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No transcorrer desta Lição, o aluno deverá distinguir a diferenciação da mensagem a ser aplicada quanto à
sua compreensão nas diferentes Faixas Etárias. Devemos ter em mente que a criança não é um adulto
pequeno, a criança é um organismo biológico, com constituição neurológica e emocional diferente da do
adulto. A partir desse conhecimento surge a necessidade de compreensão do universo infantil, a fim de
alcançarmos os nossos objetivos; entendendo seus comportamentos manifestos de acordo com seu
desenvolvimento motor, social e emocional.
Nesta Lição seremos bem práticos. Não trabalharemos com estatísticas, por entender ser desnecessário do
ponto de vista da mutabilidade de idade existente nas diversas faixas etárias. O nosso trabalho de
evangelização estará sempre voltado, em sua generalidade, para as crianças que ainda não são evangelizas.
Entretanto, em certas circunstâncias poderá se aplicar também às faixas de pais evangélicos.
Berçário (0 a 2 anos)
O bebê nasce com a capacidade de emitir comportamentos dirigidos a pessoas que estão em contato com ele. Estas
respostas incluem agarrar, vocalizar, sorrir, explorar visualmente e acompanhar tal pessoa.
Durante as primeiras semanas de vida o bebê não faz diferença alguma entre as pessoas, pois elas ainda não têm,
para ele, consistência ou unidade. Mas a partir de 2 meses, o quadro muda. O bebê dispensa mais atenção ao mundo
que o cerca e começa a responder ao sorriso e a reagir por emissões vocais dos sons que se emitem diante dela. Essa
espécie de pré-diálogo prepara o terreno para o contato afetivo e social.
O berçário não deve ser somente um lugar que funcione como “depósito de neném”. Enquanto a mãe assiste à Escola
Dominical, procure trabalhar com esses sentimentos para que o terreno seja preparado e cultivado para semeadura
do Evangelho.
O bebê gosta de companhia, procure sorrir, cantar, manifestar afeto.
A partir dos 6 meses de idade se assinala o interesse e alegria do bebê por brinquedos, desenvolva na Escola
Dominical um espaço onde a criança manuseie esses brinquedos de maneira que ela possa relacionar esse espaço
prazeroso que a igreja oferece como algo bom para o seu bem-estar físico, social e, consequentemente, espiritual.
A partir de um ano de idade a criança participa ativamente do ambiente, já diferencia rostos, compreende algumas
ordens simples e mostra alegria ao atendê-las.
A compreensão está perfeitamente estabelecida e destra, a criança manuseia, alinha cubos e até pode rabiscar com
um lápis, se lhe mostrar como fazê-lo, já que atende a certas ordens vocais.
Faça do berçário um espaço bem decorado, criativo, não muito colorido (espalhe as cores), ofereça brinquedos,
sorria, e principalmente encha esse ambiente do amor de Cristo, porque certamente ficará registrado no coração e
nas emoções do bebê. Um bom relacionamento criará um sentimento de prazer em estar na Escola Dominical. Na
chegada do bebê, louve a Deus por sua vida.
1.1. Criatividade
Dentro do mundo infantil há de se deixar que elas criem, pois aí está o seu campo predileto. E com sabedoria
poderemos informar-lhes, em sua própria criatividade, conceitos divinos que com certeza elas entenderão melhor.
Entretanto, a criatividade deve partir também dos evangelistas, no sentido de despertar a curiosidade na criança,
para entender o bem e o mal. Provérbios 20.11: “Até a criança dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for
pura e reta”.
Como você vê, a criança é “terra” muito fértil e precisa ser muito bem trabalhada. Os resultados certamente serão
fantásticos.
Providências Cabíveis
Mobilizar programas de entretenimento com as crianças nessa idade, pois elas são muito curiosas. É de bom tom que
se implemente subjetivamente os valores morais e espirituais, através de contos, histórias e coreografias. Para se
atingir os fins, utiliza-se os meios possíveis como “isca” para conscientizá-las sobre o Evangelho. São participativas,
gostam de competições, etc. Exemplos de atividades: EBF, classe dos cinco dias, tardes ou manhãs de louvor e
conhecimento bíblico.
Advertência à Liderança
É de suma importância que os lares evangélicos repensem no que concerne ao evangelismo infantil. A mídia, o
avanço
tecnológico e outras influências têm crescido em extremo e determinando normas, costumes, etc. A Igreja precisa
com urgência investir em professores qualificados, conscientes de suas responsabilidades. Criatividade, amor,
interesse e dedicação com certeza compõem um trabalho qualitativo mesmo quando faltam recursos financeiros.
Observações Gerais
Sempre devemos ter em mente o rápido crescimento das crianças. Qualquer iniciativa, no sentido de assisti-las, terá
de ser com urgência, caso contrário o adversário chegará primeiro.
b) Mentais – O adolescente é mais emotivo. Sonhos por acontecimentos irrealizáveis. Vive mais no mundo da
fantasia. É uma época delicada que precisa ser cuidadosamente trabalhada. Aos 12 anos ganha corpo e o interesse
predominante por si mesmo,
é uma idade de ardor e de razão, na qual aparecem “modos de pensar, de sentir e de agir, que prefiguram o espírito
adulto”.
Aos 13 anos, o indivíduo se interioriza e interioriza o mundo ambiente. Absorve-se em si mesmo. O jovem tende a
sentir-se só, único, incompreendido.
Tente aproximar-se com firmeza, sem críticas, mostrando-se disposto a ajudá-lo em seus conflitos e a contribuir de
forma significativa para esclarecimentos e indagações próprias desse momento.
c) Social – Os adolescentes gostam de selecionar seus grupos. A variedade será seu forte. O amor será devotado a
Deus com muita intensidade, se for convencido, pois nesta etapa tudo será forte; apreciam reuniões com louvores.
d) Espiritual – Necessitam de muito apoio. Ocupar todo o tempo e espaço com intuito de assisti-los em sua
juventude. Orientação em todos os níveis de sua vida. Lembre-se de que a vida, para eles, é uma caixinha de
surpresas e precisam de cuidado.
Esta idade é muito passageira
O crescimento é rápido. Além do crescimento em estatura, diferentes partes do corpo crescem em desigualdade. As
mãos e os pés crescem primeiro. Os braços e pernas crescem antes que o tronco. Surgem os caracteres sexuais. As
meninas têm os seios ampliados, e dá-se o início da menstruação. Nos meninos, além da ampliação dos músculos e o
surgimentos dos pelos, a voz começa a se modificar.
Cuidados especiais
O evangelista deve trabalhar sistematicamente com o adolescente no que concerne à influência do uso de drogas. A
“cultura das drogas não é algo novo”. Satanás aproveita esse momento de transição, incertezas e ilusões tão
peculiares ao adolescente, para envolvê-lo de uma forma cruel com os tóxicos. Interfira nessa estratégia revelando o
amor de Cristo.
Procure estabelecer diálogo com esse adolescente e caminhar, se possível, com sua família. Lembre-se de que deve
haver uma ponte entre a Igreja e o Lar.
Quando essa oportunidade não existe, evangelize o adolescente, e aos poucos conquiste sua família.
O evangelista, além de conhecer bem a Bíblia, precisa ser muito compreensível e amoroso para se relacionar com as
pessoas dessa idade.
Pontos importantes
No caso dessa idade, o evangelista terá mais facilidade para trabalhar, desde que se identifique com suas aspirações.
Seus projetos começam a ser delineados; seja firme e apresente-se como conselheiro diante de suas incertezas.
Lembre-se de que são muito desconfiados, às vezes arredios, porém bastante emotivos.
Alguns exemplos:
a) Apresentar como “isca” boa música, mas que seja voltada para sua idade;
b) Aulas de artes (sempre diversificadas, de acordo com suas aspirações);
c) Recreação compatível;
d) Valores de moral e cívica;
e) Leituras apropriadas, esclarecedoras sobre sexo, drogas, namoros e temas relacionados à sua idade;
f) Encontros promovidos sempre por pessoas capazes, a fi m de discutirem suas dúvidas e aspirações acerca do que
“pode” e do que “não pode”.
Observações: Não se deve esquecer de que todo esse trabalho terá de ser feito com muito senso de
responsabilidade, oração e respaldo bíblico (1Jo 3.14-17). Transcreva estes versículos em quadros especiais, coloque-
os em posições bem visíveis para facilitar o seu trabalho.
Nota final
Ao observar que você já ganhou a confiança dos jovens, aí começa o trabalho de evangelismo, pois tudo o que foi
trabalhado anteriormente não era outra coisa senão uma ESTRATÉGIA para facilitar sua evangelização. “Fiz-me como
fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns”
(1 Co 9.22).
Observações gerais
O evangelista, mesmo sendo um bom conhecedor da Bíblia, pode se utilizar de ESTRATÉGIAS para ganhar tempo e
chegar ao objetivo da mensagem. Jesus nos dá o exemplo nessa direção (Jo 4.7-14). Às vezes, por falta de
objetividade, pode-se falar muito e não concluir com a decisão.
Pontos básicos:
1. Crer em Jesus como Salvador (At 16.31);
2. Confessar seus pecados (Rm 10.9-10);
3. Entregar-se incondicionalmente (Jo 3.16-18);
Meditar no texto de 1 Timóteo 2.3-4: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que
todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”.
Conclusão
a) O evangelista precisa ser organizado e prudente;
b) Catalogar suas visitas: nome completo, endereço, hora recomendada para visitação;
c) Nunca exagerar no tempo das visitas;
d) Logo que venha convicção da segurança do novo convertido, encaminhar à igreja para continuar sua assistência;
e) Nunca se colocar como proprietário do novo convertido;
f) Ter fé e confiança em Deus e seguir em frente, sabendo que outros necessitados estão à sua espera.