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WA N D E R L E I R O S A D A S I LVA ; J e a n F e l i p e R o d r i g u e s L e m o s , M a r c e l o L e i t e d a

Silva | LEF603/5

E D U A R D O D E PA U L A A M O R I M B O R G E S
APRESENTAÇÃO
» Acadêmicos: Wanderlei Rosa da Silva; Jean Felipe
Rodrigues Lemos, Marcelo Leite da Silva
» Tema: CONCEPÇÕES ACERCA DA
COORDENAÇÃO MOTORA E DO EQUILÍBRIO NA
VIDA HUMANA
» Explorar os conceitos de coordenação e equilíbrio;
» Compreender a importância da coordenação para o
desenvolvimento e a vida adulta dos sujeitos;
OBJETIVOS » Compreender as maneiras como a coordenação pode ser
analisada.
METODOLOGIA
» O tipo de estudo realizado tem o delineamento de uma pesquisa
bibliográfica, por possuir suas bases na consulta e análise de todas
as fontes secundárias relacionadas ao tema escolhido.
» Utilizou-se todas as bibliografias encontradas em domínio público
como: livros, revistas, monografias, bancos de teses e dissertações.
» A pesquisa bibliográfica é extremamente proveitosa na
representação de uma pesquisa teórica, visto que ela é capaz de
abranger uma variedade de documentos científicos tornados
públicos (LAKATOS; MARCONI, 2003)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
» A coordenação motora é elemento muito importante para bom o
desenvolvimento de uma série de habilidades, tanto esportivas como
recreativas, como pular, correr, andar, saltar ou realizar tarefas que exijam
maior habilidade, como segurar um lápis, bordar, desenhar, e recortar.

» Para que sejam bem desenvolvidas, é necessário equilíbrio, velocidade,


agilidade, força e resistência, e todos esses elementos dependem da
coordenação motora. Quanto mais complexa a atividade, maior é o grau de
coordenação necessária para eficácia do movimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
» Em termos técnicos, a coordenação pode ser definida como a interação harmoniosa e
econômica do sistema músculo-esquelético, do sistema nervoso e do sistema sensorial com
o fim de produzir ações motoras precisas e equilibradas, e reações rápidas adaptadas a
situações que exigem uma adequada medida de força que determina a amplitude e
velocidade do movimento; uma adequada seleção dos músculos que influenciam a
condução e orientação do movimento (LOPES et al., 2003).
» Outros autores sintetizam o termo, definindo a coordenação como “é a capacidade do ser
humano de realizar movimentos complexos de forma rápida e exata, em diferentes
condições ambientais e sob pressões contextuais adversas” (GRECO E SILVA, 2013).
» Os mesmos autores complementam ao afirmar que a coordenação motora é uma ordem
temporal e espacial do movimento, algo que emerge de um sistema de alta
dimensionalidade, restrito pelo organismo, pela tarefa e pelo ambiente no qual o movimento
é realizado (GRECO E SILVA, 2013).
COORDENAÇÃO MOTORA
» A partir dessas definições, podemos concluir que a coordenação é:
» a capacidade do nosso próprio organismo utilizar, de forma eficiente, os músculos do
corpo e obedecer aos comandos que o cérebro envia para eles, resultando em um bom
desempenho de atividades de maneira equilibrada e ágil.
TIPOS DE COORDENAÇÃO MOTORA
» Coordenação global: diz respeito às atividades dos grandes grupos musculares com
predominância na utilização dos membros inferiores. A coordenação global depende em
parte da capacidade de equilíbrio postural do indivíduo. Quanto maior o equilíbrio, mais
econômica será a atividade do sujeito e mais coordenadas serão suas ações.
» A coordenação global e a experimentação levam o individuo a adquirir a dissociação de
movimentos (ou seja, a realizar múltiplos movimentos ao mesmo tempo), como por
exemplo tocar piano, a mão direita executa a melodia, a esquerda o acompanhamento, o
pé direito a sustentação; e também pular corda.
TIPOS DE COORDENAÇÃO MOTORA
» Coordenação motora grossa: envolve atividades físicas de muito
impulso e força, que abrangem uma gama maior de músculos. Seu
desenvolvimento se dá a partir da primeira infância e precisa de exercícios
que a estimulem (PELLEGRINI, 2005).

» Como habilidades motoras grossas identificamos aquelas que envolvem o


corpo como um todo, principalmente, mas não exclusivamente grandes
grupos musculares. Entre elas podemos citar o pular, andar, arremessar
uma bola ao cesto (PELLEGRINI, 2005).
TIPOS DE COORDENAÇÃO MOTORA
» Coordenação fina e óculo-manual : constitui um aspecto particular da coordenação
global e diz respeito à habilidade e à destreza manual. Os movimentos são mais
específicos e envolvem pequenos grupos musculares.
» Ela diz respeito à coordenação precisa dos pequenos músculos do corpo, como os dos
pés, mãos, dedos, pulsos, lábios, olhos e língua; e abrange habilidades como alcançar,
agarrar e manipular objetos
» É por meio do movimento de pinça (habilidade reflexa de segurar os objetos com as
mãos sem a utilização do polegar opositor), que uma criança vai descobrindo, pouco a
pouco, os objetos de seu meio ambiente.
ANÁLISE DA COORDENAÇÃO MOTORA
» A coordenação motora pode ser analisada a partir de três aspectos. O primeiro deles é
o aspecto biomecânico, que se relaciona à ordem que são originados os impulsos de
força numa ação motora, isto é, numa ação que envolve movimento, e a também à
ordenação de acontecimentos em relação a dois ou mais eixos perpendiculares.
» O segundo aspecto a partir do qual pode ser analisada a coordenação motora é o
aspecto fisiológico, onde interferem os princípios básicos que regulam os processos
do organismo de causar contração muscular.
» O terceiro aspecto é o pedagógico, e tem relação com a ligação ordenada das fases de
um movimento ou ações parciais e a aprendizagem de novas habilidades (LOPES et
al., 2003).
ANÁLISE DA COORDENAÇÃO MOTORA
» Pellegrini (1985) também relata que um padrão ótimo de coordenação é estabelecido
pelo controle da interação das restrições da tarefa, do organismo e do ambiente.
Quanto maior a interação das restrições impostas ao executante, maior será o nível de
coordenação necessário para um desempenho eficiente.
» Um bom padrão de coordenação pode ser estabelecido quando se superam as
solicitações apresentadas pela restrição da tarefa, do organismo e do ambiente de
forma que esses três fatores sejam controlados e se interajam. Segundo Silva e
Giannichi (1995) nas situações do cotidiano, são realizados inúmeros movimentos
espontâneos com facilidade, mas os movimentos desconhecidos são realizados com
dificuldades.
ANÁLISE DA COORDENAÇÃO MOTORA
» Para Lopes e outros (2003) uma falta de coordenação motora se refere a uma
instabilidade motora geral, que engloba os defeitos qualitativos da condução do
movimento atribuído a uma interação imperfeita das estruturas funcionais subjacentes,
sensoriais, nervosas e musculares, a qual provoca uma moderada alteração qualitativa
dos movimentos e produz uma diminuição leve a mediana do rendimento motor.
» Weineck (1991), por sua vez, traz para três tipos de métodos diferentes para que a
coordenação motora seja aperfeiçoada. O primeiro, a utilização do método do
conjunto ou global "que é especialmente apropriado para sequências simples de
movimento, mostrando-se vantajoso, principalmente, na melhor idade de
aprendizagem".
ANÁLISE DA COORDENAÇÃO MOTORA
» O segundo, o método desmembrado, "indicado para sequências mais difíceis e, ou,
complexas“.
» O terceiro, o método da aprendizagem concentrada e dividida, “sendo a primeira
intensiva e ininterrupta e a segunda, uma aprendizagem que pode ser várias vezes
interrompida”. Sobretudo, Weineck (1991) chama atenção para o fato de que não está
provado experimentalmente qual desses métodos é mais favorável para o processo de
aprendizagem, pois há um grande número de variáveis.
CAPACIDADES COORDENATIVAS
» Segundo Hirtz citado por Weineck (1991) as capacidades coordenativas são
determinadas inicialmente pelos processos de controle e regulação do movimento.
» Para Weineck (1991), as capacidades coordenativas habilitam o domínio de ações
motoras em situações previsíveis e imprevisíveis.
» Segundo Kröger e Roth (2002), hoje é inquestionável que as capacidades coordenativas
devam ser treinadas, hoje a base para desenvolver a coordenação está mais adaptada e
melhor preparada do que a base para desenvolver força e treinamento de resistência.
CAPACIDADES COORDENATIVAS
» Existem cinco capacidades coordenativas (Hirtz apud MARTIN et al, 2008):
» a capacidade de diferenciação sinestésica em que os movimentos recebem uma
diferenciação detalhada principalmente dos músculos e tendões;
» a capacidade espacial de orientação ligada ao comando motor de orientação espacial;
» capacidade de equilíbrio que inclui a manutenção e restauração do equilíbrio em
situações alternadas e solução de tarefas motoras em condições instáveis de equilíbrio;
» a capacidade complexa de reação que é a execução apropriada de ações motoras de
pouca duração;
» e a capacidade de ritmo que determina o registro e a representação de estruturas e
dinâmicas de tempo contidas no movimento.
EQUILÍBRIO
» O homem, no decorrer de seu processo evolutivo, adquire, pela maturidade neurológica, o equilíbrio
corporal (através da posição bípede), ainda que com o apoio das mãos. A fase anterior à postura bípede é
caracterizada pelo ato de engatinhar.
» A criança deve ser estimulada, no período de movimentação rasteira, a vivenciar uma gama de impressões
corporais importantes para seu desenvolvimento motor e psicológico, além de fortalecer os músculos
abdominais e dorsais, responsáveis pela manutenção da posição bípede .
» Segundo Tubino (1973), equilíbrio é uma qualidade física conseguida por uma combinação de ações
musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo.
» Para Vayer (1984), o equilíbrio tônico postural do sujeito, sua “ancoragem” no chão, seus gestos, seu modo
de respirar, entre outros, são reflexo de sua personalidade, mas também de suas dificuldades e de seus
bloqueios. Aqui o autor traz o aspecto emocional como fator coadjuvante do equilíbrio.
EQUILÍBRIO
» Conforme Kisner e Colby (2005), a postura
de pé sofre influência da gravidade nas
seguintes articulações: tornozelo, joelho,
quadril, tronco e cabeça.
» Esse centro varia em cada uma das
articulações na posição estática e dinâmica.
» O Centro de gravidade do corpo, conforme
Rasch e Burke, citados por Negrine (1987),
ocorre como consequência do somatório ou
da resultante final de todas as forças e dos
movimentos que influenciam e se
relacionam com o deslocamento do corpo
de um ponto a outro.
CONCLUSÃO
» A educação do movimento é uma grande responsabilidade dos profissionais de Educação Física,
desde a infância. Quando não existe uma orientação correta para este fim, observamos adultos com
limitações no gesto motor e com dificuldades para desenvolver as atividades do seu cotidiano.
» Ao longo da vida, seja na iniciação desportiva, seja no cotidiano, é imprescindível o trabalho de
coordenação motora. Assim, desenvolver a coordenação motora não só é importante na otimização
das técnicas desportivas específicas, mas também no desempenho motor e no bem-estar do
indivíduo (GRECO; BENDA, 1998).
» Segundo vários autores, a coordenação motora é uma capacidade complexa com várias formas de
manifestação que revelam formas e intensidades diferentes de acordo com o que foi desenvolvido ou
não em certa idade ou atividade.
» Percebe-se, portanto, que o aprimoramento da coordenação motora torna-se de grande importância
durante a infância e a juventude. Sua importância é de grande relevância na vida como um todo,
pois é fundamental para o desenvolvimento de atividades básicas e pode ser aprimorada durante um
processo de aprendizagem motora ao longo da vida. A dimensão da qualidade motora depende da
qualidade e da quantidade de experiências motoras vivenciadas pelas crianças e jovens.
REFERÊNCIAS
• BRANDÃO, Samarão. Desenvolvimento psicomotor da mão. Rio de Janeiro: Enelivros, 1984.

• GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2019.

• GRECO, Pablo Juan; BENDA, Rodolfo Novellino. Iniciação Esportiva Universal. Da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte:
Ed. UFMG, 1998.v.1.

• KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. São Paulo: Manole, 2005.

• LOPES, Vítor Pires; MAIA, J. A.; SILVA, R. G. et al. Estudo do nível de desenvolvimento da coordenação motora da população escolar (6 a 10 anos de
idade) da Região Autónoma dos Açores. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v. 3, n. 1, 2003, p.47-60. Disponível em <http://www.fade.up.pt/
rpcd/_arquivo/artigos_soltos/vol.3_nr.1/1.5.investigacao.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2022.

• MARCONI, Marina de Andrade. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica, v. 5, 2003.  
• MARTIN, Dietrich; CARL, Klaus; LEHNERTZ, Klaus. Manual de teoria do treinamento esportivo. São Paulo: Phorte, 2008.

• MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira; GOMES, Romeu. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Editora Vozes Limitada,
2011.

• NEGRINE, A. A coordenação psicomotora e suas implicações. Porto Alegre: Pallotti, 1987.


REFERÊNCIAS
• PELLEGRINI, Ana Maria. O correr e o arremessar em crianças de 6 a 8 anos de idade In: SEMINÁRIO BRASILEIRO
DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO, 4. Anais... Santa Maria, RS, 1985.

• ROTH, Klaus. Como melhorar as capacidades coordenativas. In: GARCIA, Emerson Silami; LEMOS, Kátia Lúcia
Moreira; GRECO, Pablo Juan. Temas atuais em educação física e esportes III. Belo Horizonte: Livraria e Editora
Health, 1998.

• SILVA, Renato de Oliveira; GIANNICHI, Ronaldo Sergio. Coordenação motora: uma revisão de literatura. Revista
Mineira de Educação Física, Viçosa, n.3, p. 17-41, 1995. Disponível em:
•<http://www.revistamineiradeefi.ufv.br/artigos/arquivos/c38587d3e9aded9210404da1 18680228.pdf>. Acesso em: 27
mar. 2022

• SILVA, Siomara Aparecida da. Bateria de testes para medir a coordenação com bola de crianças e jovens. Escola
de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.

• WEINECK, Jurgen. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 1991.

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