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Página inicial / Cursos / Prática Docente / Instrumentação para o Ensino / Arte de parar / Semana 10 / Mindfulness para crianças
O mindfulness para crianças nos oferece uma série de possibilidades para melhorar a sua atenção, para exercitar a empatia, a calma e a gestão
emocional desde muito pequenas. Além disso, iniciar os nossos filhos no mundo da meditação os ajuda a se conectar com si mesmos. O objetivo
é que se tornem mais habilidosos para se adaptarem em qualquer ambiente e, especialmente, no cotidiano.
Sabemos que utilizar a atenção plena no nosso dia a dia nos oferece múltiplos benefícios neste complexo mundo de adultos. Essas dinâmicas
em que nos vemos envolvidos tanto no trabalho como no nível pessoal “nos tocam fundo”, causando estresse e ansiedade. Nesses casos, a
meditação e cada uma das estratégias da mindfulness são úteis, catárticas e efetivas.
Ofereça ao seu filho um espaço seguro, livre de estresse, livre de angústia. Ensine-lhe onde está o seu equilíbrio através do mindfulness, proporcione
um ambiente de calma onde possa entender muito melhor as suas emoções.
Portanto, se o mindfulness é útil para nós, por que não ensiná-lo para as crianças? Deve-se dizer que já existem muitas escolas em todo o mundo
que incluíram esta prática nas salas de aula. Os exercícios de respiração, meditação e atenção plena que são incluídos diariamente na rotina dos
pequenos facilitam o entendimento das grandes conquistas que ocorrerão no seu desenvolvimento.
No entanto, é necessário que esses tipos de exercícios sejam estabelecidos como um hábito desde o início. Todos sabemos, por exemplo, como
pode ser complicado realizar uma sessão de relaxamento pela primeira vez em uma sala de aula do ensino médio. Por outro lado, crianças
pequenas, de 3 a 4 anos de idade, veem certos aspectos com normalidade, como tratar silenciosamente certos estímulos ou se concentrar na sua
própria respiração. Dessa forma, podem avançar no desenvolvimento de outras habilidades.
Vejamos abaixo como e de que forma podemos iniciá-los nesta prática que é tão divulgada e que oferece bons resultados.
Se perguntarmos em qual idade é mais conveniente começar com o mindfulness, a resposta tem uma pequena nuance sobre a qual é necessário
falar. Os 3 anos são, sem dúvida, a idade mais adequada para fazê-lo, mas não se esqueça de que se queremos alcançar bons resultados, temos
que ser constantes até que a novidade se transforme em hábito. Vamos nos aprofundar um pouco mais.
As crianças poderão desde muito pequenas gerenciar melhor as suas emoções negativas, entender a origem da sua raiva ou da sua tristeza para
canalizá-las adequadamente. Algo assim melhora as suas habilidades sociais, a sua maneira de se relacionar com os outros, por exemplo,
evitando situações de violência e agressividade na sala de aula.
“A atenção plena é uma ferramenta para ajudar os nossos filhos a adquirirem mais humanidade. A não se tornarem somente trabalhadores e
consumidores, mas cultivar desde muito cedo as suas habilidades para viver neste mundo e tomar consciência da sua beleza e fragilidade. ‘O filho é
pai do homem’, escreveu o poeta inglês Wordsworth. Pessoalmente, estou convencido (no momento, não tenho provas ou estudos para comprovar),
de que a atenção plena pode ajudar os nossos filhos a se tornarem adultos melhores”.
– Cristophe André, psiquiatra no Hospital Sainte-Anne em Paris –
Mindfulness para crianças: estratégias úteis e divertidas para começar
Em primeiro lugar, algo importante que devemos esclarecer é que o mindfulness para crianças não se limita exclusivamente a ensinar-lhes
a meditar, a relaxar ou a respirar. Vai muito mais longe. Não podemos esquecer que o Mindfulness também está relacionado com a alimentação,
o trabalho, a maneira como nos relacionamos, e inclusive com a prática de esportes…
Vejamos, portanto, quais são as estratégias que podemos desenvolver para que essa filosofia se integre ao seu modo de vida. Os requisitos são
dois: torná-lo simples e divertido. Estas são algumas das estratégias que podemos usar com crianças entre 3 e 6 anos de idade.
A hora de dormir é sempre um bom momento para ensinar-lhes a respirar de forma descontraída.
A criança deve colocar o seu bicho de pelúcia ou boneca no abdômen.
Agora, ela deve inspirar pelo nariz contando até 4, mas vendo como o seu abdômen sobe e com ele, o seu bicho de pelúcia.
Ela deve segurar esse ar por 3 segundos e, então, expirar pela boca observando o brinquedo baixar.
Um exercício muito eficaz que podemos realizar diariamente com eles quando, por exemplo, os levamos ou os trazemos da escola, caminhando
com eles de mãos dadas ou quando vamos às compras, é fazer o jogo do: “Eu percebo…, Vejo que…. Eu descubro que…”.
Trata-se apenas de incentivá-los a serem receptivos a tudo o que os rodeia e a tudo o que acontece, por menor que seja, por mais insignificante
que pareça. “Eu percebo que ouço alguém rindo ao longe”, “eu percebo que o homem que passou parece triste “,”eu percebo que ouço ao longe o
bebê de um pássaro chamando pela sua mãe no ninho “, “percebo que uma nuvem escondeu o sol…”.
Para concluir, sabemos que há muitos, muitos mais exercícios de atenção plena que podemos ensinar aos nossos filhos. Vamos encontrar
aqueles que melhor se adaptem à sua idade e à sua maneira de ser. Além disso, não nos esqueçamos de ser o seu melhor exemplo, uma
referência de calma, equilíbrio e amor eterno.
“Na pressa do nosso dia a dia, todos nós pensamos demais, buscamos demais, queremos demais e esquecemos a alegria de apreciar o ser”.
– Eckhart Tolle –
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