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A bengala Hoover utilizada correctamente, oferece informações precisas para os cegos, como
buracos e superfícies no solo, mostrando desníveis para cima ou para baixo.
2.2 - Objectivo
O objectivo de Orientação e Mobilidade é fazer com que a pessoa cega ou de visão subnormal
caminhe em ambientes internos e externos com eficiência, graciosidade, de maneira segura e
independente. Para que esse objectivo seja atingido há necessidade do desenvolvimento de
algumas habilidades. A acção de assimilar e o efeito de utilizar estas habilidades facilitará o
desempenho na mobilidade e no grau de independência na locomoção.
2.3 - Pré-requisitos
Segundo a apostila elaborada pela professora CURI,1982, os pré-requisitos para o processo de
Orientação e Mobilidade compreendem: área cognitiva, área psicomotora, área afectiva.
2.3.1- Área Cognitiva
Onde o aluno deverá adquirir a formação de conceitos; atenção, resolução de problemas,
poder de decisão, memória e transferência.
A - Formação de Conceitos
o Imagem corporal, que é a referência que o indivíduo tem dele próprio; o conhecimento
das partes do seu corpo, as funções que cada uma delas exerce e sua relação com o
ambiente;
o Natureza do ambiente onde o deficiente vai encontrar os objectos fixos, móveis e em
movimento;
o Relações têmpora-espaciais devem ser exploradas a partir do próprio corpo.
As temporais deverão situar no tempo, ter noções de ontem, antes e depois, movimentos
lentos e rápidos; enquanto que as espaciais são as actividades que envolvem distância, como
perto e longe e as que possam localizar e posicionar dentro, fora, começo, fim, lado direito e
esquerdo, em cima, em baixo, deitado, sentado.
B - Atenção
Quando o cego sai para fazer sua aula, deverá procurar esquecer dos seus problemas pessoais
e pensar somente no trajecto que irá fazer, seguindo correctamente as orientações da
instrutora, assim raramente ocorrerá algum acidente. Deverá ter muita atenção nos
movimentos das pessoas e dos carros, saber exactamente o momento certo de atravessar uma
rua, observando atentamente em qual das ruas precisará pedir ajuda ou não.
C - Resolução de Problemas
O cego terá que saber resolver determinadas dificuldades sem atropelos num momento difícil:
se percebeu que mudou de direcção ou entrou em um estacionamento ou loja, terá que saber
voltar ao local correto observando o máximo de barulho possível que existe ao seu redor.
D - Poder de Decisão
O cego terá que saber tomar as decisões que melhor lhe favoreçam. É difícil para a maioria
das pessoas cegas tomar decisões acerca de si mesma. A partir do momento em que conseguir
tomar decisões corretas se sentirá mais seguro e confiante para alcançar os seus objectivos.
E - Memória e Transferência
Todo e qualquer percurso que o cego fizer terá que ter sempre em mente qual será a próxima
técnica a executar, procurando memorizar o trajecto para que não tenha dificuldades para
fazer o caminho de volta; ou, se desejar voltar por um outro caminho, analisar
cuidadosamente para que não ocorra nenhum transtorno.
A - Equilíbrio e Coordenação
Para que a pessoa cega adquira um bom equilíbrio e uma boa coordenação deverá executar
muitos exercícios. Um equilíbrio correto é a base primordial de toda coordenação geral, como
também de toda a acção diferenciada dos membros superiores.
5 - Pontos de referência
O ponto de referência "é uma característica conhecida no ambiente que o cego pode utilizar
para orientar-se, lhe permite mover-se e caminhar com confiança em certas direcções do
ponto de referência", conforme BARRAZA,1988.
Existem dois tipos de pontos de referência. Um é aquela referência que é inevitável como uma
esquina, degraus, mudança de superfície na calçada etc. A outra, são aqueles pontos de
referência que os cegos têm que encontrar, e compreender para que servem, pois são
essenciais quando estão caminhando. Um ponto de referência deve ter uma característica
própria que o distingue dos outros objectos e que são permanentes ao meio ambiente.
Podem ser observados por características tácteis, olfactivas e auditivas, e têm o propósito de
manter a relação de distância, espaço, direcção, caminhar em linha recta, orientar-se em uma
área. Ter conceito de objectos fixos e móveis, facilidade de localizar sons, familiarizando-se
com os pontos de referência, é de fundamental importância.
Utilização do Guia Vidente
Técnica segura e eficiente para deslocamentos com segurança;
Oferecer à pessoa com deficiência visual oportunidade de vivenciar diferentes ambientes com
descrição dos mesmos.
Técnica Básica
O guia vidente entra em contacto com a pessoa com deficiência visual tocando seu antebraço
levemente no antebraço da pessoa a ser guiada. A pessoa com deficiência visual localiza o
cotovelo do guia, segura seu braço (logo acima do cotovelo) colocando o polegar do lado
externo e os outros dedos na parte interna do braço em forma de pinça, de maneira firme e
segura.
A pessoa com deficiência visual deverá permanecer meio passo atrás do guia, com o seu
ombro na mesma posição que a dele, fornecendo maior proteção e segurança em termos de
reacção. A pessoa com deficiência visual deverá acompanhar o ritmo da marcha do guia
vidente de forma sincronizada, evitando tornar-se um peso para o guia. A pessoa guiada
deverá manter seu braço junto ao seu corpo com o cotovelo flexionado num ângulo de 90°. As
crianças ou pessoas de baixa estatura poderão usar o pulso do guia como referência para
compensar a diferença de altura.
Passagem estreita
Permitir a passagem da pessoa com deficiência visual de forma segura em locais estreitos
quando não é possível ao guia e acompanhante se posicionarem normalmente (portas estreitas,
corredores estreitos, entre peças de móveis, objectos e outros). O guia se posiciona
lateralmente, oferece o antebraço para contacto e desloca-se em passos laterais com
orientação verbal à pessoa guiada, que o segue também em passos laterais.