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Uma boa relação entre família e escola é o que se espera. E está seja a
melhor possível para que o desenvolvimento das crianças por meio da integração
entre a educação escolar e a educação realizada no meio familiar possa ser
realizada.
Segundo Tiba (2002, p. 123), “Felicidade não é fazer tudo que se tem
vontade, mas ficar feliz com o que se está fazendo”. Diante disto, acreditamos que
cada instituição deve conhecer o seu papel e juntos em uma parceria Família e
Escola compreenderem que juntos é essencial para a construção de verdadeiros
cidadãos críticos, capazes de irem em busca de um mundo melhor, com ideais de
paz, liberdade e justiça social. No entanto, esse ideal somente será concretizado se
houver uma interação entre a convivência familiar, social e escolar.
PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA
PROBLEMA
Não é difícil de observar que a família tem se afastado cada vez mais da
escola. E a partir de nossas observações e experiências no cotidiano de sala de
aula, vimos que os pais não têm vindo buscar os trabalhos de seus filhos na escola,
tão pouco participam de reuniões pedagógicas, projetos escolares, atividades prática
apresentadas pelos alunos e nos eventos da escola como: festas juninas, datas
comemorativas, além de muitas dessas famílias não conhecem o professor de seus
filhos.
JUSTIFICATIVA
Sendo assim, Tiba (2002, p. 183) destaca “que se a parceria entre família e
escola for formada desde os primeiros passos da criança, todos terão muito a
lucrar”.
Torna evidente que a instituição escolar não pode viver sem a familiar e vice-
versa, porque uma depende da outra para atingir seu maior objetivo. Tal objetivo
compreende em tornar o educando/filho em um aprendiz reflexivo para ter um futuro
mais digno e assim formar uma sociedade mais justa para se viver.
OBJETIVOS
Objetivos específicos
Levantar quais os fatores que levam a ausência dos pais ou
responsável na escola;
Investigar as consequências da ausência da família no processo de
ensino e aprendizagem;
Entender o papel da escola frente às questões da família
RELEVÂNCIA
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
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Artigo publicado na revista Iberoamericana de Educação ISSN: 1681-5653. Nº 44/7 – 10 de Janeiro
de 2088. Edita: Organización de Estado Iberoamericanos. Para La Educación, La Ciencia y La Cultura
(OEI).
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para atender esta questão como, por exemplo: a ação realizada no dia 24 de 2001,
onde o Ministério da Educação – MEC pela primeira vez através da televisão e com
o auxílio de artistas famosos promoveu o “Dia Nacional da Família na Escola”. Este
dia tinha como objetivo estabelecer um trabalho em parceria com os pais. Outra
ação foi realizada entre Dezembro de 2004 e Janeiro-Fevereiro de 2005, onde o
Ministério da Educação veiculou uma campanha publicitária conclamando as
famílias brasileiras, usuárias da escola pública, a receber em seus domicílios os
pesquisadores do Instituto Nacional dos Estudos Pedagógicos – INEP dentre outras.
seus filhos, os mesmos não auxiliam os filhos com os seus deveres de casa e tão
poucos participam das reuniões pedagógicas nas escolas.
Neste sentido Ackerman (1986) afirma que nos dias atuais o grande
avanço da tecnologia:
Assim sendo, a escola não pode viver sem a família e nem a família sem a
escola, pois uma depende da outra para alcançar seu objetivo que é fazer com que
o educando aprenda para ter um futuro melhor e assim construir uma sociedade
mais justa e digna para se viver.
Neste sentido, quando a escola e a família têm uma boa relação o aluno
tem bom desempenho em seus estudos. A evasão escolar diminui, os filhos tem um
bom relacionamento com os que os cercam. Apesar disso ainda existem barreiras
que geram conflitos e ações que não contribuem para o desenvolvimento do aluno.
Acredita-se que quanto mais a família participa, mais eficaz é o trabalho da escola,
pois, dessa forma, cada um se dedicará às suas atribuições.
Mas mesmo assim, essa atuação dos pais é bem rara, o que temos
observado é uma confusão de papeis, cobranças para as duas instituições e novas
atribuições para o professor. Por um lado, parece que os pais tem dificuldades de
compreender o que a escola esta transmitindo para seus filhos. Por outro lado, há
uma falta de habilidade da escola em promover essa comunicação com a família.
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Assim, pode-se dizer que as crianças precisam sentir que fazem parte de uma
família.
Partindo da idéia que a família é a base para qualquer ser humano, não
fazendo referência aqui somente à família com laços de sangue, mas também as
famílias construídas através de laços afetivos. Defini-se família como um conjunto de
pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se
complementarem. E é através dessas relações que os seres humanos tendem a
tornarem-se mais afetivos e receptivos, eles aprendem a viver o jogo da afetividade
de maneira adequada. Mas para que essa adequação ocorra é preciso que haja
referências positivas, responsáveis encarregados de mostrar os limites necessários
ao desenvolvimento de uma personalidade com equilíbrio emocional e afetivo. Para
as crianças e adolescentes, as referências são pessoas, palavras, gestos que irão
proporcionar a formação da identidade. Por isso, crianças e jovens que estabeleçam
vínculos de harmonia nos seus momentos de decepções, e que possam receber
carinho, atenção e compreensão irão desenvolver uma identidade sadia,
conseguindo suportar frustrações até o momento adequado para realizar seus
desejos.
Sabemos que muito tem sido transferido da família para a escola, funções
que eram das famílias: educação sexual, definição política, formação religiosa,
caratê, dança, entre outros. Com isso a escola vai abandonando seu foco, e a
família perdem a função. Além disso, a escola não deve ser só um lugar de
aprendizagem, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da
vida afetiva. A escola que funciona como quintal da casa poderá desempenhar o
papel de parceira na formação de um indivíduo inteiro e sadio. É na escola que deve
se conscientizar a respeito dos problemas do planeta: destruição do meio ambiente,
desvalorização de grupos menos favorecidos economicamente, etc. Deve-se falar
sobre amizade, sobre a importância do grupo social, sobre questões afetivas.
Devido varias reflexões está surgindo uma nova visão de escola, muito
diferente do que tínhamos como entendimento durante anos, que o fazer da escola
é disciplinar, é ensinar a obedecer sem saber exatamente o porquê e engavetar os
sonhos e os projetos de crianças e adolescentes cheios de alegria e capazes de
produzir conhecimento. Atualmente, as escolas estão buscando desenvolver uma
prática de qualidade, mais atentas à formação global e holística, que proporciona
às crianças a vivência da criatividade, da ludicidade, da relação escola e família, da
cooperação, da participação e do exercício da cidadania. A família inserindo-se na
escola, indo mais além através de contatos informais, as conversas breves, onde
cada escola e cada educador desenham em conjunto com a família, caminhos e
alternativas de partilha mento. O propósito é que essa parceria se construa através
de uma intervenção planejada e consciente, para que a escola possa criar espaços
de reflexão e experiências de vida numa comunidade educativa, estabelecendo
acima de tudo a aproximação entre as duas instituições (família-escola). A
necessidade de se estudar a relação escola e família se sustenta e é reafirmada
quando o educador se esmera por considerar o educando, sem perder de vista a
globalidade da pessoa, ou seja, compreendendo que quando se ingressa no
sistema escolar, não se deixa de ser filho, irmão, amigo etc. Os pais precisam ter
consciência de que servem como exemplo para seus filhos, portanto sua
responsabilidade é redobrada.
Segundo Coronha (2006), Os filhos usam tudo aquilo que aprendem a seu
favor. Se o filho percebe o quanto seus pais discordam e criticam a escola de seu
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filho, este fará o mesmo e desrespeitará os professores. Isso, por sua vez, irá
distanciar ainda mais a família da escola. Os pais devem tentar entender o motivo de
a escola fazer de determinada maneira, através de diálogos sempre que for
necessário. Ainda não inventaram melhor forma de trocar idéias do que o próprio
diálogo, pois o olho-no-olho aproxima as pessoas e é mais provável que se chegue
num denominador comum.
São uma relação permeada pelos mais diversos fatores: o sofrimento dos
pais por afastarem seus filhos de si mesmos; os desejos de que a escola lhes
ofereça o melhor, em todos os aspectos; a necessidade da garantia dos melhores
cuidados para com as crianças; os ciúmes que sentem os pais ao dividirem os filhos
com os professores; o medo do fracasso escolar; as projeções dos próprios
fracassos compensados através dos filhos; o pouco interesse pela vida escolar dos
filhos; as super exigências dos pais; as atitudes de aceitação ou não dos filhos; as
questões de rejeição ou negligência; as dificuldades pessoais dos pais; o contexto
sócio-econômico-histórico em que se fundamenta a família; a permissividade ou o
autoritarismo; as relações de amor e hostilidade; a violência contra os filhos, ou
entre familiares; as atitudes, padrões e valores morais da família; o relacionamento
entre casal e filhos; doenças, separação, desemprego; os diferentes modelos de
organização familiar, ou seja, está implícito tudo o que determinada família tem em
seu histórico. É uma relação que deve ter acima de tudo vínculo, A escola, portanto
também necessita dessa relação de cooperação com a família, pois os professores
precisam conhecer as dinâmicas internas e o universo sócio-cultural vivenciados
pelos seus alunos, para que possam respeitá-los, compreendê-los e tenham
condições de intervirem no providenciar de um desenvolvimento nas expressões de
sucesso e não de fracasso diagnosticado. Precisam ainda, dessa relação de
parceria, para poderem também compartilhar com a família os aspectos de conduta
do filho: aproveitamento escolar, qualidade na realização das tarefas,
relacionamento com professores e colegas, atitudes, valores, respeito às regras. Ae
respeito enfatiza Grossi e Bordin (1993):
O conhecimento só é conhecimento porque é socializável..., ou seja, só
podemos partir de um ponto se o conhecemos. Tanto a família quanto a
escola só pode ter um objetivo em comum com determinismo e
persistência se souber como o educando / filho está no outro ambiente
(familiar/escolar). Caso contrário ambos caminha de forma transversal ou
cada um para um lado; paralelo, mas na contramão. (1993,p.205)
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2.2 SUJEITOS
A análise dos dados foi feita por meio da observação no cotidiano da escola,
através de aplicação de questionários tanto para as famílias quanto para a escola,
onde foi realizado a pesquisa.
Além da revisão bibliografia, para que seja realizada uma pesquisa mais
concreta, será também necessário a visita ao campo onde serão permeadas pelas
observações e conseqüentemente, pelo seu registro como também a aplicação de
questionário junto as famílias. Com o intuito de delimitar os dados obtidos, o
questionário será composto por 09 perguntas fechadas para as famílias e 05 para a
escola, visando coletar das famílias dos alunos, e direção da escola informações e
opiniões sobre os mais diversos fatores relacionados a ausência da família na
escola.
Por esse motivo, o Prefeito na época, Sr. Manoel Moacir Gonçalves Alho,
procurou resolver o problema junto ao governo do estado, o Sr. Jader Fontileni
Barbalho, que tomando conhecimento do problema autorizou um convênio com o
Município no valor de R$ 52.000,00 (cinquenta e dois mil reais), onde a verba não
contemplou a realização da obra e a prefeitura ainda investiu algum dinheiro, porém
não havia recursos suficientes para concluir a obra. Novamente o gestor municipal
procurou o Governo do Estado já na pessoa do Sr. Almir Gabriel, que autorizou o
repasse de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), assim, concluindo a construção e o
início de funcionamento da Unidade de Ensino em 1998.
32%
22%
28%
34%
20%
30%
Gráfico 3: Com que frequência a família ajuda nas tarefas escolares das crianças?
Gráfico 6: Marque os motivos/ razões que levam a família a não participar com mais
frequência:
Gráfico 9: Você acredita que a participação dos pais na escola ajuda no desempenho
escolar de seus filhos?
Gráfico 11: De que forma a escola incentiva a participação dos pais na escola?
Gráfico 12: Em sua opinião, quais os fatores que dificultam a relação família e escola
16,60% 16,60%
66,60%
Falta de t empo
Falta de compromisso das família
Falta de conhecimento sobre o processo educacional
Quando a escola e a família têm uma boa relação o aluno tem bom
desempenho em seus estudos, a evasão escolar diminui os filhos tem um
bom relacionamento com os que os cercam.Do contrário, quando a família
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A escola foi criada para servir à sociedade. Por isso, ela tem a obrigação
de prestar contas do seu trabalho, explicar o que faz como conduz a aprendizagem
das crianças e criar mecanismos para que a família acompanhe a vida escolar dos
filhos. Em relação a esta parceria Heloisa Szymanski, do Departamento de
Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ressalta
que "Os educadores precisam deixar de lado o medo de perder a autoridade e
aprender a trabalhar de forma colaborativa".
É importante ressaltar que não existe uma fórmula mágica para aproximar
a família da escola, pois cada família e cada escola vivem uma realidade diferente
segundo TIBA (1998) “Quando a escola abre suas portas para usufrutos dos pais de
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Para Cristina Coronha, o homem mais do que nunca precisa agregar valor
ao seu meio para ser importante e útil; precisa confiar em si mesmo, ter iniciativa,
ser valente, saber exatamente de seus direitos e deveres para colocar-se
corretamente.
O papel de pai mãe professor é sem dúvida uma tarefa árdua o qual
requer muita responsabilidade, será que os filhos, os alunos estão sendo bem
preparados para serem inseridos nesse mundo? Cada um deve fazer a sua parte,
onde todos caminhem para um só objetivo, somando valores ao meio.
Não se pode esperar que uma criança tenha verdadeiros hábitos do bem,
se convive com desordens, com pessoas desumanas, impacientes sem controle
emocional. O adulto precisa ser paciente, ser tolerante, ter conceitos verdadeiros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORONHA, Cristina. Melhores pais, melhores filhos, educar pelo exemplo. São
Paulo. Ed. Agir. 2006
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas S.A. 2002.
PARO, V.H. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Ed. Xamã.
2000.
TIBA, Içami. Ensinar aprendendo. 6. ed. São Paulo: Editora Gente, 1998.
TIBA, Içami. Quem ama educa. São Paulo: Editora Gente, 2002.
ZAGURY, Tânia. Escola sem conflitos: parceria com os pais. Rio de Janeiro: Record,
2008.
APÊNDICES
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Desde já queremos agradecer a sua participação, que de grande importância para que
possamos obter êxito em nossa pesquisa.
Atenciosamente
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Questionário de Pesquisa
( ) Participa constantemente
( ) Participa esporadicamente
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6 – Com que frequência a família acompanha/ajuda nas tarefas escolares das crianças?
( ) Todos os dias
( ) Às vezes
( ) Não ajuda
( ) Outros. Especifique: ____________________.
( ) Todos os dias
( ) Três vezes por semana
( ) Semanalmente
( ) Somente quando solicitado
( ) Participa
( ) Às vezes
( ) Não participa
( ) Outros. Especifique: ____________________.
9 – Marque os motivos/razões que levam a família a não participar com mais frequência?
( ) Falta de tempo
( ) Não sente necessidade em participar
( ) Confia na escola e o que for decidido está bom
( ) Não é acolhido satisfatoriamente na escola
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Questionário de Pesquisa
( ) Participa
( ) Às vezes participa
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08 – Você acredita que a participação dos pais na escola ajuda no desempenho escolar de seus filhos?
( ) Sim ( ) Não
11 – Em sua opinião qual(is) o(s) fator(es) que dificultam a relação da família com a escola?