA LMS. A Psicopedagogia no âmbito da instituição escolar.


Curitiba: Expoente; 2001.
BRASIL, Estatuto da criança e do adolescente – ECA.Brasília, Distrito
Federal: Senado, 1990.

______. Código de Ética da Psicopedagogia. 2011. Disponível em:


http://www.abpp.com.br/wp-content/Código-de-Ética-última-revisão-
Simpósio.pdf. Acesso em: 4 mar. 2022

.CURY, Carlos Roberto Jamil. O Direito A Educação: Um Campo de Atuação


do Gestor educacional na Escola.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia:Saberes necessários a prática


educativa 11 ed. Rio de Janeiro; Paz e terra, 1999

GRINSPUN, Mirian Paura Sabrosa Zippin (org.). Supervisão e Orientação


Educacional: perspectiva de integração na escola. São Paulo, 2003.
Horn, Maria da Graça Souza. Sabores, Cores, Sons, Aromas: A organização
dos espaços na educação infantil. Porto Alegre,2007

MONTEIRO, Elizabeth. Criando Adolescentes em tempos difíceis. São


Paulo: Summus, 2009.

PIAGET, Jean. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: José Olímpio,
2007.

PIMENTA, Selma Garrido. Questões Sobre a Organização do trabalho na


Escola. 2010.

NASCIMENTO, A. A população e família brasileira: ontem e hoje.


Disponível em:
<http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2006/docspdf/
ABEP2006_476.pdf.> Acesso em: 23 jan. 2016.

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