Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APRESENTAÇÃO
Você sabia que o movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural,
social e pedagógica? Foi desencadeado em defesa do direito de todos os alunos participarem e
aprenderem juntos sem nenhum tipo de discriminação.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer a Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva, documento apresentado pelo MEC em parceria com a
SEESP com o objetivo de acompanhar os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando
constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos.
Bons estudos.
DESAFIO
Marina é mãe de Leonardo, de seis anos, que tem nanismo e acabou de completar o ciclo de
educação infantil, estando apto a ingressar no 1o ano do ensino fundamental. Ele é bastante
introvertido e não se sente à vontade em grupos grandes, tendo dificuldades em interagir com os
colegas.
No entanto, sua vizinha comentou ter feito a matrícula do filho (que não possuía nenhum tipo de
deficiência) na escola onde Marina havia tentado matricular Leonardo.
Marina desconfiou que fosse um caso de discriminação por causa da deficiência e resolveu fazer
um teste: telefonou para o estabelecimento e perguntou se ainda havia vagas, recebendo uma
resposta positiva e sendo convidada a conhecer a escola.
De posse da gravação da ligação telefônica, Marina foi em busca do direito de matricular o seu
filho na referida escola e precisava de respaldo em documentos oficiais. Diante disso, em quais
documentos Marina poderá basear a sua reclamação?
INFOGRÁFICO
Para aprofundar os seus conhecimentos sobre o assunto, faça a leitura do capítulo intitulado A
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva do livro
Psicologia e a pessoa com deficiência.
https://qrgo.page.link/xUT77
estabelece que: “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (BRASIL,
1996, documento on-line). Caso a escola regular não possua condições de
atender esses alunos, “O atendimento educacional será feito em classes, escolas
ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas
dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino
regular” (BRASIL, 1996, documento on-line).
Cabe destacar que, após a LDBEN, a educação especial passou de um sis-
tema à parte para uma modalidade educacional transversal. A partir dela,
as normativas foram se tornando cada vez mais detalhadas e direcionadas ao
público-alvo da educação especial. Salienta-se que a LDBEN apontou algumas
mudanças significativas em prol da educação escolar das pessoas com defici-
ência, porém, tratou a educação especial como “[...] a modalidade de educação
escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
portadores de necessidades especiais” (BRASIL, 1996, documento on-line).
O termo “preferencialmente” gerou algumas brechas na lei, permitindo que
algumas instituições negassem a matrícula para os sujeitos da educação especial.
Rech (2015) chama a atenção de que, embora a Lei não tenha se referido à
educação inclusiva, nela ficou perceptível a intenção de abrir espaços para a ideia
de educação para todos, tendo como base a proposta de manter, na escola especial,
apenas os alunos que não tiverem condições de serem integrados na escola regular.
A partir desse momento, a matrícula para alunos com deficiência passou a ser
obrigatória na escola regular. Porém, até esse momento, pelo menos nas políticas
públicas, não se falava no conceito de inclusão na perspectiva da integração escolar.
[...] o atendimento educacional especializado (AEE), poderia ser realizado nas clas-
ses comuns de ensino, mediante parcerias entre os professores da Educação Especial
e do ensino regular; nas salas de recursos pelo professor da Educação Especial
e, também, fora da escola em classes hospitalares e em ambientes domiciliares.
Para saber mais sobre o assunto, leia o texto “Educação inclusiva: desafios da formação
e da atuação em sala de aula” (ALONSO, 2013).
Leituras recomendadas
ALONSO, D. Educação inclusiva: desafios da formação e da atuação em sala de aula.
Nova Escola, 2013. Disponível em: http://acervo.novaescola.org.br/politicas-publicas/
palavra-especialista-educacao-inclusiva-desafios-formacao-atuacao-sala-aula-762299.
shtml?page=4. Acesso em: 28 nov. 2019.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 9
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
DICA DO PROFESSOR
O vídeo apresenta uma reflexão sobre a formação dos professores para o desenvolvimento da
educação inclusiva.
EXERCÍCIOS
D) Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino de acordo com a oferta
dos estabelecimentos escolares.
B) O acesso à educação para as pessoas com deficiência inicia-se no ensino fundamental, não
sendo obrigatória a sua frequência na educação infantil.
B) A Língua Brasileira de Sinais não é reconhecida pela lei como meio legal de comunicação,
pois é utilizada somente pelas pessoas com deficiência auditiva, não sendo uma forma de
comunicação universal.
C) O sistema Braille não é reconhecido como meio legal de comunicação, pois não possui
projeto de grafia para a Língua Portuguesa.
D) Ainda nos dias de hoje perdura o entendimento de que a educação em escola especial é a
mais adequada ao atendimento de estudantes que apresentam deficiência ou que não se
adequam à estrutura rígida dos sistemas de ensino.
E) Ainda hoje, mesmo com uma perspectiva conceitual que aponte para a organização de
sistemas educacionais inclusivos que garanta o acesso de todos os estudantes e os apoios
necessários para sua participação e aprendizagem, as políticas implementadas pelos
sistemas de ensino não alcançaram esse objetivo.
NA PRÁTICA
É de responsabilidade dos governos criar iniciativas para a divulgação de ações, bem como
promover discussões sobre os direitos das pessoas com deficiência, promovendo um diálogo
entre poder público, escola e comunidade.
Além disso, a participação das famílias, da comunidade, de ONGs e de institutos nas decisões e
na elaboração de leis e documentos que visem a inclusão das pessoas com deficiência é
essencial para que estas atinjam o maior número de pessoas, oferecendo maior qualidade de
vida, educação de qualidade e garantia dos seus direitos.
Como ocorreu em agosto de 2013, em que as APAES de todo o Brasil se manifestaram contra
um parecer do Conselho Nacional de Educação que pretendia o seu fechamento.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor: