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1- INTRODUÇÃO

Pensar e construir o Projeto Político Pedagógico - PPP é refletir, numa


primeira instância, sobre questões fundamentais que assegurem uma visão de
totalidade do processo educativo, visto que PPP indica o rumo que a escola deve
percorrer, correspondendo às tomadas de decisões educacionais pelos membros da
comunidade escolar que o concebem, planejando, executando e avaliando sempre,
tendo por base a organização do trabalho escolar de forma integral.
Segundo Veiga (2001), a construção do Projeto Político Pedagógico da escola
é uma etapa de substancial importância no desenvolvimento de uma Instituição de
Ensino que almeja uma educação eficiente e de qualidade. Sua elaboração exige a
participação coletiva da comunidade escolar em uma perspectiva de Gestão
Democrática e uma profunda reflexão acerca das finalidades da Instituição de
Ensino juntamente com o esclarecimento de seu papel e a correta definição de
caminhos, modos operacionais e ações a serem implementadas na educação, pelos
envolvidos no processo.
Quando a escola é capaz de construir, implementar e avaliar o seu Projeto
Político Pedagógico coletivamente, ele propicia uma educação de qualidade,
exercendo a sua autonomia pedagógica, conforme o art. 14, da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDBEN Nº 9394/96 que versa sobre a questão
democrática do sistema de ensino público.
O Projeto Político Pedagógico da escola visa atender na sua função o
processo ensino-aprendizagem, compreendendo e respeitando as diferenças
sociais, econômicas, de níveis de aprendizagens e outras que fazem parte do
cotidiano da comunidade. É preciso compreender que para a escola exercer sua
função de ensino e aprendizagem, com base nos resultados científicos
historicamente construídos na sociedade, deve oferecer uma prática pedagógica
voltada ao desenvolvimento integral da criança desde os princípios de
relacionamento pais e filhos, grupos e comunidade, estabelecendo limites e normas,
discutindo dia-a-dia, buscando prevalecer o entendimento, a ordem e o equilíbrio
proporcionando o exercício da cidadania no grupo, na comunidade e na sociedade
em geral.
Desta forma o desafio da escola está em juntos (professores, pais, alunos,
funcionários) criar relações de compromisso e espaço democrático que garantam a

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participação com igualdade de vez e voz, colher resultados e avaliá-los
continuamente, revendo as práticas e os métodos, permitindo avanços e qualidade
no produto final do desempenho.
Conhecer a realidade para, a partir dela, construir uma prática pedagógica
adequada, que supra as necessidades e que visa aprimoramento no processo
ensino – aprendizagem faz dos professores, equipe pedagógica e demais
funcionários, articuladores de uma política justa e de qualidade.
O direito à educação, instituído por lei, garante o acesso a todos, porém o
compromisso é da escola e dos órgãos federal, estadual e municipal, em garantir
esse espaço e um ensino de boa qualidade, numa gestão democrática, onde a
participação dos envolvidos é fundamental conforme legislação vigente.
Nessa perspectiva organizamos o Projeto Político Pedagógico da escola,
fundamentado no Currículo para Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel –
Ensino Fundamental, Currículo para Educação Infantil e nas Diretrizes para a
Educação em Tempo Integral, visando alcançar o melhor resultado possível, dando
abertura para reformulações sempre que necessário.
Quando falamos em educação, temos que pensar também em avaliação
como instrumento e indicador do processo ensino-aprendizagem, no qual citamos
aqui o IDEB. Ele é importante por ser condutor de políticas públicas em prol da
qualidade da educação, é uma ferramenta para o acompanhamento das metas de
qualidade do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para a educação
básica que tem estabelecido como meta para o ano de 2022 o Ideb do Brasil seja
6,0. A Escola Municipal Artur Carlos Sartori vem avançando no que diz respeito aos
indicativos e à nota do Ideb. A meta para 2017 era 5,9 e a escola atingiu a média de
6,1, ultrapassando a média prevista pelo MEC.
O ano de 2020 é marcado pela pandemia Covid-19, causada pelo vírus
SARS-CoV-2 ou Novo Coronavírus, o qual se espalhou por todo o mundo, causando
impactos sociais, econômicos, políticos, culturais e históricos. Em decorrência desta
pandemia e as medidas de proteção e prevenção, a educação sofreu alterações em
sua organização, houve necessidade de suspender as aulas da Rede Pública
Municipal de Ensino por meio do Decreto Municipal nº 15.313/2020. Diante da
necessidade de alteração do Calendário Escolar, o Recesso Escolar que ocorreria
em julho foi antecipado para maio, após o recesso, as atividades escolares foram
retomadas, no entanto, sem a presença dos alunos, para tanto, a Secretaria

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Municipal de Educação por meio da Deliberação 004/2020 do Conselho Municipal de
Educação, estabeleceu os procedimentos necessários para a realização das
Atividades Remotas, as quais foram planejadas pela equipe pedagógica das
escolas. As Atividades Remotas foram entregues aos pais, para serem feitas pelos
alunos em suas residências. A entrega aos pais e/ou responsáveis foi realizada nas
Instituições de Ensino pelos professores com cronograma pré estabelecido evitando
as aglomerações, com todas as medidas sanitárias orientadas pela Secretaria
Municipal de Saúde, bem como a devolução para correção. O tempo de Atividades
Remotas tem duração até as autoridades competentes permitirem a reabertura das
escolas com a presença dos alunos. Com a alteração do Calendário Escolar,
também houve adaptações no desenvolvimento do trabalho pedagógico das
Instituições de Ensino da Rede Pública Municipal de Ensino pautado nas legislações
federais, estaduais e municipais emitidas para este tempo. As ações durante o
período de Pandemia Covid-19 serão detalhadas no decorrer deste Projeto Político
Pedagógico, especificamente no item Forma de Organização da Oferta da Educação
Básica e Regime de Funcionamento das Instituições de Ensino.

2- HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO


A Escola Municipal Artur Carlos Sartori Educação Infantil e Ensino
Fundamental, localizada na Rua Cabo José Hermito de Sá, 1011, situa-se ao sul do
Município de Cascavel, a Oeste da Unioeste e em frente à Coopavel na BR 277.
Iniciou-se as atividades educativas no ano de 1977, na época, extensão da
Escola Emília Galafassi, (hoje, localizada à Rua Cassiano Jorge Fernandes no bairro
Jardim Social), neta cidade, no exercício de direção à professora Maria das Graças
Zortéa.
As atividades eram executadas em períodos contínuos de horários: manhã,
intermediário e tarde, em um prédio de madeira que tinha duas salas de aula,
cozinha e dependência administrativa. A escola era composta por seis turmas com
aproximadamente 35 alunos cada uma.
Em 1981, já com novo prédio de alvenaria, com quatro salas de aula e outras
dependências como: salas administrativas e pedagógicas, sala de professores,
cozinha e dispensa ampliada, banheiros sanitários e água encanada. A escola não
comportava a demanda do crescimento populacional da comunidade. Funcionava

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das 7:30hs às 18:00hs, sem interrupção nos períodos, subsequenciados, manhã,
intermediário e tarde.
Para completar a carga horária semanal e concluir o calendário escolar, as
atividades eram realizadas de segunda a sábado.
Em 1982, emancipou-se da escola Emília Galafassi, adquirindo autonomia de
funcionamento pela resolução n 3369/82, tendo como diretora nomeada a
professora Neuza Maria Dalla Valle.
No ano de 2004, foi construída a nova Escola em prédio próprio do Município,
em dezembro deste ano a escola foi inaugurada, entrando em funcionamento no ano
de 2005. A partir do ano de 2009, foi implantado a Educação em Tempo Integral.
As administrações subsequentes da escola, já num processo democrático, a
cada dois anos de exercício, se realizavam eleição para a escolha do diretor. Os
diretores eleitos que atuaram na função desde 1984 foram: Neuza Maria Dalla Valle,
Zair Fátima de Souza, Helena Cristina Lopes, Marta Maria dos Santos, Anna de
Oliveira Nicolau, Anízia Aparecida de Oliveira, Eliana Maria P. Perez, Maria Gorete
Rosa, Eliana Maria P. Perez, Mirtes Aparecida Ziliani, Eliana Maria P. Perez Z. Viana
e atualmente Simara Maciéski.

2.1 Biografia de Artur Carlos Sartori

Escola Municipal Artur Carlos Sartori, situada na Rua José Hermito de Sá, nº
1011, Bairro Santa Felicidade, fone: (45) 3902-1650. Tem como patrono Artur Carlos
Sartori, filho de Vitorino Sartori e Olinda Kuntzler Sartori, nascido em Concórdia –
Santa Catarina em 30 de agosto de 1948.
Veio de Santa Catarina em 12 de janeiro de 1950, fixando residência em
Cascavel, juntamente com seus familiares. Estudou no Colégio Nossa Senhora
Auxiliadora e Colégio Marista de Cascavel. Interrompeu o curso de Técnico em
Contabilidade de 1967 a 1968 para cumprir com o dever e obrigação no Serviço
Militar, voltando com as atividades de estudante no ano seguinte.
Trabalhou como auxiliar de escritório com seu pai na Zanzin Pasqual e Dall-
Pizol Cia Ltda de 1965 a 1967 e no Banco Nacional S/A até o seu falecimento em 02
de outubro de 1970 em acidente automobilístico, quando se dirigia a escola. Foi
exemplo de estudante honesto, honrado, dedicado e cumpridor dos seus deveres,

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com sua notável simpatia soube incutir e deixar gravada na mente de seus inúmeros
amigos e colegas, o exemplo de lealdade e cidadania.

3- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Escola Municipal Artur Carlos Sartori – Educação Infantil e Ensino Fundamental -


Resolução de Funcionamento nº 3369/82 de 07/12/82
Autorização de Funcionamento (1º ao 5º ano) nº 5289/07

Rua: Cabo José Hermito de Sá, 1011.

Jardim Santa Felicidade Cascavel Paraná

Fone Fax (45) 3902-1650 - CEP: 85803-440

Email: arthursartori@cascavel.pr.gov.br

Os horários de funcionamento da instituição são os seguintes:


Ensino Fundamental e Educação Infantil:
Matutino: 07h30min às 11h30min
Vespertino: 13h20min às 17h20min
ETI – Educação em Tempo Integral: 07h30min às 17h00min

Cada período é de 04 horas para o Ensino Fundamental, totalizando um total de 800


horas e 200 dias letivo. Quanto às disciplinas trabalhadas consta em anexo a grade
curricular. Para o recreio há um intervalo de 15 minutos para o aluno sair ao pátio, ir
ao banheiro como também realizar seu descanso mental. O número de alunos
atendidos em 2022 é:
Educação Infantil- 205 alunos
Ensino Fundamental- 564 alunos
Educação em Tempo Integral- 95

Tem-se como mantenedora a Prefeitura Municipal de Cascavel – Secretaria Municipal

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de Educação. CNPJ 76.208.867/0001-07

Cascavel, 13 de abril de 2022. Simara Maciéski


Portaria nº009/2021 - GAB de 28/01/2021

4- OBJETIVOS DA INSTITUIÇÃO

Garantir o exercício da obrigatoriedade da escolarização da criança, proposto


na Lei, Constituição Federal – Art. 205-214.
Oferecer educação de qualidade comprometida com a transformação social,
considerando a dignidade humana e o exercício da cidadania.
Envolver profissionais, especialistas, família e comunidade no processo de
transformação social, discutindo e avaliando a realidade, promovendo metas e
ações cabíveis no contexto inserido.
Possibilitar que a escola seja espaço de discussões e avaliações constantes
do processo de ensino e aprendizagem com a participação de pais, alunos,
professores e especialistas com efetivo compromisso e responsabilidade.
Tornar a escola um espaço de efetiva criação, participação e democracia,
respeitando e valorizando as diversidades culturais, intelectuais, econômicas e
política da comunidade.
Proporcionar aos educandos a possibilidade de frequentar e/ou participar de
projetos que visam aprimorar o ensino-aprendizagem. O processo ensino
aprendizagem de nossa escola está em conformidade com o Projeto Político
Pedagógico, bem como com o Currículo Municipal para a rede Pública de Cascavel
e faz parte de uma gestão democrática, contemplando a missão de produzir no
sujeito uma visão crítica, obtendo autonomia para se desenvolver plenamente como
cidadão participativo na sociedade.
O Projeto Político Pedagógico da nossa escola reúne propostas de ação
concreta a executar durante o ano letivo vigente, e considera a escola como um
espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos. Também

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define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários para o
processo ensino aprendizagem.

5- OFERTA DE ENSINO/NÍVEL/MODALIDADE

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9394/96,


estabelece em seu art. 21, I e II, que a educação escolar compõe-se de dois níveis,
sendo: Nível I, a educação básica, formada pela educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio e Nível II, o ensino superior.
Desta forma, com a “finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios
para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (LDBEN nº 9394/96, art. 22), a
Escola Municipal Artur Carlos Sartori oferta o Nível I, conforme segue:

6- NÍVEL I - EDUCAÇÃO BÁSICA

6.1 Educação Infantil

6.1.1 Ensino Fundamental – anos iniciais

6.1.2 Educação em Tempo Integral

7- MODALIDADE(S)

7.1 Educação Especial;

8- DOCUMENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Esta Instituição de Ensino foi criada através do Decreto Municipal nº 1542 de


16/10/1982 publicado no Diário Oficial do Município. A partir da Lei Municipal nº
5.694/2010, de 22/12/2010, está jurisdicionado ao Sistema Municipal de Ensino de
Cascavel – Paraná e teve sua primeira autorização de funcionamento pela

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Resolução nº 005 de 2012 concedida pela Secretaria Municipal de Educação,
publicada no Diário Oficial do Município em 16/10/2012.
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre organização do Sistema Municipal de Ensino e
da instituição do Conselho Municipal de Educação de Cascavel, observados os
princípios e normas da Constituição Federal, cia Constituição Estadual, da Lei
Orgânica do Município, e da legislação federal sobre as diretrizes e bases da
educação nacional.

Sendo que as cópias destes documentos constam nos anexos:


 Planta baixa.
 Cópia do Ato de Criação da Instituição de Ensino.
 Cópia da Resolução que concedeu provisoriamente a autorização para
funcionamento da educação infantil e do ensino fundamental no Sistema
Municipal de Ensino de Cascavel.

9- ESTRUTURA FÍSICA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO E CONDIÇÕES


MATERIAIS
Esta instituição de ensino conta com uma ampla estrutura física, com dezoito
salas de aulas, sala dos professores, sala de hora-atividade, biblioteca, informática,
banheiros masculino e feminino para alunos e professores. Também conta com um
parquinho, ginásio de esportes, cozinha e refeitório.
Os recursos oriundos dos recursos do município, estado e união são
aplicados em bens de consumo e bens permanentes conforme a necessidade da
escola, sendo decidido e aprovado em assembleia com a comunidade escolar.
Ainda sobre a estrutura física, a escola possui banheiros adaptados,
passarela com piso antiderrapante e elevador.

9.1 Salas de Aula

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Esta Instituição de Ensino é constituída por diferentes ambientes escolares
onde são desenvolvidas atividades pedagógicas, sendo estas imprescindíveis ao
desenvolvimento integral dos alunos.
Vejamos:

ATENDIMENTO Nº DE ALUNOS Nº DE TURMAS

Educação Infantil 205 09

Ensino Fundamental 564 20

Educação em Tempo Integral 95 04

Reforço Escolar 40 06

Sala de Recursos Multifuncional 06 02

Fonte: Escola Municipal Artur Carlos Sartori

Esta instituição de ensino conta com uma ampla estrutura física, com dezoito
salas de aulas, sala dos professores, sala de hora-atividade, biblioteca, informática,
banheiros masculino e feminino para alunos e professores. Também conta com um
parquinho, ginásio de esportes, cozinha e refeitório.
Os recursos oriundos dos recursos do município, estado e união são
aplicados em bens de consumo e bens permanentes conforme a necessidade da
escola, sendo decidido e aprovado em assembleia com a comunidade escolar.
Ainda sobre a estrutura física, a escola possui banheiros adaptados,
passarela com piso antiderrapante e elevador.

9.2 Biblioteca
A biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo estará à
disposição de toda a comunidade escolar, durante o horário de funcionamento da
escola.
O acervo bibliográfico é fornecido pelo poder público Federal, Estadual e
Municipal (por meio da Secretaria Municipal de Educação), bem como adquiridos
pela Associação de Pais, Professores e Servidores – APPS desta escola e por
doações de terceiros.

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O monitor de biblioteca, além das atribuições expressas no Regimento
Escolar desta Instituição de Ensino atenderá a comunidade escolar, sendo
responsável pela organização e conservação do acervo. O atendimento aos alunos
é desenvolvido de modo a atender aos objetivos expressos no Currículo para a
Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel.
A biblioteca funciona segundo regulamento próprio e está sob a
responsabilidade do monitor de biblioteca e sua auxiliar. Na mesma trabalha-se com
leitura de todos os gêneros, desenvolvem-se atividades lúdicas com propósito de
enriquecer a leitura nos seus diversos aspectos: linguagem verbal, visual, gestual e
expressiva, compreendendo a função social da escrita de acordo com o Currículo
para Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel.
A biblioteca está vinculada ao empréstimo de materiais pedagógicos,
manutenção e recuperação de livros, distribuição dos livros didáticos para os alunos.
Além de trabalhos realizados no cotidiano, tais como: atendimento aos alunos de pré
ao 5º ano em aulas com duração de quarenta minutos, seguindo cronograma de
hora atividade dos 13%, nas quais os alunos desenvolvem a leitura e atividades
relacionadas à biblioteca, registrar e carimbar o acervo bibliográfico auxílio aos
professores nos trabalhos de pesquisa.
No ano de 1994 foi implantada nesta instituição de ensino a biblioteca, onde
os alunos, professores e demais funcionários teriam acesso à mesma, para fazer
pesquisas, leituras e empréstimos de livros. A biblioteca da Escola Municipal Artur
Carlos Sartori recebeu o nome de Helena Cristino Lopes em homenagem à
professora e diretora da época.

9.2.1 Acervo Bibliográfico


QUANTIDADE
Livros de Livros de Revistas Gibis Mapas CD DVD
Literatur Pesquisa
a
Acervo
2633 3673 10 163 179 376 37
2022
Fonte: Escola Municipal Artur Carlos Sartori

9.3 Informática Educacional

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A Informática Educacional visa contribuir no processo ensino-aprendizagem,
ou seja, no enriquecimento das atividades curriculares oportunizando ao aluno criar,
estimular e organizar seu pensamento para trabalhar com autonomia utilizando o
computador como ferramenta pedagógica para auxiliar nesse processo.
Na escola a Informática Educacional está organizada em uma sala própria
com 28 computadores, podendo assim atender a turmas de forma paralela ao
horário de aula e individual.

Objetivos Específicos

Nas séries iniciais o computador pode ser apresentado para as crianças de


forma lúdica. As atividades em forma de jogos podem ser muito úteis para explorar e
desenvolver noções de proporção, medidas, conceitos físicos, relações geométricas,
diferentes possibilidades e relações. Em contato com outras crianças aprenderão
normas para o uso do computador, que não serão constrangimentos, mas condições
de operacionalização da máquina e, que essas regras são convencionadas para que
haja harmonia nas relações que deverão existir em suas vidas.
A imaginação infantil atribui um aspecto lúdico ao computador o que o torna
de produto científico-tecnológico, em um grande brinquedo de aprender.
Sabe-se que a motivação existe para propiciar prazer em qualquer tarefa que
venha a se desempenhar. O computador é essa motivação prazerosa que permite a
imaginação do aluno expressar-se diante das diferentes imagens que lhe é
apresentada, levando-o a reorganizar o mundo na tela do seu computador. O aluno
interage, vê, participa, jogando simbolicamente com diferentes imagens.
Apresenta-se então softwares que tenham o objetivo desenvolver o raciocínio,
organizar o pensamento, facilitar a expressão e a criatividade, desenvolver a
percepção espacial através de diferentes figuras, usar cores, estimular a
coordenação motora através do desenho livre.

Conteúdos

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Os conteúdos a serem trabalhados são organizados coletivamente com os
instrutores e coordenador da Semed, está organizado de forma semanal,
contemplando os jogos de raciocínio lógico matemático.

Encaminhamento Metodológico

Para as aulas são utilizados softwares educativos; programas tais como:


Word, Excel, PowerPoint, Paint para a elaboração de atividades variadas.
O software educativo é entendido como software desenvolvido para atender
os objetivos educacionais preestabelecidos. O objetivo do trabalho com softwares
educativos são de desenvolver o raciocínio e a lógica, a criatividade, despertar a
curiosidade, melhorar a atenção e participação do aluno nas aulas.
Neste ano de 2022, as aulas estão acontecendo normalmente no laboratório
de Informática.

Avaliação
Considerando que nossos alunos estão inseridos em um processo de ensino
aprendizagem e, portanto, avaliar o processo significa coletar dados e elementos
para perceber o que eles já conseguiram construir e quais as suas dificuldades.
Deve-se considerar os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas
em realizar as atividades que lhe são propostas, e, a partir do diagnóstico de suas
deficiências, procurar ampliar a sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo.

10- RECURSOS

10.1 RECURSOS FÍSICOS

A Instituição de Ensino dispõe de Material de apoio, recursos audiovisuais e


tecnológicos, tais como notebook, computadores, televisão, DVD, caixas de som,
Rádio Toca CD, Retroprojetor, Multimídia e outros.

10.2 RECURSOS HUMANOS


10.2.1.Técnico-Administrativo/Pedagógico/Docentes

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Esta instituição está composta por setenta e oito funcionários entre
professores, zeladores, auxiliares, estagiários, secretários e equipe pedagógica.
Todos os servidores são capacitados para exercer suas funções, tendo em vista que
participam dos cursos de formação continuada ofertadas pela Secretaria de
Educação.
Segue abaixo a tabela com os dados referentes ao quadro funcional.
 NOME CARGO GRAU DE INSTRUÇÃO TURNO
Pedagogia – Manhã/Tarde
Simara Maciéski Diretora Psicopedagogia Clinica
Institucional e Pedagogia
Empresarial
Licenciatura em Manhã/Tarde
Arlete Aparecida Coordenadora Pedagogia, Pós-
Aczenen do Nascimento Pedagógica Graduação em Inclusão,
Educação Especial/Altas
Habilidades e
Metodologia do Ensino
da Arte
Eliana Maria P. Perez Z. Coordenadora Licenciatura em Manhã/ Tarde
Viana Pedagógica Pedagogia - Pós
Graduação em
Educação Infantil e
Educação Especial
Marcia Carneiro Vieira Secretária Graduação em Manhã/Tarde
Jornalismo
Carlos Aquila de Oliveira Secretário Técnico em Manhã/Tarde
Rodrigues Administração
Leo Vitor Rottava Inst. Informática Ciências Contábeis e Manhã/Tarde
Pós Graduação em
Contabilidade Aplicada
ao setor público e
responsabilidade fiscal

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Giordana Kich Agente de Apoio Acadêmica de Manhã/Tarde
Pedagogia
Sonia Regina Aux. Biblioteca Letras e Pós Graduação Manhã e tarde
Pagadigorria em Literatura Brasileira
Fonte: Escola Municipal Artur Carlos Sartori.

10.2.2 Corpo Docente


SÉRIE/ANO REGENTES GRAU DE TURNO
INSTRUÇÃO
Infantil I A (ETI) Camila Machado Pedagogia e Pós em Manhã e tarde
e Hora- Pedagogia Neuropedagogia
Atividade
3º ano B Leonice Izaura Tocheto Pedagogia e Pós Manhã
Graduada em
Educação Especial
Infantil I A (ETI) Tamiris Aparecida da Silva Pedagogia Manhã

Infantil II G Gisele Elvira Boscato Pedagogia Tarde


Monteiro

Infantil II B Luana Araújo Santos de Pedagogia/ Pós Manhã/Tarde


(ETI) Oliveira Graduação em
Educação Especial
Infantil II A Ana Beatriz de Nez Pedagogia, Pós Manhã
(ETI) Soluszinski Versani Graduação em
Educação Especial e
Mestrado

Infantil II C Betty Feier Larré Licenciatura em Manhã e Tarde


(ETI) Pedagogia
5º ano B Jessica Alves Letras: Português e Manhã
Inglês e Pós em Língua

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Portuguesa e Mestrado
1º ano C Arcielli Royer Nogueira Pedagogia/ Pós Manhã e Tarde
graduação e Mestrado
Infantil I B Leamar Salete Dias Pedagogia/Sociologia Tarde
Infantil II F Alexandra Costa Barbosa Pedagogia/ Pós em Tarde
Trukane Miranda Educação Especial
Infantil II E Eliane Ferreira Santos Pedagogia e Pós Tarde
Graduação em História
e Geografia
2º ano A e 1º Cristiane Regina Corbari Pedagogia e Pós Manhã/Tarde
ano D Botelho Graduação em
Fundamentos da
Educação
2º ano B e 1º Danielle Alzira Silverio O. Pedagogia e Pós em Manhã/tarde
ano E Liesh Educação Especial
2º ano C Tatiane Araujo dos Santos Pedagogia e Pós em Tarde
Kovalchuk Educação Especial em
Educação Especial
3º ano A e 3º Nilfa Ramona Lopes Pedagogia e Pós Manhã/Tarde
ano D Graduação em Gestão
Escolar
H.A Karina Carvalho Pedagogia e Pós em Manhã/Tarde
Língua Portuguesa
5º ano A e 5º Celia Regina Franco Oliveira Pedagogia e Pós Manhã/tarde
ano D Graduação em
Psicopedagogia
Auxiliar Irene Ficagna Pastro Pedagogia Tarde

1º ano B e 4º Cleonice Garcia Pedagogia e Pós Manhã e Tarde


ano C graduação em
Educação Especial
4º ano A Laudicena da Cruz Correa Filosofia e Pós em Manhã
Psicopedagogia

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PAP Nadir Vitoria Pedagogia/ Pós em Tarde
Educação Especial
H.A cobre PAP Graciella Roberta Urnau Pedagogia Tarde
5º ano C Eliane Carulli Conink Historia Tarde
Sala de Elenice de Oliveira Pedagogia e Pós em Manhã e Tarde
recursos Educação Especial e
Multifuncional Metodologia do Ensino
4º ano B e 4º
ano D Regiane Angelica Orth Letras e Pós Manhã e Tarde
Graduação em Língua
Portuguesa na escola
básica
Auxiliar Cleunice Terezinha Ruhoff Pedagogia e Pós em Manhã e tarde
Educação Infantil
Sala de Ana Pereira/Claudia Simone Pedagogia e Pós em Manhã e tarde
Reforço Bernartt da Silva Educação Especial

Hora Atividade Alini Oldoni Scariot Pedagogia e Pós em Manhã e tarde


Educação Especial
Auxiliar Alessandra Moraes dos Pedagogia Tarde
Santos

Hora Atividade Márcia de Fátima Goulart História e Pós em Manhã/Tarde


Espanhol e Administração,
Auxiliar supervisão e
Orientação Educacional

Hora Atividade Arcielli Royer Nogueira Pedagogia e Manhã/Tarde


Espanhol - tarde Psicopedagogia

Hora Atividade Luana Regina Borges Pedagogia e Pós em Manhã/Tarde


Educação: Métodos e

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Técnicas de ensino e
Língua Inglesa

Hora Atividade Angela Janete Azeredo Pedagogia Tarde

Auxiliar Carlos Alves dos Santos Pedagogia Manhã

3º ano C Luana Carolina Sossmeier Pedagogia e Mestrado Manhã

Sala de Elisa Psidonik Pedagogia e Pós em Manhã/Tarde


Recursos e Artes
PAP

Auxiliar Ivonete dos Santos Pedagogia Manhã


Fernandes
Hora Atividade Karina Carvalho Pedagogia Manhã e tarde

1º ano A Eliedy Batista Eler Pedagogia e Pós Manhã


Graduação Ed. Infantil
Fonte: Escola Municipal Artur Carlos Sartori.

10.2.3 Quadro Funcional Educação em Tempo Integral – Estagiários

Andriel Cordeiro Coral Música Manhã e Tarde


Bruna Pereira Infantil IV A ETI Pedagogia Manhã
Kruger
Michele Garcia Leal Infantil V B ETI Pedagogia Manhã
Mari Tieppo Grando Artes Arte Tarde
Cênicas/Visuais
Marcos Vinícius da Musicalização Arte Tarde
Silva

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Emilly Gabrielle de Infantil V A Pedagogia Tarde
Freitas
Rosangela Alves de Infantil V C Pedagogia Tarde
França
Franciele de Jesus Infantil V B Pedagogia Tarde
Moraes
Fonte: Escola Municipal Artur Carlos Sartori.

10.3.4 - Perfil da Equipe de Apoio


NOME CARGO GRAU DE TURNO
INSTRUÇÃO
Juliana Scapim Dario Zeladora Ensino Fundamental Manhã/Tarde
II
Sandra Santos da Silva Zeladora Ensino Fundamental Manhã/Tarde
Mônaco II
Suzane Aparecida da Zeladora Ensino Fundamental Manhã/Tarde
Silva II
Zilda Aparecida dos Zeladora Ensino Fundamental Manhã/Tarde
Santos Moreira II
Fonte: Escola Municipal Artur Carlos Sartori

11- CARACTERIZAÇÃO SÓCIO – ECONÔMICA CULTURAL DA


COMUNIDADE ESCOLAR

Visando conhecer a realidade da comunidade escolar do Bairro Santa


Felicidade, onde situa-se a Escola Municipal Artur Carlos Sartori, decidiu-se por
realizar, pesquisa de campo junto às famílias, através do método de questionário,
em formulários elaborados pela Equipe Pedagógica, a fim de coletar dados que se
traduzem em conhecimento da real situação socioeconômica e cultural da clientela
escolar. As carências e/ou dificuldades projetam-se em desvios que podem
representar defasagem nos processos cognitivos que exigem atenção, interesse,
expansão de ideias, pesquisas e outros itens que envolvem a família.
Foram diagnosticadas as condições da habitação e saneamento, tamanho da
casa, renda familiar, escolarização dos pais e profissão, lazer, religião, expectativa
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da família em relação à escola e contribuição da família no ensino e aprendizagem
dos educandos.
Foram distribuídos 774 questionários, sendo que destes retornaram
preenchidos um por família, resultando no total de 483.
Consta-se mediante análise dos dados coletados, que 62% das famílias
possuem rede de esgoto, residem em casa própria e destas 74% são casas de
alvenaria, sendo a maioria com mais de quatro cômodos e um banheiro. Constatou-
se também que 2,9% das famílias vivem em situações precárias de moradia.
Das famílias questionadas 66% vivem com até dois salários mínimos, 26%
entre três e quatro salários mínimos, 5% entre cinco e seis salários mínimos, 1%
vive com mais de seis salários mínimos e 2% não responderam.
Sobre o grau de instrução das famílias, as mães apresentaram maior grau de
escolaridade, como pode-se verificar na tabela abaixo:

11.1 Grau de Escolarização dos Pais


ESCOLARIDADE MÃE
ANALFABETO 1%
FUND. INCOMPLETO 27%
FUND. COMPLETO 10,%
MÉDIO INCOMPLETO 10,4%
MÉDIO COMPLETO 35%
SUP. INCOMPLETO 3%
SUP. COMPLETO 1,2%
PÓS-GRADUAÇÃO 0,2%
NÃO RESPONDEU 12%
Fonte: Escola Municipal Artur Carlos Sartori.

Observa-se que a escolaridade, mesmo não sendo elevada, a maioria das


famílias que participou da pesquisa encontra-se empregada. As profissões mais
citadas entre mães e pais foram: pedreiro, motorista, mecânico, operador de
máquinas, do lar, doméstica/diarista, zeladora, vendedora, auxiliar de produção e
professora.

25
Ocorre expressiva incidência em que pais e mães compartilham a
responsabilidade da educação dos filhos, porém uma grande parcela esta sobre a
tutela somente da mãe.
Foi possível constatar que os filhos em sua maioria ficam em companhia dos
pais durante os finais de semana, e que estes costumam ficar em casa, passear
pela cidade e ir à igreja durante seu horário de lazer. Observou-se também que
grande parte da comunidade faz parte da religião cristã, sendo 42% católicos, 15%
evangélicos e 43% pertencem as demais religiões.
Com relação à expectativa da família quanto à qualidade de ensino e
atendimento da unidade escolar, verificou-se que boa parte dos entrevistados
reconhece que a função da escola é a de transmitir os conhecimentos científicos,
possibilitando a autonomia do aluno, considerando que o ensino ofertado pela
escola é de ótima qualidade, porém os demais apenas reconhecem a escola como
uma extensão da família, visando somente o bem-estar do aluno.
Ao ser questionado sobre a contribuição da família no processo de
aprendizagem escolar do aluno, a maioria respondeu que a criança não tem horário
específico para o estudo em casa, mas que sempre questionam se há tarefa.
Afirmam ainda, que para incentivar o filho na aprendizagem escolar a família
deve demonstrar interesse nas atividades desenvolvidas na escola, reforçando a
importância destas; comparecendo a escola regularmente e conversando com o
professor, coordenador e diretor sobre o desempenho escolar da criança como
também, conversar com seu filho no sentido de ajudá-lo a superar suas dificuldades.
Salientou-se que a escola oferece de forma parcial a Educação em Tempo
Integral a maioria dos pais que participaram da entrevista demonstraram grande
interesse para que este ensino seja estendido para cem por cento dos alunos, como
também sugeriram que fossem ofertados os Laboratórios de Matemática, Língua
Portuguesa, Música (violão), Dança, Arte, Ciências, Artes Cênicas, karatê e
Capoeira.

12- FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DA EDUCAÇÃO BÁSICA E


REGIME DE FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Conforme as Deliberações 01/2018 e 02/2018 do CME – Cascavel, o ensino
está estruturado em sintonia com o que apresenta a atual Lei de Diretrizes e Bases

26
da Educação – LDB nº 9.394/96 - uma concepção integrada de educação básica na
etapa da Educação Infantil e Ensino Fundamental – anos iniciais e suas
modalidades. Cada um desses ensinos tem uma função social, uma finalidade
educativa delimitada, um trabalho político-pedagógico a ser desenvolvido junto aos
alunos, visto que se complementam e se integram com o propósito de contribuir na
formação do aluno enquanto sujeito histórico.

12.1 EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil, de acordo com a Lei que estabelece as diretrizes e bases


da educação nacional, nº 9394/96, art. 29, refere-se à primeira etapa da educação
básica, e tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 5 (cinco)
anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade.
Nesta Instituição de Ensino, a Educação Infantil é organizada da seguinte
forma:
a) Infantil IV e V, ofertado em jornada de tempo parcial e integral.
A Pré-escola, conforme a referida Lei nº 9394/96, art. 4º, I, “a” e art. 30, bem
como o art. 51, II da Lei Municipal nº 5694/2010 que organiza o Sistema Municipal
de Ensino – SME, e cria o Conselho Municipal de Educação de Cascavel – CME,
dispõem respectivamente que a educação básica obrigatória inicia-se aos 04
(quatro) anos de idade, devendo a criança ser matriculada na Pré-escola. Citamos
também a nova deliberação do CME – Cascavel para a Educação Infantil 02/2018, a
referida lei normatiza o corte etário no Município de Cascavel.
Vejamos:

Art. 4º - O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado


mediante a garantia de:
I- Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete)
anos de idade, organizada da seguinte forma:
a) pré-escola;
[...]
Art. 30 – A educação infantil será oferecida em:
I- Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de
idade;
II- pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.
Art. 51 – A educação infantil será ofertada em:
I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de
idade;
II – pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de idade.

27
§1º A pré-escola pode ser ofertada isoladamente, ou em centros de
educação infantil, ou ainda junto às escolas.
[...].

Para corroborar é necessário conferir que a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação – Lei nº 9394/96, em seu art. 31, III, bem como o art. 1º, anexo I da Lei nº
6496/2015 que instituiu o Plano Municipal de Educação permitem que a educação
infantil seja ofertada à criança em período parcial e integral, como segue:

Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes


regras comuns:
[...]
III. atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para turno
parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; [...].
IV. controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a
frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído
pela Lei nº 12.796, de 2013).

Quanto ao trabalho realizado nesta Instituição de Ensino, o mesmo tem como


embasamento teórico a Concepção do Materialismo Histórico-Dialético, a Psicologia
Histórico-Cultural e a Pedagogia Histórico-Crítica, teorias contidas no Currículo para
Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel – Educação Infantil.
A práxis pedagógica efetivada na educação infantil considera os seguintes
objetivos:
a) Reconhecer a periodização do desenvolvimento infantil, suas
particularidades e especificidades;
b) Garantir aos alunos o acesso ao Processo de estimulação e apropriação
dos conteúdos científicos, filosóficos e artísticos, de acordo com a periodização do
desenvolvimento preconizada pela Psicologia Histórico Cultural;
c) Assumir a responsabilidade de manter o cuidado necessário à faixa
etária atendida, estimulando o autocuidado nos alunos;
d) Garantir o processo de interação social por meio da mediação dos
instrumentos e signos, processo este fundamental para o desenvolvimento das
funções psicológicas superiores;
e) Estimular e valorizar todos os gestos da criança, de modo a favorecer o
desenvolvimento das funções psicológicas superiores;
f) Transmitir o legado cultural por meio dos conteúdos sistematizados,
organizados e mediados;

28
g) Empregar a linguagem como sistema simbólico determinante para a
formação e a organização do pensamento.
Insta esclarecer que a avaliação na Educação infantil tem dimensão
formadora, com o acompanhamento do processo contínuo de desenvolvimento dos
alunos e da apropriação do conhecimento, como suporte para ação educativa,
devendo:
a) A avaliação subsidiar permanentemente o professor e esta Instituição
de Ensino, permitindo a organização ou reorganização das ações pedagógicas junto
aos alunos;
b) O professor observar, refletir e manter o diálogo centrado nas
manifestações de cada aluno, representando o acompanhamento do cotidiano
escolar, sem caráter comparativo aos demais alunos;
c) O professor realizar os registros sobre o desenvolvimento dos alunos
de forma processual e contínua para proceder as intervenções pedagógicas
necessárias, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental, conforme preconiza o Currículo para Rede Pública Municipal de Ensino
de Cascavel – Educação Infantil e objetivos propostos por esta instituição de Ensino.
Os registros das avaliações se dão por meio de Portfólios, Parecer Descritivo
Parcial e Ficha Avaliativa Semestral, considerando os aspectos qualitativos
acumulados ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Os critérios de
avaliação de cada disciplina ou atividade de estimulação estão explicitados no
Currículo para Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel.
Os jogos e os brinquedos representam formas de aprendizagem importantes a
serem utilizadas com os alunos, uma vez que articulam o conhecimento em relação
ao mundo, auxiliando no processo de avaliação.

12.2 ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS

Conforme o Currículo Para Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel,


no período compreendido aproximadamente, dos 6 aos 11 anos, quando a atividade
principal está centrada no estudo - o qual atua como elemento intermediário na
interação da criança com os adultos que a rodeiam - as exigências da escola
possibilitam à criança a sensação de realizar, pela primeira vez, atividades
relevantes. Na atividade de estudo, a escola deve assegurar a apropriação dos

29
conhecimentos sistematizados e desenvolver na criança habilidades para refletir,
analisar e planejar, ou seja, desenvolver “a consciência e o pensamento teórico”
(DAVIDOV apud FACCI, 2004, p. 70).
É função da escola pública, assegurar conteúdos científicos, artísticos e
filosóficos aos seus alunos. Os conteúdos transmitidos nestes lócus não devem se
guiar e pautar pelas práticas cotidianas e espontaneístas, ao contrário, devem ser
intencionais, planejados e deliberados, compreendendo que não há um
conhecimento que pertença a diferentes classes pois, compreende-se que os
conhecimentos não devem assumir feições ou funções dispares.
A escola deve assegurar aos alunos a transmissão dos conhecimentos
científicos mais elaborados, pois são estes que efetivamente possibilitarão a
autonomia e a tomada de consciência, tendo um enfoque principal no “o que
ensinar”, aproximando os alunos da riqueza intelectual produzida historicamente.
Neste sentido, a atuação do professor na escola pública deve ser comprometida
com este objetivo, com a transmissão dos conhecimentos científicos. Que é uma das
condições para a construção da consciência de classe.
Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos,
passou a ser de 9 anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96) foi
alterada em seus artigos 29, 30, 32 e 87, através da Lei Ordinária 11.274/2006, e
ampliou a duração do Ensino Fundamental para 9 anos, estabelecendo como prazo
para implementação da Lei pelos sistemas de ensino, o ano de 2010. O Ensino
Fundamental passou então a ser dividido da seguinte forma: Anos Iniciais –
compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no 1º ano aos 6 anos de
idade. Anos Finais – compreende do 6º ao 9º ano.
Além da LDB, o Ensino Fundamental é normatizado por outros documentos,
como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano
Nacional de Educação (Lei nº 10.172/2001), os pareceres e resoluções do Conselho
Nacional de Educação (CNE) e as legislações de cada sistema de ensino.
Os sistemas de ensino têm autonomia para desdobrar o Ensino Fundamental
em ciclos, desde que respeitem a carga horária mínima anual de 800 horas,
distribuídos em, no mínimo, 200 dias letivos efetivos.
Assim, no município de Cascavel, conforme Parecer nº 003/2013, do
Conselho Municipal de Educação, o Ensino Fundamental – anos iniciais (1º ao 5º

30
ano), iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade completos ou a completar no decorrer
do ano, está organizado da seguinte forma:
a) 1º, 2º e 3º ano, organizados em ciclo sequencial de 3(três) anos, e
4º e 5º ano, organizados em ano.
No Ensino Fundamental a avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao
processo de ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno.
A promoção dos alunos ao final do 1º e 2º ano ocorre de forma contínua, ou
seja, o aluno não poderá ficar retido no ano escolar matriculado, exceto por falta da
frequência mínima anual exigida de 75% (setenta e cinco por cento) do total das
horas letivas. O registro do aproveitamento escolar é efetuado por meio de Parecer
Descritivo Parcial e Final.
Ao final do 3º ano, a promoção do aluno se dá por meio de Parecer Descritivo,
podendo o aluno ser retido por falta de aproveitamento escolar e/ou de frequência
mínima anual exigida de 75º (setenta e cinco por cento) do total das horas letivas.
Para os alunos do 4º e 5º ano, a promoção do aluno ocorre por meio da
atribuição de valor numérico, expresso em notas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0
(dez vírgula zero), sendo a média para aprovação 6,0 (seis vírgula zero), resultante
da média aritmética dos dois semestres, compreendendo as disciplinas da base
nacional comum. O aluno poderá ser retido quando não atingir a média final 6,0 (seis
vírgula zero), e/ou por frequência anual inferior a 75% (setenta e cinco por cento) do
total das horas letivas.
As disciplinas de Arte, Educação Física e Ensino Religioso não se constituem
em registros de notas no Histórico Escolar.
As análises do desempenho escolar de cada turma e aluno são realizadas
bimestralmente no Pré-conselho e no Conselho de Classe.
Aos alunos que necessitam de atendimento especial fora das dependências
desta Instituição de Ensino têm direito a: dispensa de frequência, enquanto perdurar
comprovadamente a situação excepcional, bem como às atividades pedagógicas,
provas, testes, trabalhos e tarefas para elaboração e execução domiciliar, que serão
computados para avaliação.
Para os alunos com rendimento escolar abaixo do esperado é proporcionada
recuperação de estudos, de forma paralela, ao longo do ano, sendo planejada pelo

31
professor regente por meio de atividades complementares, e, se necessário, além
desse atendimento o aluno é encaminhado para o Reforço Escolar.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas
durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar.

13 - APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

13.1 - Processo de Classificação


A Classificação é realizada para qualquer Ano Escolar do Ensino
Fundamental – Anos Iniciais, exceto para o primeiro ano, cuja finalidade é posicionar
o aluno no ano escolar compatível com a idade, experiência e desenvolvimento
adquirido por meios formais ou informais, podendo ser realizada:
 Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, o ano
ou fase anterior, na própria escola;
 Por transferência, para alunos procedentes de outras escolas, do país
ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
 Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno no ano, compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meio formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige
as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
 Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
 Proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professora ou
equipe pedagógica;
 Comunicar o aluno e/ou seu responsável a respeito do processo a ser
iniciado, para obter o respectivo consentimento;
 Arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
 Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
É vedada a classificação para ingresso no 1º ano do Ensino Fundamental.

32
13.2 - Processo de Reclassificação
A reclassificação é o processo pedagógico pelo qual o estabelecimento de
ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente, no
início do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-
lo à etapa de estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento,
independentemente do que registre o seu Histórico Escolar. O professor, ao verificar
as possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e
com frequência, dará conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa
iniciar o processo de reclassificação.
O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de
aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência no
ano escolar do Ensino fundamental, deverá notificar a Secretaria Municipal de
Educação para que esta proceda orientação e acompanhamento quanto aos
preceitos legais, éticos e das normas que o fundamentam. A equipe pedagógica
comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus responsáveis legais, os
procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o devido
consentimento. Neste estabelecimento de ensino, a equipe pedagógica,
assessorada pela equipe da Secretaria Municipal de Educação, instituirá Comissão,
a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da
reclassificação. A referida Comissão será composta por:
 Diretor;
 Coordenador pedagógico;
 Secretário escolar;
 Professor regente do ano escolar do Ensino Fundamental – Anos
Iniciais em que o aluno está matriculado;
 Professor regente para o ano escolar do Ensino Fundamental – Anos
Iniciais pretendido.
Cabe à Comissão elaborar relatório referente ao processo de reclassificação,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados,
para que seja arquivado na Pasta Individual do aluno. O aluno reclassificado deve
ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus

33
resultados de aprendizagem. O resultado do processo de reclassificação será
registrado em Ata e integrará a Pasta Individual do aluno. O resultado final do
processo de reclassificação realizado pelo estabelecimento de ensino será
registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria Municipal de
Educação. A reclassificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos,
das escolas e dos profissionais:
 Proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou
equipe pedagógica;
 Comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado para obter deste o respectivo consentimento;
 Organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da
escola para efetivar o processo;
 Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos
utilizados;
 Registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

13.3 - Regularização de Vida Escolar


As Instituições de Ensino integrantes do Sistema Municipal de Ensino ficam
autorizadas a proceder à Regularização de Vida Escolar dos alunos do Ensino
Fundamental – anos Iniciais e suas modalidades, conforme disposto em seu
regimento escolar, atendida a Deliberação CME n° 003/2013. O processo de
Regularização de Vida Escolar será de responsabilidade do diretor deste
estabelecimento, sob a supervisão da Secretaria Municipal de Educação. O
encaminhamento dos processos de Regularização de Vida Escolar é de
responsabilidade do estabelecimento que detiver a matrícula do aluno mesmo nos
casos de transferência com irregularidade. O diretor do estabelecimento, constatada
a irregularidade, dará imediatamente ciência à Secretaria Municipal de Educação. A
referida secretaria acompanhará o processo pedagógico e administrativo, desde a
comunicação do fato até a sua conclusão, sendo que deverá emitir o ato de
regularização e sua homologação.

34
Quando se tratar de transferência com irregularidade caberá à direção desta
unidade escolar registrar os resultados do processo na documentação do aluno. No
caso de irregularidade detectada após o encerramento do curso, o aluno deverá ser
convocado para Exames Especiais a serem feitos no estabelecimento de ensino em
que concluiu o mesmo, sob a supervisão da Secretaria Municipal de Educação.
A Regularização de Vida Escolar não acarretará ônus financeiro para o aluno.
Caberá ao Conselho Municipal de Educação, deliberar a forma de Regularização de
Vida Escolar, salvo nos casos expressamente delegados. No caso de não haver
possibilidade de serem efetuados os Exames Especiais no estabelecimento de
ensino em que o aluno concluiu o curso, deverá ser credenciado, pela Secretaria
Municipal de Educação, estabelecimento de ensino devidamente reconhecido.
No caso de insucesso nos Exames Especiais, o aluno poderá requerer nova
oportunidade, decorridos, no mínimo 60 (sessenta) dias, a partir da publicação de
resultados. É de competência exclusiva do Conselho Municipal de Educação,
manifestar-se sobre a Regularização de Vida Escolar no caso de:
 Documentos escolares com suspeita de falsificação;

 Aluno proveniente de estabelecimento não autorizado;

 Aluno que ingresse com idade inferior à permitida pela legislação.

É de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, por meio de seu


setor competente, instruir o processo de Regularização de Vida Escolar dos alunos
deste estabelecimento de ensino. O ato de regularização e os resultados finais do
processo devem constar no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final,
arquivado neste estabelecimento de ensino e na Secretaria Municipal de Educação.
Para os fins previstos neste Regimento não será admitido aluno ouvinte.
Os seguintes modelos de Atas de Classificação e Reclassificação estão
apresentados nos Anexos deste PPP:
 Aluno sem Vínculo
 Aluno Oriundo do Exterior
 Aluno Oriundo de Classe Especial
 Aluno Oriundo da APAE
 Ata de Reclassificação

35
13. 4 - Educação Em Tempo Integral

A Educação em Tempo Integral, assim como a realizada em tempo parcial, é


um dos problemas sociais de maior destaque atualmente, seus alicerces encontram
grandes dificuldades de sustentação e desenvolvimento, de modo que o número
cada vez mais elevado da população é um dos pontos principais de tais dificuldades.
No Brasil, as dificuldades que levaram o Estado a pensar em Educação
Integral são: analfabetismo, reprovação, aumento do fracasso escolar nas séries
fundamentais, além dos problemas de violência física e moral em muitas crianças e
jovens brasileiros (gerando uma cadeia assistencialista).
A LDB 9394/96 em seu artigo 34 define:

Art.34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos


quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente
ampliado o período de permanência na escola.
§02 O ensino Fundamental será ministrado progressivamente em tempo
integral a critério dos sistemas de ensino.

Nesta perspectiva, observa-se que a LDBEN n° 9394/96 reafirma a


importância da educação escolar integral como uma das bases fundamentais para o
pleno desenvolvimento do educando, gerando uma série de demandas didáticas,
pedagógicas e estruturais, entendendo que não basta apenas uma extensão
quantitativa, mas sim qualitativa, objetivando o pleno desenvolvimento do educando
em seus aspectos físicos, morais, intelectuais e filosóficos, favorecendo a
transmissão e apropriação dos conhecimentos, através de recursos financeiros que
atendam as necessidades de implementação e manutenção dos laboratórios com
Formação Continuada dos profissionais que neles atuam.
Em relação à educação integral, Gonçalves e Petriz (2007) apontam que “a
educação integral é a concepção mais comumente encantada e empregada (...) tal
compreensão pressupõe que se considerem crianças e adolescentes como sujeitos
inteiros que possuem uma singularidade própria”.
O mundo globalizado e as novas tecnologias de informação influenciam nos
modos de relacionamento e comportamento dos estudantes que hoje frequentam a
escola pública. A partir desse novo contexto social, surge à noção de jornada em
tempo integral, e, para o Município de Cascavel a Educação em Tempo Integral
supõe o desenvolvimento de todas as potencialidades humanas, com equilíbrio entre
os aspectos cognitivos, afetivos, psicomotores e sociais. Para isso, a prática

36
pedagógica que compreende o desenvolvimento humano em sua integralidade, está
organizada a partir de práticas laboratoriais que permitam a ampliação do
conhecimento científico e o seu contexto de acordo com a portaria nº 004/2009 de
03 de novembro de 2009.
Tendo em vista o desenvolvimento integral do aluno cascavelense, a
Prefeitura Municipal de Cascavel faz acontecer a Educação em Tempo Integral com
base nas Diretrizes para Educação em Tempo Integral na Rede Pública Municipal de
Cascavel, que vem de acordo com a LDBEN, reafirmando a importância do
desenvolvimento do aluno em sua totalidade.
A partir do ano de 2002 foi implementada a Educação em Tempo Integral em
algumas escolas no Município de Cascavel, com espaços e projetos variados de
modo a atender os alunos com atividades complementares em contra turno ao
ensino regular e atividades de integração com a comunidade. Tais ações ocorreram
dessa maneira até o ano de 2004.
No período de 2004/2008 o Município de Cascavel atendia a esse dispositivo,
porém apresentava rupturas tanto na manutenção como na oferta, sendo que
apenas algumas escolas ofertavam a ETI1 com projetos.
Assim, em 2009, após estudos da Secretaria Municipal de Educação
juntamente com a Secretaria de Administração, retoma a oferta do programa já com
critérios definidos de ampliação dos espaços físicos, recursos humanos e
financeiros. Após um levantamento junto às escolas e análise da equipe
administrativo/pedagógica da SEMED, novos encaminhamentos foram dados e os
trabalhos redimensionados a fim de construir novos espaços.
Em seguida, a Secretaria Municipal de Educação no uso de suas atribuições,
regulamenta através da portaria de escolha de vagas, os 6 Laboratórios dispostos
em 12 Modalidades, legitimando-os enquanto espaço de práticas pedagógicas que
contribuirão para a apropriação dos conteúdos da Educação Infantil e dos anos
iniciais do Ensino Fundamental. São os laboratórios: Laboratório de Matemática,
Laboratório de Língua Portuguesa, Laboratório de Ciências, que terão professores
efetivos de concurso na regência, Laboratório de Educação Física Modalidades de
Dança, Jogos e Ginástica, Laboratório de Artes nas modalidades de Artes Visuais e
Artes Cênicas, que são contratados estagiários que estejam cursando ensino
superior para atuarem conforme a formação acadêmica e formação da Modalidade.
1
Educação em Tempo Integral.

37
Para o Laboratório de Arte na Modalidade de Música/instrumental e Coral e para o
de Artes Marciais nas modalidades de Karatê, Kung Fu, Taekwondo, Capoeira, Judô
são contratados profissionais com Certificação e experiência comprovada na
Modalidade, bem como coordenadores para orientação objetivada da parte técnica
da Modalidade, via empresa de terceirização de mão-de-obra. Todos os
profissionais que atuam nos laboratórios são orientados pelas coordenadoras
pedagógicas lotadas na escola, com orientação da Secretaria Municipal de
Educação.
No ano de 2010, elaborou-se o documento que se constitui em Diretrizes para
a Educação em Tempo Integral na Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel, o
qual legitima a Educação em Tempo Integral no Município, define a função dos
laboratórios e direciona o trabalho pedagógico.
Compreende-se como Laboratório para Educação em Tempo Integral o
espaço destinado a práticas laboratoriais que permitam ao aluno maior manipulação,
envolvimento e interação com os conteúdos nas áreas do conhecimento buscando
ampliação da apropriação científica, artística e filosófica de acordo com cada
disciplina ofertada.
Todos os materiais para a Educação em Tempo Integral serão adquiridos
através de licitação e verbas destinadas para a Educação (FUNDEB 2 e 25% da
arrecadação do Município), os estagiários em curso superior que atuam nos
Laboratórios, são pagos pelo município por meio de convênio com o CIEE 3. Os
profissionais das Artes Marciais nas Modalidades de Taekwondo, Kung Fu, Katarê,
Judô e Capoeira; laboratório de Arte na Modalidade Música Instrumental e coral são
feitos contratação de profissionais com empresa que prestam serviços terceirizados,
após participarem de licitações presenciais na prefeitura.
Os alunos serão matriculados por meio do Sistema Estadual de Registro
Escolar (SERE), após regularmente matriculados nas Unidades de Ensino é
repassado pelo Programa Dinheiro Direto na Escola, o valor de um real e vinte e
cinco centavos por aluno e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, o valor
de trinta centavos dia. Os alunos farão três refeições por dia, sendo um lanche da
manhã, almoço e um lanche à tarde. Todo o cardápio será elaborado e

2
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica.
3
Centro Integração Empresa /Escola.

38
acompanhado por três nutricionistas efetivos da rede pública municipal de ensino
que atuam no setor da Merenda Escolar.
Na Rede Municipal de Ensino, as escolas organizadas em tempo integral,
totalizam 12 e estão localizadas em bairros periféricos da cidade. A Escola Artur
Carlos Sartori teve a Educação em Tempo Integral implantada no ano de 2010,
seguindo Portaria n° 004/2009 de 03 de novembro de 2009, iniciando seu
funcionamento no dia 29 de março de 2010, ofertando Laboratórios de Matemática,
Ciências, Música (modalidade- violão) e Educação Física (modalidade-dança)
permanecendo com esse atendimento até o término de 2011 onde, em função de
dificuldades em encontrar profissionais da área para atender os alunos na
modalidade de violão, optou-se pela implementação do laboratório de artes na
modalidade arte visuais, a partir do início de ano letivo de 2012.
Até o término de 2011, o enquadramento do período integral da Escola Artur
Carlos Sartori era composto por estagiários de diversas universidades do município.
A partir de 2012, a docência dos laboratórios passou a ser exercida por profissionais
concursados tendo como auxiliares estagiários de faculdades do município,
apresentando os Laboratórios de Ciências, Matemática, Laboratório de Arte na
modalidade Artes Visuais e Educação Física na modalidade Dança.
No ano de 2020, a Escola Municipal Artur Carlos Sartori, atendeu alunos de
Pré-escola I e II, sendo quatro turmas.
O atendimento da Educação em Tempo Integral da Escola está organizado da
seguinte forma: no horário matutino os alunos são atendidos no ensino regular com
as professoras regentes. No período da tarde os alunos são atendidos pelos
professores regentes e pelos instrutores das modalidades de Arte (Artes Cênicas e
Artes Visuais), como também muzicalização. Uma vez por semana os alunos têm
aula de Música e Artes Visuais com instrutores formados. Os alunos no momento do
almoço e descanso são acompanhados por uma coordenadora pedagógica e cinco
estagiárias distribuídas nas turmas, e estas são responsáveis em acompanhar os
alunos no período do almoço, descanso e na higienização. Os alunos recebem cinco
refeições por dia, café da manhã, lanche matutino, almoço, a colação (fruta), e
lanche da tarde. Os alunos permanecem na escola no período das 7h30min às
17h20min.
No ano de 2019 a escola participou das atividades complementares, como o
Coral Encanta Cascavel, o mesmo está com 105 alunos de 1º ao 5º ano,

39
organizados por turmas e distribuídos em quatro dias semanais durante duas horas
por dia em contraturno.
As matrículas são ofertadas aos alunos seguindo orientações da Secretaria
Municipal de Educação conforme portaria específica para a Educação em Tempo
Integral. Os alunos não tiveram aulas presenciais a partir da data de vinte de março
do ano de dois mil e vinte devido à pandemia do COVID-19.

14 - MODALIDADES

14.1 - Educação Especial - Atendimento Educacional Especializado - AEE


A Educação Especial é a modalidade de ensino que perpassa todos os níveis
atendidos, sendo oferecida preferencialmente no sistema regular de ensino,
compreendendo uma rede de serviços de apoio e uma diferenciação de serviços
especializados, como pode ser observado na Lei nº 9394/96, art. 58 e na Resolução
CNE/CEB nº 4/2009 que institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica.
Esta Instituição de Ensino, visando atender aos dispositivos legais contidos na
Constituição Federal de 1988 que traz como um dos seus objetivos fundamentais
“promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º, inciso IV). No seu artigo 206,
inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”
como um dos princípios para o ensino e garante como dever do Estado, a oferta do
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino
(art. 208). O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, Lei nº 8.069/90, no artigo
55, reforça os dispositivos legais supracitados ao determinar que “os pais ou
responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de
ensino”.
Esta Instituição de Ensino oferta a educação inclusiva, por meio do
Atendimento Educacional Especializado - AEE ao aluno que passou pelo processo
de Avaliação em Contexto Escolar. Quando necessário, além do atendimento em
Sala de Recursos Multifuncional Tipo I ou Tipo II, o aluno é atendido pelo Professor
de Apoio Pedagógico - PAP ou cuidador.
Neste sentido, a Secretaria Municipal de Educação de Cascavel –PR pela a
Portaria nº 03/2010, art. 6º, apresenta a função do AEE, sendo:

40
Art. 30 - O Atendimento Educacional Especializado - AEE tem como função
complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da
disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que
eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e
desenvolvimento de sua aprendizagem.

Espera-se que os profissionais que atuam junto às pessoas com deficiência


estejam cientes, preparados e instrumentalizados para direcionarem o processo
educativo, que é em si, um processo de humanização.
Nesta Instituição de Ensino o Atendimento Educacional Especializado além
dos princípios constitucionais, considera como base as normas emanadas pelo
Sistema Municipal de Ensino de Cascavel, as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais e o Currículo para a Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel. Tem
como finalidade envolver a participação da família para garantir o pleno acesso e
participação dos alunos, atendo às suas necessidades específicas.
Os alunos público-alvo da educação especial são definidos da seguinte forma:
a) Alunos com deficiência – aqueles que têm impedimentos de longo
prazo de natureza física neuromotora, intelectual, os quais em interação com
diversas barreiras, podem ter obstruído sua participação plena e efetiva na escola e
na sociedade;
b) Alunos com transtornos globais do desenvolvimento – aqueles que
apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras,
incluindo–se nessa definição alunos com autismo, síndrome do espectro do autismo,
psicose infantil;
c) Alunos com altas habilidades ou superdotação – aqueles que
apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do
conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança,
psicomotora, artes e criatividade.
Dando um salto para os dias atuais, a segunda questão implica em alguns
apontamentos. Com base nos fundamentos teórico-metodológicos defendidos neste
Currículo, e nas diretrizes legais vigentes, a educação escolar para a criança com
deficiência intelectual envolve o atendimento em sala comum e o atendimento
educacional especializado. Este se viabiliza pela Sala de Recursos, no espaço
escolar da Rede, sendo um serviço educacional de apoio e complemento

41
pedagógico, em um ambiente dotado de recursos pedagógicos específicos e de
equipamentos tecnológicos.
Os atendimentos aos alunos devem ser realizados em pequenos grupos ou
individualmente (conforme as necessidades dos alunos), prevalecendo a opção pelo
trabalho coletivo, em horário contrário ao que frequentam na classe comum, em
período de duas horas diárias, organizadas por cronogramas semanais, conforme as
especificidades educacionais apontadas/investigadas através da avaliação no
contexto escolar.
O trabalho será realizado por um professor especializado na área da
Educação Especial, o qual terá a função de mediador do processo ensino-
aprendizagem, possibilitando à criança apropriar-se dos conteúdos específicos da
Sala de Recursos. O serviço especializado de apoio poderá ser disponibilizado
também em Salas de Recursos Multifuncionais.
O objetivo do atendimento especializado da criança com deficiência
intelectual na Sala de Recursos é, por meio de planejamentos e intervenções
específicos, que se diferenciam do trabalho da Classe Comum, contemplar aspectos
fundantes do desenvolvimento humano, próprios as FPS, como memória mediada,
abstração, pensamento verbal, atenção voluntária, percepção dirigida e voluntária,
etc., essenciais para o aprendizado escolar. Somado a isto, deve oferecer subsídios
para a apropriação e elaboração de conceitos e de conteúdos defasados que o
aluno apresenta. Em meio a tais propósitos, este atendimento deve propiciar à
criança elementos para que se perceba capaz de aprender.
Além da Sala de Recursos, pode ser disponibilizado o Professor de Apoio
Pedagógico para os casos específicos (intensos) da área da deficiência intelectual,
sendo este profissional especializado em Educação Especial, o qual atua como
mediador por meio de intervenções pedagógicas individualizadas no contexto da
sala de aula, assegurando ao aluno com atraso mental os mesmos conteúdos
científicos que são transmitidos aos demais, utilizando-se de recursos pedagógicos,
adequações metodológicas, de acordo com o planejamento da série em que o aluno
está matriculado.
Caso seja necessário, o aluno também será acompanhado e encaminhado à
Rede de Apoio Especializada, para receber atendimento com outros profissionais
como: psicólogo, fonoaudiólogo, psiquiatra, neurologista, fisioterapeuta, entre outros,
no período contrário da classe comum.

42
Na escola Municipal Artur Carlos Sartori a Educação Especial é atendida
através das modalidades de Classe Especial DI (Deficiência Intelectual), com
autorização de funcionamento através da Resolução 915/97 de 26/06/2000, e Sala
de Recursos desde 03/98.
Uma ação educativa comprometida com a cidadania e com a formação de
uma sociedade democrática e não excludente deve, necessariamente, promover o
convívio com a diversidade, que é marca da vida social brasileira. Essa diversidade
inclui não somente as diversas culturas, os hábitos, os costumes, mas também as
competências, as particularidades de cada um.
A escola Artur Carlos Sartori, possui duas Sala de Recursos Multifuncional,
funcionando no período da manhã e tarde, com professores especializado na área
de Educação Especial.

15 - REGIME DE FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO


O horário de funcionamento desta instituição de ensino é das 7:30h às 11:30h
no período da manhã e das 13:20h às 17:20h no período da tarde, sendo que os
alunos da Educação em Tempo Integral iniciam seus estudos às 7:30h até às
17:20h. Os horários foram definidos em assembleia geral de pais no início do ano
letivo, com a aprovação da SEMED.
Neste ano de 2022, mesmo ainda não ter acabado a pandemia do COVID-19,
os alunos estão frequentando aulas presenciais, não havendo mais atividades
remotas. Apenas ficarão em atividades remotas os alunos que apresentarem laudo
médico impedindo os mesmos de frequentarem aulas presenciais.

16- PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO


16.1. PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS, PEDAGÓGICOS E PSICOLÓGICOS

16.2- CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (PRESSUPOSTOS


PSICOLÓGICOS)

O desenvolvimento humano está diretamente relacionado às mudanças


históricas que ocorrem na sociedade, bem como na organização da vida material, as
quais conduzem a transformações na consciência e no comportamento humano. De
acordo com Shuare apud Facci, (2004, p. 65),

43
Existe um desenvolvimento histórico dos fenômenos psíquicos e estes
mantêm uma relação de dependência essencial com respeito à vida e a
atividade social. [...] a história da psique humana é a história de sua
construção, portanto a psique não é imutável ou invariável no decorrer do
desenvolvimento histórico.

Logo, uma das características fundamentais do desenvolvimento psíquico


está centrada na atividade social, que resulta do processo de interação do sujeito
com o mundo por meio da mediação dos instrumentos e signos produzidos pela
humanidade. Com base nos estudos dos psicólogos russos 16 acerca da
periodização do desenvolvimento, as particularidades, as especificidades de cada
idade passaram a ser analisadas a partir do caráter histórico concreto. Conforme
Facci (2006, p. 21), “As condições histórico-sociais concretas exercem influência
tanto sobre o conteúdo concreto de um estágio individual do desenvolvimento como
sobre o curso total do processo de desenvolvimento psíquico como um todo”.
Leontiev (1978) parte do princípio de que cada período do desenvolvimento
humano é marcado por uma atividade principal ou dominante, a qual desempenha
função central na forma de relacionamento da criança com a realidade. Assim é
desenvolvido o conceito de atividade principal, que Elkonin (1998) se utiliza para
caracterizar a passagem de um período a outro.
Compreende-se por atividade principal a que interfere decisivamente no
desenvolvimento psíquico da criança, em que o indivíduo estabelece relações com a
realidade externa, tendo em vista a satisfação de suas necessidades, dependendo
das transformações e aprendizados fundamentais de dado período evolutivo,
aperfeiçoa e impulsiona os progressos posteriores. Conforme Leontiev apud Rossler
(2006, p. 65): “A atividade principal é, então, a atividade cujo desenvolvimento
governa as mudanças mais importantes nos processos psíquicos e nos traços
psicológicos da personalidade da criança, em um certo estágio do seu
desenvolvimento.”
Tal atividade caracteriza-se pela importância que desempenha, pois propicia
o desenvolvimento posterior da personalidade. Outras exercem papel secundário ou
atuam como linhas acessórias que não deixam de existir. Por isso, a atividade
dominante deve ser entendida como função central no relacionamento do sujeito
com o mundo.

44
Tendo como base a atividade predominante em cada etapa do
desenvolvimento, Elkonin (1998) considera que os principais estágios são: a
comunicação emocional direta do bebê com o adulto (do nascimento a
aproximadamente 1 ano); atividade objetal-manipulatória (aproximadamente entre 1
e 3 anos); a brincadeira de papéis sociais (aproximadamente entre os 3 e 6 anos);
atividade de estudo (aproximadamente de 6 a 11 anos); a comunicação íntima
pessoal dos adolescentes (12 a 18 anos aproximadamente); e atividade
profissional / estudo (idade adulta).
Nos períodos em que a atenção da criança está voltada para a compreensão
dos sentidos fundamentais da atividade humana, a assimilação dos objetivos,
motivos e normas das relações entre as pessoas provocam na criança o
desenvolvimento na esfera motivacional e das necessidades. Os períodos que
marcam esses momentos podem ser identificados como: comunicação emocional
direta, brincadeira de papéis sociais e comunicação íntima pessoal.
Concomitantemente, ocorrem os períodos que são marcados por tentativas
de assimilação dos procedimentos socialmente elaborados de ação com os objetos,
e dos modelos que destacam um ou outro aspecto constituinte destes, permitindo a
formação das forças intelectuais, cognitivas dos sujeitos e suas possibilidades
operacionais técnicas. Neste grupo, teríamos os seguintes períodos: atividade
objetal-manipulatória, atividade de estudo e atividade profissional / estudo.
A comunicação emocional direta do bebê com o adulto é a atividade principal
desde o nascimento até aproximadamente um ano. Constitui a base para a
formação sensório-motora de manipulação e para o surgimento de sentimentos
sociais mais complexos, pois é na relação com o adulto que o educa que a criança
assimila as tarefas, os motivos das atividades humanas e normas de relacionamento
estabelecidas pelos sujeitos. O bebê utiliza várias formas de comunicação: choro,
sorriso, balbucio, movimento de braços e pernas, reage frente a sons e luzes, etc. a
fim de comunicar suas sensações. Essa comunicação é denominada por Elkonin
(1987), como “complexo de animação”, sendo esta a primeira reação emocional do
bebê frente ao adulto que o cuida. Ao nascer, a criança já dispõe de alguns reflexos
incondicionados, tais como: de alimentação, defesa e orientação, porém, estes são
insuficientes para que a criança se adapte às novas condições de vida. De acordo
com Vygotski apud Facci, (2004, p. 67):

45
Há no primeiro ano de vida uma sociabilidade totalmente específica e
peculiar em razão de uma situação social de desenvolvimento única,
determinada por dois momentos fundamentais: o primeiro consiste na total
incapacidade biológica, pois o bebê é incapaz de satisfazer quaisquer das
suas necessidades básicas de sobrevivência. São os adultos que cuidam do
bebê, e o caminho por intermédio dos adultos é a via principal de atividade
da criança nessa idade. Praticamente todo comportamento do bebê está
inserido e entrelaçado com o fator social, e o contato da criança com a
realidade é socialmente mediado.

A atividade principal que marca o período compreendido entre o primeiro e o


terceiro ano de vida é a manipulação de objetos, denominado por Elkonin (1998) de
atividade objetal-manipulatória. Neste período, “a comunicação emocional da criança
com o adulto que a cuida é substituída por uma forma especial, de nova qualidade,
que se desenvolve na atividade conjunta com os adultos mediante as manipulações
com os objetos” (ELKONIN, 1998 p. 214). Este ato de se comunicar emocionalmente
com o adulto é premissa importantíssima do intenso desenvolvimento das ações
com os objetos, que traz implícita a atitude do adulto como modelo de ação com
estes, pois representa os modos sociais de utilizar os objetos, formados ao longo da
história humana.
Ressaltamos que a criança não pode simplesmente, ao manipular objetos,
descobrir por si só como usá-los, nem mesmo os objetos podem indicar isso. Essa
aprendizagem somente ocorrerá com um modelo prévio de ação do adulto com o
objeto.
Dominada a ação, posteriormente ocorre a apropriação dos procedimentos
operacionais que têm presentes as propriedades físicas dos objetos, para então
acontecer a representação destes dois processos no jogo protagonizado, ou seja, a
criança, além de dominar a utilidade prática e as propriedades do objeto, domina
também o trabalho com a significação dada a ele.
Contudo, não são somente esses dois processos que irão garantir a
passagem deste período ao outro, é necessário que ocorram dois tipos de
transferências. O primeiro é a transferência de uma ação com um objeto aprendida
numa situação, para posterior aplicação desta mesma ação usando o mesmo objeto,
mas em outras situações. Por exemplo, aprender a usar o pente para se pentear,
depois usar o pente para pentear a boneca. Aqui se generalizam as ações. O
segundo tipo é a substituição do objeto real por um nome que recebe, adequando-o
ao seu significado lúdico. Exemplificando: a régua se torna um pente que a criança
passa pelos cabelos da boneca. Neste momento ela separa o objeto real do

46
esquema da ação. Para ele é suficiente executar com o objeto substitutivo as ações
que costumam ser feitas com os objetos autênticos.
Posteriormente, a criança assume o papel do adulto que executava a ação
com o objeto. Porém, ela troca o nome do adulto pelo seu, ocorrendo o que Elkonin
(1998) chama de “autonomeação com seu próprio nome”. Em seguida ela fala,
juntamente com seu nome, a ação que executará, antes de executá-la. Lembramos
que este não é um processo natural, é produzido socialmente, pois a criança ouve o
tempo todo as pessoas fazendo pedidos a outras, chamando-as pelo nome e
discriminando a ação que desejam que a mesma execute.
Com o passar do tempo, quando houve contato com diferentes vivências, as
crianças vão conhecendo novas funções com os objetos e, consequentemente,
ampliam-se também as funções lúdicas que a criança pode proceder. Por exemplo:
um único objeto real pode se tornar vários outros imaginários e não apenas
representar um só. Entretanto, ainda não há sequencia lógica como nas ações
sociais realizadas pelos adultos com os objetos; a criança faz mecanicamente o ato
e pode repeti-lo várias vezes. “Somente com o fim do primeiro período da infância,
entre os dois e três anos, começam a aparecer jogos que constituem uma
concatenação vital de ações”, conforme (ELKONIN, 1998, p. 229), ou seja, a
sequência lógica da ação lúdica começa a refletir a sequência lógica da vida das
pessoas. Isso é o papel em ação.
A brincadeira de papéis sociais passa a ser, então, a atividade principal do
período compreendido, aproximadamente, entre os 3 aos 6 anos. A criança vai atuar
com os objetos que são utilizados pelos adultos. Assim, acaba tomando consciência
deles e das ações humanas realizadas com eles por meio da brincadeira. Esta pode
ser compreendida pela criança como um propósito de agir como um adulto,
ampliando assim seu mundo de possibilidades de ações.
Desta forma, na brincadeira ela realiza ações complexas executadas pelos
adultos em situações reais. A ênfase é dada no processo de realizar a
representação, e nem tanto no seu resultado final. Os papéis revestem-se de
importância nesses momentos, e o interesse das crianças apoia-se na interpretação
de um ou outro papel. Neste sentido, a criança vai se tornando cada vez mais
exigente quanto às suas interpretações de papéis, realizando-os com mais
veracidade e força de convicção.

47
A encenação - que é quando a criança atua por intermédio do brinquedo e a
interpretação pessoal das tarefas sociais - contribui para o desenvolvimento do
argumento, o qual depende da afinidade do tema lúdico com a experiência da
criança. A falta de experiência e das noções daí decorrentes constitui-se em um
obstáculo para que se desenvolvam os temas das brincadeiras. Portanto, neste
período, as ações realizadas por elas sujeitam-se ao argumento e ao papel social
desempenhado, ressaltando que a execução deste papel não é um fim em si, mas
possui sempre um sentido auxiliar na formação de seu intelecto.
No período compreendido aproximadamente, dos 6 anos 11 anos, quando a
atividade principal está centrada no estudo - o qual atua como elemento
intermediário na interação da criança com os adultos que a rodeiam - as exigências
da escola possibilitam à criança a sensação de realizar, pela primeira vez, atividades
relevantes. Na atividade de estudo, a escola deve assegurar a apropriação dos
conhecimentos sistematizados e desenvolver na criança habilidades para refletir,
analisar e planejar, ou seja, desenvolver “a consciência e o pensamento teórico”
(DAVIDOV apud FACCI, 2004, p. 70).
No período em que a atividade principal se refere à comunicação íntima
pessoal, as relações das pessoas adultas são reproduzidas pelo jovem no grupo no
qual está inserido. Os companheiros do grupo interagem e definem normas de
convívio social. O adolescente manifesta seu ponto de vista no que diz respeito ao
mundo, à interação entre os sujeitos e desenvolve perspectivas de mudanças.
Busca no grupo uma afirmação pessoal diante das questões que a realidade lhe
impõe.
Esta forma de comunicação íntima reproduz com os companheiros relações
existentes entre as pessoas. Convencionam-se regras, normas morais e éticas no
grupo e forma-se seu caráter voluntário. Seu desenvolvimento intelectual apresenta
grande avanço, pois passa a pensar por conceitos abstratos, o que se torna suporte
para a formação da consciência social, para ampliação do conhecimento nas
diversas áreas: ciência, arte, filosofia, matemática, cultura, etc.
O conteúdo do seu pensamento se converte em convicção interna,
descoberta de interesses, desejos e propósitos. Ele forma pontos de vista gerais
sobre o mundo, as relações entre as pessoas, sobre o futuro e estrutura-se o sentido
pessoal da vida. Passa a realizar atividades profissionais, período caracterizado pela

48
atividade profissional/estudo, na qual o sujeito se apropria dos conhecimentos e
passa a ocupar um novo lugar na sociedade: o de trabalhador.
É necessário retomar que é a sociedade que determina as condições para
desenvolver as atividades dominantes. Assim, estes períodos do desenvolvimento
humano podem acontecer mais cedo ou mais tarde com relação aos tempos aqui
aproximados e, na transição de um estágio do desenvolvimento a outro, ocorrem as
crises – mais ou menos marcadas - que podem permanecer por meses, um ano ou
dois no máximo. Em decorrência destas, produzem-se mudanças bruscas, rupturas
na personalidade, ou seja, é um processo que ocorre por via revolucionária e não
por via evolutiva. Este processo se apresenta com características indefinidas, é
difícil determinar o momento de seu começo e fim. As crises são indícios de
necessidade interna de mudança de um período para outro, refletem a contradição
entre o modo de vida, suas interações e suas possibilidades de ampliar suas
capacidades.
Vygotski (1996, VOL. IV) identificou as seguintes crises, que poderão ou não
ocorrer: crise pós-natal; crise de um ano; crise de três anos; crise dos sete anos;
crise dos treze anos e crise dos dezessete anos. Elas podem ser evitadas se houver
a satisfação interna em cada período, de forma que evite a frustração que ocorre
quando os sujeitos não satisfazem suas novas necessidades, as quais surgem ao
final de cada período do desenvolvimento.

17- FUNDAMENTOS DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM


(PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS)

17. 1 - Apropriação do conhecimento

A apropriação da produção cultural universal é o processo mediador entre o


processo histórico de formação do gênero humano e o processo de formação de
cada indivíduo como ser humano. Assim, a formação do indivíduo é sempre um
processo educativo, no qual o homem, por meio das relações sociais, desde o seu
nascimento apropria-se das atividades da vida cotidiana, constituídas pelos objetos,
pela linguagem, pelos usos e costumes, de forma espontânea, isto é, por meio de
processos que não exigem reflexão sobre a origem e o significado dessas
objetivações4.
4
O conceito de objetivação é definido por Duarte (2004) como atividade física ou mental dos seres humanos na
transformação dos objetos naturais em objetos sociais, às relações sociais que produziram a fala, resultado da

49
O homem apropria-se da produção cultural universal e nas relações sociais
que estabelece vai produzindo a sua consciência, diferenciando-se dos animais,
podendo acumular as experiências e interferir na natureza de forma a garantir cada
vez mais satisfatoriamente a sua sobrevivência, logo, o que existe é o ser consciente
e não a pura consciência (MARX, 1999).
A educação é a forma cultural de transmitir às novas gerações os conceitos
elaborados ao longo da história na relação dos homens entre si e com a natureza,
na produção da sua existência. Neste sentido, afirma Saviani (1991 p. 21):

[...] o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos


elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da
espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e
concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas de atingir
esse objetivo.

Sendo assim, a tarefa da educação escolar é mediar a formação dos


indivíduos e a produção da cultura universal humana, num processo educativo
intencional, por meio do qual o indivíduo é levado a se apropriar das formas mais
desenvolvidas do saber objetivo produzido historicamente pelo gênero humano, ou
seja, o conhecimento científico produzido pela humanidade expressa a elaboração
teórica sobre os fenômenos sociais e naturais, não ocorre de forma espontânea ou
sem intencionalidade, exige um processo articulado, intencional e direcionado. Desta
forma, a escola não deve ser refém do conhecimento cotidiano.
No processo educacional estão envolvidos ativamente dois sujeitos: o
professor e o aluno, ambos com funções diferentes. Ao aluno cabe apreender os
conteúdos mediados pelo professor e a este conhecer os elementos que estão
envolvidos no processo de ensino, para que possa direcionar sua ação de forma
mais coerente. Assim, na medida em que os conceitos são apropriados, as funções
psicológicas superiores são formadas por meio de um relacionamento entre os
fatores biológicos e culturais, ou seja, na e pela história social dos homens. Para
Vigotski (1993), tais funções, tidas como essencialmente humanas, são originárias

atividade humana, portanto a objetivação é transferência de atividade do sujeito para o objeto. A atividade que
havia no sujeito se corporifica no objeto ex: o violão como instrumento musical tem atividade humana objetivada,
ou seja, esse instrumento é resultado da atividade de quem o produziu. O violão também tem a objetividade
humana no sentido de que foi usado por muitas gerações. Toda essa utilização ao longo da história está
objetivada no instrumento.

50
da interação homem-mundo-cultura, interação essa mediada por instrumentos 5 e
signos, criados ao longo da história sócio-cultural da humanidade.
As mediações entre sujeito e objeto são estabelecidas por meio de atividades
socialmente definidas, de instrumentos e signos sociais. O instrumento “é o produto
da cultura material, que leva em si, da maneira mais evidente e mais material, os
traços característicos da criação humana” (LEONTIEV, 1978, p. 268) utilizado para
mediar à ação do homem sobre o mundo. Os signos são criados pelos homens para
representar a realidade, por meio de abstrações e representações dos instrumentos
e dos objetos naturais, estabelecendo uma mediação entre o sujeito e o meio.
Segundo Vigotski:

A relação lógica entre o uso de instrumentos e signos repousa na função


mediadora que os caracteriza [...] a função do instrumento é servir como um
condutor da influência humana sobre o objeto da atividade. Ele é orientado
externamente, deve necessariamente levar a mudança nos objetos.
Constitui um meio pelo qual a atividade humana externa é dirigida para o
controle do domínio da natureza. O signo, por outro lado, não modifica em
nada o objeto da operação psicológica. Constitui um meio da atividade
interna dirigida para o controle do próprio indivíduo; o signo é orientado
internamente. (1984, p. 61).

E continua,

[...] todas as funções psíquicas superiores são processos mediados e os


signos constituem o meio básico para dominá-las e dirigi-las. O signo
mediador é incorporado a sua estrutura como uma parte indispensável, na
verdade é a parte central do processo como um todo. (2005, p. 70).

A utilização do signo estende, potencializa a capacidade biológica de


memória. Quando o indivíduo se utiliza de estímulos artificiais ou autogerados, como
a fala e os símbolos, por exemplo, cria novas formas de desenvolvimento
psicológico que não tem por origem determinantes biológicos, mas sim culturais e
sociais.
Nesse sentido, a linguagem é um sistema de signos criado socialmente para
atender a necessidade de comunicação entre os indivíduos, logo, a fala mais

5
Instrumentos sociais são os objetos naturais que foram transformados pelo homem e que tem uma função no
interior da prática social. Desta maneira o instrumento não é apenas algo que o homem utiliza em sua ação, mas
algo que passa a ter uma função que não possuía como objeto estritamente natural, uma função cuja
significação é dada pela atividade social.

51
primitiva da criança é também uma fala social, pois tem a intencionalidade de
comunicação.
Além da função de comunicação desempenhada pela fala social, esta
também tem função essencial na organização das funções psíquicas superiores ao
transformar-se em fala interior. A transição da fala puramente comunicativa para a
fala que organiza o pensamento é feita pela fala egocêntrica, esta acompanha o
desenvolvimento da ação, a criança “narra” a ação para conseguir desempenhá-la,
planejando o que deve executar. Quando internaliza o processo de desenvolvimento
da ação a fala passa a ser interior, esquematizando internamente a ação e
organizando seu pensamento.

Quanto mais complexa a ação exigida pela situação e menos direta a


solução, maior a importância que a fala adquire na operação como um todo.
Às vezes a fala adquire uma importância tão vital que, se não for permitido
seu uso, as crianças pequenas não são capazes de resolver a situação.
(VIGOTSKI, 1998, p. 34).

Desse modo, a operação com signos reconstrói no plano intrapsíquico 6 as


atividades externas que se dão no plano interpsíquico 7, ou seja, o pensamento
apropria-se da realidade, reproduzindo-a idealmente com a mediação de signos.
A formação de conceitos é uma apropriação a partir das diversas mediações
que o indivíduo vivencia. Um conceito é mais do que a soma de conexões
associativas, exige a atenção deliberada, a memorização, “é um ato real e complexo
de pensamento que não pode ser ensinado por meio de treinamento, só podendo
ser realizado quando o próprio desenvolvimento mental da criança já tiver atingido o
nível necessário” (VIGOTSKI, 2005, p. 104) para que possa articular a estruturação
do conceito. Não se trata de desenvolver as estruturas mentais a priori, mas de
ensinar os conceitos científicos na escola sabendo que sua apropriação pelos
alunos não ocorre sem o “encontro” desses conceitos com aqueles aprendidos
espontaneamente no cotidiano.
Os conceitos cotidianos se desenvolvem a partir da prática social dos
indivíduos, se organizam e se elaboram cada vez mais a partir do aprendizado dos
conceitos científicos. A internalização dos conceitos científicos é decorrente de
6
A função psicointelectual superior na criança quando aparece como propriedades internas do
pensamento da criança, é nomeada por Vigotski como “função intrapsíquica” (VIGOTSKI, 2006, p.114).
7
A função psicointelectual superior na criança quando aparece nas relações entre as pessoas, é denominada
por Vigotski de “função interpsíquica” (VIGOTSKI, 2006, p.114).

52
abstrações. Somente quando a criança abstrai o conceito é que se pode dizer que
ela o internalizou e de fato aquela ideia tornou-se um aprendizado.
Disso decorre que para Vigotski, a mediação 8 é a forma pela qual a criança
vai se apropriar dos conceitos científicos, sendo a transmissão destes a principal
função da escola e por sua vez, do professor. Em outras palavras, o professor tem
papel fundamental como mediador entre o aluno e o conhecimento, no processo
ensino-aprendizagem.
Quando as crianças chegam à escola, trazem um acúmulo de conhecimentos
não sistematizados (conceitos cotidianos) que aprenderam nas relações familiares e
em outros grupos sociais. Esses conceitos não são, porém, estáticos, pois, com o
desenrolar do processo de aprendizagem pela criança os significados dos conceitos
interagem entre si modificando-se continuamente, o mesmo ocorre no que refere as
relações entre a educação escolar e as aprendizagens no cotidiano.
Neste sentido, baseando-se nos estudos de Vigotski, é possível caracterizar
dois níveis de desenvolvimento intelectual os quais correspondem a todo processo
de elaboração do pensamento. O nível de desenvolvimento real 9 é constituído pelas
faculdades intelectuais que já se formaram na e se manifesta nas ações que ela
realiza sem a ajuda de outra pessoa. A zona de desenvolvimento próximo 10 é
constituída pelas faculdades intelectuais em formação e se manifesta nas ações que
a criança realiza nas ações que o adulto 11 que a ensina, orienta, dá pistas e
sugestões. Normalmente, quando uma criança imita as ações realizadas pelos
adultos está mobilizando sua zona de desenvolvimento próximo, a qual situa-se no
plano dos processos interpsíquicos, isto é, no dos processos exteriores à mente
individual. Com o avanço do desenvolvimento intelectual individual, as faculdades
que inicialmente surgiram na ZDP passa ao NDR, ou seja, interiorizam-se se
tornando intrapsíquicas. Para Vigotski (2006, p.113), “permite-nos, pois, determinar
8
Desde os primórdios para que o ser humano transformasse a natureza, os homens agiam em grupo. Nesse
caso, além do instrumento havia a mediação das relações sociais. Agiam sobre a natureza e ao mesmo tempo
sobre seus companheiros, sendo a relação entre eles mediada pela linguagem. Essas relações alteram ambos
os pólos: o sujeito e o objeto. Num pólo da relação está o sujeito, nesse caso, o aluno. Noutro está o
conhecimento a ser apropriado, isto é, aprendido pelo aluno. Mas essa relação é dialética e como tal exige a
mediação que é realizada pelo ensino cujo responsável é o professor. São as mediações que constituem a
individualidade humana e quanto mais ricas elas forem, mais ricos seremos como indivíduos.
9
O conceito de nível de desenvolvimento real aparece em algumas traduções como nível de desenvolvimento
atual e em outras aparece ainda como nível de desenvolvimento efetivo.
10
O conceito de zona de desenvolvimento próximo aparece em algumas traduções como zona de
desenvolvimento proximal, ou zona de desenvolvimento imediato, ou ainda como área de desenvolvimento
potencial.
11
A apreensão do conhecimento também pode ocorrer por meio da interação entre as crianças, embora tal fato
não minimize o papel do professor como principal transmissor do conhecimento científico.

53
os futuros passos da criança e a dinâmica do seu desenvolvimento e examinar não
só o desenvolvimento que já produziu, mas também o que produzirá no processo de
maturação”.
Considera-se, portanto, que o bom ensino é aquele que trabalha com a zona
de desenvolvimento próximo, na qual os conteúdos e atividades exigem dos alunos
capacidades que estão em formação e com auxílio do professor (mediador) a
criança apropria-se do conceito, amplia suas experiências educativas. Pois para
Vigotski (1993 p. 244-245):

Quando observamos o curso do desenvolvimento da criança durante a


idade escolar e no curso de sua instrução, vemos que na realidade qualquer
matéria exige da criança mais do que esta pode dar neste momento, isto é,
que esta realiza na escola uma atividade que lhe obriga a superar-se. Isto
se refere sempre à instrução escolar sadia. Começa-se a ensinar a criança
a escrever quando, todavia, não possui todas as funções que asseguram a
linguagem escrita. Precisamente por isso, o ensino da linguagem escrita
provoca e implica o desenvolvimento dessas funções. Esta situação real se
produz sempre que a instrução é fecunda.[...] Ensinar a uma criança aquilo
que é incapaz de aprender é tão inútil como ensinar-lhe a fazer o que é
capaz de realizar por si mesma.

Nessa relação entre desenvolvimento intelectual e aprendizagem escolar, a


mediação é papel fundamental do ensino. Esta deve ocorrer na zona de
desenvolvimento próximo. É importante salientar que o conceito de zona de
desenvolvimento próximo não fornece nenhuma fórmula definitiva do que e como
ensinar a cada momento do processo escolar, mas inverte a ideia de que se os
conteúdos escolares sejam organizados tomando-se as faculdades intelectuais já
formadas nas crianças como limite para o que possa ser ensinado.

17.2 - Transmissão do conhecimento

O processo educacional constitui-se na forma cultural humana de repassar às


novas gerações o produto da atividade dos homens, a objetivação histórica da
cultura material e intelectual da humanidade.
Compreende-se que as novas gerações precisam se apropriar das
objetivações que são resultado da atividade de das gerações passadas. A
apropriação dos significados sociais de uma objetivação é uma forma pela qual os
sujeitos se inserem na continuidade da história da humanidade.

54
Na sociedade, a escola é o espaço que, por excelência, desempenha a
função de transmitir este legado cultural. No espaço escolar interagem os sujeitos
deste processo, o professor e os alunos, ambos têm papel ativo: o primeiro é
sistematizador, organizador e mediador. É o professor quem direciona as atividades
a serem desenvolvidas de forma a tornar a produção científica acessível e
compreensível aos alunos. E, a estes, cabe a apropriação deste conhecimento,
questionando, analisando e elaborando os conceitos que sejam instrumentos de
compreensão e análise da realidade.

É importante ressaltar que, no ato de aprender, o aluno desempenha um


papel ativo, é também sujeito daquele acontecimento, não é um ser passivo
em cuja cabeça se haverão de ‘despejar’ informações que ele, docilmente,
se encarregará de memorizar. No entanto, isto não pode ser confundido –
ou ser dito de forma pouco clara que permita confundir – com um processo
subjetivo, individual, de dentro para fora, que secundariza, nesse ato, a
importância dos objetos de conhecimento e dos outros homens que, à sua
volta, já se constituíram na forma da sociedade que os produziu. (KLEIN,
2002, p. 81).

Portanto, a apropriação do conhecimento pelo sujeito como instrumento de


compreensão das relações sociais existentes, requer movimentos simultâneos: a
transmissão e a apropriação do saber. Para efetivar a transmissão, o professor deve
ser profundo conhecedor do que pretende ensinar, dominar ferramentas
pedagógicas, organizar sua ação de forma a articular os conhecimentos acumulados
pelo aluno com os novos conceitos científicos, para que estes possam superar os
conceitos cotidianos, construindo um arcabouço de conhecimentos científicos
sistematizados.
A aprendizagem ocorre por meio da mediação entre o aluno (sujeito) e o
conhecimento (objeto). Essa mediação é efetuada pelo professor, que domina os
conteúdos científicos a serem transmitidos, utilizando-se de instrumentos sociais e
da linguagem. A simples relação entre o sujeito e o objeto não garantem a
aprendizagem, este processo necessita da intervenção do professor, ou seja, não se
dá espontaneamente, é resultado da interação do sujeito com outros sujeitos, sendo
que é dessa maneira que o aluno abstrai o significado social dos objetos, significado
este constituído com elementos construídos coletiva e socialmente pelos homens
historicamente situados. Na escola, esta interação sucede de maneira sistemática e
direcionada, visto que tem a intencionalidade da transmissão do conhecimento.

55
A mediação realizada pelo professor refere-se à transmissão dos conceitos
científicos, que são resultados da produção histórica dos homens e, ao serem
transmitidos aos alunos não podem perder este caráter, em favor de conceitos do
cotidiano, os quais permitem que cada aluno chegue a sua conclusão de forma
particular, permanecendo com a sua “opinião”. Na medida em que estes ganhem
papel central nas atividades escolares, perde-se o caráter de universalidade e
processualidade da produção do conhecimento. Sendo o conhecimento uma
produção histórica, deve ser entendido nos diferentes momentos da história dos
homens, como resultado de sua ação social.
O professor deve atuar de forma cientificamente fundamentada e tem a
função de tornar a produção cultural humana acessível ao grupo de alunos pelo qual
é responsável. É necessário que a “prática pedagógica produza nos alunos
necessidades não cotidianas, como, por exemplo, necessidade da teorização
científica, da reflexão filosófica, da configuração artística da realidade, da análise
política” (DUARTE, 2001 p.60).
Neste sentido, a utilização de instrumentos é indispensável para a obtenção
de melhores resultados na atividade que se pretende desempenhar. E, sendo esta
atividade a transmissão do conhecimento, da mesma forma, o uso de instrumentos
auxilia e amplia o produto do processo.
Os instrumentos são resultado da criação humana para ampliar as
possibilidades de intervenção no meio, sendo assim, as capacidades biológicas do
homem são potencializadas, em resposta a necessidade de maior interferência para
facilitar e ampliar as condições de vida.
Na atividade docente são inúmeros os instrumentos disponíveis: recursos
tecnológicos, jogos, livros didáticos, pára-didáticos, entre outros. A utilização destes,
é fundamental no processo ensino-aprendizagem. Porém Klein (2002) alerta que o
simples contato do aluno com os instrumentos não garante a aprendizagem, mas é
preciso que haja a mediação do professor, visto que os instrumentos são recursos
na ação de transmissão do conhecimento.

17.3 - Relação entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem


Numa perspectiva fundamentada pelo materialismo histórico dialético e numa
abordagem da psicologia histórico-cultural, de acordo com Elkonin, Leontiev e

56
Vigotski, o mais importante não é a relação direta de afetividade entre o professor e
o aluno, mas sim o fato das ações educativas terem um sentido positivo para alunos
e professores. Esse sentido surge da relação entre cada ação educativa e da
atividade escolar como um todo. O sentido da ação educativa não pode ser dado
pela relação afetiva direta entre a subjetividade emocional do aluno e a do professor.
Entende-se, portanto, que a afetividade existente nas diferentes formas da
atividade humana, vai além da relação direta entre os sujeitos. Pois de acordo com
Leontiev (1978) o significado e o sentido 12 do objeto para o sujeito não são dados
apenas na relação com o outro sujeito. O significado e o sentido do objeto são dados
pela atividade13 na qual situa-se a aprendizagem. Dessa forma, é necessário
direcionar-se para o significado e o sentido que tem para o sujeito o ato de aprender.
Para Leontiev a atividade humana é constituída de unidades menores que
são as ações. Sendo parte constitutiva de uma atividade, a ação não tem um sentido
em si mesmo, mas sim como um momento do processo de alcance do objetivo final
da atividade.
De acordo com Leontiev (1978), o significado da ação é dado pelo conteúdo
da mesma, ou seja, pelo o que o sujeito faz. O sentido da ação é dado pelo motivo,
ou seja, porque o sujeito faz. Assim, o sentido está ligado ao valor emocional, as
emoções que o sujeito sente ao realizar uma ação são produzidas pela inserção
desta numa atividade. Portanto, existe afetividade, emoções e sentimentos na
relação com a atividade e não apenas na relação entre os sujeitos. Desta forma, a
afetividade pode ser desenvolvida em uma determinada atividade socialmente
estabelecida que é a atividade escolar, na qual o professor tem como principal
tarefa, ENSINAR.
Nesse sentido, o professor precisa ter um vínculo afetivo com a sua atividade
profissional, ser um profissional, coerente e consistente com sua atividade. Assim
saberá se colocar acima das emoções negativas que possam surgir em seu contato
com os alunos. O professor desta maneira não pode deixar-se levar pelas emoções,
precisa ter uma postura firme e controlada e agir com objetividade, em seu trabalho
em sala de aula.

12
Sobre este conceito ler capítulo: “o desenvolvimento do psiquismo na criança” do livro “o desenvolvimento do
psiquismo” (LEONTIEV, 1978).
13
Pode-se aqui também fazer relação da atividade com atividade principal em cada período de desenvolvimento
vivido pela criança, estudado por Leontiev e Elkonin. Para saber mais sobre esse assunto Cf. FACCI, 2004 e
LEONTIEV, 1978.

57
No ambiente escolar, a relação do professor com a criança também é
carregada de afetividade, para que ela se sinta segura, protegida, porém isso não
quer dizer que o profissional se deixe levar pelas emoções, ele deve agir
profissionalismo, gostar das crianças como um profissional e não confundir isso com
uma relação de vínculo afetivo familiar. Agir como profissional não significa ser
indiferente, ao contrário, o professor precisa dar toda a atenção e o cuidado
necessário que a criança precisa. Cuidar implica em educar e o educar implica em
cuidar, agindo como profissional.
Ressalta-se nas relações estabelecidas entre os sujeitos, a questão do
respeito, o qual não deve ser confundido com afetividade, respeito é uma questão
ético-profissional. É preciso recuperar o respeito do aluno pelo professor e do
professor para com o aluno. Isto porque temos visto nos últimos vinte anos as
relações escolares foram danificadas por consequência da deterioração das
relações na sociedade como um todo, não é algo exclusivo da escola, não é uma
crise de valores, visto que a sociedade capitalista nunca teve elevados valores. O
único valor que interessa nessa sociedade capitalista é o valor de troca da
mercadoria, e não os valores éticos elevados.
Neste contexto as relações têm se corrompido porque a barbárie avança a
passos largos na sociedade capitalista contemporânea e atinge todos os campos da
prática social (família, escola, etc). O individualismo difundido pelo neoliberalismo, a
competição acirrada, expansão do capital, têm produzido a degeneração das
relações sociais, aumentando a falta de respeito nestas relações, contribuindo para
um clima desfavorável no interior da escola.
O respeito, reafirmamos, não é uma questão de afetividade, mas de atitude
ético-profissional, em que o professor deve respeitar a todos os seus alunos, sem
distinção. Esta atitude profissional produz um ambiente positivo, não começa pelo
sentir, mas pela razão e o compromisso com o ato de transmitir conhecimentos
científicos para os alunos. Portanto, a melhor forma de respeito que o professor tem
para com o aluno é ENSINAR com qualidade.

18 - CONCEPÇÃO E FORMAS DE AVALIAÇÃO


Cada momento histórico é determinado por suas condições materiais e por
sua vez define a forma de conceber a avaliação e sua efetivação na prática escolar.
A concepção de avaliação do processo de ensino-aprendizagem decorre da visão de

58
homem, sociedade e educação. Neste sentido, a avaliação deve considerar o saber
historicamente produzido e acumulado pela humanidade, concebendo que a
apropriação deste propiciará as condições para que o homem produza sua vida
material, compreenda e intervenha na realidade de forma mais autônoma.
A sociedade capitalista - marcada pelas desigualdades sociais, resultantes da
exploração da força de trabalho e a apropriação privada dos bens materiais
produzidos coletivamente - pressupõem um modelo de avaliação caracterizada
como instrumento de discriminação e exclusão social. Nesta perspectiva,

A avaliação, sob uma falsa aparência de neutralidade e de objetividade, é o


instrumento por excelência que lança mão o sistema de ensino para o
controle das oportunidades educacionais e para a dissimulação das
desigualdades sociais que ela oculta sob a fantasia do dom natural e do
mérito individualmente conquistado (SOARES apud VASCONCELOS, 2006,
p.36).

A compreensão acerca da avaliação, portanto, não pode estar desvinculada


das relações sociais, pois sem entender as contradições inerentes ao modelo
econômico-social vigente, avaliar acaba por se tornar apenas um processo técnico.
No entanto, compreendendo a escola como um espaço de contradição, é possível
conceber a avaliação de outra forma, pois esta também envolve questões teóricas e
políticas necessárias para a humanização dos homens, por meio da apropriação de
conceitos sobre o conteúdo trabalhado no espaço escolar.
Para que a avaliação adquira um novo sentido, fazem-se necessárias ações
coletivas dos professores, com intencionalidade de rever a sua prática pedagógica,
assim como estabelecer critérios e objetivos bem definidos para análise da
sociedade, da escola e do processo ensino-aprendizagem, pois o ato de avaliar
exige além de conhecer o processo social no qual está inserido, repensar seus
objetivos, sua prática pedagógica e seu currículo numa perspectiva de superação
dessa sociedade excludente.

A avaliação só tem função social quando está intimamente vinculada a um


projeto de vida para os homens. Educa-se, ensina-se, para a sociedade que
se deseja ver transformada (ou não). Se não existe projeto de vida para os
homens obterem o que ainda não foi alcançado, não há necessidade social
de avaliação a não ser a de preencher com notas os boletins curriculares
individuais. (SEED/PR, 1986, p. 29).

59
A avaliação é parte fundamental do processo ensino-aprendizagem. É o
momento em que se verifica o nível de apreensão dos conteúdos pelo aluno, sendo
o ponto de partida de acompanhamento e reorientação permanente da prática
docente, como forma de comprovar se os resultados foram alcançados, a partir de
objetivos previamente definidos.
Durante o processo ensino-aprendizagem, a avaliação desenvolvida pelo
professor orienta constantemente sua ação, é por meio dela que se verifica se o
plano de aula está adequado e a metodologia utilizada garante a transmissão do
conteúdo, sendo necessário considerar se todos os aspectos estruturais envolvidos
(físicos, humanos e pedagógicos) no processo estão adequados para atingir os
objetivos.
Isto pressupõe que o corpo docente realize sua auto-avaliação e perceba os
entraves que interferem no processo de ensino-aprendizagem, com objetivo de
redimensionar a sua prática. Esta deve ser criteriosa para identificar o que não está
garantindo, a aquisição do conhecimento pelo aluno, inclusive retomar a concepção
de avaliação adotada.
Numa perspectiva diagnóstica14 de avaliação parte-se do plano inicial de
ensino, levantando dados e informações ocorridas no percurso do fazer pedagógico
(do professor e seus alunos), analisando os resultados e propondo novos
encaminhamentos, conforme afirma Luckesi (1995, p. 81):

A avaliação não seria tão somente um instrumento para a aprovação ou


reprovação dos alunos, mas sim um instrumento de diagnóstico de sua
situação tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para
sua aprendizagem.

E continua, “[...] o ato de avaliar implica dois processos articulados e


indissociáveis: diagnosticar e decidir. Não é possível uma decisão sem um
diagnóstico, sem uma consequente decisão” (LUCKESI, 2005, p. 42).
Partindo desse pressuposto, a avaliação diagnóstica compreende dois
elementos fundamentais: a constatação e a qualificação do objeto que está sendo
avaliado. Somente a partir da constatação é que se qualifica o objeto, atribuindo-lhe
uma qualidade.

14
Diagnosticar é um ato de conhecimento, que resultará em decisões e intervenções.

60
A constatação expressa à configuração do objeto, tendo por base suas
propriedades presentes, como estão no momento. Entende-se por isto, o que o
aluno já sabe, já aprendeu, o conhecimento apresentado no seu fazer, falar e
comunicar. A qualificação do objeto se dá de forma positiva ou negativa. Isso
relacionado aos resultados esperados. Ela é estabelecida a partir de um
determinado critério ou padrão de qualidade que se estabelece para esse objeto,
para tanto:

O ato de qualificar o objeto da avaliação exige um padrão (ou um critério) de


qualificação, pois que esta se dá pela comparação das características
descritivas do objeto da avaliação com o critério de qualificação. Se a
descritiva for compatível com o critério, a qualidade será positiva; caso
contrário, será negativa. (LUCKESI, 2005, p. 45).

Cabe então ao professor, qualificar o aprendizado do aluno, atribuindo-lhe


também um resultado tendo em vista a sua passagem, ou não para a série seguinte.
Isso amparado mais uma vez nos objetivos propostos antecipadamente e no
conteúdo essencial do currículo.
Sendo assim, o processo avaliativo deve ser definido a partir de conteúdos
essenciais. Sendo estes, o parâmetro necessário de apreensão do conhecimento
pelo aluno. Os critérios para estes parâmetros devem ater-se a um plano coletivo
baseado na cientificidade do conhecimento.
Os conteúdos essenciais estabelecidos deverão ser ensinados e aprendidos
por todos. Porém, o trabalho do professor não deve limitar-se a estes, nem tão
pouco admitir que alguns alunos fiquem aquém deste conhecimento. Assim, o
ensino não pode fragmentar ou particularizar determinados conceitos, pois a
produção humana transmitida na forma de saber escolar deve superar a
imediaticidade do ser humano e compreender a realidade humana mais ampla do
trabalho e do conhecimento numa perspectiva de totalidade.
A prática avaliativa ocorre pelo intermédio de diversos instrumentos, que
devem ser criteriosamente elaborados e por meio destes, seja realizada a análise
pretendida. Tais instrumentos se referem às atividades desenvolvidas pelos alunos
no processo ensino-aprendizagem.
Os instrumentos utilizados na avaliação fazem parte de um acervo na coleta
de dados que permitem a descrição da realidade a ser avaliada. Estes são recursos
metodológicos com a função de ampliar a observação feita pelo professor,

61
constatando a realidade, configurando-a numa descrição que demonstra a
aprendizagem.
É necessário observar se os instrumentos utilizados no processo avaliativo
são adequados e satisfatórios para avaliar os objetivos propostos. Existem muitas
maneiras de validar ou não um instrumento de avaliação. Cada professor deve
compreender que para avaliar necessita-se do uso de instrumentos e que estes, são
fontes da aquisição de dados necessários para especificar os resultados da
avaliação. É de fundamental importância à observação crítica dos recursos
utilizados. É necessário ressaltar que os instrumentos utilizados não podem ser
recursos de ameaças e controle disciplinares e sim, instrumentos úteis para um
diagnóstico coerente e eficaz.

18. 1- Progressão dos Estudos

De acordo com o artigo 1º da deliberação 007/99 do Conselho Estadual de


Educação do Paraná:

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual
o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo
ensino-aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e
atribuir-lhes valor.

Na Deliberação 03/06 do Conselho Estadual de Educação confirma-se essa


afirmação:

Art. 19 - A avaliação deverá subsidiar permanentemente o professor e a


instituição, permitindo:
I - o processo de avaliação sistemática;
II - a organização ou reorganização das ações pedagógicas junto aos
alunos;
III - a observação, a reflexão e o diálogo, centrados nas manifestações de
cada aluno, representando o acompanhamento do cotidiano escolar;
IV - os registros sobre o desenvolvimento do aluno, de forma contínua.
Art. 20 - A avaliação deverá ter dimensão formadora, com o
acompanhamento do processo contínuo de desenvolvimento do aluno e da
apropriação do conhecimento, tornando-se o suporte para a ação educativa.
§ 1º - A avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem não terá
caráter seletivo e será o indicador da necessidade de intervenção
pedagógica.
§ 2º - Os registros elaborados durante o processo educativo deverão conter
indicações sobre os diferentes aspectos do desenvolvimento e da
aprendizagem do aluno.

62
Com esse entendimento a diversificação dos instrumentos avaliativos por
parte do professor subsidia e viabiliza um número maior de dados sobre o trabalho
docente e o processo de aprendizagem do aluno. Cabe nessa perspectiva entender
que os instrumentos utilizados, além de diagnosticar a apropriação do
conhecimento, servem para o professor repensar sua prática, ou seja, podem ter
uma dimensão formativa do docente, principalmente se ocorrerem momentos
coletivos de discussão sobre os dados levantados.
Dessa forma a avaliação deve assumir a função diagnóstica de detectar os
níveis de apropriação alcançados pelos alunos, de modo a subsidiar e orientar o
professor na continuidade do trabalho pedagógico, com a preocupação de
possibilitar a apreensão sólida dos conteúdos trabalhados. Entendendo que o aluno
não desaprende o que realmente aprendeu, a avaliação deve servir para apontar a
direção a ser percorrida para a consolidação e ampliação do conhecimento, a partir
de onde o aluno se encontra.
Com essa definição compreendida, faz-se necessário definir a forma que será
efetivada a progressão dos estudos para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º
ao 5º ano).
Ao fundamentarmo-nos na LDB 9394/96 em seu artigo 23, encontramos a
seguinte redação:

A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos


semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não
seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por
forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim o recomendar.

Diante dessa abertura que a lei confere, das discussões realizadas nos
estabelecimentos escolares da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel e da
coerência com a concepção teórica adotada nesta proposta curricular, optou-se por
organizar a progressão de estudos do 1º para o 2º ano e do 2º para o terceiro em
ciclo e dos demais anos em regime de seriação.
Nesse sentido, mesmo com a opção de não haver reprovação no 1º ano,
entende-se que é fundamental assegurar-se que os conteúdos selecionados sejam
transmitidos de forma intencional e com rigor científico e metodológico visando uma
aprendizagem qualitativa a todos os alunos. Para progressão de estudos do 3º ano

63
ao 5º ano a Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel optou pelo regime de
seriação previsto no caput do artigo 23 a LDB 9394/96 já citado.
O registro do aproveitamento escolar dos alunos do 1º e 3º ano será efetivado
por parecer descritivo15, do 4º ao 5º ano será atribuído nota (valor), resultado da
avaliação processual e diagnóstica, com média estabelecida pelo Sistema estadual
de Ensino e regulamentada no Regimento Interno de cada unidade escolar.
Salienta-se que esse instrumento de registro está em concordância com o artigo 24
inciso V da LDB 9394/96 que diz o seguinte:

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a)


avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo
do período sobre os de eventuais provas finais;

Dessa forma fica compreendido que a avaliação do processo ensino-


aprendizagem nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de nove anos deve ser
assumida como princípio processual e diagnóstico com o objetivo de redimensionar
a prática pedagógica, de elaborar instrumentos e procedimentos de observação, de
registro e de reflexão constante do processo ensino-aprendizagem. Portanto faz-se
necessário que o professor não encare a avaliação como um momento estanque,
pronto e acabado, criado para ser usado somente para investigação do que o aluno
aprendeu, mas sim, verificar os aspectos do processo ensino-aprendizagem que
devem ser retomados em sua ação pedagógica.

1- Quadro com organização da oferta de Ensino nos Anos Iniciais do Ensino


Fundamental na Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel:

Ano Ciclo ou série Critérios


1º Parecer Avaliativo
2º Um ciclo Parecer Avaliativo
3º Parecer Avaliativo
4º Ano Nota
5º Ano Nota

15
Fichas avaliativas elaboradas pela Secretaria Municipal de Educação

64
18.2 - Sistematização dos Processos Avaliativos no Estabelecimento de
Ensino
De acordo com a perspectiva de observação, registro e avaliação formativa,
diagnostica e permanente, o estabelecimento definiu como critérios básicos para
atribuição de conceitos mensuráveis, a constante observação e registros periódicos
do desempenho do aluno, no decorrer do desenvolvimento dos processos
cognitivos, onde deverão prevalecer os aspectos de apropriação e reelaboração dos
saberes pré-estabelecidos para cada série escolar; havendo acompanhamento e
possibilidade de mensuração a qualquer momento; para os casos em que a situação
de transferência assim exigir, porém em consonância com as novas tendências
pedagógicas assumidas pela escola, conforme previsto no Regimento Escolar – ato
administrativo 322/00 (anexo 12) decidido pela coletividade administrativa,
pedagógica e docente; haverá registro oficial de notas semestralmente; assim,
haverá apenas duas notas para cada disciplina, cuja média mínima para aprovação
deverá ser de 6,0; numa escala de 0 a 10,0.
Portanto, o cálculo para aprovação fica assim estabelecido:
MA= 1º semestre + 2º semestre = Mínimo (6,0)
2
Quanto à frequência; não se pode furtar às determinações, previstas em leis
constituídas e; estará aprovado o aluno cujas médias, por disciplina, atinjam o
mínimo de 6,0 (seis vírgula zero) e tenha frequência mínima de 75% da carga
horária total prevista, de 200 dias letivos ou 800 h/a ao ano.

19- COMPONENTES CURRICULARES

1. - Educação Infantil

1.1 - Pré-escolar

a) Língua Portuguesa

b) Matemática

c) Ciências

d) História

65
e) Geografia

f) Arte

g) Educação Física

2 - Ensino Fundamental

2.1 - Componente Curricular Complementar

Língua Espanhola

2.1.2 - Componentes Curriculares da Base Nacional Comum

h) Língua Portuguesa

i) Matemática

j) Ciências

k) História

l) Geografia

m) Arte

n) Educação Física

o) Ensino Religioso

p) Língua Espanhola

Vale ressaltar que a concepção de cada disciplina, conteúdos e critérios de


avaliação encontram-se no Currículo para a Rede Pública Municipal de Ensino de
Cascavel – V. 1 Educação Infantil, V. 2 Ensino Fundamental e V. 3 Educação de
Jovens e Adultos – Ensino Fundamental – Fase I, exceto a disciplina de Ensino
Religioso, cujo histórico e concepção, segue abaixo:

COMPONENTE CURRICULAR: Ensino Religioso


Ao longo da história brasileira o componente curricular de Ensino Religioso
apresentou um caráter confessional-cristão, estando estritamente vinculada aos
interesses do grupo religioso hegemônico.

66
Em 1988, o Ensino Religioso foi incluído na Constituição Federal, em seu
artigo 210, parágrafo único: “O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.”
Observa-se que o artigo em questão não define se o ensino religioso nas escolas
públicas deve ser confessional.
Entretanto, a Lei Federal 9475/97 que estabeleceu a nova redação ao artigo
33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, aponta que o
Ensino Religioso nas escolas públicas recebe uma nova configuração que busca
teoricamente afastar-se de toda forma de confessionalidade e proselitismo religioso.
Vejamos:

Art. 33 - O ensino religioso é parte integrante da formação básica do


cidadão, constituindo disciplina dos horários normais das escolas públicas
de ensino fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural e
religiosa do Brasil, vedando qualquer forma de proselitismo.

§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a


definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para
a habilitação dos professores.

§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas


diferentes denominações religiosas para a definição dos conteúdos de
ensino religioso. (LDBEN nº 9394/96).

Ou seja, observa-se que o artigo em questão visa o significado da existência


humana em sua cultura e religiosidade, possibilitando garantir ao cidadão o acesso
ao fenômeno religioso e ao conhecimento de suas manifestações nas diferentes
denominações religiosas, sem a tentativa de impor um dogma ou converter alguém.
Observa-se, ainda, que o parágrafo 1º assevera que serão fixados conteúdos
mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar a formação básica
comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. Este “novo
Ensino Religioso” deve ser segundo a lei, “macro ecumênico”, pluralista, inter-
religioso e não proselitista.
A Lei Federal 9475/97, estabelece que o Ensino Religioso seja parte
integrante da formação básica do cidadão. Nesse sentido, Carneiro afirma que “[...] a
partir de 1997, o Ensino Religioso é ressignificado, passando a ser entendido como
parte integrante da construção de um novo cidadão e não apenas formar ou
confirmar um fiel”. (CARNEIRO. 2004, p.7).

67
Partindo desse entendimento, o Ensino Religioso nas escolas públicas busca
contribuir na formação de um novo cidadão e não na criação de um fiel ligado à
determinada confissão religiosa. Adapta-se esta nova proposta de Ensino Religioso
a atual situação pluralista do campo religioso brasileiro, já não mais monopolizado
pela Igreja Católica e assume certo aspecto de laicidade, pois não visa catequizar as
novas gerações, mas estudar objetivamente, cientificamente o fenômeno religioso.
Na Resolução 02/98, do Conselho Nacional de Educação, que versa sobre as
Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental, o Ensino Religioso é listado junto
com Matemática, Ciências, Geografia, História, e outras áreas do conhecimento
relacionadas na base nacional comum. Porém, no Ensino Religioso, e somente nele,
a resolução toma o cuidado de ressaltar que deve ocorrer na forma do art. 33, da Lei
nº 9394/96.
Assim, o Ensino Religioso de acordo com a Lei n° 9475/1997 e Resolução do
Conselho Nacional de Educação n° 02/1998 é estabelecido como componente
curricular, entendido como área de conhecimento, tendo como objeto de estudo o
fenômeno religioso, com a finalidade do desenvolvimento integral do ser humano, o
cultivo da dimensão religiosa, a busca do sentido profundo e radical da existência
humana e de suas consequências na convivência social.
Em 2006, o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprova a Deliberação
nº 01/06 e em seu artigo 2º determina que:

Art. 2° Os conteúdos do ensino religioso oferecido nas escolas subordinam-


se aos seguintes pressupostos:

a) da concepção interdisciplinar do conhecimento, sendo a


interdisciplinaridade um dos princípios de estruturação curricular e da
avaliação;
b) da necessária contextualização do conhecimento, que leve em
consideração a relação essencial entre informação e realidade;
c) da convivência solidária, do respeito às diferenças e do compromisso
moral e ético;
d) do reconhecimento de que o fenômeno religioso é um dado da cultura e
da identidade de um grupo social, cujo conhecimento deve promover o
sentido da tolerância e do convívio respeitoso com o diferente;
e) de que o ensino religioso deve ser enfocado como área do conhecimento
em articulação com os demais aspectos da cidadania (CEE, 2006).

Neste sentido, com base na concepção teórico-metodológica do Currículo


para a Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel – Ensino Fundamental - Anos
Iniciais, elaborado no ano de 2008, compreende-se que cada aluno das escolas
municipais precisa ser formado no princípio da totalidade e precisa ser humanizado

68
por meio de uma educação que vise à formação de um sujeito integral, crítico e que
atue na sociedade com responsabilidade, pautando-se em princípios como respeito
e alteridade, de forma:

[...] a contrapor-se a sociedade de exclusão, permeada pelos preconceitos e


alienação na qual encontramo-nos inseridos. Nesse aspecto, a leitura
dialética da realidade efetiva-se como uma possibilidade de compreender os
elementos contraditórios presentes na sociedade justa [...] em que o
respeito ao princípio de liberdade seja considerado como busca e decisão
coletiva [...]. (AMOP, 2014, p. 279- 280).

Sendo a disciplina de Ensino Religioso incluída como componente


curricular do Ensino Fundamental, é indispensável salientar que a transmissão-
apropriação do conhecimento sistematizado se torna o foco da definição do saber
escolar, portanto, essa disciplina faz parte dos conhecimentos científicos, filosóficos,
culturais e artísticos produzidos pela humanidade “o homem apropria-se da
produção cultural universal e nas relações sociais que estabelece vai produzindo
sua consciência [...]”. (CASCAVEL, 2008, p. 30).
Assim, conforme preconizado no Currículo Básico Para a Escola Pública
Municipal:

“[...] as construções existentes sobre o universo religioso fazem parte da


produção cultural universal presente em nossa realidade. Portanto, o que
precisa ser compreendido é que as doutrinas, os ritos, os princípios, os
dogmas, os preceitos religiosos, não cabem ser trabalhados no espaço
escolar, sendo de responsabilidade das comunidades religiosas 16 a
realização da educação doutrinal e ritualística dentro de cada matriz
religiosa.” (AMOP, 2014, p. 279).

Diante do exposto, é relevante destacar a necessidade de uma educação de


qualidade, que traga para o interior da escola conhecimentos que tornem possível a
formação dos alunos, que enquanto sujeitos de direitos e deveres atuam em nossa
sociedade, de forma responsável e respeitosa, principalmente, porque falamos de
uma sociedade diversa, que também passa pela escola e necessita ser respeitada.
Vale salientar que os conteúdos desta disciplina se encontram na
Coordenação Pedagógica da Escola, e são desenvolvidos pelo professor no
Planejamento de Ensino e no Plano de Aula (Diário de Classe) de forma clara e
16
“Quando citamos as comunidades religiosas nos referimos às igrejas, templos, lojas, terreiros,
centros, casas de reza, enfim, todo espaço destinado à realização da prática da vida religiosa dos
sujeitos reconhecendo tais espaços como específicos para a realização da prática religiosa individual
de cada um, em sua crença e em sua formação e na convivência com seu grupo de afinidade e de
prática religiosa. Assim, a escola não é o espaço adequado para qualquer tipo de prática religiosa. A
prática religiosa cabe aos espaços destinados às práticas de fé.” (AMOP, 2014, p. 279).

69
sequenciada, possibilitando ao aluno pesquisas, debates sobre as diferentes
temáticas abordadas em sala de aula.
Vale ressaltar, ainda, que nos conteúdos de Ciências, eixo “Meio Ambiente –
Saúde e Trabalho: Drogas – Prevenção”, são explorados os temas: Prevenção ao
uso de tabaco, álcool e outras drogas.

20 - DOCUMENTOS E REGISTROS ESCOLARES


O Livro Registro de Classe é o documento oficial da Instituição de Ensino, é
um documento importante no qual fica registrado parte da vida escolar do aluno.
Nele são registrados o lançamento e controle da frequência, os conteúdos escolares
ministrados e o aproveitamento escolar dos alunos. Este documento explicita aquilo
que foi planejado, ministrado, trabalhado, em consonância com a legislação atual,
bem como com o Calendário Escolar e, consequentemente, com o planejamento de
Ensino, Currículo para a Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel, o Projeto
Político Pedagógico, Regimento Escolar. Para o zelo e guarda deste documento,
precisa permanecer na secretaria escolar sob a responsabilidade do Secretário
Escolar e/ou do Diretor, de forma a garantir sua consulta, quando necessária e
arquivado na escola por tempo indeterminado para ser consultado sempre que
necessário.
O Livro Registro de Classe é regido por meio de Instrução Normativa emitida
pela Secretaria Municipal de Educação. Para o ano de 2020, a Secretaria Municipal
de Educação elaborou a Instrução Normativa Nº 02/2020 – SEMED/CVEL a qual
dispõe sobre normas e prazos para o preenchimento do Livro Registro de Classe
Físico e Online das Instituições de Ensino da Rede Pública Municipal e Centros de
Educação Infantil da Rede privada, vinculados ao Sistema Municipal de Ensino de
Cascavel. A referida Instrução Normativa orienta as Instituições de Ensino quanto à
obrigatoriedade do uso do Livro Registro de Classe (LRC) e Livro Registro de Classe
Online Municípios (LRCOM) e a forma correta para o preenchimento.
Os registros devem ser padronizados e de forma clara, a fim de constituir a
perfeita escrituração da vida escolar do aluno, garantindo a qualquer tempo a
integridade e a veracidade das informações, dentro dos prazos estipulados pelo
órgão mantenedor.

70
A partir do ano de 2020, as escolas da Rede Pública Municipal de Ensino
passarão a utilizar o Livro Registro de Classe Online Municípios (LRCOM). Ressalta-
se que os Centros Municipais de Educação Infantil – Cmei´s e atividades
complementares da Educação em Tempo Integral ainda utilizarão os Livros Registro
de Classe Físico.
Em decorrência do período de pandemia da Covid-19, a Secretaria Municipal
de Educação emitiu a Instrução Normativa Nº 03/2020 – SEMED/CVEL para dispor
sobre as normas e prazos para o preenchimento do Livro Registro de Classe Físico
e Online das Instituições de Ensino da Rede Pública Municipal enquanto durar a
Pandemia da Covid-19.
Os livros de registro e escrituração têm a finalidade de facilitar o arquivo e a
consulta da vida escolar do aluno, além do registro de reuniões, ocorrências e/ou
advertências dos funcionários lotados nesta Instituição de Ensino.
A Escola Municipal Artur Carlos Sartori dispõe dos seguintes livros de
registro:
a) Ocorrências Disciplinares (para servidores da Instituição de Ensino)
b) Reuniões Administrativas
c) Reuniões do Conselho Escolar
d) Eleição e Posse do Conselho Escolar
e) Registro de Ocorrências (alunos e pais)
f) Registro de Incinerações
g) Conselho de Classe
h) Pré-Conselho
i) Protocolos para saída de correspondência, documentos, declarações e outros
j) Protocolo para entrega de Históricos Escolares
k) Processos de Classificação, Reclassificação, Regularização de Vida Escolar
l) Reuniões da Associação de Pais, Professores e Servidores - APPS
m) Patrimônio da Associação de Pais, Professores e Servidores – APPS
n) Eleição e Posse dos membros da Associação de Pais, Professores e
Servidores - APPS
o) Eleição de Diretores Escolares
p) Acervo bibliográfico
q) Avaliação de Desempenho
r) Assessoramento Pedagógico
s) Recursos Próprios
t) Programa Fundo Rotativo
u) Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE
v) Eleição do Grupo de Trabalho (G.T) do PDDE Interativo
w) Registro de Saídas Antecipadas dos Alunos

71
x) Acompanhamento semestral do professor
y) Livro ata COVID-19

21- ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

21.1- GESTÃO ESCOLAR


A Gestão Escolar Democrática é o processo que rege o funcionamento da
Instituição de Ensino compreendendo a tomada de decisão conjunta no
planejamento, execução acompanhamento e avaliação das questões
administrativas, pedagógicas e financeiras envolvendo a participação de toda a
comunidade escolar, sendo: pais, alunos, professores e demais servidores na
organização, na construção e na avaliação dos projetos pedagógicos, na
administração dos recursos da escola, enfim, nos processos decisórios da escola.
Nas últimas décadas a gestão democrática vem sendo um dos temas mais
discutidos entre os profissionais da educação, representando importante desafio na
operacionalização das políticas de educação e no cotidiano da escola.
A gestão escolar tem sua base legal centrada nos dispositivos da Constituição
Federal de 1988 que define a “gestão democrática do ensino público, na forma da
lei” como um de seus princípios (art. 206, Inciso VI). No mesmo sentido também se
expressa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9394/96,
que detalha o caput do artigo da Constituição, que utiliza os termos na forma desta
Lei, acrescentando as palavras “e da legislação dos sistemas de ensino” (art. 3º,
Inciso VIII). Cabe ressaltar que a educação brasileira está voltada para atender de
modo geral, a todos que vão à busca da mesma garantir a todos, acesso livre e sem
distinção de raça, credo ou cor.
São tarefas específicas da escola, gerir seu patrimônio imaterial, que são as
pessoas, as ideias, a cultura produzida em seu interior e, material - prédios e
instalações, equipamentos, laboratórios, livros, enfim, tudo aquilo que se traduz na
parte física de uma instituição escolar.
Além dessas atribuições, e acima de qualquer outra dimensão, porém, está e
incumbência de zelar pelo que constitui a própria razão de ser da escola – o ensino
e a aprendizagem. Assim, tanto lhe cabe “Velar pelo cumprimento do plano de
trabalho de cada docente, como assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-

72
aula estabelecidas, assim como prover meios para a recuperação de alunos de
menor rendimento (LDBEN nº 9394/96, Incisos III, IV e V).

21.2 - Conselho Escolar


O Conselho Escolar é o órgão máximo para a tomada de decisões realizadas
no interior da escola e constitui-se num espaço de discussão de caráter consultivo
e/ou deliberativo. É um órgão colegiado permanente de debate e articulação entre
os vários segmentos da comunidade escolar, tendo em vista a gestão democrática
do ensino público e a melhoria da qualidade do ensino.
O Conselho Escolar desta Instituição de Ensino tem suas ações respaldadas
por meio do seu próprio Estatuto, que normatiza a quantidade de membros, formas
de convocação para as reuniões ordinárias e extraordinárias, como é realizado o
processo de renovação dos conselheiros, dentre outros assuntos que competem a
essa instância.
Neste sentido, cabe aos conselheiros escolares:
a) deliberar sobre as normas internas e o funcionamento desta
Instituição de Ensino;
b) participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico;
c) analisar as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da
escola, propondo sugestões;
d) mobilizar a comunidade escolar e local para a participação em
atividades em prol da melhoria da qualidade da educação, como prevê a legislação;
e) acompanhar a execução das ações pedagógicas, administrativas e
financeiras desta Instituição de Ensino, visto que exerce as funções deliberativa,
consultiva, fiscalizadora e mobilizadora, resguardados os princípios constitucionais,
as disposições legais e as diretrizes da política educacional da Secretaria Municipal
de Educação.

21.3 - Pré-Conselho

O Pré-Conselho tem por objetivo agilizar o Conselho de Classe no que diz


respeito ao tratamento individualizado do aluno.
Nesta Instituição de Ensino, o Pré-Conselho é realizado bimestralmente,
sendo discutidas, entre os professores de cada turma e coordenador pedagógico, as

73
dificuldades mais prováveis do baixo rendimento escolar dos alunos e análise do
desempenho dos docentes com base no desenvolvimento do processo pedagógico,
tais como:
a) relação professor aluno;
b) questões disciplinares;
c) casos particulares que acabam interferindo em todo o processo
educacional;
d) avaliações de desenvolvimento dos alunos, considerando as
singularidades de comportamentos, aprendizagens e histórias de vida dos mesmos,
considerando que os registros comportamentais dos alunos, não devem ser fatores
impeditivos para o processo de desenvolvimento, mas, sim, buscar estratégias para
que haja a superação;
e) intervenções necessárias para melhorar o processo de ensino e
aprendizagem das turmas e dos alunos, individualmente;
f) instrumentos da avaliação utilizados no processo de ensino e
aprendizagem;
g) progresso individual dos alunos aula a aula, bem como seu
comportamento cognitivo, afetivo e social durante as aulas;
h) reconhecimento da história de vida dos alunos, tanto no que se
refere a seu passado distante quanto ao momento atual;
i) autoavaliação dos profissionais de ensino;
j) mudanças tanto na prática diária do professor como também na
dinâmica escolar, sempre que necessário;
k) sugestões de propostas de mudanças para serem discutidas no
momento do Conselho de Classe;
l) análise dos registros realizados pelo professor regente, utilização
dos recursos externos e registros do coordenador e outros profissionais;
m) análise dos resultados da aprendizagem fornecidos pelo professor,
planejamento em relação aos conteúdos, encaminhamento metodológico e processo
de avaliação;
O pré-conselho será realizado conforme as informações que os professores
observaram e avaliaram os alunos até o dia vinte de março deste ano, também pelo
parecer avaliativo que os pais estão enviando para a escola, pois as atividades

74
estão sendo feitas em casa de maneira remota com a ajuda dos pais, devido à
pandemia do COVID-19.

21.4 - Conselho De Classe


O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, fundamentados no Projeto Político
Pedagógico e Regimento Escolar, desta Instituição de Ensino.
O conselho de classe é mais um dos mecanismos de participação da
comunidade na gestão e no processo de ensino e aprendizagem desenvolvido na
unidade escolar. Constitui-se numa das instâncias de vital importância num processo
de gestão democrática, pois "guarda em si a possibilidade de articular os diversos
segmentos da escola e tem por objeto de estudo o processo de ensino, que é o eixo
central em torno do qual desenvolve-se o processo de trabalho escolar" (DALBEN,
1995, p. 16).
Consiste em uma atividade por excelência avaliativa, visto que verifica se os
objetivos, processos, conteúdos e relações estão coerentes com o Projeto Político
Pedagógico da escola, permitindo a discussão e análise coletiva e democrática do
processo de ensino e aprendizagem, onde todos avaliam e se auto avaliam em
busca de melhores alternativas, para o sucesso da escola, se tornando um elemento
básico para a integração das relações na Instituição de Ensino.
Neste sentido, o Conselho de Classe reflete a compreensão da função social
da escola, as concepções de aprendizagem e de desenvolvimento psíquico em que
os professores acreditam e se baseiam para dar suas aulas.
O Diretor e o Coordenador pedagógico são os mediadores e têm a tarefa de
conduzir a reunião do Conselho de forma democrática, usando sempre o bom senso
para resolver situação de conflito, que possam surgir.
As reuniões dos membros do Conselho de Classe nesta Instituição de Ensino
ocorrem ordinariamente em datas previstas no Calendário Escolar, e
extraordinariamente, sempre que necessário.
O Conselho de Classe deste semestre será feita de forma online, evitando
aglomeração de pessoas e seguindo as normas sanitárias.

Finalidades do Conselho de Classe

75
a) analisar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho
do professor, visando a qualidade do processo de ensino e aprendizagem, proposto
pelo Projeto Político Pedagógico, bem como pelo Currículo para a Rede Pública
Municipal de Ensino de Cascavel;
b) analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo
de ensino e aprendizagem;
c) propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de
estudos para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, por meio de
discussões, questionamentos e reflexões dos problemas e dificuldades encontrados;
d) estabelecer mecanismo de recuperação de estudos, concomitantes
ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em
consonância com a proposta pedagógica curricular da Rede;
e) avaliar o aluno como sujeito do processo de ensino e aprendizagem,
bem como sensibilizar o professor sobre a importância de auto avaliar-se
continuamente quanto à prática pedagógica, visando o aperfeiçoamento da mesma;
f) propor medidas para melhoria do aproveitamento escolar, integração
e relacionamento dos alunos na classe;
g) analisar o processo de ensino e aprendizagem em relação à
organização do planejamento escolar;
h) propor encaminhamentos para a melhoria da qualidade no processo
de ensino e aprendizagem;
i) analisar o rendimento escolar das turmas com base nos fatores
pedagógicos, apresentados nos Pré-Conselhos e redimensionar encaminhamentos
viáveis, a fim de que o aluno se aproprie dos conteúdos das diferentes disciplinas;
j) analisar, discutir e buscar encaminhamentos juntamente com todos
os servidores para solucionar os problemas existentes nesta Instituição de Ensino;
k) subsidiar teoricamente os profissionais que atuam nesta Instituição
de Ensino, com vistas à melhoria da qualidade do processo de ensino e
aprendizagem.

76
21.5 - Pós-Conselho
O Pós-Conselho de Classe é o momento que fornece base para a
reorganização do Plano de Trabalho dos Docentes e dos Gestores Escolares no que
se refere à organização curricular, encaminhamentos e instrumentos de avaliação
discutidos no Conselho de Classe.
Sempre que necessário, a Coordenação Pedagógica desta Instituição de
Ensino fará intervenções, em sala de aula ou individualmente com alunos ou
professor, conforme as necessidades apresentadas durante a realização do
Conselho de Classe, do que não foi possível resolver. Ressalta-se que tais
abordagens se darão em casos especiais, uma vez que deve se primar pela tomada
de decisão no próprio conselho.

Finalidades do Pós-Conselho

a) discutir as decisões tomadas no Conselho de Classe e constatar se


as ações foram colocadas em prática;
b) informar aos pais ou responsável legal sobre o aproveitamento
escolar de seu filho e o acompanhamento necessário, entre outras ações.

22 - O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR PELO


ALUNO

O processo de apropriação do ambiente escolar não ocorre somente na


primeira vez em que a criança inicia sua frequência no Centro Municipal de
Educação Infantil, seja na fase Cmei ou no Pré escolar, mas sempre que se depara
com uma nova Etapa de Ensino ou um novo ambiente, como na transferência de
escola para escola, frequência em aulas de música, dança e outros cursos que
poderá ser matriculada no decorrer da infância. Se o novo gera insegurança e
ansiedade em qualquer idade, na Educação Infantil, este processo é ainda mais
intenso.
O momento de transição do ambiente doméstico para o ambiente escolar
deve ser planejado com fundamentação nos pressupostos psicológicos explicitados
no Currículo para Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel, considerando que
a criança necessita estabelecer vínculos na instituição de ensino. A apropriação do

77
aluno tem início no momento da matrícula, devendo o pai/mãe ou responsável legal
ser recebido na instituição de ensino para conhecer as dependências e
principalmente a sala de aula que a criança será inserida, independente do período
de desenvolvimento em que se encontra. Pois, toda criança matriculada na escola,
tem o direito de ser respeitada e atendida em suas particularidades, visando a
efetivação de um processo de adaptação que lhe proporcione bem-estar e garantia
para uma educação de qualidade.
Ao deixar o ambiente doméstico a criança é forçada a abandonar sua zona de
conforto e sua rotina familiar, o que pode gerar inquietação, apreensão e
desconfiança. Portanto faz-se necessário que o planejamento das aulas seja
preparado de forma a receber os pequenos em um ambiente escolar acolhedor,
onde haja respeito, compreensão e paciência por parte da equipe diretiva, dos
professores e auxiliares.
Para o processo de adaptação, a instituição de ensino deverá considerar a
faixa etária atendida, a periodização do desenvolvimento da criança, conforme a
Psicologia Histórico Cultural, sendo que o trabalho pedagógico, fundamentado na
Pedagogia Histórico Crítica, deve ocorrer por meio da mediação intencional e
planejada dos professores e demais profissionais da instituição de ensino. Devem
ser planejadas aulas que viabilizem muitas possibilidades de interação dos alunos
com as professoras e dos alunos com seus pares, por meio de conteúdos que
utilizem como recursos materiais, brinquedos e jogos coloridos e sonoros, literatura
infantil e outros gêneros textuais, além de materiais para manuseio com superfícies
e formas variadas, brincadeiras de faz de conta, conteúdo da disciplina de Educação
Física e da Arte, utilizando os espaços externos da escola conforme a periodização
de cada turma de alunos.

Então podemos falar que deve haver ensino na Educação Infantil? Sim! O
ensino está permeando todo o trabalho educativo a ser realizado na
Educação Infantil! Precisamos deixar para trás a ideia de que quando
falamos em ensino este se reduz a aula expositiva, o ensino é a produção
intencional da necessidade de conhecer, explorar, descobrir e, para isso a
transmissão, reprodução, imitação são essenciais. O ensino na Educação
Infantil é o momento em que o professor leva a criança a formar conceitos, a
confrontar conhecimentos. Transmite a esta criança todo o conhecimento
acumulado pela humanidade e presente nos objetos que nos cercam. O
ensino está presente no planejar intencional que deve ser realizado pelo
professor das atividades que pretende realizar com as crianças. Ao
manipular o corpo da criança, ao pensar junto com ela procurando introduzir

78
um novo conhecimento. Ao explorar com ela o mundo em que vivemos o
professor está interagindo e, por meio deste ensinando deliberadamente,
intencionalmente. Pois, objetiva com cada movimento seu gerar
desenvolvimento, tornar a criança capaz de realizar sozinha aquilo que
ainda não consegue, de compreender, de pensar, de imaginar, de criar a
partir do mundo que construímos como seres humanos, para ir além.
(ARCE,2013)

Durante as aulas, entre a mediação dos conteúdos, estímulos e cuidados, os


professores e auxiliares devem observar, individualmente cada criança, olhando
para suas necessidades, dificuldades, angústias e respeitando seu ritmo na
apropriação dos conhecimentos mediados pelos professores. É importante fazer o
registro das observações peculiares sobre o aluno, refletir e entender o processo de
adaptação, avaliar o planejamento e ajustá-lo para redimensionar as mediações
conforme necessário. Para tanto é importante destacar que haja clareza no
direcionamento da rotina pedagógica a ser seguida e das normas e regras de
convivência da sala de aula, como um todo.
Deixar que os alunos tragam de casa seu bichinho de pelúcia ou seu objeto
de apego, de transição, colabora bastante para diminuir o estranhamento a um
ambiente diferente do âmbito familiar. Neste processo, o estabelecimento de
vínculos educacionais e de cuidados visa a socialização do saber sistematizado em
um ambiente pedagógico acolhedor que possibilite a prática do respeito, da
segurança e do bem-estar infantil. Os professores deverão viabilizar para que o
aluno permaneça o maior tempo possível participando das aulas, podendo
permanecer em período integral desde os primeiros dias, caso demonstre bem-estar
e aceitação à rotina pedagógica da instituição de ensino.
A participação da família no processo de adaptação é de suma importância
para que esta etapa ocorra com êxito, faz-se necessário o diálogo constante com os
pais e ou responsáveis legais. Reuniões e conversas nas quais as regras de
convivência e a rotina pedagógica sejam socializadas com a comunidade escolar,
proporcionam segurança para que as crianças possam superar o sentimento de
apreensão durante o processo de adaptação e sintam-se pertencentes ao ambiente
escolar.

Portanto, se desejamos um processo educativo que leve ao


desenvolvimento integral de nossas crianças na Educação Infantil, a escola
não pode deixar os pais de fora. Isto significa integrá-los no trabalho, mas
para isso faz-se necessário permitir aos pais o acesso ao conhecimento das

79
possibilidades de desenvolvimento da criança e de como eles podem ajudar
isso a acontecer. Ao fazer isso, professores, diretores, coordenadores estão
a apresentar aos pais a importância que a Educação Infantil tem para os
seus filhos. Assim desfaz-se a ideia das escolas de Educação Infantil como
sendo ambientes a substituírem o trabalho realizado pelas babás, ambiente
apenas de cuidados corporais. (ARCE, 2013).

O que está em jogo no processo de adaptação e no acolhimento do aluno é o


compromisso de transformar os sentimentos de angústia presentes neste momento
em segurança e bem estar, viabilizando a mediação dos conteúdos e dos estímulos,
a aprendizagem dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos num ambiente
pedagógico onde o cuidado, a atenção o carinho também sejam articulados
garantindo uma educação infantil de qualidade, conforme preconiza o Currículo para
Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel.

22.1 - Associação De Pais, Professores E Servidores – APPS


A Associação de Pais Professores e Servidores - APPS é um órgão para
auxiliar e zelar juntamente com a Direção desta Instituição de Ensino, docentes e
demais servidores, pela qualidade do ensino aos alunos, sendo regida por Estatuto
próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral, convocada especificamente
para este fim.
É um órgão de representação da comunidade escolar: pais, professores e
servidores do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,
racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e
conselheiros, sendo constituída por prazo determinado em estatuto próprio.
Os membros da APPS participam do processo de construção do Projeto
Político Pedagógico, acompanham seu desenvolvimento por meio do Plano de
Aplicação, Plano de Trabalho e representa seu segmento, sugerindo as alterações
que julgar necessárias à equipe pedagógico-administrativa desta Instituição de
Ensino.

80
22.2 - Rede de Atenção e Proteção Social
O conceito de Rede de Atenção e Proteção deve ser entendido e trabalhado como
uma ação integrada entre instituições, para atender crianças e adolescentes em
situação de risco pessoal: sob ameaça de violação de direitos por abandono,
violência física, psicológica ou sexual, exploração sexual comercial, situação de rua,
de trabalho infantil e outras formas de submissão que provocam danos e agravos
físicos e emocionais.
Os serviços da Rede estão articulados com as Secretarias de Saúde,
Secretaria da Educação e Assistência Social, Poder Judiciário, Ministério Público,
Defensoria Pública, Conselhos Tutelares e outras organizações de defesa de
direitos, com um fluxo organizado de procedimentos a partir dos sinais de alerta.
O atendimento visa fortalecer os vínculos familiares, prevenir o abandono,
combater estigmas e preconceitos, assegurar proteção social imediata e
atendimento interdisciplinar. E contribui de forma integrada para a redução da
violência contra a criança e ao adolescente, principalmente no que se refere à
violência doméstica e sexual.
A escola, por ser uma instituição que ocupa um lugar privilegiado na rede de
atenção à criança e ao adolescente, exerce um papel central na construção da
cidadania desses sujeitos. Por isso, deve assumir o papel de protagonista na
prevenção e enfrentamento de todas as formas de violência a eles impingidas.
Aos profissionais que atuam nesta Instituição de Ensino, cabe conhecer os
serviços existentes na Rede e proceder com os encaminhamentos necessários, a
fim de melhor atender aos alunos e adolescentes.
Os encaminhamentos são efetivados pela Instituição de Ensino por meio da
Ficha Intersetorial de Referência e Contrareferência, que tem por objetivo, dar
continuidade às ações que almejam a integralidade no atendimento, bem como
possibilitar o fluxo de informações entre os atores da Rede, buscando a
reciprocidade e corresponsabilidade do atendimento.

22.3 - Formação Continuada


Não tem como falar em educação de qualidade sem mencionar uma formação
continuada de professores e servidores do corpo técnico-administrativo e

81
pedagógico; que já vem sendo considerada, juntamente com a formação inicial, uma
questão fundamental nas políticas públicas para a educação.
A formação continuada de professores tem sido entendida como um processo
permanente de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade profissional,
realizado após a formação inicial, com o objetivo de assegurar um ensino de melhor
qualidade aos alunos. Ressaltamos que a formação continuada não descarta a
necessidade de uma boa formação inicial, mas para aqueles profissionais que já
estão atuando, há pouco ou muito tempo, ela se faz relevante, uma vez que o
avanço dos conhecimentos, tecnologias e as novas exigências do meio social e
político impõem ao profissional, à escola e às instituições formadoras, a
continuidade, o aperfeiçoamento da formação profissional.
Segundo Schnetzler (1996, 2003), para justificar a formação continuada de
professores, três razões têm sido normalmente apontadas:

[...] a necessidade de contínuo aprimoramento profissional e de reflexões


críticas sobre a própria prática pedagógica, pois a efetiva melhoria do
processo ensino-aprendizagem só acontece pela ação do professor; a
necessidade de se superar o distanciamento entre contribuições da
pesquisa educacional e a sua utilização para a melhoria da sala de aula,
implicando que o professor seja também pesquisador de sua própria prática;
em geral, os professores têm uma visão simplista da atividade docente, ao
conceberem que para ensinar basta conhecer o conteúdo e utilizar algumas
técnicas pedagógicas. (SCHNETZLER e ROSA, 2003, p.27)

Assim, esta formação continuada não pode se esgotar somente em um curso


de atualização, mas deve ser encarada como um processo, construído no cotidiano
escolar de forma constante e contínua, visto que é parte essencial da estratégia de
melhoria permanente da qualidade da educação.
Nesta Instituição de Ensino a formação continuada é ofertada pela Secretaria
Municipal de Educação de Cascavel, pela Associação dos Municípios do Oeste do
Paraná - AMOP, Universidades locais.
A Formação Continuada é ofertada por esta Instituição de Ensino de acordo
com as necessidades observadas no decorrer do trabalho pedagógico, ocorrendo
nas horas atividades, Pré-conselhos, Conselhos de Classe, Atividade Pedagógica,
que são momentos previstos em Calendário Escolar.

A Formação Continuada, ofertada pela Secretaria Municipal de Educação no


período de duração da situação de pandemia Covid-19, conforme o Capítulo VI
Artigo 32 da Instrução Normativa nº 001/2020 ocorre de modo online, por meio de

82
videoaulas, textos e questões para direcionamento de estudo, porém no ano de
2022 as formações continuadas se deram de maneira presencial e algumas por
vídeo aula.

22.4 - Atividade Pedagógica

A Atividade Pedagógica é prevista no Calendário Escolar, momento este


específico de estudos e aprofundamento docente, levando em conta,
prioritariamente, os fatores pedagógicos, e tem a finalidade de:
a) Refletir e discutir bibliografias e textos buscando coletivamente
encaminhamentos, a fim de aperfeiçoar e garantir o processo de ensino e
aprendizagem;
b) Redimensionar o planejamento e propor novos encaminhamentos;
c) Conduzir e coordenar a elaboração do planejamento assegurando os
conteúdos, encaminhamentos e objetivos propostos no Currículo para a Rede
Pública Municipal de Ensino;
d) Discutir e realimentar o Regimento Escolar e Projeto Político
Pedagógico, coletivamente.
Houve alterações na organização da Atividade Pedagógica: as Atividades
Pedagógicas previstas para os dias 25/03/2020, 26/05/2020, 21/07/2020 e
22/07/2020, estas datas foram antecipadas para a semana de 19/05/2020 a
22/05/2020, neste período houve a necessidade de se realizar o Planejamento de
Ensino para o envio das atividades remotas aos alunos, conforme Resolução Nº
1/2020.
Tendo em vista que o Assessoramento Pedagógico exercido pelo
coordenador pedagógico das Escolas Municipais tem a função de acompanhar e
orientar os professores em relação à mediação dos conhecimentos científicos,
artísticos e filosóficos a ser realizada com os alunos, no sentido de assegurar que o
processo de ensino e aprendizagem ocorra de acordo com as concepções que
fundamentam o Currículo Para Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel.
Nesta instituição de ensino, os professores estavam em trabalho remoto e
preparavam as atividades a serem enviadas aos alunos em casa, enviavam para o
email da escola ou das coordenadoras, que analisavam as mesmas e reproduziam
tais atividades. Os professores vinham uma ou duas vezes na semana conforme

83
necessidade da escola e organizavam as atividades remotas a serem entregues aos
alunos em data específica seguindo cronograma de entrega.
No retorno das aulas presenciais, foram tomadas todas as medidas sanitárias,
como alcool em gel, distanciamento e uso de máscara.

23 - INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS QUE SUBSIDIAM A GESTÃO ESCOLAR


23.1 - Avaliação Institucional
A Avaliação Institucional é um instrumento que contém o processo de
acompanhamento contínuo das atividades e da implementação de mudanças
necessárias à retomada dos objetivos propostos pela Instituição de Ensino. A
mesma ocorrerá por meio de mecanismos criados pela unidade escolar (avaliação
interna) e/ou por mecanismos criados pela Secretaria Municipal de Educação
(avaliação externa).
A Avaliação Institucional será realizada ao final de cada ano letivo e todos os
seus segmentos serão avaliados.
Cada Instituição de Ensino irá criar uma Comissão Própria de Avaliação,
formada por representantes de todos os segmentos da Comunidade Escolar, que
terá por finalidade conduzir o processo da Avaliação Institucional, segundo critérios
estabelecidos pela Secretaria Municipal de Educação.
Será feita uma avaliação dos encaminhamentos pedagógicos, administrativos
e financeiros, realizados durante o período de enfrentamento ao Covid-19. A
avaliação diagnóstica terá importância no sentido de retomar a rotina pedagógica da
escola e faz-se necessária para que todos comprometam-se com a continuidade do
processo ensino e aprendizagem que em decorrência da Pandemia poderá
ocasionar diferentes resultados.

23.2 - Planejamento de Ensino


O planejamento de ensino é um guia de orientação para o planejamento do
processo de ensino e aprendizagem. Os professores precisam ter em mãos esse
plano abrangente, não só para uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a
unidade teórico-metodológica das atividades escolares.

84
O planejamento de ensino nesta Instituição de Ensino é o norte de todo o
trabalho docente desenvolvido em sala de aula estabelecendo meios para atingir os
objetivos propostos.
Para que esse processo ocorra é necessário intencionalidade e conhecimento
do que se quer alcançar. No mesmo deve constar: os conteúdos a serem
trabalhados, objetivos que espera-se alcançar, encaminhamentos metodológicos
que serão desenvolvidos para que os objetivos propostos tenham êxito, recursos
que o professor necessitará para auxiliá-lo na realização das atividades,
instrumentos de avaliação que serão utilizados para a avaliação e as referências
bibliografias que nortearão o desenvolvimento do planejamento pedagógico.
O planejamento ocorre de forma semestral, onde todos os professores se
envolvem na execução dos mesmos, cada professor de seu respectivo ano fica
responsável por planejar e realimentar os encaminhamentos, bem como os objetivos
e avaliação proposta. De acordo com a Instrução Normativa Nº 001/2020 –
SEMED/CVEL, as atividades remotas são as aulas não presenciais, planejadas e
elaboradas pelo (a) professor (a) aos alunos matriculados regularmente na Rede
Pública Municipal de Ensino de Cascavel, respeitando os decretos municipais e as
orientações de distanciamento social. Estas atividades possuem caráter de
complementação e continuidade do processo de aprendizagem, considerando a
faixa etária e os conteúdos elencados no Currículo para a Rede Pública Municipal de
Ensino de Cascavel e o Planejamento de Ensino. As atividades devem conter
linguagem adequada que permita aos alunos a realização destas, os conteúdos
devem conter caráter sequenciado e prático. Salientamos no Projeto Político
Pedagógico como ocorreu o Planejamento de Ensino e o Plano de Aula diante da
retomada das atividades escolares por meio do envio de atividades remotas aos
alunos, normatizadas pela Secretaria Municipal de Educação. As atividades remotas
fazem parte da carga horária letiva para cumprimento do Calendário Escolar.
De acordo com a Instrução Normativa Nº 001/2020 – SEMED/CVEL, as
atividades remotas são as aulas não presenciais, planejadas e elaboradas pelo (a)
professor (a) aos alunos matriculados regularmente na Rede Pública Municipal de
Ensino de Cascavel, respeitando os decretos municipais e as orientações de
distanciamento social. Estas atividades possuem caráter de complementação e
continuidade do processo de aprendizagem, considerando a faixa etária e os
conteúdos elencados no Currículo para a Rede Pública Municipal de Ensino de

85
Cascavel e o Planejamento de Ensino. As atividades devem conter linguagem
adequada que permita aos alunos a realização destas, os conteúdos devem conter
caráter sequenciado e prático.

23.3 - Plano de Aula (Diário de Classe)


A aula é a forma predominante de organização didática do processo de
ensino e aprendizagem, pois organiza ou cria as condições e meios necessários
para que os alunos se apropriem de conhecimentos e desenvolvam suas
capacidades cognoscitivas.
Segundo Amaral e Silva (2005) o plano de aula é um documento que registra
o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com quem fazer. É
o norte para as ações educacionais, evitando o improviso. É a apresentação
sistematizada e justificada das decisões tomadas, ou seja, Plano é a formalização
dos diferentes momentos do processo de planejamento escolar.
Ao realizar o plano de aula de forma a atender às necessidades do aluno é
preciso, antes de qualquer coisa, saber para quem se vai planejar. Por isso,
conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento, o
que, é feito por meio de um diagnóstico da turma.
A partir do diagnóstico, tem-se condições de estabelecer o que é possível
alcançar e como avaliar os resultados. Por isso, Libâneo (2001) ressalta que o plano
é um guia e tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática e,
portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos
diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, envolve desafios e
contradições.
Nesta Instituição de Ensino cabe aos docentes realizarem o plano de aula
diariamente, devendo:
I. planejar, executar e avaliar atividades pedagógicas que visem cumprir
os objetivos do processo de ensino e aprendizagem;
II. propor, executar e avaliar alternativas que visem a melhoria do
processo educativo;
III. acompanhar e avaliar o desenvolvimento do aluno, proporcionando
meios para seu melhor desenvolvimento;

86
IV. acompanhar o avanço do aluno no processo de ensino e
aprendizagem, de forma que ele se aproprie dos conteúdos respectivos ao seu
desenvolvimento;
V. recuperar o aluno com dificuldade no processo de escolarização que
esteja sob sua responsabilidade, dando atendimento individualizado;
VI. proceder os registros de conteúdos desenvolvidos, planejamento
escolar e planos de aula (Diário de Classe) em conformidade com o Projeto Político
Pedagógico e o Currículo, garantindo maior direcionamento ao seu trabalho;
VII. organizar o plano de aula informando os conteúdos a serem
trabalhados com a turma, caso haja necessidade de ser substituído, para que tenha
sequência pedagógica.
Os professores estão fazendo os planejamentos das aulas quinzenalmente de
todos os componentes curriculares, onde os pais ou responsáveis buscam as
atividades na escola e devolvem devidamente preenchido pelo aluno, e assim
sucessivamente conforme calendário de entrega.

23.4 - Hora-Atividade
A jornada de trabalho do titular de cargo de Professor será de (20) vinte horas
semanais e do Professor de educação Infantil (40) horas semanais. Fica garantido
aos professores regentes o direito à hora atividade na proporção de 33% (trinta e
três por cento) do total da jornada efetivamente trabalhada com o aluno em sala de
aula n semana anterior.
Para o cômputo da hora-atividade serão considerados:
a) Estudos individuais e grupos de estudo;
b) Preparação e avaliação do trabalho pedagógico;
c) Articulação com a comunidade;
d) Seminários e cursos de aperfeiçoamento profissional;
A hora atividade nesta unidade es colar está sendo realizada de acordo com o
proposto, sendo que as professoras estão tirando as oito horas mais um terço de
hora atividade. Encontra-se em anexo o quadro da hora atividade.
A Escola Municipal Artur Carlos Sartori, oferta a seus professores desde o
ano de 2015 a hora atividade de 33%, sendo que a mesma se efetiva da seguinte
forma: para a hora atividade dos 20% são trabalhadas as disciplinas de Língua
Espanhola, Arte, Educação Física e Ensino Religioso.

87
No que se refere a hora atividade dos 13%, oferta-se a disciplina de Língua
Portuguesa, Laboratório de Informática e Biblioteca.
Este processo ocorre em cumprimento a lei Nº 6.445 de 29 de dezembro de
2014, no capítulo 3 da hora atividade (artigos. 32 e 33).

23.5 - Reforço Escolar


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei n.º 9.394, de
20/12/1996 – título II, art. 3º, apresenta, entre outros, os princípios de “I - igualdade
de condições para o acesso e permanência na escola; e [...] IX - garantia de padrão
de qualidade;” educação escolar pública de qualidade [...].
Desta forma, visando concretizar tal dispositivo, o Governo Federal apresenta
sobre esta mesma Lei, em seu capítulo II, art. 24, inciso V, que, mediante ao
fracasso escolar do aluno, haverá “possibilidade de aceleração de estudos para
alunos com atraso escolar;” e “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de
preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar
(BRASIL, 1996).
A partir dessa premissa, as escolas contam com o trabalho diferenciado em
horário de contraturno, no caso dos alunos que não conseguem se apropriar dos
conteúdos, por variados motivos e que necessitam de um acompanhamento
diferenciado definido na Rede Municipal de Ensino de Cascavel como Reforço
Escolar, efetivado mediante a execução de ações que possibilitam a recuperação de
conteúdo.
Ressalta-se que o reforço escolar é de suma importância para a
aprendizagem dos alunos, mas também não se pode utilizar o reforço como forma
de ensino, deve ser uma solução paliativa e não definitiva para o problema de
defasagem escolar.
Conforme completa Luckesi (1999):

Reforço escolar é uma atividade de auxiliar o educando a aprender o que


não foi possível aprender nas horas regulares de aula em uma escola. O
ideal seria que a própria escola prestasse esse serviço ao educando, pois
os estudantes necessitam de aprender; é por essa razão quem vem para a
escola. E a escola promete, em sua propaganda, que eles aprenderão.
Desse modo, caso eles não tenham aprendido, é dever da escola propiciar
o saneamento desse impasse. Em última instância, se a escola não faz isso,
alguém necessita de fazer. Usualmente são os pais que assumem essa
tarefa, ou por si mesmo ou contratando quem oferece esse serviço.

88
Assim, o Coordenador Pedagógico Escolar ao acompanhar o processo de
ensino e aprendizagem deve constantemente orientar e subsidiar o professor para
que realize o trabalho com vistas ao desenvolvimento integral do aluno.
Todas as ações devem ser planejadas e registradas pelo professor em plano
de aula, servindo de subsídios para o pré-conselho.
O Currículo para Rede Pública Municipal Ensino de Cascavel defende que “a
formação do indivíduo é sempre um processo educativo” e sendo assim “é tarefa da
educação escolar mediar à formação dos indivíduos [...], num processo educativo
intencional”. (CASCAVEL,2008, p. 39)
Nas escolas que possuem professor de reforço escolar, é de responsabilidade
do Coordenador Pedagógico Escolar articular o trabalho deste profissional com o
professor regente, assim como, organizar momentos de discussão entre eles.
A Secretaria Municipal de Educação de Cascavel, com o objetivo de
minimizar os impactos pedagógicos causados pela Pandemia da COVID-19,
realizará ações de recuperação da aprendizagem dos alunos da Rede Pública
Municipal de Ensino, de forma a cumprir o que preconiza LDB 9.394/96:
Art. 12 – V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor
rendimento […]
Art. 13 - III – zelar pela aprendizagem, dos alunos;
IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento […]
Art. 24 – V – alínea
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação de preferência paralelos ao
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar a serem disciplinados
pelas instituições de ensino em seu regimento (BRASIL, 1996, p. 5)
Com o dever que nos cabe e diante do direito do aluno de apropriar-se dos
conhecimentos historicamente construídos, faz-se necessário a organização de
mecanismos de apoio que possibilitem aos alunos oportunidades de aprendizagem.
Nesta direção o Reforço Escolar e a ação educativa - Recupera Mais se destinam a
recuperação paralela da aprendizagem com o objetivo de auxiliar na superação das
dificuldades e defasagens de aprendizagem ainda apresentadas pelos alunos,
principalmente das turmas de 4º e 5ºs anos.
É importante compreender que o Reforço Escolar e a ação educativa -
Recupera Mais, funcionarão como apoio no processo de ensino, sendo ofertado em

89
diferentes momentos e com diferentes metodologias de ensino. É sabido que a
recuperação contínua é atribuição do professor regente, sendo realizada diariamente
em sala de aula. Assim, o Reforço Escolar e o Recupera Mais, serão destinados aos
alunos que se encontram com defasagens e dificuldades de aprendizagem não
superadas no cotidiano da sala de aula e, portanto, necessitam de atendimento
individualizado e paralelo às aulas regulares.
Tendo em vista que nos anos de 2020 e 2021, devido a Pandemia, os alunos
foram aprovados respaldados pela Deliberação 007/2021, que estabelece Normas
sobre a Avaliação, Promoção e Retenção para o ano de 2020 e Continuum
Curricular para o ano de 2021 no âmbito da Rede Pública Municipal de Ensino de
Cascavel, e em muitos casos, aprovados com defasagens, a necessidade de
desenvolver ações para recuperação desses alunos é de extrema urgência. Com o
intuito de atender todos os alunos, a SEMED planejou ações de recuperação para
serem realizadas paralelas ao ensino regular e também no contraturno, para o ano
de 2022.

Organização das ações na escola para alunos de 4º e 5º anos, duas ou


mais turmas do mesmo ano e no mesmo turno
As escolas que atendem duas ou mais turmas de 4º ou de 5º anos no mesmo
turno, deverão, sob orientação da Coordenação Pedagógica Escolar, realizar as
avaliações diagnósticas no decorrer do mês de fevereiro/2022, as quais subsidiarão
o mapeamento das dificuldades de aprendizagem apresentadas;
Diante do diagnóstico, os professores e o Coordenador Pedagógico Escolar
realizarão o levantamento das defasagens/dificuldades de aprendizagem e
considerando as especificidades do trabalho pedagógico, definirão as ações de
recuperação de aprendizagem em sala de aula.
A Coordenação Pedagógica Escolar organizará para que os alunos das
turmas que apresentem defasagens e/ou dificuldades de aprendizagem, após o
intervalo, recebam atendimento de acordo com a especificidade de cada grupo de
alunos, a fim de suprir a defasagem apresentada. Sendo assim, será necessária a
reorganização dos professores regentes das turmas, as quais se alternarão para
atendimento da seguinte forma: até o intervalo os professores regentes atenderão
seus alunos, trabalhando conteúdos dos componentes curriculares conforme a
Grade Curricular. Após o intervalo, os alunos que apresentam defasagens e/ou

90
dificuldades acentuadas de aprendizagem, migrarão de sala, sendo que um dos
professores das turmas afins trabalhará os conteúdos dos Componentes
Curriculares de Língua Portuguesa e Matemática, considerando o Continuum
Curricular e as avaliações diagnósticas, com ações direcionadas para a superação
da defasagem/dificuldade. Nesta organização os professores dividirão as turmas em
dois grupos após o intervalo de duas a três vezes na semana.
Para as escolas com apenas uma turma de cada ano, segue a mesma
organização acima especificada, porém neste caso, o professor de Reforço Escolar
e/ou Coordenador Pedagógico é quem fará a troca com o professor regente e
atenderá o grupo que necessita de ações focalizadas no processo de alfabetização.
Nas escolas que houver esta organização o atendimento do reforço escolar
será no mesmo período do regular.
Havendo janelas de horários, a Coordenação poderá organizar atendimento
no contraturno. Seguem as orientações acima, considerando sua especificidade.
Além das ações de recuperação paralela, realizada pelo professor regente da turma,
os professores farão uso da Plataforma de Avaliações e Monitoramento do MEC, a
qual servirá como instrumento auxiliar para o diagnóstico e acompanhamento das
turmas.
A finalidade desta Plataforma é avaliar os estudantes e, depois, distribuí-los
em grupos que indicam objetivos de aprendizagem que ainda devem ser
apropriados pelos alunos. Na prática ela funcionará mostrando ao professor o nível
de aprendizagem que cada aluno e quais objetivos de aprendizagem ainda precisam
ser trabalhados.
Outra ação a ser desenvolvida é a Formação Continuada de forma mensal,
com o mesmo formador e com acompanhamento do trabalho pedagógico em sala de
aula. As orientações de como utilizar tal plataforma serão repassadas aos
professores na formação continuada. Excepcionalmente no primeiro semestre de
2022, o atendimento no reforço escolar será organizado para as turmas de 4º e 5º
anos. Nas escolas que estiverem realizando esse atendimento e ainda houver
“sobra” de horários, a Coordenação pedagógica poderá organizar atendimento para
as turmas de 3º anos.

Objetivo Geral

91
1) Desenvolver nos alunos as condições de realizar a interpretação textual de
forma a identificar e estabelecer relações gramaticais e linguísticas, identificando,
processando e sintetizando as mesmas, de forma a produzir argumentos com
autonomia, recorrendo aos conhecimentos científicos para compreender e atuar no
meio social que ocupa.
2) Estimular o desenvolvimento do raciocínio lógico, bem como a
compreensão das particularidades das operações matemáticas, por meio de textos
matemáticos, considerando que tal processo, se dá na estruturação de um
pensamento lógico até a resolução de um problema utilizando as ferramentas e
procedimentos matemáticos.

Objetivos específicos:
 Analisar, interpretar e produzir criticamente discursos e textos;
 Recuperar informações do texto, identificando, reconhecendo e
organizando-as, comparando-a, distinguindo e estabelecendo relações e inferências
entre elas;
 Analisar diálogos e conflitos entre diversidades e os processos de disputa
presentes nos textos e nos discursos;
 Analisar textos de modo a caracterizar a Língua Portuguesa como um
fenômeno (geo)político, histórico, social, variável nos contextos de uso;
 Dominar a interpretação de gêneros do discurso/gêneros textuais, sobretudo
aqueles que supõem um grau maior de análise, síntese e reflexão;
 Compreender as questões sociais de forma a se posicionar com autonomia
perante seus pares atuando em situações sociais, políticas, artísticas e culturais
para enfrentamento dos desafios sociais;
 Fazer uso, nas interações sociais, da Língua materna de forma adequada às
situações comunicativas e aos gêneros textuais bem como de textos matemáticos;
 Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para
interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos,
analisando os resultados e a adequação das soluções propostas, de modo a
construir argumentação consistente;
 Organizar informações acerca das situações problemas. Cada um dos
pontos acima são fundamentais para a aprendizagem, não somente dos conteúdos

92
prioritários de Língua Portuguesa e Matemática, foco do Reforço Escolar, mas
também para os demais componentes curriculares.

Objetivos específicos da avaliação:


1) Realizar intervenções pontuais e imediatas em decorrência dos resultados
obtidos pela avaliação diagnóstica de forma a contribuir para a redução das
dificuldades de aprendizagem.
2) Suprir a defasagem de conteúdo em processo de transição dos alunos de
2º e 3º anos.

Metodologia
 Encontros e oficinas aos sábados, no período da manhã, ou no contraturno
na escola quando houver sala disponível. O atendimento poderá ocorrer com
duração de quatro horas, uma vez na semana, contemplando os Objetivos do
Conhecimento/Conteúdos de cada ano.
 Pesquisas e exercícios de escrita e de leitura, bem como a resolução de
problemas envolvendo a reflexão acerca dos componentes curriculares de Língua
Portuguesa e Matemática.
 A ação educativa Recupera Mais contará com pagamento de horas extras
para o professor e banco horas na função gratificada para a coordenação ou direção
(devendo ser prevista as horas antecipadamente) para ambos os casos. Reiteramos
que a adesão à ação de recuperação paralela de aprendizagem: recupera mais,
ocorrerá por interesse de cada unidade escolar e estendido convite aos alunos (sem
obrigatoriedade). Departamento Pedagógico. Fev. 2022

23.6 - Hora Cívica


O homem cívico é aquele que, consciente e voluntariamente
cumpre seus deveres e zela integridade de seus direitos. Para tanto, faz-se
necessário promover entre os educandos situações que favoreçam atitudes de
cooperação, participação, responsabilidade e companheirismo, levando-os ao pleno
desenvolvimento da cidadania. A Hora Cívica será um momento de reflexão e

93
participação, oportunizando a todos expressar ideias, sentimentos, adotando
atitudes que visam resgatar valores como o respeito e a tolerância.
Nesta escola, a hora cívica será realizada quinzenalmente, sendo que cada
ano, ficará responsável em organizar esse momento,
visando uma dinâmica de reflexão, resgatando os valores éticos e morais. As leis
que regulamentam a hora cívica são Lei Federal nº 12031 de 21/09/2009, Lei
Municipal nº 2708 de 22/11/1997 e Lei Municipal 3988 de 20/12/2004.

23.7- Roteiro Cascavel: Meu Município


O Roteiro de Estudos “Cascavel: Meu Município” é uma proposta de trabalho
pedagógico para as turmas de 3º Ano do Ensino Fundamental - Anos Iniciais da
Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel, com o intuito de proporcionar aula
extraclasse, viabilizando a observação direta dos fenômenos nos diferentes espaços
e tempos por meio da ação dos grupos humanos, conforme preconiza o Currículo
para a Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel.
Esse trabalho teve início na Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel
em 2008 com as turmas de 4º ano, tendo como tema “Roteiro Programático Turístico
Educativo e Investigativo”. De 2013 a 2018 denominou-se “Roteiro de Estudos
Conhecendo Cascavel”, a partir de 2019, passou a ser intitulado Roteiro de Estudos
“Cascavel: Meu Município”. Em 2020, com a normativa da Base Nacional Comum
Curricular - BNCC e Reestruturação do Currículo para a Rede Pública Municipal de
Ensino de Cascavel - Anos Iniciais, os conteúdos referentes ao Município são
antecipados para o 3º ano.
Com esta proposta, a Secretaria Municipal de Educação de Cascavel -
Semed, visa contribuir nos processos de ensino e aprendizagem dos conhecimentos
historicamente acumulados, proporcionando o contato direto do aluno com a
realidade por meio do desenvolvimento de conteúdos dos Componentes
Curriculares: História e Geografia.
O trabalho pedagógico no ensino do Componente Curricular História
pretende garantir ao aluno a possibilidade de desenvolver o pensamento histórico,
entender-se como sujeito da História e estabelecer as relações entre o passado, o
presente e as mediações necessárias para a compreensão do porquê, das causas e
das consequências nos processos de transformação/permanência e

94
diferenças/semelhanças da atividade humana ao longo dos tempos. (CASCAVEL,
2020).
No Componente Curricular Geografia o trabalho pedagógico visa alfabetizar
geográfica e cartograficamente, proporcionando ao aluno mediações para que
conheçam e compreendam os arranjos espaciais produzidos pelas relações dos
diversos grupos humanos com o meio. (CASCAVEL, 2020).

24 - ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO
A teoria é o esforço em compreender a prática e, ao compreendê-la, torná-la mais
eficaz. A prática sem teoria degenera em ativismo resulta uma atividade cega,
desorientada: a prática necessita da teoria. E a teoria sem a prática degenera em
verbalismo. A razão de ser da teoria é a própria prática; a teoria só faz sentido na
medida em que ela procura elucidar a prática, procura responder às questões
postas pela prática, procura explicar, equacionar os problemas que a prática
levanta (SAVIANI, 2010, p. 219)

O Assessoramento Pedagógico exercido pelo coordenador pedagógico das


Escolas Municipais tem a função de acompanhar e orientar os professores em
relação à mediação dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos a ser
realizada com os alunos, no sentido de assegurar que o processo de ensino e
aprendizagem ocorra de acordo com as concepções que fundamentam o Currículo
Para Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel, observando:
 Intencionalidade e comprometimento com o planejamento;
 Compreensão de como ocorre a aprendizagem e o desenvolvimento humano
de acordo com a psicologia histórico cultural;
 Metodologia de ensino;
 Domínio de turma (direcionar o comportamento dos alunos no
desenvolvimento da aquisição do hábito de estudo);
 Articulação dos conteúdos mediados com os critérios de avaliação;
 Atenção e mediação específica ao aluno em processo de avaliação contínua
e diagnóstica;
 Domínio dos conteúdos elencados no Currículo e transcritos para o
planejamento
 Clareza na explanação dos conteúdos;
 Os recursos auxiliares externos utilizados de acordo com os conteúdos
planejados;

95
 Planejamento e continuidade nas atividades da rotina pedagógica (inclusive o
cuidado, o autocuidado e o desenvolvimento dos hábitos de alimentação
saudável);
 Entonação de voz e linguagem utilizada;
 Postura e circulação em sala de aula visando atender as necessidades de
aprendizagem dos alunos;
 Reação em relação à dificuldade do aluno;
 Relação professor-aluno;
 Articulação do professor regente com os demais profissionais;
 Interação do professor com os alunos durante a mediação dos conteúdos e
na administração dos atritos em sala de aula e na indisciplina.
Nesta instituição o assessoramento pedagógico dar-se-á em sala de aula,
bem como na hora atividade do professor regente. Neste momento coordenador e
professor se reúnem para discutir as questões pedagógicas referente a
aprendizagem do aluno. O coordenador sugere encaminhamentos para melhor
apropriação dos conteúdos por parte dos educandos e auxilia o professor em suas
dificuldades. Os registros são feitos em livro ata próprio e encontram-se na
coordenação.
Assessorar e orientar com subsídios teóricos e práticos os professores na
elaboração do planejamento, plano de aula e outras ações pedagógicas;
a) Coordenar e acompanhar, com registros em forma de relatório, os
encaminhamentos, intervenções e orientações realizadas;
b) Investigar questões que podem estar interferindo no processo de ensino e
aprendizagem, realizando encaminhamentos necessários;
c) Assessorar o professor com subsídios pedagógicos na realização da
recuperação dos alunos com dificuldades no processo de escolarização;
d) Encaminhar para o Reforço Escolar.
e) Montar o Processo de Avaliação no Contexto Escolar com toda a
documentação quando necessário e encaminhar à Equipe de
Assessoramento da SEMED.
f) Orientar os professores e demais profissionais no desenvolvimento do projeto
político pedagógico (elaboração, efetivação e avaliação);
g) Assessorar os professores e demais profissionais em diferentes momentos:
na hora atividade, sala de aula, pré-conselho, dentre outros.

96
Quanto ao Reforço Escolar em período de contraturno verificar: planejamento,
se as atividades estão atendendo as defasagens de conteúdos específicas do aluno,
utilização de recursos manipuláveis e atividades diferenciadas da sala de aula
regular, atendimento individual e correção das atividades, articulação entre Reforço
Escolar e ensino regular.

25 - PROGRAMAS
25.1 - Esfera Federal
25.1.1- PROGRAMA NOVO MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Novo Mais Educação, instituído pela Portaria nº 1.144, de 10 de


outubro de 2016, observa as determinações da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) – Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – com relação ao desenvolvimento da
capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo. Atende ainda ao fixado pela referida Lei quanto a progressiva
ampliação do período de permanência na escola. O fato de o Brasil não ter
alcançado a meta estabelecida pelo IDEB e o desafio de buscarmos atingir as Metas
6 e 7 do Plano Nacional de Educação – PNE, instituído pela Lei no 13.005, de 25 de
junho de 2014, que determinam a ampliação da oferta de educação em tempo
integral e a melhoria da qualidade do Programa Novo Mais Educação visa a
ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes, mediante a
complementação da carga horária de cinco ou quinze horas semanais no turno e
contraturno escolar que deverá ser implementado por meio da realização de
acompanhamento pedagógico em língua portuguesa e matemática e do
desenvolvimento de atividades no campo das artes, cultura, esporte e lazer. Os
entes federados deverão observar suas respectivas competências explicitadas nos
artigos 5º, 6º e 7º da Portaria nº 1.144, 10 de outubro de 2016. Assim, as escolas
públicas de ensino fundamental implementarão o Programa por meio de articulação
institucional e cooperação com as secretarias estaduais, distrital e municipais de
educação, mediante apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação luxo
escolar e da aprendizagem das escolas públicas, levou este Ministério a instituir o
Programa. As diretrizes do Programa Novo Mais Educação são: a integração do
Programa à política educacional da rede de ensino e as atividades do projeto político
pedagógico da escola; o atendimento prioritário tanto dos alunos e das escolas de

97
regiões mais vulneráveis quanto dos alunos com maiores dificuldades de
aprendizagem, bem como as escolas com piores indicadores educacionais; a
pactuação de metas entre o MEC, os entes federados e as escolas participantes; o
monitoramento e a avaliação periódica da execução e dos resultados do 4
Programa; e a cooperação entre União, estados, Distrito Federal e municípios.

25.1.2 - Programa Dinheiro Direto Na Escola – PDDE


 PDDE (Recursos)
Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE tem a
finalidade de prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas da
rede pública de educação básica, às escolas privadas de educação especial
mantidas por entidades sem fins lucrativos e aos polos presencias da UAB. O
objetivo é promover melhorias na infraestrutura física e pedagógica das Instituições
de Ensino e incentivar a autogestão escolar.
Os recursos destinam-se a pequenos reparos nas Instituições de Ensino e à
manutenção da infraestrutura da escola. Também podem ser utilizados na compra
de material de consumo e de bens permanentes, como geladeira e fogão. Ao longo
dos anos, novas ações que visam a melhoria na qualidade da educação foram
incorporadas e, hoje, também financia a educação integral, ações de acessibilidade
e o Ensino Médio Inovador, entre outras.

 PDDE Interativo (Plataforma)

Plano que serve como referencial maior da Instituição de Ensino. Nele está
contido o conjunto das ações da escola, incluindo o projeto político pedagógico e o
cálculo dos recursos financeiros necessários ao desenvolvimento do plano. Para a
sua elaboração, contribuem diversos profissionais da escola, cuja participação é
definida pela sua direção.
O PDDE Interativo é uma ferramenta gerencial que tem como objetivos: 1.
Auxiliar a comunidade escolar a produzir um diagnóstico de sua realidade
estimulando a reflexão sobre os temas abordados e a definir ações para aprimorar
sua gestão e seu processo de ensino e aprendizagem. 2. Auxiliar a escola a realizar
melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para
atingir os mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um

98
ambiente em constante mudança. É considerado um processo de planejamento
estratégico desenvolvido pela escola para a melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem.
Seu público-alvo são as escolas públicas. Este plano define diretrizes,
objetivos e metas estabelecidas pela Instituição de Ensino. Para a sua elaboração é
criado um Grupo de Trabalho (GT) formado pelo diretor e representante dos
segmentos da Instituição de Ensino (APPS, docentes e demais servidores), que,
juntamente com o Conselho Escolar são responsáveis pelas grandes decisões
durante a execução desse plano.
O plano tem por base as finalidades da escola, a avaliação do aprendizado
dos alunos, suas finalidades e as expectativas e consenso da comunidade escolar.
É uma das formas de a escola exercer sua autonomia.
O PDDE interativo também é o instrumento que credencia todas as demandas
da escola referentes à sua gestão pedagógica, aos seus recursos humanos, à sua
infraestrutura e aos seus recursos materiais. Define a situação em que a escola
deseja estar ao final da elaboração do plano de ação, em termos de eficiência e
rendimento dos alunos, do processo de ensino e aprendizagem a ser utilizado, das
melhorias a serem introduzidas na infraestrutura, dos serviços de apoio aos alunos,
e dos processos administrativos e financeiros.

25.1.3 - Programa Bolsa Família


O Programa Bolsa Família tem por objetivos a inclusão social das famílias
em situação de pobreza e extrema pobreza, o desenvolvimento das famílias em
situação de vulnerabilidade socioeconômica e a promoção do acesso aos direitos
sociais básicos de saúde e educação.
Pauta-se na articulação de dimensões essenciais, a superação da fome e
da pobreza, o alívio imediato da pobreza por meio da transferência direta da renda a
família; contribuição para a redução da pobreza para a geração seguinte, e reforço
no cumprimento das condicionalidades e do direito a saúde e a educação.
O cumprimento de condicionalidades de famílias inseridas no Programa
Bolsa Família, deve levar em conta os deveres a serem cumpridos pelo núcleo
familiar com o objetivo de assegurar o acesso dos beneficiários as políticas sociais
básicas de saúde, educação e assistência social.

99
Os três níveis de governo (federal, estadual e municipal) trabalham em
conjunto para acompanhar os compromissos do Bolsa Família. Essa operação
envolve o registro, em sistemas específicos, de informações sobre a frequência
escolar e sobre a agenda da saúde de milhões de pessoas beneficiárias. O
monitoramento é individualizado. Todo esse esforço se justifica para:
— Garantir que o poder público ofereça, efetivamente, os serviços de educação e de
saúde à população em situação de pobreza e extrema pobreza;
— Identificar quadros de vulnerabilidades entre as famílias que estão com
dificuldades para acessar esses serviços públicos;
— Encaminhar famílias para a rede de assistência social, a fim de que elas possam
superar a vulnerabilidade e voltar a cumprir seus compromissos;  
— Contribuir para o desenvolvimento saudável das crianças e para que os
estudantes de famílias do Programa Bolsa Família concluam a educação básica,
tendo melhores condições de vencer o ciclo de pobreza.
A condicionalidade da educação tem como objetivo estimular a permanência
e progressão escolar do aluno em vulnerabilidade, e buscar a estabilidade do
percurso educacional. As Condicionalidades na área de educação são: matricular
as crianças e os adolescentes de 6 a 17 anos nas escolas; garantir a frequência
mínima de 85% nas aulas para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, e de 75%
para jovens de 16 e 17 anos; e informar à escola quando o aluno precisar faltar à
aula e explicar o motivo da ausência.
No município de Cascavel, a Secretaria Municipal de Educação realiza o
trabalho de informação da frequência escolar e o monitoramento por meio de 62
escolas municipais, 41 colégios estaduais, Instituto Federal do Paraná, Ong’s e
escolas particulares, com aproximadamente quatro mil e quinhentos alunos. A
frequência é informada bimestralmente, sendo cinco coletas por ano: as frequências
dos meses de fevereiro e março são informadas em abril; de abril e maio em junho;
de junho e julho em agosto; de agosto e setembro em outubro; e outubro e
novembro lançadas em dezembro; as frequências de dezembro não são informadas.

PUBLICO ALVO

Os atendimentos nas escolas e colégios, são para o monitoramento dos


alunos de seis a quinze anos com exigência de 85% da frequência escolar, e alunos

100
de dezesseis e dezessete anos com a obrigatoriedade de 75% da frequência
escolar.
Nos Centros Municipais de Educação Infantil, os alunos cujas famílias estão
cadastradas no Programa Bolsa Família, possuem um Número de Identificação
Social – NIS, os quais recebem o Benefício Brasil Carinhoso (Crianças de 0 a 06
anos). Os recursos são repassados por meio do cadastro do Bolsa Família, no
mesmo cartão, porém nesta Etapa de Ensino não há necessidade de informar a
frequência do aluno como ocorre na Etapa Ensino Fundamental. Os Cmeis que
estão cadastrados, pela Secretaria Municipal de Educação, no Programa Brasil
Carinhoso, recebem um recurso de 50% a mais por aluno que se beneficia com o
Programa.

DO PROGRAMA BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC


O Benefício de Prestação Continuada - BPC é um benefício da Assistência
Social, garantido por lei, pago pelo governo Federal no valor de um salário mínimo
mensal. É destinado a pessoas com deficiência de qualquer idade, que não podem
garantir a sua sobrevivência, por conta própria ou com o apoio da família
comprovando, em ambos os casos, renda familiar por pessoa inferior a ¼ do salário
mínimo. Tem como objetivo garantir o acesso e a permanência na escola de
crianças e adolescentes com deficiência com idade entre 0 (zero) e 18 (dezoito)
anos e que recebem o benefício. Cabe ao profissional da área da saúde ou da
assistência social, realizar visita à família do aluno com deficiência e identificar os
motivos que impedem ou dificultam o seu acesso e permanência na escola.
É importante esclarecer que o Centro de4 Referência de Assistência Social
(CRAS), por meio de sua equipe, tem um papel fundamental no acompanhamento
da família. É por meio de visitas domiciliares ou de atendimento pelos profissionais
assistentes sociais ou psicólogos, que serão identificados os motivos que impedem
ou dificultam o acesso de crianças e adolescentes com deficiência de até 18 anos de
frequentarem a escola. O CRAS realiza um trabalho em conjunto com as escolas,
unidades de saúde, Conselhos Tutelares, entre outros órgãos que fazem parte de
Rede de Proteção aos direitos das crianças e dos adolescentes.

101
25.1.4 - Programa Escola Acessível – PDDE Acessibilidade
O Programa Escola Acessível tem por objetivo promover condições de
acessibilidade ao ambiente físico, aos recursos didáticos e pedagógicos e à
comunicação e informação nas escolas públicas de ensino regular.
O Programa disponibiliza recursos, por meio do Programa Dinheiro Direto na
Escola - PDDE, às escolas contempladas pelo Programa Implantação de Salas de
Recursos Multifuncionais. No âmbito deste programa são financiáveis as seguintes
ações:
 Adequação arquitetônica: rampas, sanitários, vias de acesso,
instalação de corrimão e de sinalização visual, tátil e sonora;
 Aquisição de cadeiras de rodas, recursos de tecnologia assistiva,
bebedouros e mobiliários acessíveis.
A escola recebeu a verba de acessibilidade, a qual foi aplicada na troca do
piso das rampas de acesso por piso antiderrapante, como também na reforma dos
banheiros adaptados.

25.1.5 - Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE


O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), implantado em 1955,
contribui para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento
escolar dos alunos e a formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio da
oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional.
São atendidos pelo Programa os alunos de toda a educação básica
(educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e
adultos) matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias
(conveniadas com o poder público), por meio da transferência de recursos
financeiros.

25.1.6 - Programa Nacional do Livro Didático - PNLD


O Programa tem por objetivo prover as escolas públicas de ensino
fundamental e médio com livros didáticos e acervos de obras literárias, obras
complementares e dicionários.
O PNLD é executado em ciclos trienais alternados. Assim, a cada ano o
FNDE adquire e distribui livros para todos os alunos de determinada etapa de ensino
e repõe e complementa os livros reutilizáveis para outras etapas.

102
São reutilizáveis os seguintes componentes: Matemática, Língua Portuguesa,
História, Geografia, Ciências, Física, Química e Biologia. Os consumíveis são:
Alfabetização Matemática, Letramento e Alfabetização, Inglês, Espanhol, Filosofia e
Sociologia. Cada escola escolhe democraticamente, dentre os livros constantes no
referido Guia, aqueles que deseja utilizar, levando em consideração seu
planejamento pedagógico.     
Para garantir o atendimento a todos os alunos, são distribuídas também
versões acessíveis (áudio, Braille e MecDaisy) dos livros aprovados e escolhidos no
âmbito do PNLD.
Os livros didáticos de todas as disciplinas são analisados pelos professores
quanto ao conteúdo, verificam se estão de acordo com nossa proposta pedagógica,
cada professor em seu respectivo ano em que atua e assim segue a escolha. Após,
a equipe pedagógica leva as sugestões até a SEMED, para a realização da escolha
definitiva pela rede.

25.1.7 - Programa Saúde Na Escola – PSE


Em julho de 2013, as Secretarias Municipais de Educação e Saúde,
representadas pelos Secretários Municipais, pactuaram e formalizaram as
responsabilidades e metas inerentes à execução do Programa Saúde na Escola,
conforme desígnios da Constituição Federal, em especial os seus artigos 196 e 205,
as Leis nº 8.080/90 e nº 8.142/90, Decreto nº 7.508/2011, e o Decreto Presidencial
nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, que institui o Programa Saúde na Escola.
O Programa Saúde na Escola visa à integração e articulação permanente da
educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população
brasileira.
O Programa Saúde na Escola tem como objetivo contribuir para a formação
integral dos alunos por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde
no âmbito das escolas e das unidades básicas de saúde, realizadas pelas equipes
de Estratégia de Saúde da Família – UBS/ESF, com vistas ao enfrentamento das
vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens
da rede pública de ensino.
Em 5 maio de 2014, houve repactuação ao Programa para a Gestão
2014/2015 e mantiveram-se as unidades escolares pactuadas na gestão do PSE
2013/2014 com acréscimo de mais dois Centros Municipais de Educação Infantil,

103
duas escolas municipais e um colégio estadual, totalizando o atendimento a 28.930
alunos das unidades escolares municipais e estaduais). Também houve adesão ao
Programa NutriSus, com vistas a atender crianças de 06 meses a 3 anos e 11
meses matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil. O Objetivo deste
programa é de potencializar o pleno desenvolvimento infantil, a prevenção e o
controle das deficiências e minerais na infância.
Em junho de 2016, houve a Pré-repactuação ao Programa na qual
mantiveram-se algumas unidades escolares pactuadas na gestão do PSE
2014/2015 com acréscimo de mais 24 Centros Municipais de Educação Infantil e 11
Escolas Municipais. No ano de 2017, por meio da Portaria n°2.706, de 18 de outubro
de 2017, publicada no Diário Oficial da União que lista os Municípios que finalizaram
a adesão ao Programa Saúde na Escola para o ciclo 2017/2018 e os habilita ao
recebimento do teto de recursos financeiros pactuados em Termo de Compromisso
e repassa recursos financeiros para Municípios prioritários para ações de prevenção
da obesidade infantil com escolares, o Município de Cascavel novamente adere ao
Programa.
No Termo de Compromisso Municipal firmado pela Secretaria Municipal de
Educação e pela Secretaria Municipal de Saúde, em 29 de maio de 2017, consta
que serão 105 instituições escolares atendidas, sendo 15 estaduais, 42 municipais e
48 Cmeis, totalizando 27.382 educandos pactuados, 37 equipes de atenção básica,
12 ações a serem desenvolvidas e 24 meses para realização das ações.

Ações do PSE:

1 - Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.


2 - Promoção da segurança alimentar e nutricional e da alimentação saudável.
3 - Direito sexual e reprodutivo e prevenção de DST/AIDS.
4 - Prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas.
5 - Promoção da Cultura da Paz, Cidadania e Direitos Humanos.
6 - Promoção de práticas Corporais, da Atividade Física e do lazer nas escolas.
7 - Prevenção das violências e dos acidentes.
8 - Identificação de educandos com possíveis sinais de agravos de doenças em
eliminação.
9 - Promoção e Avaliação de Saúde bucal e aplicação tópica de flúor.
10 -Verificação da situação vacinal.
11 - Promoção da Saúde auditiva e identificação de educandos com possíveis
sinais de alteração.

104
12 - Promoção da Saúde ocular e identificação de educandos com possíveis sinais
de alteração.

Ações do PSE:
1. Ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti.
2. Promoção da segurança alimentar e nutricional e da alimentação saudável.
3. Direito sexual e reprodutivo e prevenção das DST/AIDS.
4. Prevenção do uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas.
5. Promoção da Cultura da Paz, Cidadania e Direitos Humanos.
6. Promoção de práticas corporais, de atividade física e do lazer nas escolas.
7. Prevenção das violências e dos acidentes.
8. Identificação dos educandos com possíveis sinais de agravos de doenças em
eliminação.
9. Promoção e avaliação da saúde bucal e aplicação tópica de flúor.
10. Verificação da situação vacinal.
11. Promoção da saúde auditiva e identificação de educandos com possíveis sinais
de alteração.
12. Promoção da saúde ocular e identificação de educandos com possíveis sinais
de alteração.

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA – PSE

Ações do Ano Bimestre17


PSE

1. Ações de 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


combate ao
Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio
mosquito
Saúde e Trabalho Saúde e Trabalho ambiente –
Aedes 1º
Saúde e
aegypti ano Poluição e Corpo humano:
Trabalho
contaminação crescimento e
desenvolvimento Corpo humano:
 Ar, água e solo.
(Ciências) crescimento e
 Higiene do corpo
desenvolviment
e do meio.
o

 Prevenç
ão de
doenças
e
17
Os bimestres correspondem aos períodos: 1º bimestre: 08/02 à 25/04, 2º bimestre: 26/04 à 03/07, 3º bimestre:
04/07 à 28/09 e 4º bimestre: 29/09 à 10/12.

105
imuniza
ção
(vacinas
).

1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:

Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio


Saúde e Trabalho Saúde e Trabalho ambiente –
Saúde e
O homem nas relações Preservação, poluição e
2º Trabalho
com o meio ambiente contaminação
ano
Preservação,
 Cuidados com o  Ar, água e solo.
poluição e
corpo humano
contaminação
(alimentação,
higiene,  Ar, água
prevenção de e solo.
doenças e
imunização –
Produção de
vacinas).
lixo, destino e
reciclagem.

1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:

Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio


Saúde e Trabalho Saúde e Trabalho ambiente –
Saúde e
O homem nas relações O homem nas relações
3º Trabalho
com o meio com o meio
ano
O homem nas
 Doenças  Animais vetores
relações com o
relacionadas à de doenças.
meio
água, ao ar e ao
solo.  Saneam
ento
básico:
tratame
nto da
água,
do
esgoto.

106
1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:

Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio


Saúde e Trabalho Saúde e Trabalho ambiente –
Saúde e
Doenças Saneamento básico
4º Trabalho
ano  Relacionadas à  Destino
Saneamento
água apropriado de
básico:
(desidratação, resíduos e suas
verminoses e implicações.  Tratame
outras). nto de
esgoto
e de
água e
distribui
ção.

1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:

Eixo: Matéria e
energia:
interação e
transformação
(relações de
interdependênc
ia)

Microorganism

os
ano
 Bactéria
s, vírus,
fungos,
protozo
ários e
algas
(conceit
os
básicos
ea

107
relação
destes
com o
ambient
e).

2. 1º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


Promoção ano
Eixo: Meio
da
ambiente –
segurança
Saúde e
alimentar e
Trabalho
nutricional
e da Corpo humano:
alimentação crescimento e
saudável desenvolviment
o

 Hábitos
(Ciências)
aliment
ares:
frutas,
verdura
s,
legumes
e
cereais.
 Produto
s
industri
alizados:
utilidad
es e
consequ
ências
(salgadi
nhos,
refrigera
ntes e
outros).

108
1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:

Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio


Saúde e Trabalho ambiente –
Saúde e
O homem nas relações
Trabalho
com o meio ambiente
O homem nas
 Cuidados com o
relações com o
corpo humano
meio ambiente
(alimentação....)
2º .  Hábitos
ano aliment
ares:
frutas,
verdura
s,
legumes
e
cereais.
 Produto
s
industri
alizados:
vantage
ns e
consequ
ências
(enlatad
os,
embutid
os e
outros).

3º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio
Saúde e Trabalho ambiente –
Saúde e
O homem nas relações
Trabalho
com o meio
O homem nas
 Utilização do
relações com o

109
solo: meio
agroindústria e
 Uso de
agricultura
agrotóxi
familiar.
cos na
agricult
ura.

4º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio Eixo: Matéria e
Saúde e Trabalho Saúde e Trabalho ambiente – energia:
Saúde e interação e
Doenças: Prevenção de doenças:
Trabalho transformação
 Relacionadas à  Modificação de (relações de
Doenças:
alimentação hábitos culturais interdependên
(anorexia, na alimentação  Consum cia)
bulimia, (tabus, mitos, o de
Bióticos:
obesidade e crendices). aliment
outras). os  Nutriçã
industri o:
alizados proteín
(validad as,
e, carboidr
embalag atos,
ens, gordura
reciclag s,
em, vitamin
aditivos as, sais
aliment minerai
ares). se
 Higiene fibras.
dos
aliment
os.
 Aliment
ação
balance
ada e
hábitos
aliment

110
ares
 Produto
s
transgê
nicos e
orgânico
s
 Uso de
agrotóxi
cos.

5º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio
Saúde e Trabalho ambiente –
Saúde e
Alimentos
Trabalho
industrializados:
Alimentos
 Prazo de
industrializados
validade
:
 Transgeníase.
 Produto
s
orgânic
os
 Aditivos
aliment
ares.

3. Direito 1º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


sexual e ano
reprodutivo
e prevenção 2º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:
de ano
DST/AIDS

3º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
(Ciências)

4º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Matéria e

111
energia:
interação e
transformação
(relações de
interdependên
cia)

Bióticos:

 Formaç
ão do
corpo

5º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Matéria e energia: Eixo: Meio
interação e ambiente –
transformação (relações Saúde e
de interdependência) Trabalho

Integração entre a Educação


estrutura e sexual
funcionamento dos
 Sexualid
sistemas do corpo
ade:
humano:
compor
 Aparelho tament
reprodutor: oe
feminino e cuidado
masculino: s;
estrutura e gravidez
funcionamento; na
função de adolesc
perpetuação da ência.
espécie.  Doença
 Sistema s
endócrino: infectoc
estrutura e ontagio
funcionamento sas: DST
hormonal – e AIDS –
glândulas conceit
endócrinas – os
hormônios e básicos

112
funções; e
desenvolvimento prevenç
do corpo ão.
(puberdade,  Método
gravidez, s
menopausa, contrac
andropausa – eptivos
conceitos –
básicos). (inform
ações
básicas)
.

4. 1º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


Prevenção ano
Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio
ao uso de
Saúde e Trabalho ambiente –
álcool,
Saúde e
tabaco, Prevenção de
Trabalho
crack e acidentes:
outras Prevenção de
drogas  Ingestão de
acidentes:
produtos
químicos.  Ingestã
o de
(Ciências)
produto
s
químico
s.

2º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio ambiente –
Saúde e Trabalho Saúde e Trabalho

O homem nas relações Prevenção de acidentes:


com o meio ambiente
 Ingestão de
 Cuidados com o produtos
corpo humano. químicos.

3º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano

113
Eixo: Meio
ambiente –
Saúde e
Trabalho

O homem nas
relações com o
meio:

 Uso de
agrotóxi
cos na
agricult
ura.

4º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio
ambiente –
Saúde e
Trabalho

Doenças:

 Uso de
agrotóxi
cos.

5º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio
Saúde e Trabalho ambiente –
Saúde e
Drogas – Prevenção
Trabalho
 Tabagismo
Drogas –
 Álcool Prevenção
 Outras.
 Tabagis
mo
 Álcool
 Outras

5. 1º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


114
Promoção ano Eixo: Sociedade Eixo: Sociedade Eixo: Sociedade Eixo: Sociedade
da Cultura
 Normas de  Normas de  Normas  Normas
da Paz,
convivência. convivência: no de de
Cidadania e
 Normas de espaço público. convivê convivê
Direitos
convivência: no  Normas de ncia: ncia:
Humanos
espaço privado. convivência: código estudo
elaboração de de de Leis.
normas. regras.
(História)

2º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Sociedade Eixo: Sociedade

 Normas de  Normas de
convivência: convivência:
elaboração de estudo de Leis.
normas.  Elaboração de
Leis para o
espaço público.

3º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Sociedade Eixo: Sociedade Eixo: Eixo: Sociedade
Sociedade
 Normas de  Normas de  Outros
convivência: convivência:  Outros grupos
elaboração de estudo de Leis. grupos sociais e
normas.  Elaboração de sociais e suas
Leis para o suas relações
espaço público. relações .
.

4º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Sociedade

 Normas de
convivência:
elaboração de
normas.

115
 Estudo de Leis.
 Elaboração de
Leis para o
espaço público.

5º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Sociedade Eixo: Sociedade

 Normas de  Normas de
convivência: convivência:
elaboração de elaboração de
normas. Leis para o
 Estudo de Leis. espaço público.

6. 1º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


Promoção ano
Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança,
das Práticas
jogos/brincadeiras e jogos/brincadeiras e jogos/brincadei jogos/brincadei
Corporais,
ginástica ginástica ras e ginástica ras e ginástica
da
Atividade  Todos os  Todos os  Todos  Todos
Física e do conteúdos. conteúdos. os os
Lazer nas conteúd conteúd
escolas os. os.

2º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


(Educação
ano
Física e Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança,
Ciências) jogos/brincadeiras e jogos/brincadeiras e jogos/brincadei jogos/brincadei
ginástica ginástica ras e ginástica ras e ginástica

 Todos os  Todos os  Todos  Todos


conteúdos. conteúdos. os os
conteúd conteúd
os. os.

3º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança,
jogos/brincadeiras e jogos/brincadeiras e jogos/brincadei jogos/brincadei
ginástica ginástica ras e ginástica ras e ginástica

116
 Todos os  Todos os  Todos  Todos
conteúdos. conteúdos. os os
conteúd conteúd
os. os.

4º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança,
jogos/brincadeiras e jogos/brincadeiras e jogos/brincadei jogos/brincadei
ginástica ginástica ras e ginástica ras e ginástica

 Todos os  Todos os  Todos  Todos


conteúdos. conteúdos. os os
conteúd conteúd
os. os.
Eixo: Meio ambiente –
Saúde e Trabalho

Prevenção de doenças:

 Postura e
exercícios físicos.

5º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança, Eixos: dança,
jogos/brincadeiras e jogos/brincadeiras e jogos/brincadei jogos/brincadei
ginástica ginástica ras e ginástica ras e ginástica

 Todos os  Todos os  Todos  Todos


conteúdos. conteúdos. os os
conteúd conteúd
os. os.

7. 1º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


Prevenção ano
Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio
das
Saúde e Trabalho ambiente –
violências e
Saúde e
dos Prevenção de acidentes:
Trabalho
acidentes
 Ingestão de
Prevenção de
produtos

117
(Ciências) químicos. acidentes:

 Ingestã
o de
produto
s
químico
s.
 Acident
es
domésti
cos.

2º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio ambiente – Eixo: Meio
Saúde e Trabalho ambiente –
Saúde e
Prevenção de acidentes:
Trabalho
 Ingestão de
Prevenção de
produtos
acidentes;
químicos.
 Acident
Utilização de plantas es
medicinais e domésti
medicamentos. cos.

3º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio
ambiente –
Saúde e
Trabalho

O homem nas
relações com o
meio:

 Plantas
medicin
ais e

118
tóxicas.

4º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio
ambiente –
Saúde e
Trabalho

Prevenção de
acidentes:

 Uso de
medica
mentos
e
autome
dicação.

5º 1º bimestre: 2º bimestre: 3º bimestre: 4º bimestre:


ano
Eixo: Meio
ambiente –
Saúde e
Trabalho

Agressões do
mundo
moderno:

 Violênci
a
(sexual,
familiar,
mídia,
etc.).

26 - ESFERA ESTADUAL

26.1 - Programa Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola

119
O Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola foi proposto em
2015, seguindo os mesmos moldes do Programa desenvolvido pelo Estado para a
regularização das escolas da Rede Estadual de Ensino, propiciando um prazo de até
5 anos para regularização documental (aprovação dos Planos de Segurança Contra
Incêndio e Pânico), sendo que até esse prazo as unidades deverão regularizar os
requisitos mínimos de segurança (instalação de extintores, iluminação e sinalização
de saídas, adequação das saídas de emergência e efetivação da implantação das
brigadas de incêndio).

O Programa tem por finalidades principais:

a) promover a conscientização e capacitação dos servidores públicos


municipais e alunos da rede de ensino do município de Cascavel para ações
mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou antropogênicos,
bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das prefeituras e
locais de reunião de públicos diversos, para garantir a segurança dessa população e
possibilitar, em um segundo momento, que tais temas cheguem a um grande
contingente da população civil do Estado do Paraná.
b) proporcionar aos professores e demais servidores das Instituições de
Ensino públicas da rede municipal de Cascavel, a construção de uma cultura de
prevenção;
c) preparar os professores e funcionários municipais das escolas da rede
pública de ensino para comporem brigadas de incêndio nas escolas, em
atendimento ao Código de Prevenção e NPT 017 – Brigadas de Incêndio;
d) proporcionar aos professores e demais servidores condições mínimas
para enfrentamento de situações emergenciais no interior das edificações de ensino
público municipal, assim como conhecimentos para se conduzirem frente a
desastres que se enquadrem na área de abrangência do ambiente escolar, além de
princípios de incêndio e acidentes que demandem o serviço emergencial;
e)  promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente
de ensino público, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas
nas vistorias do Corpo de Bombeiros;
f) preparar os profissionais das Instituições de Ensino para a execução de
ações de Defesa Civil, prevenção e combate a incêndios, além de noções de
primeiros socorros, a fim de promover ações concretas no ambiente de trabalho,

120
com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro,
destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida, combate a princípios de
incêndio e estabelecimentos de planos eficazes de abandono das instalações de
ensino;
g)  articular o trabalho entre os integrantes da Defesa Civil Regional, do
Corpo de Bombeiros, e das escolas municipais da rede pública de ensino do
município de Cascavel;
h)  adequar as edificações municipais às normas mais recentes de
prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida
dos ocupantes desses locais.
 
Trabalho Desenvolvido
Os servidores da rede municipal de ensino participarão do sistema de ensino
à distância do 4° Grupamento de Bombeiros, e terão acesso a todo o material
necessário para a execução das atividades teóricas: leitura do conteúdo teórico
obrigatório e do material de apoio, participação nos fóruns de discussão e provas, a
fim de obterem os conhecimentos básicos para posteriormente serem ministradas as
aulas práticas.
O curso possui duas etapas que se complementam, sendo que a primeira
consiste na Capacitação de Gestores e Multiplicadores e Repasse de Conteúdos ao
público-alvo e tem duração de 60 (sessenta) horas/aula ministradas por meio da
plataforma: Ensino a Distância - EaD. Já a segunda etapa, com 8 horas/aula de
duração, na modalidade prática e presencial, é realizada pelos instrutores do Corpo
de Bombeiros. Os brigadistas recebem instruções teórico-práticas em Atendimento
Pré-Hospitalar - APH, incluindo Reanimação Cardiopulmonar - RCP, em Combate a
Incêndios, com ênfase no conhecimento e utilização dos diversos tipos de extintores
de incêndios.
O módulo teórico, por meio da modalidade de ensino à distância, terá a
duração de aproximadamente 4 semanas. Para a conclusão os alunos deverão
participar de todos os fóruns de discussão, realizar as provas específicas dos
módulos e realizar a prova teórica, sendo disponibilizadas 2 (duas) tentativas, sendo
computada para fins de diploma a nota mais alta.

121
A prova teórica e as atividades práticas são baseadas no conteúdo ofertado
por meio da plataforma de ensino a distância.
As turmas que participam da etapa prática são compostas por no máximo 40
integrantes, sendo estas divididas quando da realização das aulas práticas de
combate a incêndio e primeiros socorros.
A Secretaria Municipal de Educação de Cascavel faz a mediação entre as
instituições de ensino municipais e o Corpo de Bombeiros, formalizando a relação
dos alunos participantes do curso de formação, sendo que os mesmos devem
atender os seguintes requisitos:
 serem preferencialmente funcionários de carreira;
 estarem em boas condições físicas e mentais;
 possuírem disponibilidade para o treinamento.
Ao final do Curso é emitido um Certificado aos alunos concluintes que
atingirem a nota mínima para aprovação (7,0), o qual será utilizado para contagem
de créditos para progressão de carreira dos servidores municipais.

 Atestado de Brigada de Incêndio

O atestado de brigada de incêndio será exigido à Instituição de Ensino


quando da solicitação de vistoria, conforme critérios estabelecidos pela NPT-001 –
Procedimentos Administrativos, bem como ser renovado quando houver alteração
de 50% dos seus membros. Aos componentes remanescentes, que já tiverem
frequentado a formação, serão facultadas as partes teórica e prática, desde que o
brigadista seja aprovado em pré-avaliação com 70% de aproveitamento.
No momento da avaliação da Instituição de Ensino, o vistoriador escolherá um
brigadista e fará algumas perguntas referentes a sua formação de brigadista. Caso o
avaliado não acertar o mínimo das perguntas feitas, outro brigadista deverá ser
avaliado e, se este também não acertar o mínimo de respostas estipulado, será
exigido novo treinamento.
A cada dois anos deve ser realizada recapacitação para os brigadistas já
formados, com a emissão de atestado de brigada de incêndio. (Redação dada pela
Portaria do CCB nº 06/14).

122
Certificado de Conformidade Municipal

Com objetivo de assegurar as condições mínimas de segurança contra


incêndio e pânico, até que ocorra a adequação das edificações escolares municipais
ao Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CSCIP) do Corpo de Bombeiros
Militar do Paraná, as Instituições Municipais de Ensino deverão manter as seguintes
medidas de proteção:
1. sinalização de rotas de fuga e saídas de emergência;
2. sistema de iluminação de emergência;
3. sistema de proteção por extintores de incêndio;
4. Brigada Escolar formada nas modalidades EaD e presencial; e
5. realização de, no mínimo, um exercício semestral simulado de
abandono emergencial de edificação escolar em cada turno, o qual deverá constar
no calendário escolar.
Para obtenção do Certificado de Conformidade, a instituição deverá ter
garantido que todos os servidores selecionados realizaram o curso de brigadista,
bem como a manutenção das medidas de proteção instaladas pela Secretaria
Municipal de Educação (itens 1 a 5 relacionados anteriormente).
O Certificado de Conformidade terá validade de um ano a partir de sua
expedição.

27 - ESFERA MUNICIPAL
27.1 - Programa Fundo Rotativo
O Programa Fundo Rotativo, instituído pela Lei 6560/2015, foi estabelecido
pelo Decreto Municipal n°12.788 de 29 de fevereiro de 2016. Por meio deste
instrumento regulamentou-se o repasse mensal de recursos financeiros às Unidades
Escolares da Rede Municipal de Ensino de Cascavel, para a manutenção de
pequenos reparos, aquisição de material de consumo e outras despesas
relacionadas as atividades educacionais. A Secretaria Municipal de Educação por
intermédio do Departamento Financeiro, acompanha, supervisiona e fiscaliza, direta
e indiretamente, a aplicação dos Recursos do Programa Fundo Rotativo. Nas
escolas e Centros Municipais de Educação Infantil - Cmeis, beneficiados com os
referidos recursos a administração e a prestação de contas são de responsabilidade
do gestor da unidade escolar.

123
A receita do Fundo Rotativo é constituída pelos recursos alocados no
orçamento anual da Secretaria Municipal de Educação, oriundos do Fundo de
Manutenção e desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB) e Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
(MDE25% e MDE 5%), conforme critérios explicitados no referido Decreto Municipal.

28 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE À EVASÃO ESCOLAR


A Lei Nº 6.955 de 19 de fevereiro de 2019, cria e implanta o Programa de
Prevenção e Combate à Evasão Escolar no Município de Cascavel vinculado e
gerenciado pela Secretaria Municipal de Educação em colaboração com as
Secretarias de Saúde e Assistência Social.
No Artigo 2º da referida Lei preconiza que: O Programa de Prevenção e
Combate à Evasão Escolar visa garantir a permanência na escola de crianças e
adolescentes em idade escolar obrigatória promovendo a inclusão e reinserção
daqueles em situação de evasão escolar ou infrequência injustificada e/ou em
situação de vulnerabilidade social.
Serão atendidos pelo Programa crianças e adolescentes em idade estudantil
obrigatória que não estejam frequentando regularmente a rede pública de ensino. O
Artigo 7º da referida Lei preconiza que os responsáveis pelos estabelecimentos de
ensino deverão notificar a coordenação do Programa de Prevenção e Combate à
Evasão Escolar após 5 (cinco) faltas consecutivas ou 7 (sete) faltas alternadas no
mês por meio de sistema informatizado e/ou ficha intersetorial de referência e
contrarreferência. De acordo com o inciso 1º, assim que o educando apresentar 3
(três) faltas injustificadas no mês, a instituição de ensino deverá contatar os
responsáveis legais para orientar quanto a frequência escolar obrigatória, após
contato e as faltas persistirem deverão proceder conforme orientações do programa.
O Programa poderá estender as atividades aos alunos matriculados e
evadidos dos Centros Municipais de Educação Infantil, etapa creche 0 a 3 anos
desde que a Secretaria Municipal de Educação solicite mediante ofício encaminhado
a coordenação do Programa.
Depois de informado da Evasão, o Programa deverá notificar, convocar e
orientar os pais ou responsáveis legais a fim de garantir o retorno e a permanência
de crianças e adolescentes às instituições de ensino. Após esgotados os recursos
disponíveis e a não restabelecimento da frequência escolar, o Programa de

124
Prevenção e Combate à Evasão Escolar deverá encaminhar o caso ao Conselho
Tutelar, bem como se o Programa verificar indícios de situações que possam
justificar aplicação de medidas de proteção para crianças e adolescentes poderão
ser encaminhadas ao Conselho Tutelar.
Os casos acompanhados pelo Programa de Prevenção e Combate à Evasão
Escolar que necessitarem de serviços, programas e benefícios desenvolvidos pelas
demais Secretarias Municipais, deverão ser atendidos e priorizados conforme as
demandas apresentadas pelo usuário.
O Decreto Nº 15.234 de 13 de fevereiro de 2020, regulamenta o Programa de
Prevenção e Combate à Evasão Escolar no Município de Cascavel. De acordo com
este decreto, o Programa de Prevenção e Combate à Evasão Escolar desenvolverá
suas atividades, bem como estará vinculado física e administrativamente junto à
Secretaria Municipal de Educação, em sala específica.
No período de pandemia Covid-19, em que as instituições de ensino estarão
realizando as atividades remotas, citar que de acordo com a Instrução Normativa
001/2020 SEMED/CVEL, Artigo 18: caso os pais/ou responsáveis não retirarem e/ou
desenvolverem o material no prazo de até 3 (três) dias a partir da data estabelecida,
sem justificativa, caberá à equipe administrativo/pedagógica, após esgotadas todas
as possibilidades de contato, comunicar o Programa de Prevenção e Combate à
Evasão Escolar, para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
29. REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa


Oficial, 1988.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


– LDB nº 9.394/96. 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ampliação do


Ensino Fundamental para nove anos: Relatório do Programa. 2004. Disponível em
<www.mec.gov.br>. Acesso em: março/2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ampliação do


Ensino Fundamental para nove anos: 3º Relatório do Programa. 2006. Disponível
em <www.mec.gov.br>. Acesso em: abril/2016.

125
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política
Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto nº


3.298, de 20 de dezembro de 1999.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes


Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP,
2001.

CASCAVEL (PR). Associação dos Municípios do Oeste do Paraná – AMOP. Deptº


de Educação. Currículo Básico Para a Escola Pública Municipal: Educação
Infantil e Ensino Fundamental – anos iniciais – Cascavel: AMOP, 2014.

CASCAVEL (PR). Conselho Municipal de Educação. Deliberação nº 003 de 17 de


setembro de 2013.

CASCAVEL (PR). Conselho Municipal de Educação. Deliberação nº 004 de 16 de


outubro de 2013.

CASCAVEL. (PR). Secretaria Municipal de Educação. Currículo para a Rede


Pública Municipal de Ensino de Cascavel: v.I Educação Infantil; v. II Ensino
Fundamental – anos iniciais, v. III Educação de Jovens e Adultos. Cascavel, PR,
2008.

CASCAVEL (PR). Conselho Municipal de Educação. Deliberação nº 001 de 17 de


novembro de 2015.

CASCAVEL. (PR). Secretaria Municipal de Educação. Diretrizes para Educação


Integral na rede pública municipal de ensino de Cascavel: Educação em Tempo
Integral. Cascavel: Assoeste, 2010.

CARNEIRO, S. M. C. de Sá. Liberdade Religiosa, Proselitismo ou Ecumenismo:


controvérsias acerca da (re) implantação do ensino religioso nas escolas públicas do
Rio de Janeiro. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 28., 2004, Caxambu. Anais...
Caxambu, ANPOCS, p. 2-28, 2004.

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4ª ed. Goiânia:


Editora alternativa. 2001.

126
____________. Didática. São Paulo: Cortez. 1991.

LUCKESI. C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed. São Paulo: Cortez,


1999.

MATTOS, C. G. O conselho de classe e a construção do fracasso escolar.


Educação e Pesquisa, São Paulo, v.31, n.2, p.215-228, mai/ago 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social. Lei Federal nº


8069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente e
Legislação Complementar para Proteção Integral de Crianças e Adolescentes.
Curitiba: SEDS, 2012.

SAVIANI. D. Saber escolar, currículo e didática. 3.ed. Campinas: Autores


Associados, 2000.

VEIGA, I. P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção


possível. 13. ed. Campinas: Papirus, 2001.

30 - ANEXOS

30.1. Quadro Funcional

30.2. ATIVIDADES EXTERNAS A INSTITUIÇÃO OU AULAS DE CAMPO


a) Projeto 5º anos: Viagem Foz do Iguaçu

ESCOLA MUNICIPAL ARTUR CARLOS SARTORI


EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL

127
PESQUISA DE CAMPO INTERDISCIPLINAR
(VIAGEM FOZ DO IGUAÇU)

CASCAVEL/2022
1. IDENTIFICAÇÃO
1. Diretora da Escola: Simara Maciéski
2. Coordenadores Pedagógico da Escola: Arlete Apª Aczenen do
Nascimento, Eliana Maria P. Perez Z. Viana
3. Professor responsável:
4. Turma (s) participantes:
5. Número de alunos:
6. Número de profissionais envolvidos:
7. Data da viagem:

2. JUSTIFICATIVA
Os estudos de campo de cunho pedagógico são tendências na
educação. Muito além do que se aprende em uma aula, vivenciar
experiências e dividir espaços e vontades com os amigos é uma excelente

128
forma de se desenvolver. O aluno pode assim, associar o que aprendeu a
situações e cenários reais de forma espontânea e divertida. O estudo de
campo monitorado tem como objetivo contribuir no processo de ensino-
aprendizagem, através de atividades práticas que estimulem a observação e
levem o educando a interagir com o ambiente visitado. De maneira geral,
contribuem para a socialização dos educandos e facilitam a aprendizagem,
tendo em vista que para muitos talvez seja a única oportunidade de fazê-lo.
O Estado do Paraná, em especial a cidade de Foz do Iguaçu, oferece
uma infinidade de opções culturais à população e grande parte dos alunos da
escola pública não tem acesso a elas. Por ser a cultura parte do patrimônio
das sociedades, é função da escola fazer com que seus alunos reconheçam
esses locais. Dessa forma, tendo em vista uma formação plural, este projeto
oferece oportunidades para que alunos e professores da rede pública
usufruam os equipamentos culturais disponíveis na cidade de Foz do Iguaçu.
Nessa perspectiva de trabalho da escola com a Arte e a Cultura, o
trabalho do professor, responsável pela mediação do aluno com o
conhecimento científico, será apoiado por materiais pedagógicos que
reforcem a intencionalidade das experiências no âmbito cultural, articulando
os conteúdos de diferentes áreas curriculares com os objetos socioculturais,
fenômenos naturais e outras fontes de conhecimento com as quais os alunos
irão interagir no estudo de campo.

3. OBJETIVOS
- Propiciar aos alunos conhecimento e visita a uma das cidades conhecidas
do Brasil e premiada por ser uma das sete maravilhas do mundo natural.

- Desenvolver nos alunos não só o conhecimento, mas a reflexão sobre nossa


cultura e riquezas do nosso país.

- Despertar nos alunos o conhecimento que o que existe ou ocorre na


sociedade tem relação com os conteúdos estruturantes trabalhados em sala
de aula.

129
- Enriquecer ainda mais a oportunidades de vivenciarem a experiência
turística pedagógica.

4. CONTEÚDOS
- Língua Portuguesa: Ampliação e adequação do vocabulário (usos e contextos
sociais); Coerência e coesão; Função cognitiva e social da leitura e escrita;
Confrontação de temáticas semelhantes em gêneros discursivos diferentes;
Especificidade e características dos gêneros textuais; Organização de parágrafos,
pontuação, estrutura e sentido; Relações tema/título/texto; Adequação da linguagem
ao gênero, ao tema, condições contextuais e estruturais; Ortografia e convenções da
língua; Gêneros discursivos: informativos, publicitários, literários, folclóricos,
eletrônicos, cotidiano.
- Matemática: Sistema de Numeração Decimal - As contagens, os agrupamentos e
trocas – formação de unidade, dezena de milhar e centena de milhar. Milhão, bilhão
e trilhão; Operações: Adição, subtração, multiplicação e divisão; Utilização do
algoritmo; Números decimais; Medidas de tempo, valor, comprimento, superfície,
Construção de quadros e tabelas; Construção de gráficos de setores e barras ou
colunas com uso de legendas.
- Ciências: Fontes de energia e seus impactos no ambiente (hidráulica);
Ecossistema: condições básicas de vida; Legislação Ambiental; Causas e
consequências da redução da biodiversidade na região; Energia estática, energia
térmica; Ecossistema; Meio ambiente e transformações.
- Geografia: Orientação geográfica e localização dos fenômenos no espaço;
Observação, descrição e representação gráfica e cartográfica das paisagens; O
trabalho humano e os modos de produção na organização das paisagens e dos
arranjos espaciais; O desenvolvimento das forças produtivas, os meios de produção,
as relações de exploração na constituição contraditória das paisagens e dos arranjos
espaciais sob a égide do modo capitalista de produção.
- História: As relações de trabalho e poder no processo de ocupação do espaço;
Tradições culturais; As diferentes expressões culturais do povo paranaense ontem e
hoje.
- Conteúdos relativos às disciplinas trabalhadas em Hora Atividade:

130
Arte (áudio visual; cenas históricas; música criada pela cultura industrial); Educação
Física (danças folclóricas); Língua Espanhola (fonemas da língua espanhola; as
artes nos países; gêneros textuais: lendas, canções variadas).

5. METODOLOGIA
PROPOSTA PEDAGÓGICA I - A metodologia utilizada para o
desenvolvimento dos conteúdos que fazem parte do Projeto será em primeiro
momento, iniciando por meio de reunião com os pais e alunos para apresentação do
projeto. Leitura e estudo dos livros didáticos História do Paraná e Geografia do
Paraná, pesquisas via internet nas aulas de informática educacional, estudo de
diversos gêneros textuais, tais como informativos, lendas e músicas que fazem parte
do folclore paranaense, vídeos, documentos, cartografia, estudo de fotografias com
montagem de painel, debates, trabalhos realizados em grupo e individual, em
matemática trabalhar com gráficos e tabelas, situações problemas, medidas
(exemplo metros cúbicos), em ciências trabalhar a biodiversidade local, animais em
extinção; a exploração do meio ambiente (causas e consequências); impactos
ambientais sofridos com a construção da Itaipu Binacional, pesquisar o histórico da
usina e sua importância para o país; estudar a energia hidráulica/hidrelétrica,
trabalhar com fatura de água e luz; estudo dos países que fazem parte do
MERCOSUL; nas disciplinas de hora atividade, estudo de gêneros textuais em
espanhol; músicas e danças típicas da região em Educação Física e Artes, Ética e
Cidadania em Ensino Religioso.

PROPOSTA PEDAGÓGICA II – Concluindo o trabalho, passeio até o


município de Foz do Iguaçu, visitando as Cataratas do Iguaçu, Parque das Aves e o
Museu de Cera.

6 - CRONOGRAMA DE VIAGEM: Primeiramente faremos a visita no Parque


das Aves, as três atrações no Museu de Cera e finalizando com visita às
Cataratas do Iguaçu, o professor estará mediando as visitas, sempre em
consonância com os conteúdos trabalhados em sala de aula.

131
7 - ROTEIRO DE VIAGEM: Saída da Escola Municipal Artur Carlos Sartori rumo
a Foz do Iguaçu, chegada no Parque das Aves, museu de cera, em seguida
almoço, após Cataratas do Iguaçu, e retorno a Cascavel.

8 - AVALIAÇÃO
A avaliação se dará de forma diagnóstica e contínua, considerando o
desenvolvimento gradativo do aluno, por meio das atividades produzidas,
participação e interesse do aluno pelos conteúdos abordados.

9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Currículo para a Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel, Ensino
Fundamental – Anos Iniciais, Volume II. Cascavel – Pr, 2008.

Encontro Poético

Justificativa
A escola deve ser um lugar em que a convivência com a poesia aconteça de
fato, permitindo o contato com diferentes autores e estilos, reavivando a capacidade
de olhar e ver o que é a essência do poético através de atividades que permitam
uma compreensão maior da linguagem poética e lhe dê condições para que ensaie
seus próprios passos em poesia.

132
Com o Projeto Encontro Poético queremos descobrir o que os alunos já
sabem sobre poesia, ampliar seu repertório através de atividades de leituras, escrita,
declamações, pesquisa, análise e interpretação, exposição de ideias e composições.

Objetivo Geral:

Familiarizar o aluno com a linguagem poética, para que sinta prazer em ler,
ouvir e criar poemas; reconhecendo os componentes e suas respectivas funções.

Objetivos Específicos:

 Despertar o prazer pela leitura de poemas.


 Despertar o interesse pela literatura, pela poesia.
 Recitar poesia explorando os recursos existentes.
 Reconhecer os poemas em suas diversas formas.
 Destacar autores consagrados (internacionais e nacionais)
 Proporcionar ambiente de interação entre diferentes grupos de alunos.
 Resgatar sentimentos e valores.

Metodologia

- Apresentação do Projeto aos alunos incentivando a participação de cada um.


- Listagem de autores preferidos pelos da turma.
- Seleção de poesias de acordo com os autores indicados pelos alunos.
- Organização de rodas de leitura para que os alunos expressem os sentimentos que
aparecem no texto durante a leitura, como medo, alegria, espanto, tristeza e humor.
- Conversação com a turma sobre alguns aspectos importantes do poema:
características (rima versos e estrofes)
- Declamação de poesias.
- Organização de murais com os autores trabalhados.
-Escolha de poesias para declamação durante o Encontro Poético.

133
b) Plano de Brigada Escolar

PLANO DA BRIGADA DE
EMERGÊNCIA – PBE

134
Escola M. Artur Carlos Sartori

Elaborado com base NPT 17 - CBPMPR

Edição 01/2018

135
ÍNDICE

1 Identificação do 02
Estabelecimento............................

2 03
Atribuições...............................................................

2.1 Coordenador de 03
Bloco ..............................................

2.2 Professores Regentes e Agentes de Apoio. 03

2.3 Agentes de Apoio........................................ 03

2.4 Equipe de Combate 03


Inicial.........................................

2.5 Direção e ......................................... 04

2.6 Secretária ou Equipe da Secretaria da 04


Escola.........

3 05
Convenções.............................................................

3.1 Sinais de 05
Alarme........................................................

3.2 Formação de 06
Fila........................................................

3.3 07
Sinalização................................................................

3.4 Casos 08
Especiais........................................................

3.5 Exercícios de Alerta e Treinamentos 08


Simulados.......

3.6 Informações, chaves e 08


contatos................................

136
Escola Municipal Artur Carlos Sartori

1IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1.1 Estabelecimento: Escola Municipal Artur Carlos Sartori

1.2 Localização: urbana.


 Endereço: Rua Cabo José Hermito de Sá, 1011- Santa Felicidade.
 Característica da vizinhança: alta concentração de residências e
proximidade com cemei, escola estadual e Igreja.
 Distância do Corpo de Bombeiros: 4.6 Km.
 Meios de ajuda externa: Posto de Bombeiros da Rua General Osório,
Parque São Paulo (fone 193)
1.3 Construção: alvenaria e estrutura de concreto armado.

1.4 Dimensões: 5 blocos térreos com área total (Planta em reformulação).

1.5 Ocupação: Escolar (E1 – conforme tabela 1 da NPT 17 do CSCIP).

1.6 População:
 Fixa: 852 pessoas.
 Flutuante: 1500 pessoas aproximadamente.

1.7 Características de funcionamento: (das 07:30 às17:20h).

1.8 Pessoas portadoras de deficiências: 14 pessoas localizadas nos blocos


A, B, C,D e E de salas de aula (alunos).

1.9 Riscos específicos inerentes à atividade: central de GLP,


brinquedoteca, quadros de energia e gás de cozinha.

1.10 Recursos humanos: Brigada de Incêndio: 08 membros;

1.11 Recursos materiais:


 Extintores de incêndio portáteis;
 Sinalização de emergência
 Iluminação e sinalização de emergência;
 Alarme de incêndio manual (buzina de ar comprimido - secretaria);

2 ATRIBUIÇÕES DOS BRIGADISTAS

2.1 COORDENADOR DE BLOCO OU PAVIMENTO (Pedagogo):


É responsável por um BLOCO ou PAVIMENTO (os blocos ou pavimentos serão
identificados por letras e cores).
Responsáveis:

137
 Coordenadora (Bloco A 1º piso) Salas – Profª Célia Regina Franco de Oliveira
- Amarelo
 Coordenadora (Bloco B - Térreo) – Cristiane Regina Corbari Botelho - Branco
 Coordenadora (Bloco C – Térreo) – Betty Feier Larré- Azul
 Coordenador (Bloco D – Térreo) – Carlos Aquila- Verde
 Coordenadora (Bloco E – Térreo) – Giordana de Lima Kich- Laranja

2.1.1 Ações
I. Recebe informação de possível emergência;
II. Verifica com a Direção a situação da Emergência;
III. Comunica aos Professores Regentes;
IV. Coopera na organização e condução da fila da área de emergência;
V. Verifica se alguém, por qualquer motivo, ficou para trás, considerando que:
a. Em caso positivo – avisa-o para seguir para o ponto de encontro, pedindo
apoio quando necessário;
b. Em caso negativo – segue para o Ponto de Encontro ocupando a última
posição da fila dos Blocos.

2.2 PROFESSORES REGENTES:

São os responsáveis pelas salas de aula e outros ambientes da escola, bem como
por sua respectiva população interna.
A cozinheira Suzane Aparecida Silva, comunica a coordenadora do (Bloco E) e o
Secretario, quando necessário.
Também é de responsabilidade das zeladoras e das professoras de hora atividade,
auxiliarem todas as salas, na hora da evacuação.

2.2.1 Ações
I. Fica atento a possíveis indicativos de emergências;
II. Comunica possíveis emergências ao Coordenador de Bloco ou Pavimento;
III. Caso a emergência seja:
a. Em sua Sala – decide e procede ao Abandono imediato de local;
b. Em outro local – aguarda informação pelo Coordenador de Bloco ou
Pavimento, sem deixar de permanecer atento aos possíveis imprevistos e
às falhas de comunicação;

IV. Após a determinação do Abandono, via sinais convencionados ou através do


Coordenador do respectivo bloco ou pavimento, dá voz de comando para saída.
V. Desliga equipamentos eletro-eletrônicos (se for o caso);

138
VI. Realiza a Formação de Fila com os alunos (o abre-fila é o aluno líder da turma);
VII. Solicita apoio (se for o caso) para deslocar portadores de necessidades especiais
e crianças menores;
VIII. O professor é o cerra-fila, se posiciona por último e procede a saída seguindo a
rota pré-definida até o “Ponto de Encontro” (Concentração).

2.3 AS ZELADORAS
Possuem acesso a todos os espaços na escola. Estão sempre circulando pelos
ambientes externos realizando o monitoramento de possíveis emergências.

2.3.1 Ações
I. Verifica indicativo (s) de possível emergência;
II. Comunica imediatamente ao Líder de Turno (diretora Mirtes ou diretor-auxiliar);
III. Na falta do diretor, informa os secretários da escola;
IV. Após autorização, a Secretária emite sinal de alerta convencionado e aciona o (s)
órgão (s) de emergência, através dos telefones 190, 193, 199.
V. Verifica sinalização externa das Rotas de Fuga e do Ponto de Encontro;
VI. Libera passagens e controla portões de acesso;
VII. Sinaliza Ponto de Encontro na área externa.

2.4 EQUIPE DE COMBATE INICIAL À EMERGÊNCIA


São os que respondem à emergência, buscando conter o seu princípio ou evitar
maiores danos, procurando controlar o agente causador da emergência até a realização da
saída em segurança.
 Carlos Aquila de Oliveira Rodrigues
 Arlete Aparecida Aczenen do Nascimento

2.4.1 Ações
I. Em caso de princípio de emergência, realiza verificação local;
II. Realiza ações de combate e socorro, buscando evitar ampliação dos efeitos
negativos da emergência;

III. Avalia e comunica necessidade de abandono de local à Direção;


IV. Realiza o bloqueio e orientação de trânsito quando necessários;
V. Recebe e orienta órgãos externos de combate e socorro, quando estes chegam
na escola.

139
2.5 DIREÇÃO
A Direção é responsáveis pela coordenação geral do PBE da escola e pelo
procedimento de abandono convencionado.
 Eliana Maria P. P. Z. Viana

2.5.1 Ações
I. Elabora e coordena treinamento do plano de emergências locais (PBE), sob
orientação da Defesa Civil;
II. Coordena a atuação das equipes da escola em situações emergenciais;
III. Define necessidade de ativação do PBE;
IV. Determina abandono parcial ou total de local sob emergência;
V. Autoriza emissão do sinal de alerta convencionado;
VI. Coordena a realização do abandono, avaliando necessidade de deslocamento
para local de concentração externo (Ponto de Encontro).
VII. Avalia possibilidade de retorno para a escola, sob orientação de órgãos
competentes.
VIII. Representa a escola nas informações à mídia e à comunidade circunvizinha.

2.6 SECRETÁRIA ou EQUIPE DE SECRETARIA DA ESCOLA


 Carlos Aquila de Oliveira Rodrigues

I. Emite sinal de alerta convencionado.


II. Aciona órgãos externos de socorro em emergências (Corpo de Bombeiros,
Policia Militar, Defesa Civil, Ambulância, etc.), pelos telefones 190, 193, 199.
III. Repassa as informações iniciais sobre a situação;
IV. Recepciona a equipe dos órgãos de emergência.

3 CONVENÇÕES

3.1 SINAIS DE ALARME

3.1.1 Sinal sonoro único


I. Será o sinal de alerta da escola: sirene da escola.
II. Será acionado de forma contínua ou intermitente sob determinação da Direção,
quando da constatação de emergência;
III. A emissão do sinal significará que foi verificada alguma alteração e que todos
devem permanecer em alerta, interrompendo o que estão fazendo e aguardando
o comando da Direção;
IV. Sinal Contínuo – aproximadamente 15’ (quinze segundos) de duração, em um
único toque;

140
Sinal Intermitente – aproximadamente a cada 02’ (dois segundos), em vários
toques.
V. O responsável pelo Sinal de Alarme deverá certificar-se que todos tenham ouvido
o alarme. Caso contrário, o sinal deverá ser acionado novamente.

3.1.2 Sinal Complementar


I. Será realizado por contato visual e verbal pelos Coordenadores de Blocos ou
Pavimentos responsáveis, após o sinal sonoro ou na impossibilidade deste ser
acionado;
II. O coordenador de Bloco ou Pavimento chamará o Professor para fora da sala de
aula e repassará as informações, visando evitar pânico.

3.2 FORMAÇÃO DE FILA

3.2.1 Organização
I. A fila de alunos será montada considerando a disposição dos alunos em sala;
II. Deverá ser marcada a distância, bem como, mantido o silêncio na fila;
III. Os alunos deverão permanecer sempre na mesma localização na fila, sendo
incentivado a gravar quem é o colega da frente e o colega logo atrás, para
facilitar aos Professores Regentes o controle da presença dos mesmos.

3.2.2 Saída e Deslocamento


I. A fila passará por portas, corredores, escadas, rampas e portões sempre pelo
lado DIREITO;
II. Será realizada a caminhada rápida (evitando-se as corridas);
III. A formação, saída e deslocamento da fila no local da emergência deverá ser
imediata, sendo que nos demais locais dependerá dos sinais de alarme;
IV. A ordem de saída será:
a. Local da Emergência constatada;
b. Local imediatamente ao lado que esteja mais distante em relação à
saída;
c. Local que esteja imediatamente do outro lado;
d. Outra ordem a ser definida pela Direção, de acordo com cada situação
emergencial.
V. A fila deverá seguir a rota pré-definida, conforme layout elaborado pela
escola, procurando a rota mais segura, preferencialmente que não passe
próximo ao local de emergência.

3.3 SINALIZAÇÃO

141
3.3.1 Identificação
I. Os conjuntos construídos serão chamados de BLOCOS ou PAVIMENTOS e
receberão a identificação por cores e letras alfabéticas (de “A” até E), enquanto as
salas e outros ambientes internos de estudo serão identificadas por números (de 01
até 20), conforme layout elaborado;
II. Os extintores, mangueiras, hidrantes (internos ou externos) serão dispostos e
sinalizados, conforme legislação e orientação técnica;
III. As rotas, saídas, passagens e portões receberão sinalização por faixas, setas e
placas;
IV. Os quadros de energia (sala, corredor, bloco e geral), a central de gás, hidrante
público e o registro da água receberão cartazes ou placas de identificação;
V. Áreas de risco (escadas, rampas, almoxarifados, central de gás, alta tensão,
etc.) receberão cartazes ou placas de advertência.

3.3.2 Ponto de Encontro - PE (NÃO BRIGADISTAS)


VI. O local que servirá como PONTO DE ENCONTRO será: GRAMADO AO LADO
DA PAINEIRA; (Vão ajuda no ponto de encontro Simara, Eliana Maria e Regiane)
VII. Todos de cada BLOCO se encontrarão nele depois da saída das salas e outros
ambientes, inclusive os externos;
VIII. As pessoas pertencerão ao BLOCO em que se encontrarem no momento do
Sinal de Alarme e com seus ocupantes deverão se deslocar até o PONTO DE
ENCONTRO;

IX. O Ponto de Encontro será sinalizado no piso e/ou por placa e/ou bandeiras com
as cores dos blocos identificando onde deverão permanecer as respectivas turmas
dos BLOCOS ou PAVIMENTOS.
X. Cada Coordenador levará consigo até o PONTO DE ENCONTRO a bandeira
com a respectiva cor do Bloco ou Pavimento pelo qual é responsável, onde os
respectivos desocupantes deverão permanecer até anunciado o próximo
procedimento.
XI. Os moradores serão expressamente avisados da possível utilização do espaço
externos em casos emergenciais;
XII. Todos deverão permanecer no local até autorização (da Direção) de retorno ou
outra ordem;
XIII. A Equipe de Apoio fará cordão de isolamento no final do Ponto de Encontro e
quando todos estiverem no local, outro cordão será feito na frente do grupo
concentrado, mantendo a população coesa.
XIV. No Ponto de Encontro haverá previsão de espaço para permanência e
atendimento de possíveis vítimas do incidente, onde receberão os primeiros socorros
até a chegada do socorro emergencial.

3.3.3 Ponto de Encontro - PE (BRIGADISTAS)


XV. Definir Ponto de Encontro, de acordo com o número de Blocos, para
recebimento de orientações iniciais do Líder de Combate; Ponto de encontro dos
brigadistas será Rosa dos ventos no saguão.

142
XVI. Após cumpridas as orientações iniciais os brigadistas deverão retornar a este
ponto para novas orientações.

3.4 CASOS ESPECIAIS


I. Idosos e gestantes seguirão na fila da sala/bloco em que se encontrarem;
II. Todos os visitantes receberão informação da existência do PBE e explicação prévia
de como agir em momentos emergenciais;
III. Quem por ventura venha a se ferir em treinamentos ou emergências reais, receberá
os primeiros socorros possíveis e, se a situação permitir ou exigir, será
cuidadosamente deslocado até o espaço especialmente destinado no Ponto de
Encontro, em caso contrário, deverá aguardar atendimento médico no local em que
se encontrar;
IV. Todos os fatos especiais, acidentes e outros imprevistos serão informados à Direção.

3.5 EXERCÍCIOS E TREINAMENTOS SIMULADOS


I. Será realizado nas Salas de Aula o treinamento de formação de fila com os
respectivos alunos;
II. Haverá treinamento (com apoio do professor de Educação Física) de deslocamento,
em passo apressado, até o Ponto de Encontro, seguindo respectiva rota, ao menos
uma vez por mês;
III. Exercícios de Alerta Simulados deverão ser realizados, no mínimo, uma vez por
bimestre.
IV. Os Professores Regentes poderão oferecer atividades de reconhecimento dos
espaços físicos in loco e através da planta baixa da escola (croqui);
V. Estabelecer calendário de verificação periódica do Sistema de Iluminação e
Hidrantes;
VI. Por ocasião da recarga dos Extintores, prever o treinamento dos funcionários
utilizando os extintores.

3.6 INFORMAÇÕES, CHAVES E CONTATOS

3.6.1 Informações
I. Haverá espaços, no interior das salas e dos outros ambientes, bem como no
pátio, especialmente separados para colocação de informações sobre o PBE,
contendo layout e outros dados importantes do PBE;
II. Todos os funcionários e professores não poderão alegar desconhecimento do
PBE, a partir das reuniões de Partida;
III. Os pais e responsáveis deverão dar ciência do conteúdo do PBE;
IV. O PBE ficará à disposição dos pais no mural e na secretária da escola, para
leituras e estudos do mesmo.
V. Os vizinhos deverão ser informados do PBE, bem como dos dias em que
haverá treinamento e/ou exercícios simulados.

143
3.6.2 Chaves e Contatos
VI. As chaves serão devidamente identificadas enumeradas conforme número
das salas e ficará na sala da coordenação da escola;
VII. Haverá lista simplificada de nome, endereço e telefones de contato dos
alunos por Bloco ou Pavimento com os professores e funcionários da secretaria.
VIII. Será elaborado cartaz contendo contatos dos principais órgãos externos de
atuação em emergências e será exposto em local visível na secretaria;

16.4. Cronogramas:
a) cronograma de assessoramento pedagógico (Escolas e CMEIS)
b) cronograma de hora-atividade
c) cronograma de biblioteca
d) cronograma para atividades no parquinho, solário
e) cronograma de TV, conforme planejamento dos conteúdos
f) cronograma de brinquedoteca
g) cronograma de outros espaços externos ou internos.

Cascavel, .....de......de 2022.

Nome e assinatura
Diretor (a)
Portaria nº ......... de ..... /...../..............

144
PROJETO PATRULHA AMIGA ESCOLA SEGURA
Programa de Prevenção à Violência e uso de Drogas, Promoção Paz nas Escolas

PROJETO ELABORADO E EXECUTADO PARA O MUNICÍPIO DE CASCAVEL –


PR
Cascavel, 22 de Fevereiro de 2019

Rua Martin Afonso de Souza, 590 - CASCAVEL – PARANÁ – CEP 85.816-560 Telefones: (45) 3902-1366

APRESENTAÇÃO
O Projeto “Patrulha Amiga Escola Segura” é um programa de prevenção à violência
e uso de drogas, uma promoção realizada para disseminar a paz nas escolas. Também busca a
ampliação do modelo de atuação da Guarda Municipal e Patrimonial nas Escolas da Rede
Municipal de Ensino.
A partir disto realiza ações práticas de prevenção e promoção de uma cultura de paz
nas escolas, dentro do projeto também são executadas ações de qualificação e treinamento
pessoal para atuação nestes ambientes.

OBJETIVO GERAL
Tem como objetivo a prevenção à violência e uso de drogas nas Escolas da Rede
Municipal de Ensino e seu entorno.

OBJETIVO ESPECÍFICO
Promover e disseminar a paz nas escolas.

PÚBLICO ALVO
Por meio deste programa conseguimos atuar juntamente aos pais de alunos,
executando uma reunião antes das visitas em sala de aula, tendo como tema principal da
abordagem a drogadição e a participação da SEMPPRO e das Guardas Municipais e
Patrimoniais junto à Comunidade escolar e no Bairro. Já com as crianças do Ensino Municipal

145
atuamos com mini palestras em sala de aula, concurso da melhor pintura, concurso do melhor
desenho, concurso da melhor redação ou poemas, incentivar a realização de teatro entre os
alunos com o tema “vida saudável sem drogas”, informando sobre o número de contato 153
das Guardas e também aproximamos as crianças através das figuras dos “Super Herois”,
explanando sobre a “Patrulha Amiga”, e também a não aceitação de caronas, doces e
dinheiro de estranhos quando estão sozinhas.

Rua Martin Afonso de Souza, 590 - CASCAVEL – PARANÁ – CEP 85.816-560 Telefones: (45) 3902-1366

SUGESTÕES DE MOTIVAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DAS REFERIDAS


ATIVIDADES PELAS CRIANÇAS
Promover os referidos concursos com premiações como: medalhas para as melhores
pinturas para os alunos dos 1º e 2º anos, medalhas para os melhores desenhos para os alunos
do 2º e 3º anos, medalhas para as melhores redações ou poemas para os alunos de 4º e 5º anos
e medalha ou placa para a professora e escola dos alunos vencedores.

QUADRO PESSOAL
NOME FUNÇÃO
MARLI LAUREANO GERENTE DE PREVENÇÃO
JESSICA CAROZZA ASSESSORA
JONATHAN MORAES PALESTRANTE GUARDA MUNICIPAL
PALESTRANTE GUARDA
PATRIMONIAL
ALONSO TOMAZ POETA (voluntário)

CRONOGRAMA
2019
TERRITÓRIO SANTA CRUZ
ESCOLA BAIRRO DATA
MARIO PIMENTEL SANTO DUMOND 07 MAR 19 – QUINTA-FEIRA
CAMARGO
EDISON PIETROBELLI - SANTA CRUZ 11 MAR 19 – SEGUNDA-
CAIC II FEIRA
HERMES VEZZARO SANTO ONOFRE 13 MAR 19 – QUARTA-FEIRA
MARIA TEREZA SANTA CRUZ 19 MAR 19 – TERÇA-FEIRA
ADEMIR CORREIA SANTA CRUZ 21 MAR 19 – QUINTA-FEIRA

TERRITÓRIO TROPICAL
ESCOLA BAIRRO DATA

146
ITA SAMPAIO PQ VERDE 25 MAR 19 – SEGUNDA-
FEIRA
MARIA MONTESSORI COQUEIRAL 29 MAR 19 – QUARTA-FEIRA
MANOEL LUDGERO ALTO ALEGRE 02 ABR 19 – TERÇA-FEIRA
POMPEU
JOSÉ BALDO JD PALMEIRAS 04 ABR 19 – QUINTA-FEIRA

TERRITÓRIO CANADÁ
ESCOLA BAIRRO DATA
ALOYS MANN CANCELI 08 ABR 19 – SEGUNDA-FEIRA
INGLACIR FARINA ACLIMAÇÃO 10 ABR 19 – QUARTA-FEIRA
MICHALINA CLAUDETE 16 ABR 19 – TERÇA-FEIRA
TEOTONIO VILELA CANADÁ 18 ABR 19 – QUINTA-FEIRA

TERRITÓRIO CENTRO
ESCOLA BAIRRO DATA
ALMIRANTE BARROSO CENTRO 22 ABR 19 – SEGUNDA-FEIRA
GLADIS MARIA TIBOLA CENTRO 26 ABR 19 – SEXTA-FEIRA

TERRITÓRIO INTERLAGOS
ESCOLA BAIRRO DATA
FRANCISCO VAZ DE LIMA INTERLAGOS 30 ABR 19 – TERÇA-FEIRA
NOSSA SRA SALETE BRASMADEIRA 03 MAI 19 – SEXTA-FEIRA
MARIA FUMIKO TARUMÃ 07 MAI 19 – TERÇA-FEIRA

TERRITÓRIO FLORESTA
ESCOLA BAIRRO DATA
MARIA AP. FAGNANI RIVIERA 09 MAI 19 – QUINTA-FEIRA
SOARES
ANIBAL LOPES FLORESTA 13 MAI 19 – SEGUNDA-FEIRA
DULCE ANDRADE – CAIC I CLARITO 15 MAI 19 – QUARTA-FEIRA
DULCE P. PIOREZAN BRASILIA II 17 MAI 19 – SEXTA-FEIRA
TAVARES
TEREZINHA PICOLLI JD ESTEVES 21 MAI 19 – TERÇA-FEIRA
REVERENDO DARCI BELA VISTA 23 MAI 19 – QUINTA-FEIRA
MIRANDA
MAXIMILIANO COLOMBO BRASILIA I 27 MAI 19 – SEGUNDA-FEIRA

TERRITÓRIO MORUMBI
ESCOLA BAIRRO DATA
JOSÉ HENRIQUE MORUMBI 04 JUN 19 – TERÇA-FEIRA
TEIXEIRA
DIVANETE ALVES PERIOLO 06 JUN 19 – QUINTA-FEIRA
KELLY CRISTINA MORUMBI 10 JUN 19 – SEGUNDA-FEIRA
QUINTINO BOCAIUVA JD. CATARATAS 12 JUN 19 – QUARTA-FEIRA
PROFª. ARMINDA TEREZA JD. COLMÉIA 14 JUN 19 – SEXTA-FEIRA

TERRITÓRIO SÃO CRISTOVÃO


ESCOLA BAIRRO DATA

147
ADOLIVAL PIAN SÃO CRISTÓVÃO 18 JUN 19 – TERÇA-FEIRA
JUSCELINO JD. PARAISO 24 JUN 19 – SEGUNDA-FEIRA
KUBITSCHECK
ROBERT FRANCIS JD. PRIMAVERA 28 JUN 19 – SEXTA-FEIRA
KENNEDY
MARIA FANY QUESSADA PACAEMBU 05 SET 19 – QUINTA-FEIRA
HÉRCOLES BOSQUIROLLI REGIÃO DO LAGO I 09 SET 19 – SEGUNDA-FEIRA
LUIS CARLOS RUARO GRAMADO 11 SET 19 – QUARTA-FEIRA

TERRITÓRIO CASCAVEL VELHO


ESCOLA BAIRRO DATA
IRENE RICKLI CASCAVEL VELHO 17 SET 19 – TERÇA-FEIRA
ATILIO DESTRO NOVA ITÁLIA 19 SET 19 – QUINTA-FEIRA
NEIVA EWALD JD. PRESIDENTE 23 SET 19 – SEGUNDA-FEIRA

TERRITÓRIO NEVA
ESCOLA BAIRRO DATA
DIVA VIDAL JD. MARIA LUIZA 25 SET 19 – QUARTA-FEIRA
EMILIA GALAFASSI JD. SOCIAL 02 OUT 19 – QUARTA-FEIRA
NICANOR SCHUMACHER VILA TOLENTINO 04 OUT 19 – SEXTA-FEIRA
PROFª IVONE VARELA PIONEIROS CATARINESE 08 OUT 19 – TERÇA-FEIRA
RUBENS LOPES JD. GUANABARA 10 OUT 19 – QUINTA-FEIRA

TERRITÓRIO UNIVERSITÁRIO E SANTA FELICIDADE


ESCOLA BAIRRO DATA
ARTUR CARLOS SARTORI SANTA FELICIDADE 16 OUT 19 – QUARTA-FEIRA
PROFª MARIA DOS JD. UNIÃO 18 OUT 19 – SEXTA-FEIRA
PRAZERES
PROFª DILAIR FOGAÇA JD. PANORÂMICO 22 OUT 19 – TERÇA-FEIRA
LUIZ VIANEY PEREIRA JD. MARIA DE LOURDES 24 OUT 19 – QUINTA-FEIRA

TERRITÓRIO GUARUJÁ
ESCOLA BAIRRO DATA
ANA NERI XIV NOVEMBRO 28 OUT 19 – SEGUNDA-FEIRA
FLORÊNCIO CARLOS GUARUJÁ 30 OUT 19 – QUARTA-FEIRA
ARAUJO
ANEXOS DO PPP

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