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ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EDUCAÇÃO INFANTIL
Relatório de Aprendizagem Supervisionada
JOÃO MONLEVADE
SET/2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO............................................................................................3
2. ENSAIO PEDAGÓGICO............................................................................4
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................19
4. REFERÊNCIAS........................................................................................21
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1. INTRODUÇÃO
3
2. ENSAIO PEDAGÓGICO
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2.1. O estágio curricular e a unidade concedente: um breve
diagnóstico
Idosos Crianças
15% 18%
Adultos Jovens
46% 20%
Fonte: Economapas.
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Foto 1 - Corredor externo.
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exercitavam a responsabilidade, comunicação, habilidades motoras e intelectuais
de uma forma diferente, não mais apenas como receptores da atividade passada,
mas também com os sentimentos de valorização e segurança, fundamentais para
a construção da autoestima e vínculo com a professora- passo essencial para que
sintam-se abertos às atividades passadas em sala de aula-.
Foto 2 – Cartaz interativo: Sessão Simultânea.
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Fonte: Fotografia tirada pela autora.
Foto 4 – Cartaz interativo: Respeito.
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matemático afim de treinar a mente para entender as operações matemáticas
simples que aprenderão futuramente, para isso usamos as figuras (colagem,
pintura ou mesmo contar o que se pede) e objetos para que formem conjuntos e
associem os numerais às quantidades. Também importante nessa fase está o
treino da coordenação motora fina através do treino da escrita, pinturas e
recortes. Na turma as crianças se dividiam em algumas com a coordenação
firme e outras não tanto, porém todos conseguiram escrever corretamente e
acompanhar os assuntos ministrados por mim.
Dentro das habilidades já aprendidas pelas crianças estão a contagem
através do uso dos dedinhos ou objetos, e o reconhecimento de quais números
são maiores que outros. Foi treinado o desenho dos numerais, a observação de
padrões nos desenhos das atividades – por exemplo, colorir a mesma
quantidade de desenhos que se pede na atividade, ou preencher qual número
vem depois do que lhes foi apresentado-, que são realizadas tanto através de
atividades de concentração com material didático quanto através da observação
de relógios, objetos e até mesmo biscoitos. A proporção é trabalhada através da
pergunta de quais objetos são maiores ou menores do que o que lhes é
apresentado, qual grupo possui mais ou menos itens ou se são iguais.
A matemática está presente em nosso dia a dia, e é através dessa
associação do que é ensinado com a rotina que as crianças mais aprendem.
Como diz a explicação de Nunes e Bregan (1997, P17), “[...] a matemática é uma
matéria escolar, porém no que tange as crianças é também uma parte
importante das suas vidas cotidianas”, dessa forma trazemos aos pequenos a
importância desse aprendizado de uma forma mais interessante do que nos era
passado antigamente, em que apenas éramos cobrados a decorar o alfabeto e
os algarismos, atualmente ocorre a assimilação do conhecimento por cada aludo
a partir de uma ótica mais personalista, pois passam a observar em seu dia a dia
todas as coisas ensinadas em sala de aula, exercitando a mente ainda mais.
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referentes às competências EL01E0052, EL01CG033 e EL01EI01, tanto
teoricamente quanto a parte prática, através dos seguintes insumos: Pincel
para quadro branco, folha impressa no tamanho A4, lápis de escrever, lápis de
cor, borracha, cola e apagador. Foram ministradas ao todo duas aulas em dois
dias diferentes- matemática e ciências-, ambas acompanhadas pela professora
regente da turma para que pudesse avaliar o ensinamento dado e, caso
necessário, me passasse alguma informação que precisasse saber sobre a
classe.
As crianças apresentavam maior dificuldade com a matemática, sendo
trabalhada primeira a data (11/10/2023) perguntando se sabiam que dia era
aqueles alguns acertaram e outro não, sendo então explicado que nesse
mesmo dia se comemorava o “Dia da saudade”, então cada aluno começou a
falar sobre o que sentiam saudade – um parente que não vê há um tempo, um
bichinho de estimação, um brinquedo que perdeu, entre outros-. Após essa
interação pedi que contassem comigo os números de um cartaz na parede da
sala, indo de 0 a 10, pois, segundo a professora regente, ainda não foram
instruídos a fazerem a contagem a partir dos 11.
Após a contagem de revisão, partimos então para os exercícios de
fixação: entreguei a eles uma folha impressa com os números de 0 a 10 na
parte de baixo, com cada um possuindo um quadradinho para que preencham
com o respectivo numeral. A primeira parte da atividade estava preenchida
para que entendesse o que lhes era pedido, assim todos conseguiram realizar
– alguns com um pouco de dificuldade, o que é normal-. A segunda parte é
formada por figuras e a tarefa era de colocarem quantas figuras haviam em
cada quadrado, por exemplo: um carinho ao lado de um quadrado ao qual
deveriam preencher com o número 1, ao finalizar pedi que colorissem as
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Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, brincadeira e
descanso.
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Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
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gravuras e conferissem se tinham escrito o nome no alto.
Foto 5 – Atividade de matemática de “Para Casa”.
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seguinte as crianças chegaram super animadas e mostrando as comidas
saudáveis que haviam trazido, um sentimento recompensador tomou conta de
mim e da professora regente ao ver a alegria dos pequenos, além de que
diziam querer se alimentar de forma mais saudável ainda, nos deixando com a
sensação de dever cumprido.
Após o piquenique as crianças foram ao banheiro, lavaram as mãos,
fizeram fila e fomos para a sala de aula, onde as entreguei uma folha sem
pauta, tamanho A4 para que desenhassem o que mais gostaram de comer
aquele dia, sendo então orientado que colorissem o desenho no final. Depois
de todos terem finalizado, contei a linda estória chamada “A menina que não
queria almoçar”, e então escutei o que eles pediriam às mães que pusessem
alimentos mais saudáveis em suas merendeiras.
i. Tema/Conteúdo abordado;
Vygotsky possui uma teoria a qual concordo, nela diz que para haver
uma aprendizagem deve sempre haver uma interação social e ela deve ocorrer
dentro de um desenvolvimento mais próximo. Araújo (2009), em uma análise a
esse conceito, afirma que a aprendizagem em sala de aula necessita de uma
interação, uma cooperação em atividades que sejam práticas e também
instrumentais; com essa ideia em mente elaborei as atividades trabalhadas em
sala de aula e as pratiquei, a exemplo o piquenique realizado afim de fixarem
melhor quais são os alimentos saudáveis e incentivar o hábito.
A aula do dia 16/10/2023 foi ministrada sem materiais para consulta, por
esse motivo foi trabalhada a memória sobre assuntos já vistos anteriormente,
como por exemplo, escrever os numerais de 0 a 10 em ordem crescente. Ao fim
daquela tarde perguntei quem queria fazer um desenho de forma livre sobre a
data comemorativa do dia e todos levantaram a mãos ansiosas, sendo pedido
que o tema fosse o que se comemorava no dia.
Imagem 1 – Atividade 1.
Imagem 2 – Atividade 2.
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Durante todo esse período pude aprender como se põe em prática todo o
conhecimento adquirido durante a faculdade, além de lidar com situações que a
parte teórica não nos deixa totalmente preparados apesar de fornecer a base (a
exemplo briga entre coleguinhas de turma que, apesar de saber serem episódios
que acompanham a vida do docente, é preciso ter muita calma e didática para
conseguir contornar a situação e explicar às crianças como podem fazer as pazes,
sendo uma oportunidade de pôr em prática a habilidade EI03EO07 4, ensinada
através de atividades que despertam principalmente a empatia).
Trabalhar a habilidade EI03EO055 é importante para a promoção da
autoestima, auxiliando também questões como as brigas de forma prévia, uma
vez que lhes é instruído não apenas o respeito com o próprio corpo, mas também
a ter consideração pelo coleguinha mesmo que apresente características
divergentes da dele. As crianças reproduzem o que lhes é ensinado, sendo assim,
atitudes depreciativas consigo mesmas ou com os amigos podem, e devem, ser
corrigidas através do respeito e paciência -o que é diferente de permissividade-
afim de se criar um padrão positivo na vida e mente da criança, que a afetará por
toda a vida.
Imagem 3 – Atividade 3.
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Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com crianças e adultos.
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Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros, adultos e
crianças, com os quais vive.
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Durante o processo de se trabalhar a habilidade EF01LP06 utiliza-se
muitos textos em forma de poesia e poemas afim não apenas de ensinar a criança
a ler e escrever, mas também de incentivá-la a expor e trabalhar os seus
sentimentos, principalmente aqueles que aflorarem durante a leitura devido a
alguma lembrança ou por se sentirem inspiradas. Trabalhar os sentimentos da
criança é de suma importância para que seja construída uma autoestima
saudável, que por sua vez é imprescindível para que haja um bom
desenvolvimento pessoal e escolar, uma vez que parte do aprendizado depende
de a própria criança acreditar em seu potencial de aprender.
Para Lúcia Moysés, psicopedagoga, a relação da autoestima e
desempenho escolar se dá pelo fato de afetar seu esforço, persistência e grau de
ansiedade frente aos desafios enfrentados. Tendo isso em mente, é possível
entender que uma criança envolta em um ambiente que lhe proporciona
segurança e encorajamento terá um melhor conceito sobre si mesmo, ganhando
maior segurança e coragem para enfrentar desafios. Também é possível
compreender a importância de se trabalhar os sentimentos em sala de aula a fim
de corroborar com a saúde da autoestima dos alunos e perceber aqueles que
precisam de ajuda o mais cedo possível para que se possa tratar a questão o
quanto antes. Sobre esse tema temos a atividade abaixo que, através da poesia,
trata o desejo de realização.
Imagem 4 – Atividade 4.
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Fonte: Imagem tirada pela autora.
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Também em desenvolvimento nessa idade temos a coordenação motora
grossa e fina, sendo esta última trabalhada através de atividades que exercitam
os pequenos músculos das mãos e pés. É através do treino desses músculos que
aprendemos e treinamos movimentos como o pinçar com os dedos, essencial
para que consigamos fazer atividades delicadas como recortar, desenhar e
escrever. Na atividade abaixo é pedido às crianças que façam uma bailarina
através da colagem de palitos no espaço em branco da folha, através dela é
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e sons do meio ambiente e animais estimulam a criatividade, noções espaciais,
conhecimento corporal e ainda conhecer mais ainda o ambiente em que vive,
uma vez que a fonte para essas tarefas podem estar no próprio meio em que se
está inserido. A musicalidade ainda ajuda a evitar que a criança perca a atenção
no que lhe é ensinada uma vez que fará uma escuta ativa e, através dela, o
despertar de diversas emoções.
Além de forma de ensino, a música pode também ser utilizada pelos
professores de forma a controlar uma turma que esteja muito dispersa durante
uma atividade que tenha causado grande ansiedade nas crianças. É
impressionante ver o efeito causado sobre elas ao iniciar o canto de
determinadas músicas (preferencialmente aquelas que as crianças já sabem ser
para que se acalmem), aos poucos todas se juntam em coro e rapidamente é
possível voltar a ter o controle sobre a sala e continuar com a tarefa planejada
sem que para isso seja preciso alterar a voz ou chamar a atenção de alguma
das crianças.
b. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como sugestão para o ensino fica trabalhar mais ainda a auto percepção
das crianças, uma vez que essa fase ainda possui sua personalidade em
formação e o trabalho de uma autoestima saudável pode, e deve, ser iniciado
ainda quando pequenos, afim de que se garanta que crescerão com bastante
confiança em si mesmos e conhecendo seu potencial. Assim como dito
anteriormente, a construção de um forte amor-próprio gera melhores resultados
acadêmicos, pois a criança se sentirá capaz, com maior disposição a estudar e
acreditando em si mesma, refletindo também nas áreas sociais, amorosas e
familiares da criança.
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c. REFERÊNCIAS
HAKIM, Cláudia. Existe lei que determine a presença de um A.T em sala de aula?
Qual é a função e a formação necessária do acompanhante especializado para
um aluno autista? JusBrasil, 2021. Disponível em:
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/existe-lei-que-determine-a-presenca-de-um-
at-em-sala-de-aula-qual-e-a-funcao-e-a-formacao-necessaria-do-acompanhante-
especializado-para-um-aluno-autista/1293887788. Acesso em: 05 set. 2023.
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