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GUIA DO

EDUCADOR
voe 2024
Boas Vindas Educadores VOE,

Em nome da nossa comunidade VOE Educacional, gostaria de lhe dar as boas-vindas!

É uma grande honra ter você como parte de nossa equipe.

Como educadores, sabemos que a educação é uma das ferramentas mais poderosas que temos
para moldar o futuro e você, como novo membro da nossa equipe, tem um papel crucial a
desempenhar nesse processo.

Nas próximas páginas, iremos apresentar os valores da VOE, assim como trazer algumas regras
de conduta dos Educadores.

Seja bem-vindo
o que é a voe

A VOE é uma escola desemparedada conectada a uma Floresta Educadora. O espaço foi
construído e planejado para trazer autonomia e concentração no cotidiano das crianças.

Temos como foco desenvolver a independência física e a concentração das crianças através do
fazer e da movimentação.

Através do fazer, a criança encontra a conexão entre o corpo e a mente e então, começa a
desenvolver o ciclo de concentração, base do desenvolvimento cerebral.

voe
Viver, Observar e Estudar a Infância;
Uma escola voltada ao desenvolvimento
infantil na Primeira Infância;
Promotor da autonomia nas crianças;
Desenvolvimento da concentração através
da conexão corpo e mente;
É a articulação de linhas de aprendizagem
numa abordagem dos Métodos;
Montessori e Forest School;
Especialistas na Primeira Infância.
METODOLOGIA VOE

Montessori: a premissa é o desenvolvimento cerebral, fundamentado nos períodos


1 sensíveis, trazendo a concentração pelo alcance da autonomia.

2 Forest School: floresta educadora / sustentabilidade / autossuficiência / ecoalfabetização

Inteligência emocional: regular as emoções, através da autopercepção, na percepção do


3 ambiente, pelo estado de presença e pelo silêncio. Mindfulness/Meditação/Educação do
Silêncio. - Currículo Montessori Educação do Silêncio

O que esses pilares têm em comum?

1º) O adulto preparado que estuda, pratica o silêncio, consegue estar na


presença e consegue regular suas emoções.

2º) Ambiente preparado através da observação dos períodos sensíveis


manifesto pela fase que cada criança está.

3º) Observação fundamentada através dos estudos.

proposta pedagógica

Usamos como referência, a Pedagogia Científica desenvolvida pela médica e pedagoga Maria
Montessori, que tem a ciência como base e coloca a criança no centro do seu aprendizado.

As fases de desenvolvimento estão atreladas aos períodos sensíveis, que são intervalos ao longo
do desenvolvimento em que a criança está especialmente apta e se sente especialmente atraída
por um determinado tipo de estímulo ou um tipo específico de tarefa.

Períodos sensíveis são momentos na vida das crianças em que a aprendizagem ocorre
naturalmente; parece que tudo ao seu ser é estimulado a agir num certo sentido. Os períodos
são falados precisamente porque correspondem a uma determinada etapa da vida e são
chamados sensíveis porque são independentes da vontade.

Nesses períodos, a criança se dedica intensamente ao que lhe atrai a atenção.


O Educador tem a função de observar a criança trazendo a ciência como base, para identificar
em qual período sensível ela se encontra. Assim ele pode propor estímulos (preparação do
meio), adequados a cada criança, subindo os níveis de complexidade ao acompanhar o
desenvolvimento de maneira individualizada

Os períodos sensíveis são:


Movimento
Linguagem
Pequenos Detalhes
Ordem e organização
Desenvolvimento dos sentidos
Refinamento dos sentidos
Graça e Cortesia
Musica e Ritmo
Escrita
Leitura
Relação com o espaço
Matemática
Higiene e desfralde

Período Sensível do Movimento:

Para sobreviver, a primeira habilidade que a criança precisa desenvolver é a do movimento. Por
isso, ao longo dos primeiros anos de sua vida, a movimentação é uma constante.

Nos primeiros 6 anos de vida, as crianças desenvolvem muita mobilidade, tanto em termos
musculares, como de equilíbrio e coordenação motora.

Segundo Maria Montessori, a motricidade fina desenvolve-se durante este momento vital. É
neste período que os pequenos irão tentar muitas vezes ficar de pé, se equilibrar e a descobrir
toda a força que tem e que vão adquirindo com o tempo.

Nossa função como adulto é preparar os ambientes, livres de obstáculos, com diferentes tipos de
solos e o principal, permitir que a criança se desenvolva sem interrupção. Permita e confie na
criança!

Ambientes naturais, com relevos, árvores, pedras, e ambientes com escadas, buracos, rampas,
quando usados por uma criança acompanhada de um adulto que permite a exploração, são
perfeitos para um desenvolvimento livre. Você verá que brincar é importante, mas que há um tipo
de esforço sério e concentrado que a criança faz em seu movimento, mais nobre do que a
brincadeira.

Não interrompa isso. Ela está trabalhando para construir todas as habilidades necessárias à
sobrevivência de um novo ser humano
Período Sensível da Linguagem:

Logo depois de conseguir se mover um pouquinho, a criança começa a se dedicar a uma


segunda conquista: a linguagem.

Desde o início da vida vale a pena conversar com a criança, mesmo antes de ela responder.
Conte o que você está fazendo, especialmente ao tocar o corpo dela.

Depois de um tempo ela vai reagir oralmente, e você reage de volta.

Aos poucos, nascem “conversas”.

Continue contando histórias ao longo do desenvolvimento. Cantar é bom, ler é bom, poesia e
histórias também.

Telas e caixas de som não são um suporte adequado ao desenvolvimento da linguagem. É


necessário ter um humano falando com outro humano.

Quando a criança falar, em qualquer etapa do desenvolvimento, escute. Isso é fundamental para
que ela queira falar mais, e vai influenciar não só sua aquisição de linguagem, mas todo o seu
mundo emocional interior
Período Sensível dos Pequenos Detalhes:

Uma habilidade que ela desenvolve nesse período, e que deleita-se em exercitar, é a atenção a
detalhes muito pequenos.

Você talvez tenha notado que, ao olhar fotografias e ilustrações, a criança aponta para coisas
que você não tinha visto ali. Um inseto no cantinho, um pássaro numa árvore ao fundo.
Essa habilidade é nova e fascinante para a criança, que descobre um mundo novo de coisas
minúsculas.

Nossa principal responsabilidade nesse período é compreender a fixação da criança.


Ela vai deitar no chão, vai passar muito tempo olhando algo que não estamos vendo, e vai
impedir sua mão de virar a página do livro enquanto ela não acabar de examinar a figura.
A gente espera, e observa, como Montessori ensinou e como as crianças gostam tanto que a
gente faça.

Período Sensível da Ordem e Organização:

Há três tipos de ordem que a criança exige da vida: ordem no ambiente, ordem no tempo e
ordem na conduta do adulto.

A ordem no ambiente quer dizer que a criança deseja encontrar cada coisa em seu lugar e cada
coisa sempre no mesmo lugar.

Nem sempre nós conseguimos deixar tudo no lugar, e livros se acumulam nas mesas e louças
na pia. A criança pode lidar com isso, mas é importante que as coisas fiquem no mesmo lugar:
que os livros se acumulem só na mesa, que a louça se acumule só na pia.

A criança precisa saber como seu ambiente é para poder se arriscar em novas conquistas, e por
isso é importante que ele se repita dia após dia.

A ausência disso leva ao desespero.


A ordem no tempo significa que a criança precisa ter rotina. Mas não sabe ver as horas. Então o
relógio não importa. Importa menos o horário e muito mais a sequência em que as coisas serão
feitas: café da manhã, escovar os dentes, ciclos de sala, tomar banho, vestir-se, pegar a mochila.

A repetição de sequências dão para a criança uma referência do tempo que é preciosa para sua
organização interior.

A ausência disso leva ao desespero.


A ordem na conduta do adulto é a coerência de nosso comportamento, especialmente no que diz
respeito à maneira como interagimos diretamente com a criança, e aos limites que colocamos.

Porque estamos cansados ou felizes, com dor de cabeça ou com renovada alegria, nossa
tolerância, nossa interação e nossas expectativas variam. Quando a criança não pode ter certeza
de nossos comportamentos, e muito a pega de surpresa, ela se revolta bastante. Precisamos ter
claros quais são os limites importantes garantir esses, e deixá-la livre para se desenvolver.

O Três Tipos de Ordem que Tornam as


Crianças Tranquilas – Lar Montessori
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e veja na prática.

Período Sensível do Desenvolvimento dos sentidos:

Mesmo antes de nascer, a criança já recebe impressões sensoriais. A criança lembra da voz da
mãe, e se reconforta com ela, desde o início da vida. Quando chega, a criança se depara com
uma enormidade de estímulos distintos, e há mais para absorver do que ela conseguirá, mas ela
tenta!

Conforme tenta, aprende a diferenciar cores (não pelo nome, mas visualmente), formas, sabores,
texturas, temperaturas, aromas e tudo o mais que o mundo pode oferecer.

Nós não precisamos ajudar, mas é bom preparar o ambiente para que ele não atrapalhe.
Um bom espaço não oferece estímulos demais: paredes e mobília neutra e de cores leves;
poucos brinquedos e que não produzam barulho eletrônico ou luz; quase nenhuma decoração,
mobiles adequados.

Móbiles munari
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Período Sensível da Graça e Cortesia:

Conforme a criança percebe nossos comportamentos mais comuns, passa a imitá-los, e procura
se portar de uma maneira que agrade aqueles ao seu redor. Isso é o despertar de um senso de
comunidade precioso, que conduz a criança a uma busca por comportamentos cada vez mais
perfeitos.

Nós podemos ajudar de várias maneiras na conquista de um refinamento de suas ações.

A primeira forma, claro, é nos portarmos bem. Montessori sugeria que sempre oferecêssemos à
criança o melhor de nós, e a tratássemos com o melhor das boas maneiras.

Mas devemos ir além: sempre que a criança estiver nos vendo, devemos nos portar (ainda
sugestão de Montessori) como se estivéssemos na companhia de pessoas nobres.

Se a criança puder ver o adulto sendo educado, delicado, polido, ela também buscará ser.

Pode ser feito com gestos do dia a dia que podem ser mais e mais delicados, como colocar uma
mesa, usar um guardanapo ou abrir e fechar uma porta. A criança se apaixona pela busca da
perfeição, e no processo aprende a adequar seu comportamento a toda sorte de situação social.
Período Sensível da Música e Ritmo:

Podemos dar um excelente suporte para o envolvimento da criança com a música, mesmo sem
sermos músicos. Uma forma, natural e evidente, é colocar música para tocar. Mas não como
pano de fundo para outras atividades barulhentas: música enquanto conversamos e lavamos
louça, por exemplo.

E sim com a dignidade e importância que a música merece: colocar música para ouvir música.
Em silêncio, usufruindo do prazer e das sensações que a música transmite. Podemos e devemos
convidar a criança para ouvir conosco, mas se ela não quiser, podemos ouvir nós mesmos.

Lembre-se: o que a criança nos vê fazendo, faz também.

Além da música, é importantíssimo o silêncio. Ele sim é o pano de fundo perfeito para as
atividades diárias, e permite que os sons sejam todos ouvidos.

As crianças podem ter instrumentos musicais, simples ou complexos, indígenas, orientais, ou de


nossa comunidade próxima. Mas é importante que sejam bons instrumentos. Maus instrumentos
acostumam o ouvido a ouvir errado.

Atividades Sugeridas: Momentos apreciação musical,


instrumentos disponíveis nas estações, músicas clássicas
na floresta, Educação Musical - música e montessori

Músicas para dançar é uma excelente atividade de movimento

Período Sensível do Refinamento dos Sentidos:

Desde o nascimento, a criança está absorvendo o mundo pelos sentidos. Quando chega perto
dos três anos, dá um passo além: passa a organizar as sensações que absorve a partir de
princípios e critérios.

Você talvez já tenha visto as crianças colocando potes dentro de potes dentro de potes. Ou
montando alguma coisa só com os bloquinhos vermelhos. Isso é a organização interior da
criança em ação. Para entender, ela busca categorias, como um cientista trabalhando.
Nós podemos ajudar as crianças nesses esforços de duas maneiras principais.

Permitindo que ela faça as coisas que está fazendo, sem


interrompê-la. Nós temos por hábito impedir, interromper e ajudar
1 demais. Muitas vezes, permitir, observar e esperar são atitudes
mais sábias e que dão mais apoio ao desenvolvimento

A partir daquilo que vemos que a criança tenta fazer sozinha,


apresentar para ela possibilidades de atividade, mesmo. Por
exemplo, colocando em um pote vários blocos vermelhos, azuis e
amarelos, e mostrando a ela como separar esses blocos em três
outros potes menores. Ou derramando em uma vasilha quatro ou
cinco castanhas, nozes e amendoins, e pedindo para que ela
2 separe, da mesma maneira (depois de ter sucesso algumas vezes,
ela pode fazer isso de olhos fechados). Encontrar as tampas
corretas para potes e panelas também é interessante, assim como
colocar pequenas quantidades de tempero nos vidros onde já há
uma outra quantidade do mesmo tempero, partindo dos aromas.
(bandejas de vida pratica, potes e aromas)

Período Sensível da Escrita e da Leitura:

A escrita e a leitura chegam só agora, mas nós podemos preparar as crianças para isso desde
muito antes. E não é com as letras! Para ter um bom desenvolvimento no período sensível da
alfabetização, as crianças precisam ter um excelente vocabulário. Por isso, tudo o que foi dito no
período sensível da linguagem ainda é verdadeiro aqui.

Primeiro, fazemos tudo aquilo para ajudar a criança na aquisição da linguagem. Depois
continuamos, para dar suporte ao aprimoramento do vocabulário, da sintaxe e das estruturas da
língua.

Finalmente, quando a criança passa um pouco dos 3 anos, começa a experimentar com os sons
das palavras. Essa é nossa deixa. A alfabetização em Montessori é complexa, e merece ser
estudada por si (Treinamento Alfabetização em Montessori no Anexo desse documento). Em
linhas gerais, o que fazemos é apresentar a criança à segmentação fonética das palavras: barco
é apresentado como “barco” e como “b-a-r-c-o”, sem letras, só com a pronúncia, por meio de
uma sequência de jogos.
Depois que a criança compreende que sons existem separadamente, passamos às letras
propriamente ditas, com dois materiais.

O primeiro, as Letras de Lixa, conduzem à associação dos sons com as formas das letras, e
seus traçados.

O segundo, Alfabeto Móvel, leva a criança a construir palavras de seu repertório (por isso um
bom vocabulário é importante!) com liberdade e podendo explorar à vontade, sem medo do erro
e da correção.

A leitura chega quando a criança explorou a escrita o suficiente. Depois de compor muitas
palavras, a criança olha para um delas e a reconhece como uma palavra. Um todo, e não só uma
sequência de partes.

Às vezes o adulto pode ajudar esse salto a acontecer. Uma vez que ele ocorra, a criança deseja
ler muito, e nós podemos dar muito a ela: etiquetas com palavras para ela grudar ou pendurar
pelo ambiente, pedacinhos de papel com “ordens” simples que ela possa executar, como pular e
beber água, e depois “ir até o quarto e abrir a gaveta”, até que ela esteja lendo frases longas e
parágrafos inteiros sobre tudo que lhe interesse.

É claro que ler livros para e com a criança pode e deve fazer parte disso.
Período Sensível da Matemática:

A mente da criança vem se preparando desde muito cedo. Ela absorve o mundo pelos sentidos e
pela observação do comportamento, depois organiza tudo isso em padrões repetidos e
categorias limitadas, e repete e imita na busca da exatidão e da perfeição.

Tudo isso serve à preparação indireta do que Montessori chamou de Mente Matemática. A mente
humana busca compreender o mundo encontrando repetições, padrões e categorias. E a
Matemática é a linguagem que permite a expressão de tudo isso.

Começamos a apresentação de quantidades.


Utilizamos as Barras Vermelhas e Azuis, material
montessoriano com barras de tamanhos diferentes
que indicam quantidades de 1 a 10. Os algarismos
chegam depois, em associação às quantidades já
conhecidas, e em seguida a criança passa à
contagem, com os Fusos, que também apresentam a
ela a noção de zero.

Os materiais montessorianos de matemática são


preparados com o máximo de exatidão possível, e
isso lhes empresta todo o interesse, porque a criança
é atraída pela possibilidade de executar algo exato, e
pela sensação mista da surpresa e do previsível.
(Treinamento Matemática Montessori no Anexo deste
documento)
Depois que a criança domina os números, e as noções de unidade e dezena, utilizamos uma
série de tábuas e quadros tanto para exercícios com o conceito de soma, multiplicação, divisão e
subtração, quanto para a execução de operações. Montessori apontava sempre, e com uma
ênfase especial na escrita e na Matemática, que o material é só o ponto de partida, e um lugar
seguro para retorno, mas que a criança deve se libertar dele em seu processo de
amadurecimento.

intelectual, e ser capaz de executar qualquer operação sem o uso do material, depois que o
dominou completamente,

Sabia que subir em árvores pode ser o início da construção da


mente matemática? Onde a criança precisa entender sobre
tamanhos, pesos, alturas.

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CODE e veja na prática.
como identificar um período sensível?
Para identificar os períodos sensíveis em que nossas crianças se encontram, o melhor é
observar seu comportamento. Você tem uma excelente tabela em mãos, e explicações sobre
cada período sensível aqui e nos outros textos indicados. Aproveite.

E se já passou?

Quando um Período Sensível já passou, a criança ainda pode se desenvolver e aprender. E ela
ainda pode aproveitar os aspectos de Montessori que a ajudariam no período sensível. A
diferença é que será necessário mais esforço da parte dela e mais paciência e compreensão da
nossa.

Para habilidades específicas ela vai precisar um pouco mais de você, e é importante lembrar
disso. Fora dos períodos sensíveis, a presença do adulto e alternativas para tornar as atividades
interessantes, adaptando-as a idades diferentes, é fundamental.

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Pilares que regem o Método VOE:

autonomia
Os ambientes da VOE são preparados para desenvolver a independência física da criança,
promovendo autonomia em todos os fazeres (refeição, higienização, troca, busca do
atendimento das necessidades individuais), sem a interferência inadequada do adulto.

As atividades de Vida Prática, são disponibilizadas em todo o ambiente da escola, através de


ciclos de trabalhos, para a criança ter oportunidade de desenvolver sua independência física, se
concentrar através do movimento ordenado (mãos e olhos), sempre com um propósito final.
(Manual Autonomia VOE Primeira Infância)

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Através dos movimentos em direção ao fazer, onde a criança precisa usar a mão, o corpo, com
um objetivo determinado, se conecta o corpo com a mente e então, inicia o ciclo de
desenvolvimento da concentração, que é a base do desenvolvimento cerebral da criança.
Pilares que regem o Método VOE:

Educação Ambiental:
A floresta educadora é preparada para desenvolver junto às crianças atividades
ecopedagógicas, tendo como objetivo a promoção de sociedades sustentáveis, trazendo como
base de estudos a pedagogia da permacultura e alfabetização ecológica.

Horta, composteira, cisterna, descarte consciente dos resíduos, ciclos de vida, observação
do meio

Natureza + Experiência = Ciências

“Despertar a consciência ambiental nas


crianças, muda o mundo”
Pilares que regem o Método VOE:

INTELIGêNCIA EMOCIONAL:
Nos tempos atuais, sabemos que uma característica que todos precisamos ter é a resiliência
mental, com isso, a VOE nasce com um forte pilar à ser trabalhado nas crianças e adultos: a
Inteligência Emocional, através de técnicas de Mindfulness, Yoga, tendo o silêncio como base.

Viver isso de forma real no cotidiano da escola, auxiliará as crianças a regularem suas emoções
através de auto percepção, percepção do ambiente, pelo estado de presença e pelo silêncio.

Montessori nos deixou um grande legado com a educação do silêncio, como sendo algo
necessário para o desenvolvimento emocional das crianças, associando ainda o período sensível
do refinamento dos sentidos.
Montessori e Concentração:

“Procure uma escola que favoreça a concentração verdadeira, e então você poderá encontrar
uma escola Montessori.

Montessori não está em centenas de materiais em uma sala de aula, nem em professores com
anos de experiência, não está em salas grandes e bastante decoradas, nem em ambientes que
desejam preparar para o mercado de trabalho ou preparar as crianças para o mundo. Montessori
está em escolas que buscam uma educação para a vida na vida, e que alcançam belos estados
de concentração.”

Texto ReferÊncia:
Montessori e Concentração – Lar Montessori

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CODE e veja a referência
Pilares que regem o Método VOE:

movimentação:
Na primeira infância, o ciclo principal do desenvolvimento da criança é a busca pela
independência física através de movimentação ordenada e satisfatória para cada fase, sendo
assim, todos os demais pontos se potencializam.

O movimento é a expressão superior da mente, isto é, a mente pensa, atua sobre o sistema
nervoso e a sua última expressão é o movimento.

Pensando nisso, a VOE já nasceu sendo propícia à movimentação das crianças, através de
diferentes tipos de solos, cordas, ciclos de trabalho, livre brincar, construtividades.

a importância das crianças estarem no chão

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CODE para ver

características desenvolvidas (ser humano do futuro):

Resiliência Equilíbrio emocional Autossuficiência

Independência emocional Independência física


Educador VOE - Adulto Preparado:
O Método Voe, baseado no currículo Montessori, aborda fundamentos bastante relevantes
para o desenvolvimento infantil, que depende muito da relação da criança com os adultos que a
cercam e com a relação da criança com o meio preparado.

O adulto, pode ser um grande obstáculo no desenvolvimento da criança com atitudes e ações
que não condizem com os planos de desenvolvimento dessa criança. Por isso a importância dos
adultos conhecerem sobre desenvolvimento infantil – Estudar

Para começar…..
Conheça os seis pilares educacionais de Montessori:

Autoeducação:

É a capacidade inata da criança para aprender. A criança tem um guia interior que a direciona
para as atividades que precisam ser realizadas para atingir os níveis de desenvolvimento. Por
desejar absorver todo o mundo a sua volta e compreendê-lo, a criança o explora, investiga e
pesquisa.

Os adultos têm a função de permitir a livre exploração, livre movimentação e envolvimento da


criança, sem interromper, em silêncio. Essa atividade será encontrada no ambiente preparado
pelo adulto.

“Confie na criança”

Escolha
Rep
objeto
Retorno

etição
do

D o m ínio

Ciclo do trabalho
Educação como Ciência:

Toda a forma de intervenção educativa na abordagem com a criança, tem a ciência como base.
Visando o desenvolvimento cerebral da criança através da concentração.

Montessori é explícita quando, declara que a concentração é o primeiro e o maior objetivo de seu
método, e o surgimento da concentração, junto com os traços de caráter daí decorrentes são os
únicos objetivos de seu trabalho.

“A criança que se concentra é extremamente feliz”

Educação Cósmica:

É a melhor forma de auxiliar a criança a compreender o mundo. De acordo com esse princípio o
educador deve levar o conhecimento a criança de forma organizada – cosmos - significa ordem
em oposição ao caos – estimulando sua imaginação e evidenciando que tudo no universo tem
sua tarefa e que o ser humano deve ser consciente de seu papel na manutenção e melhora do
mundo.

A Floresta Educadora torna esse pilar vivenciado na prática dentro da VOE.

Ambiente Preparado:

Proporcionar a criança o ambiente que lhe pertence, com liberdade e independência, onde tudo
seja organizado, oferecido e preparado para a sua ação.

Um ambiente que fale com ela, que seja do seu tamanho: simples, minimalista, com objetos e
materiais interessantes e importantes para a sua caminhada de vida rumo à independência do
adulto, que começa na independência física da criança.

características de um ambiente preparado:

Vida Prática: Muitas possibilidades de vida prática: A criança precisa


ter possibilidades criar ciclos de trabalho de acordo com seus
interesses.
Organizado: Com uma lógica de progresso. Cada ambiente tem suas
regras e combinados Ex.: Momento da refeição o ambiente leva a
criança ao progresso de pegar o prato, se servir dos alimentos e no
final, pegar os talheres antes de ir para a mesa.

Móveis com superfícies claras, homogêneas, onde a criança consegue


identificar um erro sozinha Ex.: Sujou a mesa, a própria criança
consegue visualizar a sujeira e limpar, sem necessidade do adulto dizer
algo (interferência)

O ambiente preparado tem controle de erro, a criança percebe quando


ela não consegue dar o próximo passo.

Mobílias leves, se a criança esbarra na mesa, a mesma sai do lugar e a


criança identifica que precisa trazer ordem na própria movimentação,
assim, irá perceber a necessidade de desviar e se coordenar para viver
naquele ambiente. (sem o adulto precisa falar algo)

Oportunidade de atividades: Bandejas/ kits / ambientes / cantos


preparados para a criança se envolver em ciclos de trabalho.

Atividades pensadas e com poucas opções em cada ambiente, para não


confundir a criança na liberdade de escolha.

Respeitar ciclo de trabalho: A criança que trabalha é extremamente


feliz, nós adultos, temos a função de permitir que esse ciclo se
desenvolva por completo sem interrupções.
Adulto preparado:

Considerado um observador que confia na criança, buscando sempre nos atos dela as
indicações de suas necessidades. Ajudando o mínimo necessário, garantindo à criança a
autoconfiança.

O adulto preparado ensina à criança a fazer sozinha, exemplo: se alimentar, trocar de roupa,
levar à mochila para a sala, usar o banheiro, tomar banho – o adulto preparado não faz para a
criança e sim a incentiva a fazer sozinha.

Sempre buscando a descentralização, o silêncio e confiando na criança.

Quando a criança é o centro do aprendizado, os adultos não conversam entre si nos encontros -
apenas o necessário!

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O adulto pode se tornar um grande obstáculo no


desenvolvimento da criança quando coloca obstáculos no
caminho da criança.

Condutas do Adulto Preparado:

Pouca interferência: O adulto preparado é paciente, intervém somente quando


necessário, observa mais, confia mais e pouco interfere. Deixa a criança seguir seu
ritmo de desenvolvimento.

Não pratica ajuda desnecessária: O adulto permite a criança fazer sozinha, sem sua
ajuda, a criança quer fazer sozinha. O adulto busca o resultado das ações, já a criança
se desenvolve no processo, por isso a importância do adulto permitir a criança em
fazer sozinha.
Coisas simples como: colocar água no copo, caminhar com calma, correr, subir na árvore,
abrir uma tampa, qualquer que seja a ação da criança, o adulto não ajuda, apenas
observa. Caso a criança peça ajuda, o adulto ajuda o mínimo necessário.

Ex.: A criança está tentando abrir uma torneira, mas está apertada, o adulto destrava a
torneira e incentiva a criança a concluir o processo de abertura da torneira.

Proibição: Proibir sem objetivos claros, pode ser um grande desrespeito aos períodos
sensíveis, como: Proibir a criança de servir a água porque vai derrubar, proibir de
cortar a banana, proibir de usar prato de vidro, proibir de sair para fora, proibir a
criança de correr- nesse último caso, direcionar a criança o local correto para tal ação.

Comunicação/linguagem de qualidade: O adulto precisa se comunicar com a criança


com um vocabulário rico, certo, com expressões complexas, isso irá formar o
compartimento da linguagem da mente absorvente da criança. Não se utiliza palavras
como: papá, dodói, tete e SIM: almoço, jantar, comida...Não se fala no diminutivo, nem
inventa expressões, somente por estar se falando com uma criança, muito pelo
contrário, usa-se expressões fortes, respeitosas.

Graça e Cortesia: A criança nessa primeira infância, está aprendendo a ser educada,
cortês, gentil e esse desenvolvimento irá depender dos exemplos dos adultos que o
cercam, por isso a importância de sermos educados, pacientes, mostrar atitudes
gentis como: cumprimentar : bom dia, boa tarde, seja bem vindo. Se alimentar junto
com as crianças mostrando atos corretos no momento da alimentação, como uma
mesa limpa, a utilização de talheres e guardanapos.
Criança Equilibrada:

O objetivo principal de todo trabalho é que a criança encontre seu equilíbrio natural. Quando a
criança tem a chance de trabalhar em um ambiente preparado, onde os adultos são pacientes e
respeitam sua velocidade de desenvolvimento, essa criança tem a chance de se concentrar nas
atividades e isso lhe traz bem-estar e felicidade.

Concentração é quando o corpo e a mente estão conectados, no mesmo lugar, normalmente,


isso se deve graças à oportunidade da criança escolher suas atividades de acordo com seus
interesses, ter a possibilidade de repetição e mais o nível de concentração, quando essas
atividades envolvem movimentação das mãos.

"A preparação que nosso método exige do professor é o auto-exame, a renúncia à tirania. Deve
expelir do coração a ira e o orgulho, deve saber humilhar-se e revestir-se de caridade. Estas são
as disposições que seu espírito deve adquirir, a base da balança, o indispensável ponto de apoio
para seu equilíbrio. Nisso consiste a preparação interior: o ponto de partida e a meta.“

"A tarefa do professor é preparar motivações para atividades culturais, num ambiente
previamente organizado, e depois se abster de interferir."

QR Code Video Water :


Water on Vimeo
floresta educadora

O conceito de Forest School ou Floresta Educadora traz a consciência da necessidade do


contato direto com a Natureza, uma proposta que relaciona o bem-estar físico e mental,
potencializando o desenvolvimento das crianças em competências necessárias para o ser
humano, como a resiliência, a capacidade de resolver problemas, de trabalhar em grupo e de
controle de riscos e ainda a formação de consciência ambiental.

Esse movimento, baseado na ciência, atesta que subir em árvores e dar cambalhotas na
natureza faz bem à saúde e à felicidade e tornam qualquer o desenvolvimento cerebral infantil
mais potente.

O aprendizado na natureza permite desenvolver, entre outras coisas, a linguagem de forma mais
eficiente, pois gera uma curiosidade em querer saber mais, perguntar e se entreter com o meio
ambiente, que cria uma sensação de liberdade e alegria, devido, principalmente à luz natural e
respirar muito oxigênio.

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referência

No estudo da natureza as crianças terão a oportunidade de descobrir e identificar seres vivos,


despertando a curiosidade por falar e perguntar o que foi visto, desenvolvendo uma mente
inquisitiva, fazendo previsões, discutindo eventos passados, desenvolvendo sequência de tempo,
descobrindo como o meio natural funciona. EDUCAÇÃO CÓSMICA.

A natureza também é grande potencializadora do desenvolvimento muscular da criança, onde


permite correr, escalar e subir diferentes tipos de solos.

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QR Code Criança na
Natureza - a ciência
comprova
Na metodologia Forest School temos as áreas pedagógicas:

1. Linguagem (vocabulário, música, rodas de conversa, livros)


2. Matemática (construções, mud kitchen, quantidade, simetria)
3. Desenvolvimento social e emocional (Silêncio, aromas,)
4. Desenvolvimento Físico (circuito motor, ritmos, livre
movimentação, balança)
5. Estudo do Meio (observar pássaros, horta, composteira –
Alfabetização Ecológica)

Aprender na natureza permite que a criança exercite seu poder máximo no processo de criação e
desenvolvimento.

Fisiologicamente, o desenvolvimento cerebral é ativado quando a criança entra em contato com


a natureza, aumentando os níveis de envolvimento com o ambiente e assim, aumentando o
potencial do aprendizado duradouro.

Ainda fundamentando o movimento de Floresta Educadora, a VOE traz à consciência da


Alfabetização Ecológica, que consiste na busca por maneiras de tornar o meio sustentável,
através da observação e do aprendizado com os sistemas naturais, entendendo como o
ecossistema sustenta a rede da vida.

Tornar-se um sujeito eco alfabetizado significa saber satisfazer as necessidades humanas, sem
prejuízo às gerações futuras.

Nas próximas décadas, a sobrevivência da humanidade dependerá da habilidade para entender


os princípios da ecologia, trazendo autossuficiência para os ciclos da vida – a Eco Alfabetização
traz as ferramentas necessárias para compreensão dos princípios básicos da sustentabilidade.

“O sistema em que vivemos deve satisfazer nossas necessidades de crescimento e manutenção,


ser autossustentável e o excedente deve ser utilizado para o Reinvestimento” - Unesco
Ações da Eco Alfabetização:

1. -Descarte consciente dos resíduos (composteira, plásticos);


2. -Cuidar das plantas dos jardins sensoriais;
3. -Regar a horta;
4. -Colher na horta;
5. -Preparar as alimentações oriundas da Horta VOE;
6. -Conversar com as crianças sobre a cisterna
7. -Utilizar a água da cisterna, quando chove aumenta o nível de água,
quando passamos tempo sem chuva acaba-se a águA;
8. -Fogueira Educativa:
9. -Observação do Meio.
Resumindo a Condutas do Adulto Preparado:

Realize as intervenções junto a criança em três contextos: Quando a


1 criança está em situação de risco – Quando coloca em risco outras
crianças ou outros seres vivos – Quando coloca em risco o ambiente
e seus recursos e materiais.- Veja mais explicações abaixo!

2 Não pratique a ajuda desnecessária - “nunca ajude uma criança em


uma tarefa que ela se sente capaz de fazer”

3 Vocabulário rico

4 Respeite os períodos sensíveis

5 Respeito, cortesia para o dia da criança

6 Abaixe para falar com a criança

7 Nunca fale mal da criança em sua presença ou ausência. Não a rotule


( Ex.: “Fulana é teimosa”)

Nunca tire nada da mão da criança, a menos que seja algo que
8 coloque a criança ou outrem em risco - lembre-se “as mãos são os
instrumentos da alma”

Não interrompa a criança: O que interrompe a criança? conversas de


9 adulto ao seu redor, elogios desnecessários, chamar para ver outra
coisa ou tirar foto

10 Não toque a criança sem permissão - a menos que seja convidado por
ela de alguma maneira.

11 Observe incansavelmente a criança e todos seus interesses - anote.

Não conversar com outros adultos assuntos desnecessários na


presença da criança - Exemplo: contar como foi seu dia, o que
12 aconteceu na sua casa, como concluiu o dia de ontem, o que tal mãe
falou….Esses assuntos devem ser tratados na reunião de equipe e
hora do cafezinho,
13 Seja ativo na preparação do ambiente e ajude a criança a
estabelecer relações construtivas com ele

14 Mantenha o silêncio, quando necessário e confie na criança. -


Silencie, sempre que possível, silencie!

Concentre-se em fortalecer e ajudar o desenvolvimento daquilo que


15 é bom na criança, para que sua presença deixe cada vez menos espaço
para o que é ruim.

Esteja sempre pronto a responder à criança que precisa de você e


16 sempre escute e responda à criança que a você recorre - abaixe para
ouvi-la e responda com a verdade

Respeite a criança que descansa, assiste ao trabalho dos outros ou


17 pondera sobre o que ela mesma fez ou fará. Não a chame, nem a
force a outras formas de atividade.

18 Ajude aqueles que estão à procura de atividade e não conseguem


encontrar.

Sempre trate a criança com a melhor das boas maneiras, oferecendo


19 o melhor que houver em você e à sua disposição. “Gentileza gera
gentileza”

“A criança é a única esperança do mundo”


Intervenções:

1.Se a criança tenta bater em mim:

Me afasto e observo a criança, à distância. Espero a criança voltar a se normalizar.

- Quando a criança retornar ao estado da ordem,a convido para dar uma volta à área externa,
onde há natureza, converso com ela utilizando palavras essências, mostrando que aquela ação
poderia ter machucado a ela e a mim e que podemos utilizar palavras, como estou fazendo, para
expressar algo ou simplesmente sair para o jardim ou qualquer outro lugar confortável para
liberar a angústia. Bater é uma ação que prejudica a mim, a ela e a todos do ambiente.

- Relatar ao grupo de ocorrência: A criança tem uma vida além da escola, então precisamos
conversar com a família ou com as pessoas que acompanham a criança depois da escola e aos
finais de semana, para entender os gatilhos dessa ação, levando os fatos para os adultos
responsáveis como ajuda para a criança e os acompanhantes dela, além das necessidades de
preparo do ambiente.

2. Se a ação for contra outra criança:

- Interfiro imediatamente, mas também observo ambas para entender porque a criança que
recebeu a ação se manteve no mesmo lugar, não pediu ajuda ou algo do tipo.

A gente sempre olha apenas para a criança que bate, mas é muito importante observar aquela
que se mantém no local sofrendo, sem ações de defesa. E aqui, não digo que essa deveria bater
também, isso jamais! Mas aprender a se distanciar se necessário, pedir ajuda ou outra ação que
encerre o problema.

Todos sabemos o quanto é um desafio se manter no centro, mas é nosso treino diário e
nosso papel.

3. Se a ação for contra a própria criança:

Ao abordar situações onde a criança está em risco devido a suas próprias ações, é essencial agir
de forma rápida e segura. Priorize a segurança da criança: se necessário, intervenha
fisicamente, como por exemplo, retirando-a da situação de perigo ou levando-a para um
ambiente seguro, podendo até mesmo pegá-la no colo.
- Uma vez que a criança esteja segura e tenha se acalmado, é importante comunicar-se com ela
de maneira efetiva. Agache-se ao nível dos olhos da criança para estabelecer um contato visual
direto e use uma voz suave para explicar claramente os riscos associados à sua ação anterior.

- É comum que crianças fiquem irritadas ou nervosas quando contrariadas. Neste momento, uma
conversa educativa pode não ser eficaz. Mantenha-se presente, com uma postura acolhedora, e
espere que a criança se acalme. Sua presença tranquila e paciente é crucial durante este
período.

- Após a criança voltar ao seu estado normal, você pode então iniciar um diálogo orientador.
Mantenha a conversa leve e suave, focando na orientação e compreensão.

- É importante também cuidar de sua própria calma. Respire fundo e se acalme antes de interagir
com a criança. Se necessário, não hesite em pedir o apoio de outro educador. Este processo
assegura uma abordagem segura e educativa, respeitando as necessidades emocionais e físicas
da criança e fortalecendo o vínculo entre educador e educando.

4. Se a ação for contra o meio:

- Quando uma criança age de forma a prejudicar o ambiente, como subir em mesas, riscar
paredes ou quebrar objetos, é essencial intervir de imediato.

- Mostre-lhe claramente como suas ações danificam o espaço comum. É importante ensinar a
diferença entre certo e errado, realçando o respeito pelo meio ambiente e pelas propriedades
compartilhadas.

- Explique de forma simples e compreensível as consequências de tais ações, reforçando a


noção de responsabilidade e cuidado com o entorno. Esta abordagem ajuda a criança a entender
o impacto de seus atos e a importância de preservar e respeitar seu ambiente.

- É comum que crianças fiquem irritadas ou nervosas quando contrariadas. Neste momento, uma
conversa educativa pode não ser eficaz. Mantenha-se presente, com uma postura acolhedora, e
espere que a criança se acalme. Sua presença tranquila e paciente é crucial durante este
período.

- Após a criança voltar ao seu estado normal, você pode então iniciar um diálogo orientador.
Mantenha a conversa leve e suave, focando na orientação e compreensão.

- É importante também cuidar de sua própria calma. Respire fundo e se acalme antes de interagir
com a criança. Se necessário, não hesite em pedir o apoio de outro educador.

- Este processo assegura uma abordagem segura e educativa, respeitando as necessidades


emocionais e físicas da criança e fortalecendo o vínculo entre educador e educando.
regimento interno:

Obrigações e Deveres do Educador VOE.

A responsabilidade de estar com a criança no ambiente escolar é


principalmente do Professor e Auxiliar de sala, havendo imprevistos para
pedir auxílio à coordenação.

A criança é a prioridade do nosso trabalho, portanto, o educador tem a


função de seguir os interesses das crianças, através de observação e
preparação do meio. O educador prepara o meio e a criança se envolve
com o meio.

O educador é secundário no processo, a criança é a protagonista. Seja


ativo na preparação do ambiente. Tome cuidado constante e seja
meticuloso com ele. Ajude a criança a estabelecer relações construtivas
com o meio. Mostre o local adequado onde são guardados os materiais de
desenvolvimento e demonstre seu uso apropriado.

Atente-se à vestimentas adequadas para o trabalho. Utilize diariamente a


camiseta do uniforme e caso esteja sem reposição, solicite à gestão uma
emprestada. Use roupas discretas, não é necessário o uso de shorts
curto. Escolha sempre bermudas

Garanta que esteja cadastrado no sistema eletrônico de Ponto Mais para


que as horas extras sejam computadas. Respeite rigorosamente os
horários de entrada, almoço e saída.

Comunique para a Gestão Escolar as ausências durante o ano letivo com


antecedência. Ex.: exames e consultas médicas.

Não utilize celular no horário de trabalho, ao chegar guarde o celular no


armário da escola e recorra a ele apenas nos locais indicados (cozinha,
sala de apoio) e nos horários apropriados, como o horário do café e do
almoço.

Caso haja alguma situação de pessoal durante o dia, encaminhe o contato


da Gestão que passamos o recado.

Não utilize imagens de crianças na VOE para postar em redes sociais


pessoais. LEI LGPD.
Requisite materiais com antecedência, observando que a compra deles é
realizada na primeira semana de cada mês .

Preserve e cuide de objetos e materiais de uso individual/coletivo da


escola; brinquedos, livros, jogos, utensílios, mobília, entre outros.

Não leve os documentos da escola para casa. Caso seja necessário


solicite à gestão. Ex.: listas de chamada, pastas de atendidos, apostilas
impressas, entre outros.)

Durante a entrada e saída priorize o contato com as crianças


(desenvolvam atividades/espaços que promovam acolhimento e
momentos de escuta à criança).

Permaneça atento ao chamamento das crianças e seus pertences.

Esteja presente: Esteja sempre pronto para responder à criança que


precisa de você e sempre escute e responda a criança que você recorre.

Abaixe-se para conversar com a criança: ela entenderá melhor,


conseguirá visualizar suas expressões faciais e a conexão entre vocês irá
aumentar.

Sente-se no chão e olhe para o mundo na perspectiva da criança: O que


ela vê? O meio está preparado para ela? Observe a criança
incansavelmente. O que ela precisa de ajuda do adulto para fazer? Como
podemos adaptar o meio para ela conseguir fazer sozinha?

Sempre que possível, dê dois passos para trás, a criança precisa de


espaço para se locomover, se movimentar. Os adultos são secundários
nesse processo de construção do ser humano do futuro, portanto, dê dois
passos para trás e permita que a criança siga.

Mantenha a sala preparada para o início do dia, antes da chegada dos


alunos. (materiais, limpeza, organização).

Promova autonomia constante à criança. A VOE é adaptada para que ela


possa realizar todas suas atividades sozinha, sem a ajuda desnecessária
do adulto.

Quando isso não está ocorrendo, precisamos reavaliar o meio.

Mantenha a limpeza e organização do ambiente escolar. Convide as


crianças a colaborarem (Ambientes internos e externos).
O educador deve atender com afeto e respeito todas as crianças e
famílias, sem nenhum tipo de acepção de pessoas ou discriminação (se
atentar com rótulos e apelidos).

Atenção na maneira de falar com as crianças – não faça chantagens (Ex.


se você não fizer isso, aquilo não vai acontecer), estabeleça combinados
claros e assertivos. Nunca responsabilize a criança por nossas emoções
(eu estou/vou ficar triste porque você fez/se você fizer isso).

A criança aprende por imitação, busque manter sempre os bons modos,


uma boa postura; ao falar, comer e agir de forma geral.

Sempre trate a criança com a melhor das boas maneiras, oferecendo o


melhor que houver em você e à sua disposição. Seja gentil, a criança
aprende a ser gentil com adultos gentis.

Mantenha o equilíbrio emocional ou solicite auxílio em situações adversas


com as crianças.

Não grite, esbraveje, faça injúria, humilhe, constranja, aperte, utilize


palavras inadequadas (sujeito a advertência escrita e a demissão por justa
causa por violação ao ECA título 2 .cap 2 art. 17 e 18).

Nunca toque a criança, a menos que seja convidado por ela de alguma
maneira. Nunca fale mal da criança em sua ausência ou presença.

Busque pelo silêncio, sempre que tiver oportunidade, priorize o silêncio, a


criança precisa se concentrar em seu trabalho e isso só ocorrerá se ela
tiver silêncio.

Desconstrua o movimento de: sempre que encontramos um adulto


precisamos conversar sobre assuntos de adultos. A VOE é um espaço
para as crianças e o melhor que podemos oferecer à elas, é nossa
presença real.
“Se houver para a humanidade uma
esperança de salvação, esta ajuda só
pode vir da criança, porque é nela que
se constrói o homem”.

- mARIA MONTESSORI

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