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ESTRUTURAÇÃO

PEDAGÓGICA
BABY GYM - 2020
As evidências científicas são claras: investir nas crianças dá
resultado – e os melhores resultados que uma sociedade pode
esperar. Isso porque é nos primeiros anos de vida, desde a
gestação, que está sendo moldada a arquitetura do nosso cérebro.
É nessa época que são construídas as bases para toda a nossa
vida posterior: a capacidade de aprender, de se relacionar, de se
expressar. Até mesmo a maneira como reagiremos a situações
estressantes, como a perda de um emprego, é definida quando
ainda somos crianças.

80% do crescimento cerebral ocorre durante os primeiros três


anos de vida, vamos aproveitar essa oportunidade! As experiências
vividas pelas crianças nos 3 primeiros anos de vida têm impacto
duradouro na estruturação do cérebro. Elas moldam o processo
que define se o cérebro formará uma base forte ou fraca para
aprendizagem ao longo da vida.

Por meio do uso frequente, as conexões cerebrais são as


responsáveis pela arquitetura básica do cérebro. Nossas
experiências e o ambiente em que vivemos determinam quais
circuitos e conexões serão mais usados. As mais usadas
se fortalecem e se tornam permanentes e a poucos usadas
desaparecem através da poda neuronal. Através deste processo
criamos circuitos que serão a base para as habilidades motoras,
emoções, controle do comportamento, lógica, linguagem e
memória. Com o uso repetido, o circuito se torna mais eficiente.
Mesmo com origem em diferentes zonas do cérebro, os circuitos
são interligados. Tudo está conectado, o que vem primeiro será
uma base para o que virá depois. As sinapses só irão ocorrer
através das experiências. O bebê irá experimentar, tirar conclusões,
realizar as sinapses e logo após isso irá ficar registrado na cabeça
do bebê. Por isso os primeiros meses de vida são tão importantes.

NOVAS TURMAS

Pitocos – 2 a 5 meses
Sapecas – 6 a 9 meses
Exploradores – 10 meses a 18 meses
Artistas – 19 meses a 3 anos
Atletas – 3 a 4 anos
Pitocos - 2 a 5 meses

Existe uma grande importância no que se refere ao espaço


e os estímulos que oferecemos aos bebês nessa etapa do
desenvolvimento.

O bebê nasce com reflexos involuntários inatos do ser humano,


por isso devemos respeitá-los na hora de oferecer atividades.

O reflexo de preensão palmar é muito marcante nos bebês (até


os 4 meses), por isso não devemos colocar objetos na mão do bebê
obrigando-o agarrar objetos ou texturas. Quando promovemos
isso, ele vai estar agarrando o mesmo sem olhar para o que foi
oferecido, num ato totalmente reflexo.

Através do RTCA que o bebê consegue trazer os braços e


pernas para a linha média, é assim que o bebê terá o início do seu
conhecimento corporal. Ele passará os três primeiros meses de
vida conhecendo as suas mãos. É o início da comunicação óculo-
manual.

O RCTA é muito importante pois é nele que acontece a transição


de um movimento reflexo para um movimento coordenado, onde
o bebê vai unir as mãos e a partir disso iniciar toda e qualquer
exploração, que no início é do seu próprio corpo e após do ambiente.

Por isso é importante não oferecer objetos durante esta fase


pois esse é um momento de ele conhecer o próprio corpo.
Nesse período é o momento da construção do diálogo tônico
(comunicação através do tônus muscular) com o seu cuidador, a
construção de momentos de prazer e não tão prazerosos assim.

Quanto mais o bebê precisa da presença do adulto, como nesta


fase, mais o adulto deve se fazer presente.

Nessa fase o bebê deve estar sempre de barriga para cima, numa
estrutura firma, ou seja, o chão. Nele ele pode sentir o seu próprio
corpo: o apoio dos seus pés, da sua cabecinha, cotovelo e costas.
Assim ele irá fortalecer de forma autônoma o seu tônus muscular.

Fora isso, quando ele está de barriga para cima, o bebê sempre
terá a suas mãozinhas livres para o autoconhecimento do seu
corpo. Se o colocamos de cabeça para baixo, estaremos limitando
o uso das suas mãos.

Colocando o bebê no chão o bebê poderá sentir o seu corpo para


que a partir dos três meses de vida comece a rolar de um lado para
outro. Isso acontece porque o bebê quando muito pequeno possui
uma importante rigidez nos membros superiores e inferiores,
podendo movimentá-los com muita facilidade. Em contrapartida o
tronco do bebê é hipotônico. Quando algo que esteja ao seu redor
chama a sua atenção, ele começa a girar para conseguir vê-los
ou até alcançá-los. Podendo ter uma preferência para girar para
direito ou para esquerda.

As sinapses só irão ocorrer através das experiências. O bebê irá


experimentar, tirar conclusões, realizar as sinapses e logo após
isso irá ficar registrado na cabeça do bebê. Por isso os primeiros
meses de vida são tão importantes.

Brincadeiras nessa etapa do desenvolvimento:

- O autoconhecimento: o que é meu pé? Para que serve a minha


mão?

- Conhecer o corpo para mais adiante utilizá-lo como ferramenta


para adquirir novas habilidades.

- Deixar em lugares firmes para a construção da postura.

- Colocar brinquedos ao lado do bebê para provocar os


movimentos de rotação.

Vínculo afetivo – sem esse não se desenvolve psiquicamente, é


a base segura que ele precisa.

IMPORTANTE!

Quando o bebê já não é mais da turma dos pitocos?

Quando ele já consegue virar da posição barriga para cima para


a posição de bruços de uma forma espontânea, coordenada e
controlada. Isso é uma demonstração prática de que ele já possui
um controle tronco-cervical bem importante.
Sapecas - 6 a 9 meses

Uma turminha caracterizada pela fase onde os bebês estão


criando teorias a todo momento. Eles precisam e tentam entender
como tudo acontece. Pode ser um objeto, pode ser o próprio corpo
ou propriamente o ambiente onde ele se encontra. É através da
exploração que todas essas respostas são encontradas. É através
do brincar livre que eles farão a relação entre os objetos e o meio.
E cada exploração nova gera uma conexão nova no seu cérebro e
como resultado, um conhecimento novo.

Nessa etapa temos como marco o controle tronco-cervical


do bebê bem marcado. No início eles apoiam as mãos no chão
quando estão na posição de bruços, e logo após já liberam as
mãos para explorar o ambiente e objetos fazendo com que o seu
próprio cotovelo sirva de apoio.

Podemos oferecer a eles um mundo de atividades pois aqui eles


começam a querer experimentar tudo o que lhes são oferecidos.

Nessa fase é comum eles atirarem objetos ao chão. Como eles


ainda não conseguem explorar sozinhos determinado ambiente,
eles utilizam esse objeto ou brinquedo para testar a profundidade
e distância tanto do brinquedo como do espaço onde ele se
encontra.

Aqui começam as brincadeiras com o adulto, se torna muito


mais fácil a interação entre ambos.
Os bebês nessa etapa do desenvolvimento também se
caracterizam em bater objetos, utilizando-se dessa ação para
produzir sons.

Após a aquisição de novas habilidades o bebê começa a se


locomover (rolar) de um lado para outro. Aqui é o momento de
oferecer objetos em distância maiores. Muito mais importante
que a atividade em si, é poder oferecer um ambiente estimulante.
Por isso é importante respeitar a etapa do desenvolvimento que o
bebê está vivendo.

Se observamos que o bebê está na fase de bater objetos,


ofereceremos chocalhos por exemplo. Se o bebê está na fase de
rolar e se deslocar, oferecemos objetos numa maior distância.
Tudo depende da nossa observação.

Uma vez de bruços, o bebê começa a avaliar que talvez nessa


posição ele possa se locomover, ou seja se arrastar. O passo
seguinte seria demonstrando interesse em apoiar as mão e joelhos
no chão.

Brincadeiras nessa etapa do desenvolvimento:

- Como eles já estão se acostumando com a posição de bruços,


podemos oferecer brinquedos e objetos num ângulo de 180 graus
do seu campo de visão.

- Objetos oferecidos devem ser leves, pois a coordenação motora


dos bebês nesta faixa etária ainda não está totalmente estruturada.
Objetos totalmente manipuláveis.
- Objetos grandes que não ofereçam risco de acidentes. Cabe
lembram que na fase dos 5 meses é quando eles levam tudo até a
boca, o que é totalmente normal.

- Exploração + Repetição = Conclusão

- Abusar do uso de diferentes materiais com diferentes sons.

- As atividades devem ser oferecidas ao bebê. Não devemos


obrigá-los a explorar determinada atividade sensorial. Sempre
devemos respeitar o seu desejo.

Exploradores - 10 meses a 18 meses

A partir dos 10 meses começa um marco muito importante que


é o uso da pinça. É aí que o bebê começa a demonstrar novos
interesses. O interesse por coisas ou objetos menores fica bem
evidente.

Aqui também se evidencia o interesse do bebê em se movimentar.


O bebê demonstra novas habilidades para ocupar e percorrer
maiores espaços – noção espacial. Há uma necessidade inata de
descobrir a posição vertical, e é aqui que evidenciamos o início da
utilização dos espumados.

Logo após isso, o bebê demonstra repulsa por estar no chão


e demonstra preferência em estar sentado. Até chegar a fase do
caminhar.
Inicialmente o caminhar se dá utilizando-se de apoio e com uma
base de sustentação bastante ampla. Mais tarde, ombros e braços
caem, a se de sustentação diminui e a marcha acontece de forma
mais equilibrada e natural.

Na turma dos exploradores existe uma necessidade muito grande


da participação interação dos adultos nas atividades. Existe uma
construção muito forte da relação pai-mãe-filho. A coparticipação
nas conquistas, desafios e tarefas são de enorme importância.

Brincadeiras nessa etapa do desenvolvimento:

- Há muito interesse por bolas. Eles conseguem atirá-las para


longe e alcançá-las.

- O início da utilização dos espumados.

- Sentem prazer em brincadeiras livres.

- Atividades que fortaleçam a musculatura abdominal do


bebê. Tudo que exigir o movimento de sentar-se e levantar, girar
o tronco enquanto está sentado, entre outros. Isso irá fortalecer
uma musculatura acessória para o engatinhar e posteriormente o
caminhar.

- É importante promover o engatinhar, oferecendo brinquedos e


objetos numa posição distante a do bebê.

- Promover o deslocamento com apoio.

- Oferecer diferentes superfícies durante os primeiros passos de


pé descalços fortalecem membros inferiores.
- Brincar com objetos menores.

- Estimular o movimento de pinça

- Trabalhar com caixas, garrafas e latas pois nessa idade as


crianças adoram explorar objetos ocos.

- Atividades com encaixes

- Atividades de interação com o adulto

- Brincadeiras que os bebês possam acumular objetos utilizando


sacolas, bacias, caixas, etc.

- Brincadeiras de movimentar brinquedos desde a sua base.

Artistas - 19 meses a 3 anos

Nessa turma os bebês é quem ditam o ritmo. São eles que devem
demonstrar interesse em realizar atividades, como por exemplo,
de percorrer os circuitos de espumados que montamos.

As crianças nessa etapa do desenvolvimento sentem prazer em


sentir o seu corpo ser desafiado.

Existe uma capacidade de construção e representação mental


muito forte. Eles atuam em base a sua criatividade e imaginação.
Aqui a pressão dos pais realizar determinada tarefa ou a imposição
do professor só atrapalham.
É muito importante observar a criança. Nesse observar, podemos
entender o ambiente que ela está encaixada. Observando se um
cuidador é mais superprotetor, se um familiar é mais desapegado
àquele bebê nos permitirá entender o contexto em que a criança
está inserida. Permitindo assim passar a sua família as reais
necessidades de desenvolvimento de determinada criança para
a sua família. É muito mais proveitoso do que obrigar a realizar
determinada atividade.

Cada vez mais, a criança brinca de faz de conta e de um modo


diferente. Esse tipo de brincadeira é muito importante porque surge
de uma necessidade básica da criança: a de querer que os pais
fiquem sempre junto dela.

A criança também aprende, cada vez mais, com a fala. Quando


a família conversa e responde às perguntas dela, está ajudando a
criança a falar melhor e a entender como são as coisas no dia a
dia. Nessa idade, ela pergunta o “porquê” de tudo.

Brincadeiras nessa etapa do desenvolvimento:

- Brincadeiras de encaixe.

- Atividades que trabalhem com a lógica.

- Brinquedos coordenação motora fina

- Oferecer atividades sensoriais (tintas, massinhas, texturas)

- Circuitos de espumados que não limitem a autonomia. É


importante evitar circuitos instáveis onde a criança precise a ajuda
de um adulto.
- Atividades que estimulem a autonomia da criança.

- O faz de conta está super presente.

Atletas - 3 a 4 anos

A proposta da criação dessa turma, visa capturar alunos que


ainda não foram para a escola ou já a frequentam, mas os pais
desejam que tenham uma atividade lúdica.

As crianças nessa etapa do desenvolvimento apresentam


grande atividade motora: correm, saltam, começam a subir
escadas, podem começar a andar de triciclo; possuem grande
desejo de experimentar tudo. Embora ainda não sejam capazes
de amarrar sapatos, vestem-se sozinhos razoavelmente bem.
É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo. Copia
figuras geométricas simples.

É muito marcante nessa fase a noção das relações de causa e


efeito e a importância de seguir regras, esperar a sua vez.

Sobre a relação com os seus cuidadores, preocupa-se em


agradar os adultos que lhe são significativos, sendo dependente da
sua aprovação e afeto. Tem maior consciência do certo e errado,
preocupando-se geralmente em fazer o que está certo; pode culpar
os outros pelos seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos
seus comportamentos).
Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo,
poderá ser seletiva acerca dos seus companheiros. Começa a
interessar-se mais pelos outros e a integrar-se em atividades de
grupo com outras crianças.

Brincadeiras nessa etapa do desenvolvimento:

- Preferência no uso de circuito psicomotores no lugar do circuito


de espumados

- Atividades de correr com direção e saltar no lugar.

- Adoram atividades de equilibrar-se em um pé só.

- Atividades de propriocepção.

- Lançar e receber objetos.

- Atividades e jogos que contenham regras.

- Brincadeiras que estimulam a socialização, trabalho em equipe.

- Circuitos que promovam saltos de diferentes obstáculos;

- Estimular o domínio muscular e agilidade;

- Aperfeiçoamento do nível de organização do raciocínio lógico;


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