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ESTIMULAÇÃO PRECOCE

Fisioterapia Nível
VI

Docente: Juliana Nascimento


ESTIMULAÇÃO PRECOCE
 O desenvolvimento motor é o processo de mudança no comportamento
motor, o qual está relacionado com a idade, tanto na postura quanto no
movimento da criança.

 Em nenhuma fase do ser humano o desenvolvimento motor vai ser tão


rápido como o de 0 a 1 ano e 8 meses.

 Portanto, este é o período em que o bebê ainda terá maiores


possibilidades de normalizar sem ter défict no desenvolvimento.
ESTIMULAÇÃO PRECOCE

 São muitas as evidências de que crianças pré-termo estão sob maior risco
para apresentar atraso perceptual, motor e cognitivo, associado ou não a
problemas de comportamento e déficit de atenção.

INTERVENÇÃO PRECOCE
ESTIMULAÇÃO PRECOCE
 Quanto a lesão cerebral que ocorreu pré, peri ou pós natal tem que se
pensar, em intervenção precoce nas áreas sensório-motoras

 Visando atingir o mais rápido possível um desenvolvimento que ainda


está com toda a sua plasticidade e capacidade de receber as sensações
normais e integrá-las.
ESTIMULAÇÃO PRECOCE

NEUROPLASTICIDADE

 Capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar-se e moldar-se a nível


estrutural e funcional ao longo do desenvolvimento neuronal e quando
sujeito a novas experiências.

 A plasticidade permite que novas ligações entre os neurônios sejam


estabelecidas (remodelagem), permitindo que pacientes com lesões físicas
ou cerebrais se recuperem através da nova aprendizagem e vivências.
CARACTERÍSTICAS DA PREMATURIDADE

 O bebê prematuro exibe caracteristicamente uma hipotonia global.

 Este bebê geralmente não alcança o grau completo do tônus muscular


flexor visto em bebês nascidos a termo.

 Desse modo, os bebês prematuros não têm o contrapeso do tônus flexor


para compensar a progressão normal do tônus muscular extensor, o que
causa um desequilíbrio entre os grupos flexores e extensores.
CARACTERÍSTICAS DA PREMATURIDADE
 Esse desequilíbrio pode interferir no desenvolvimento do controle da
cabeça, no equilíbrio sentado, na aquisição de habilidades e na
coordenação bilateral.

 Secundária à diminuição do uso da linha média e à aquisição de


habilidades, a imagem corporal e as habilidades exploratórias podem
estar adversamente afetadas.

 Com isso, estratégias de mobilização precoce devem ser amplamente


estudadas e trabalhadas em crianças pré-termo.
ESTIMULAÇÃO
 Idade: 0 a 2 meses
 Objetivos:

1. Desenvolver o equilíbrio da cabeça.


2. Em decúbito prono (de bruços) girar a cabeça para os lados.
3. Em supino, (deitado) erguer a cabeça momentaneamente do plano
horizontal.
4. Desenvolver a fixação ocular.
5. Perseguir visualmente um objeto.

 Recursos
 - Chocalho brilhante; - rosto humano; - voz humana
ESTIMULAÇÃO
 Idade: 2 a 4 meses

 Objetivos:
1.Adquirir controle completo dos movimentos da cabeça.
2. Erguer a cabeça em decúbito prono, do plano horizontal e mantê-la.
3. Apoiar sobre os cotovelos, quando em decúbito prono.
4. Segurar voluntariamente objetos. Preensão cúbito-palmar.
5. Perseguir visualmente um objeto em todos os planos 180 graus.

 Recursos - Chocalhos; - bichos de borracha; - rosto humano; -


brinquedos coloridos e atraentes.
ESTIMULAÇÃO
 Idade: 4 a 6 meses
 Objetivos:
1. Sentar com apoio.
2. Desenvolver a preensão voluntária de objetos - Preensão palmar.
3. Coordenar os movimentos mão-objeto/objeto-boca.
4. Sentar sem apoio momentaneamente.
5. Rolar sobre si mesmo.
6. Desenvolver músculos das extremidades e distribuir o peso do corpo nos
pés.
ESTIMULAÇÃO
 Idade de 6 a 8 meses:
 Objetivos:

1 Sentar sozinho mantendo o tronco ereto.


2 Manter o peso do seu corpo nos pés. Mova-o ativamente.
3. Arrastar.
4. Transferir objetos de mão. Bater um contra o outro.
5. Engatinhar.
6. Desenvolver o movimento de pinça inferior.
7. Segurar um objeto em cada mão.
8. Bater com o objeto. Sacudir o chocalho.
ESTIMULAÇÃO
 Idade: 8 a 10 meses.
 Objetivos:

1. Engatinhar em padrão cruzado.


2. Sentar com equilíbrio perfeito de tronco e liberação de membros
superiores.
3. Segurar objetos numa só mão.
4. Erguer-se com apoio na posição de pé.
5. Trocar de posições: sentado para engatinhar e de engatinhar para
sentado.
6. Dar alguns passos com apoio bilateral.
ESTIMULAÇÃO
 Idade: 10 a 12 meses
 Objetivos:

1 - Erguer-se com apoio nos móveis.


2 - Dar passos com apoio nas duas mãos.
3 - Manter-se de pé com apoio numa só mão.
4 - Girar e inclinar a cabeça na posição sentada.
5 - Realizar a pinça superior.
6 - Dar passos com apoio numa só mão.
7 - Ficar de pé sozinho.
8 - Usar o indicador.
9 - Folhear livros. Rasgar folhas, amassar.
ESTIMULAÇÃO
 Idade de 12 a 15 meses
 Objetivos:

1 - Desenvolver habilidades para marcha, subir e descer escadas


engatinhando.
2 - Desenvolver habilidades de preensão fina.
3 - Desenvolver equilíbrio estático/dinâmico.
4 - Desenvolver coordenação viso-motora.

 Recursos - Cadeira grande; - Caixotes de madeira com brinquedos


dentro; - Escada de madeira; - Macarrão cru; - Livros de folhas grossas e
gravuras infantis; - Bolas; - Encaixes.
ESTIMULAÇÃO
 Idade: 24 a 36 meses (3 anos).
 Objetivos:

1. Adquirir conhecimento das partes do seu corpo.


2. Adquirir habilidades de compreensão de ordens e imitação.
3. Desenvolver habilidades de imitação dos movimentos faciais.
4. Desenvolver a coordenação motora fina.

 Objetivo 1: Ampliar seu conhecimento quanto às partes do corpo humano,


pedindo para nomeá-las através de perguntas ou utilizando uma boneca.
ESTIMULAÇÃO
 Objetivo 2: Através de brincadeiras, andar segundo ordens: para frente,
para trás, para o lado. Realizar jogo imitativos como: andar feito sapo,
pássaro, macaco, etc.

 Objetivo 3: Através de brincadeiras, fazer exercícios de movimentos


faciais como fechar os olhos, abrir e fechar a boca, fazer caretas etc

 Dar jogos de construção, Colagens, Recortes, Dobraduras,etc.


INTEGRAÇÃO SENSORIAL
INTEGRAÇÃO SENSORIAL
 A definição de integração sensorial, descrita e desenvolvida por Jean
Ayres, no fim dos anos 50 e início dos anos 60 é:

Processo neurológico que organiza as sensações do próprio corpo e do


ambiente de forma a ser possível o uso eficiente do corpo no ambiente.
INTEGRAÇÃO SENSORIAL
 Ayres sugere que, a criança com déficits motores e problemas de
integração sensorial pode ser tratada, influenciando a integração
neurofisiológica através do controle do comportamento sensório
motor.

 A Terapia de integração sensorial busca integrar todos os sistemas


sensoriais (visual, auditivo, gustativos, olfativo, tátil, vestibular e
proprioceptivo), com maior destaque para o vestibular e tátil.
SISTEMA TÁTIL
 O tato é considerado o sentido predominante durante a evolução
humana.

 Este sistema transmite informações proprioceptivas e sinestésicas


conscientes e inconscientes, tais como toque, pressão, localização,
contorno, qualidade e detalhes espaciais de estímulos mecânicos.

 Tudo que fizemos no dia-a-dia depende de informações sensoriais e


crianças com déficts sensoriais tendem a ser mais desorganizadas e com
dificuldade de se relacionar com o ambiente, pois não interpretam
informações sensoriais da mesma forma que os outros.
SISTEMA TÁTIL
 Muitos reflexos são desencadeados pelo tato e a propriocepção, isto é, o
sistema tátil fornece informações sobre aquilo que está em contato com a
pele, temperatura, textura, formato de objetos etc.

 Por isso, a exploração ativa do ambiente é um componente essencial do


desenvolvimento infantil.

 Todas as ações motoras, tanto automáticas quanto voluntárias dependem


do processamento somatosensorial.
OBJETIVOS DO TAPETE E CAIXA SENSORIAL
 Desenvolver a habilidade tátil plantar e manual de crianças através da
estimulação somatosensorial.
BENEFÍCIOS DO TAPETE SENSORIAL

 Desenvolvimento da coordenação motora e fina.

 Reconhecer o contato com novas texturas.

 Animar a autonomia de movimento no entorno.

 Tomada de decisões.

 Explorar o tato e a visao.

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