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A IMPORTÂNCIA DO

BRINCAR PARA O
DESENVOLVIMENTO DA
CRIANÇA

Os níveis do brincar
•O brincar não significa apenas recrear, é muito mais,
caracterizando-se como uma das formas mais
complexas que a criança tem de comunicar-se
consigo mesma e com o mundo, ou seja, o
desenvolvimento acontece através de trocas
recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida.
Assim, através do brincar a criança pode desenvolver
capacidades importantes como atenção,
memorização, imitação e a imaginação; além de
propiciar à criança o desenvolvimento de áreas da
personalidade como afetividade, motricidade,
inteligência, sociabilidade e criatividade. (Oliveira,
2000)
A educação e a ludicidade devem unir-
se para que haja uma concretização
do aprendizado escolar, de maneira
que o educador precisa estar sempre
observando as habilidades
desenvolvidas e as quais ainda
precisam ser revistas e estimuladas em
sala de aula. (Piaget, 1998)
FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

1º ESTÁGIO SENSÓRIO MOTOR (0 a 2 anos)


Nesta fase do desenvolvimento infantil, as crianças
desenvolvem a capacidade de se concentrar em sensações e
movimentos. Desenvolve-se através da experiência com os
5 sentidos.
O bebé começa a interagir com o mundo exterior,
interessando-se pelos estímulos que ele
proporciona. Durante esse período se desenvolve a
coordenação motora. Os bebés nessa faixa etária só têm
consciência daquilo que podem ver e é por isso que choram
quando a mãe sai do seu campo de visão, mesmo que ela
esteja muito perto.
Desenvolvem o movimento e aprendem a explorar seus
reflexos.
Ainda não tem consciência da permanência dos objetos.
2º ESTÁGIO pré-operatório (2 a 7 anos)
• Essa etapa do desenvolvimento cognitivo, caracterizada pela
entrada da criança no sistema educacional formal, envolve
o desenvolvimento da linguagem, da lógica ”e se” e o uso de
categorias para classificar os objetos e a realidade.
• Começa a imitar, classificar, já associa a fala a imagem: ex:
carro (conservação do objeto) pede pelo brinquedo específico
que ela sabe que existe.
• Egocentrismo: nessa fase, algumas vezes a criança não tem a
real percepção dos acontecimentos, mas sim a sua própria
interpretação.
• É a fase dos “porquês”, da exploração da imaginação, do faz de
conta, comidinha, cria histórias, desenham.
• Essa é a fase que mais elas acreditam no lúdico, é onde estão
na Educação Infantil então por isso tudo tem que estar
recheado de muita brincadeira e diversão.
3º ESTÁGIO: operatório concreto (7 a 12)
Nessa fase começa a ser demonstrado o início do
pensamento lógico concreto e as normas sociais já
começam a fazer sentido para a criança. Nesta fase de
desenvolvimento, as crianças começam a aprender e
praticar operações matemáticas
- O Egocentrismo diminue, a empatia aumenta;
- Entende melhor os conceitos de certo e errado;
- já cria soluções mentais para problemas reais. Ex: escada
para alcançar algo alto
NÍVEIS DO BRINCAR
JOGO FUNCIONAL: brincadeira que envolve movimentos
musculares repetitivos e de maneira espontânea. Comum nos dois
primeiros anos devido a simplicidade.
Ex: jogo de musicalização e gesto
JOGO CONSTRUTIVO: caracteriza-se pelo uso de objetos e
materiais para criar coisas. Tem início por volta dos 4 anos.
Ex: empilha blocos, caixas, constrói coisas com objetos, casas,
castelos, etc.
JOGO DRAMÁTICO: também conhecido como jogos de faz de
conta ou fantasia. Essa brincadeira evolui à medida que a criança
desenvolve sua linguagem e capacidade de representação.
Ex: brincar de casinha, boneca, personagens, super herói, etc.
JOGO COM REGRAS: brincadeiras com normas e regras
conhecidas e marcadas pela competição. Exige um nível de
socialização maior. Fazem sucesso a partir de 7 anos.
Ex: futebol, bolinha de gude, etc.
“Se um conteúdo não pode ser ensinado brincando então não serve
para Educação Infantil.”
• OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2000.
• PIAGET, J. A formação do símbolo: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 3. ed. Rio de
Janeiro: Zahar, 1998
ROTINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
- Estabelecer as regras da sala (sem enfatizar o que é proibido, mas o que é
permitido).
- Ensinar as crianças a retirar diariamente a agenda da mochila e colocar na
mesa da professora.
- Diariamente trabalhar o Calendário (dia da semana, dia do mês e ano)
- Diariamente trabalhar o tempo (está chovendo, fazendo sol, nublado?)
- Agenda do dia (disponibilizar através de desenhos num painel ou mesmo
no quadro, a ordem das atividades do dia)
- Como tarefas de casa, enviar somente atividades significativas, evitar
coisas que demande muito recurso e tempo dos pais.
- Estabelecer as regras da sala (sem enfatizar o que é proibido, mas o que é permitido).
Socialização/ músicas/histórias/dinâmicas
- Dar prioridade a atividades que envolvam o desenvolvimento de habilidades essenciais para o
desenvolvimento das crianças e as preparem para a alfabetização e o raciocínio lógico.

O QUE NÃO PODE FALTAR?

- BRINCADEIRAS COM CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA


- BRINCADEIRAS PARA O RECONHECIMENTO E SOM DAS LETRAS:
- Andar na letra (na corda, com a fita)
- Escrever na areia/tinta/sabão
- furar no pratinho de plástico e fazer alinhavo da letra
- fazer bolinhas com papel para colar no contorno da letra
- pular em cima da letra correta
- encontrar o par da letrinha estudada dentre outras letras
- ATIVIDADES PARAOS NÍVEIS DE ESCRITA
ENVIO DE TAREFAS

•Jardim I 3 anos esporadicamente (1 ou


duas vezes por semana)
•Jardim II 4 anos: 2 vezes por semana
•Jardim III 5 anos: 3 vezes por semana
•1 ano: 4 vezes por semana
•OBS: Nas sextas-feiras não enviamos
tarefa para casa.
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
• Relatório de habilidades alcançadas bimestralmente;

• Em avaliação, não há como nos basearmos apenas na memória,


porque ela é muitas vezes falha.

• A avaliação exige sistematização sob a forma de registros


significativos: LIVRO, CADERNO, PASTA DE PRODUÇÃO
TEXTUAL.

• Registros de avaliação significativos procuram documentar e


ilustrar a história da criança no espaço pedagógico, sua interação
com os vários objetos do conhecimento, sua convivência com os
adultos e outras crianças que interagem com ela.
PRODUÇÃO TEXTUAL NA EDUCAÇÃO
INFANTIL E 1 ANO
O menor rabisco realizado por uma criança que ainda não é
alfabetizada merece ser levado em consideração, pois eles mostram a
hipótese que a criança tem sobre a escrita e sua maneira de se
comunicar com o mundo.

(EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea),


em situações com função social significativa.
O que é texto coletivo?
Textos coletivos são aqueles que são produzidos pelos alunos
sobre um determinado tema, tendo a professora como
mediadora/escriba. Eles são podem ser feitos a partir dos
contextos vivenciados pela criança no seu dia a dia com temas
em que estão trabalhando durante a semana: fruta, animais,
partes do corpo, algum evento que aconteceu naquela semana,
listas de receitas, etc. Bem como a partir de recursos de
dentro da sala de aula: instrução de jogos, mural de notícias,
recados, aniversariantes do mês, convite, chamadas, lista de
palavras, receitas, etc. Aquilo que faz parte do dia a dia da
criança.
Palavras chave: contextualização – intencionalidade -
letramento
PRODUZIR TEXTOS A PARTIR DO QUE TEM NA SALA DE AULA
Texto coletivo com a professora de escriba a partir de: instrução de jogos, mural de notícias,
recados, aniversariantes do mês, convite, chamadas, lista de palavras, receitas, etc. Aquilo que faz
parte do dia a dia da criança.
Para fazer uma boa produção de texto precisa-se de três competências que devem ser
desenvolvidas passo a passo a começar na Educação Infantil e ir seguindo para as séries
posteriores ao longo da vida.
Competência linguística: habilidade do conhecimento das letras - grafemas e fonemas,
consciência fonológica, formas gráficas, parágrafos, letra maiúscula e minúscula, ortografia, são
formas de organizar a escrita.
Competência cognitiva: habilidades de planejamento, de memória, de revisão, pensar antes de
escrever, organizar o pensamento, questões motoras, etc.
Competência social: vivência, práticas letradas, contextualizadas que façam parte do dia a dia
das crianças e façam sentido para elas.
- Porque estou escrevendo? É para comunicar algo a alguém, é para lembrar de determinada
informação? - Para quê? Para quem? Onde escrevo? Como escrevo?
O que é escrita espontânea?

É a escrita que a criança inventa em seu processo de


compreensão da escrita.

Ela expressa o resultado do confronto da criança com


o sistema de escrita alfabética. Permite ver como está
acontecendo o desenvolvimento da escrita, da
consciência fonológica e das letras.
VAMOS PARA PRÁTICA?

- REVISÃO DOS NÍVEIS DE


ESCRITA

- ANÁLISE DE RESULTADO
DO ANO PASSADO
Como usar escrita inventada (espontânea) para mediar intervenções de
avanço?

Confrontar a escrita da criança com a escrita convencional da


palavra

Intervenções:
- A professora dita a palavra e a criança inventa a escrita dessa palavra do jeito que
acha que é usando alfabeto móvel ou o caderno.
- A professora pode escrever a palavra no quadro com alfabeto móvel também e
explicar os processos implícitos e explícitos na escrita inventada passo a passo:
Segmenta a palavra relacionando cada som a uma letra, seleciona a letra
adequada a cada som e vai compondo a palavra até sua ortografia correta.
- Pronuncia novamente as palavras.
- Tira as letras e pede as crianças que escrevam novamente a palavra.

Muito cuidado ao explicar isto da maneira correta aos pais.


Dicas de intervenções:
- Independente do nível em que esteja posso fazer
intervenções individuais ou coletivas fazendo análises das
palavras no quadro por exemplo e pedindo que escrevam ao
lado dessas palavras as escritas convencionais, pois dessa
maneira cada uma avança para o próximo nível desenvolvendo
consciência grafofonêmica e fonografêmica.

- Posso fazer atividades exclusivas para o passo seguinte que


ela precisa alcançar e separar momentos de intervenção com
alfabeto móvel onde há análise e confronto com a escrita
convencional da palavra.
PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL
Sugestões para a escrita espontânea em cada
série:
Jardim I – Registro de letras
Jardim II – Registro de listas de palavras (no
máximo 4)
Jardim III – Registro de lista de palavras (4 ou 5)
quando a maior parte da turma já estiver
conseguindo escrever palavras simples, passar para
frases.
1 ano – texto coletivo e lista de palavras e frases
PASSOS A SEREM SEGUIDOS PARA PRODUÇÃO TEXTUAL
1º passo - apresente o gênero textual e suas características, explique por meio de exemplos
como escrever aquele tipo de texto.
2º passo:
 Pesquisa sobre o gênero textual, incluindo onde podemos encontrar.
Obs: Na educação Infantil usar poemas, rimas, parlendas, histórias, cantiga de roda, receitas
etc.
1º ano já podem inserir outros gêneros textuais seguindo o livro também.
 Criar/ escrever um texto com rima ou não a partir de algo que você está trabalhando.
•3º passo - escrita coletiva (a professora é a
mediadora deste momento incentivando as
crianças a pensarem na construção do texto,
todos participam. Aproveite este momento para
ensinar de forma bem espontânea sobre
pontuação, entonação da voz, espaçamento entre
palavras, linhas e margem da folha.
Especialmente o 1º ano.
•4º passo – escrita individual (lista de palavras,
ditado, banco de palavras) preferencialmente que
tenham a ver com o tema que você está
trabalhando. Precisa partir de um contexto, exceto
quando for registro de brincadeiras para estimular
a consciência fonológica como aliteração e rima.
•5º passo- reescrita individual no quadro, abaixo
ou ao lado da escrita espontânea no papel para
que o aluno confronte a escrita espontânea com a
convencional (momento de reflexões que
promovem o avanço de níveis).
TEXTO TEXTO INDIVIDUAL – escrita espontânea
COLETIVO
TEXTO TEXTO INDIVIDUAL – escrita espontânea
COLETIVO
TEXTO TEXTO INDIVIDUAL – escrita espontânea
COLETIVO
Metas para cada série até novembro:
Jardim I: conhecer as vogais, letras do alfabeto, números de 0 a 10 e
o primeiro nome.
Jardim II: conhecer as letras do alfabeto e seus sons. Números de 0 a
20. Saber escrever os dois primeiros nomes. Estar no nível de escrita
silábico com valor sonoro.
Jardim III: conhecer as letras do alfabeto e seus sons. Saber escrever
o nome completo. Números de 0 a 30 ou 50. Estar no nível de escrita
silábico-alfabético.
1 ano: conhecer os sons das consoantes e conseguir fazer
associação grafema-fonema. Números de 0 a 100. Saber escrever o
nome completo. Estar no nível de escrita alfabético.
Obs: fazer uso de ficha com o nome e outros recursos lúdicos.
VAMOS PARA PRÁTICA?

REVISÃO DOS NÍVEIS DE


ESCRITA

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