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AVALIAÇÃO DO PERFIL COGNITIVO E INTERVENÇÃO FOCADA NA OTIMIZAÇÃO COGNITIVA

Quando nos procuram para o acompanhamento de um indivíduo com dificuldades cognitivas, focamo-nos em identificar a que nível se encontram as várias funções
cognitivas e, de seguida, promovemos a criação de um espaço onde o indivíduo se possa envolver em tarefas ou desafios que lhe permitam desenvolver as funções
cognitivas menos otimizadas.

O treino cognitivo está indicado para indivíduos com perturbações do desenvolvimento, ou qualquer outra situação em que o desenvolvimento cognitivo se encontre
comprometido.

No mesmo sentido, acompanhamos também todos aqueles que queiram otimizar o seu perfil de desenvolvimento cognitivo, no sentido de melhor se adaptarem às
exigências da aprendizagem escolar. O treino cognitivo permite otimizar e desenvolver as funções intelectuais de recolha, elaboração e exposição da informação.

No processo interventivo, procuramos envolver os pais, os professores e outros técnicos que atuem junto da pessoa com necessidade de otimização e treino cognitivo, no
sentido de, com eles, desenvolver ferramentas para que sejam parte integrante na conquista de sucesso escolar e no seu apoio.

Somos também especializados em aconselhamento parental, um apoio destinado a pais de crianças e de adolescentes, que sintam necessidade de encontrar ferramentas
educativas para melhor ajudar os seus filhos.

Neste contexto, é também de referir que, além de uma abordagem individualizada, os técnicos do SEI estão habilitados a realizar o treino cognitivo em grupo. Tal situação é
geralmente implementada em escolas, centros de estudo ou outras instituições.

É POSSIVEL IDENTIFICAR SINAIS DE ALERTA NA ÁREA COGNITIVA?

É muito importante que pais,  professores e outros adultos que estabeleçam uma relação próxima com a criança, possam estar sensibilizados para a identificação de sinais
de alerta ao nível do perfil cognitivo. A detecção de fragilidades a este nível, poderá permitir uma intervenção atempada, garantindo dessa assim uma maior possibilidade de
sucesso e de forma mais transversal.

Os sinais de alerta podem ser mais evidentes no que se refere ao input (recolha de informação), podendo manifestar-se em:

dificuldade ao nível da perceção da informação; comportamento exploratório pouco sistemático; adoção de um vocabulário reduzido; dificuldade ao nível da orientação
temporal e/ ou espacial; dificuldade em reconhecer a constância e a permanência dos objetos; dificuldade em recolher dados de forma precisa; dificuldade em considerar
duas ou mais fontes de informação. Ao nível da elaboração e organização da informação, podem ser identificados alguns dos seguintes sinais de alerta: dificuldade em
perceber e definir um problema com clareza; dificuldade em distinguir dados relevantes de irrelevantes; pouca destreza em comparar; dificuldade na perceção global da
realidade; fragilidades no raciocínio lógico; dificuldade no pensamento hipotético e inferencial;dificuldade em traçar estratégias de forma a verificar hipóteses; fragilidades na
planificação; pouca agilidade em estabelecer categorias cognitivas; dificuldade em adotar um comportamento indutivo.

Por fim, ao nível do output (exposição da informação), podem-se verificar alguns dos seguintes sinais de alerta: adoção de uma comunicação autocentrada (egocêntrica);
dificuldade na projeção de relações virtuais; utilização pouco adequada de instrumentos verbais; pouca precisão e exatidão na comunicação das resposta; realização de um
transporte visual pouco eficaz; adoção de um comportamento impulsivo.

COMO DECORREM AS CONSULTAS DE AVALIAÇÃO DO PERFIL COGNITIVO?

O processo de avaliação inicia-se com uma entrevista semi-estruturada aos pais. O primeiro passo é recolher o historial de desenvolvimento da criança ou adolescente. A
estratégia terapêutica a desenvolver é definida em função de uma observação estruturada durante quatro a cinco consultas, com base num conjunto de procedimentos e
atividades que visam identificar o perfil psico-educacional da criança e do adolescente, podendo-se assim proceder a um mapeamento de áreas fortes, fracas e respetivas
necessidades. Esta avaliação permite caracterizar o desenvolvimento da criança e o respetivo potencial de aprendizagem, recorrendo, também, e sempre que possível, às
informações dos professores e respetivos dados sobre o seu desempenho escolar.

No relatório final é apresentada a proposta de intervenção educacional, constando ainda uma caraterização pormenorizada das áreas avaliadas e das necessidades
terapêuticas identificadas.

A concepção do plano de intervenção e o processo que dele decorre, depende das necessidades específicas de cada ALUNO , baseando-se, dessa forma, no perfil traçado
durante a avaliação. Assim sendo, poderá  passar por uma reeducação ou treino de aptidões específicas, pelo treino ou otimização cognitiva, por programas
comportamentais ou pela aplicação de estratégias específicas no âmbito da consulta.

A metodologia de intervenção deverá ser alargada aos diferentes contextos onde a criança se insere, nomeadamente em casa e na escola, por forma a que os objetivos
sejam alcançados de forma ampla.

A periodicidade da intervenção é variável, sendo definida em função dos objetivos a atingir. O mesmo se verifica com o tempo total de intervenção, o qual pode variar de
acordo com as especificidades de cada caso.

Durante o processo de intervenção procuramos realizar reavaliações de forma regular, no sentido de recolher informações sobre o desenvolvimento e o sucesso do
respetivo processo interventivo, proceder à definição de novos objetivos e, caso se manifeste necessário, levar a cabo alterações ou reajustes.

perfil cognitivo e de intervenção focada na otimização e no treino cognitivo

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