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SHER, B. (2009). Early intervention games: fun, joyful ways to develop social and motor
skills in children with autism spectrum or sensory processing disorders. Jossey-Bass: A
Wiley Imprint.
PROCESSAMENTO SENSORIAL:
1- Registo- tomar consciência da sensação;
2- Orientação- focar a atenção na sensação;
3- Interpretação- compreender a informação que esta a ser registada;
4- Organização- usar a informação para eliciar uma resposta (comportamento
emocional, resposta cognitiva, ou uma atividade física).
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armazenados, fazendo uso adequado dessa informação. Quando uma criança é tão
fortemente afetada por sensações táteis ou outras informações sensoriais, que a fazem
retrair totalmente, torna-se hiperativa ou ataca, nestas situações os problemas sensoriais
da criança são graves o suficiente para justificar a intervenção.
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familiares que a visão e a audição, eles são importantes pois ajudam a experimentar,
interpretar e responder a diferentes estímulos do nosso ambiente.
1-SISTEMA VESTIBULAR
Localiza-se no ouvido interno, deteta o movimento e mudanças na posição da cabeça. É
através deste sistema que nos relacionamos no espaço. É uma base para o tónus
muscular, equilíbrio e coordenação bilateral. Todos os outros tipos de sensação são
processados de acordo com a informação vestibular, por isso é um sistema unificador do
cérebro.
A criança que é hipersensível à estimulação vestibular pode ter uma resposta de “luta ou
fuga”, que a deixaria muito assustada, a quere fugir ou atacar os outros. Pode ter uma
reação de medo a atividades de movimento comuns e parecer ansioso e desajeitado. Irão
evitar equipamentos de recreio e andar em elevadores ou escadas rolantes, e às vezes até
em carros. A criança com um sistema vestibular hiporreativo pode propositadamente
procurar movimentos corporais excessivos, como girar, pular, ficar de cabeça para baixo,
balançar por longos períodos, mover-se constantemente ou apenas ficar continuamente
inquieto. Tenta, continuamente, estimular o seu sistema vestibular para alcançar um
estado de alerta silencioso.
2- SISTEMA TÁTIL
O sistema tátil é o maior sistema sensorial do nosso corpo e é composto por recetores na
pele, que enviam informações ao cérebro sobre fatores como luz, toque, dor, temperatura
e pressão. dá forma à consciência corporal e espacial e desempenha um papel importante
na perceção do ambiente e no estabelecimento de comportamentos adaptativos para a
sobrevivência. Existem dois componentes no sistema: protetor, que é defensivo; e
discriminativo, que é exigente. Esses dois devem trabalhar juntos para nos permitir
funcionar e realizar as tarefas diárias.
A hiposensibilidade é observada em crianças que não têm consciência da dor, da
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equilíbrio. Deficits de processamento visual não significam que haja ausência de visão.
Pelo contrário, significa que o cérebro não está a processar o que está a ver. É um sistema
muito complexo. Se solicitada para pegar num objeto a criança pode olhar diretamente
para ele e dizer que não consegue encontrá-lo. Também pode ter dificuldade em
encontrar as palavras para os objetos que está a ver.
O processamento auditivo também tem sido associado ao sistema vestibular. Da mesma
forma, os deficits de processamento auditivo não se referem a problemas de audição, mas
ao processamento da informação ouvida. A criança pode ouvir o que se diz, mas o cérebro
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pode não integrar e assimilar as suas palavras. Não é que a criança não entenda –
simplesmente pode levar um momento ou mais antes de o fazer.
ALTERAÇÕES NO PROCESSAMENTO SENSORIAL (p.17-18)
A criança pode manifestar problemas com a interação entre pares, com a atenção, com a
coordenação motora grossa e fina e nível de atividade, pode, também, exibir dificuldades
de desenvolvimento, baixa autoestima, e atrasos de fala ou linguagem. Os
comportamentos são quase sempre afetados e a criança pode comportar-se do forma
impulsiva, agressiva, distraída, medrosa, retraída ou “estar no próprio mundo”; pode
mostrar uma falta geral de planeamento e ter dificuldades em adaptar-se a novas
situações.
Alterações no processamento sensorial podem assumir muitas formas, mas quase sempre
aparecem em atividades sociais. O que outras crianças acham agradável pode ser
extremamente desconfortável para crianças com problemas de processamento sensorial
(jogar à bola). Se ser tocado é um problema, se os sistemas sensoriais que dão uma
sensação de equilíbrio e consciência corporal não estão alinhados, se estar na multidão
produz ansiedade, então faz sentido que situações sociais sejam difíceis.
O comportamento social da criança pode parecer “estranho”, “nerd”, “bebé” ou
“esquisito”. A criança que está a tentar proteger-se, recusando-se teimosamente a fazer
as coisas, pode ser vista como uma criança com “problemas” ou com “uma feitiozinho”.
Por exemplo, se a criança está a tentar acalmar-se batendo com a mão ou girando os
outros podem vê-la como estranha e evitar sua companhia. Ou a criança pode ser
condenada ao ostracismo porque ela não entende as regras do espaço social e, procurar
informações sensoriais, focar diretamente o rosto de outra pessoa, toca demais ou
esbarra em outras pessoas com muita frequência.
Ter problemas com as transições – passar de uma atividade para outra – torna as rotinas
escolares um problema para a criança. Nestes casos, podem observar-se comportamentos
sociais como ansiedade, retraimento, raiva, desafio e defesa, o que torna difícil para as
crianças com alterações do processamento sensorial serem aceites por outras crianças.
Quando a informação sensorial é imprevisível, é fácil ver por que algumas dessas crianças
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preferem factos e informações e colocam os objetos em ordem, pois estas coisas são
estáveis e previsíveis e não mudam de acordo com o estado de excitação da pessoa.