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2022

CURSO DE CAPACITAÇÃO
INSTITUTO EDUCOMUNICAÇÃO -
Completo
SUMÁRIO
1 NEURODESENVOLVIMENTO INFANTIL ............................................................ 5
2 A IMPORTANCIA DO NEURODESENVOLVIMENTO .......................................... 6
3 PERCEPÇÃO SENSORIAL EM CRIANÇAS EM PERÍODO DE
APRENDIZAGEM ................................................................................................. 8
1.1 PERCEPÇÃO SENSORIAL .................................................................................. 8
1.2 SISTEMA TÁCTIL ................................................................................................. 8
1.3 SISTEMA AUDITIVO ............................................................................................ 9
1.4 SISTEMA ORAL.................................................................................................. 10
1.5 SISTEMA OLFATIVO .......................................................................................... 10
1.6 SISTEMA VISUAL............................................................................................... 11
1.7 SISTEMA VESTIBULAR ..................................................................................... 12
1.8 SISTEMA PROPRIOCEPTIVO ........................................................................... 13
1.9 PERCEPÇÃO SENSORIAL NA ESCOLA ........................................................... 13
4 AS IMPLICAÇÕES DO NEURODESENVOLVIMENTO INFANTIL NA ESCOLA16
5 EXISTE UMA IDADE ÚNICA PARA APRIMORAR O
NEURODESENVOLVIMENTO? ......................................................................... 19
6 QUAIS SÃO OS OBSTÁCULOS DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO ......... 20
7 FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL .................................................... 21
1.9.1 O DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO A TEORIA DAS 3
INFÂNCIAS ......................................................................................................... 21
1.9.1.1 PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA ........................................................................ 22
1.9.1.2 PRIMEIRA INFÂNCIA .................................................................................. 23
1.9.1.3 SEGUNDA INFÂNCIA ................................................................................. 24
8 COMO ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO INFANTIL .................................. 25
9 REFERENCIAS .................................................................................................. 30
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1 NEURODESENVOLVIMENTO
INFANTIL

A infância é um período extremamente desafiador,


uma vez que nessa fase a criança passa a obter
uma série de descobertas acerca do contexto em
que vive. O neurodesenvolvimento é algo que
influencia de maneira considerável nesse quesito.
O neurodesenvolvimento pode ser definido como o
conjunto de habilidades no qual o pequeno passa
a interagir com o meio que o rodeia. No entanto,
esse contato se dá de forma dinâmica e será
determinado pela idade, a maturidade, os
estímulos presentes no ambiente de convivência e
os fatores biológicos.
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2 A IMPORTANCIA DO
NEURODESENVOLVIMENTO
Para ficar mais claro o poder que esse grupo de
competências representa, basta elencar aqui quais
são os aspectos que fazem parte desse conjunto:
– As habilidades sensoriais (a visão e a audição);
– A manipulação;
– A comunicação e a linguagem;
– Os comportamentos;
– Os afetos;
– As emoções;
– A motricidade global;
– As competências cognitivas não verbais e
verbais.
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3 PERCEPÇÃO SENSORIAL EM
CRIANÇAS EM PERÍODO DE
APRENDIZAGEM

1.1 PERCEPÇÃO SENSORIAL

Em casa ou na escola, podemos, com ações


simples, estimular as crianças e ajudá-las a
desenvolver a percepção sensorial. Conheça
agora os diferentes sistemas envolvidos nesse
aprendizado e como estimular cada um deles em
crianças em período de aprendizagem.

1.2 SISTEMA TÁCTIL

A pele é o órgão que permite a percepção


sensorial táctil, através do toque e sensações,
como alternância de temperaturas e o contato com
diferentes texturas.
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Brincadeiras que estimulam o sistema táctil


envolvem, em sua maioria, as mãos. Usar objetos
variados e materiais como areia, massinha, entre
outros, desperta essa percepção sensorial.

Em sala de aula, você pode brincar de colocar


uma venda dos olhos das crianças para que elas
adivinhem os objetos que passam pela sua mão.
As crianças se divertem e se desenvolvem.

1.3 SISTEMA AUDITIVO

O ouvido é o órgão responsável pelo sistema


auditivo — cuja função é ouvir e definir sons. Na
escola, a professora pode usar a sua voz, mas
também outros recursos para estimular essa
percepção, como músicas e brincadeiras com
rimas e ritmos.

A ideia é estimular essa função de uma forma


lúdica, de maneira que desperte a atenção das
crianças. Existem várias maneiras de fazer isso.
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Brincadeiras de adivinhação de sons (natureza,


animais) são divertidas e estimulam o sistema
auditivo.

1.4 SISTEMA ORAL

A língua é o órgão principal do sistema oral e o


paladar é o sentido que precisa ser desperto.
Comidas doces, salgadas, azedas, amargas,
macias, duras, toda essa variação exercita o
paladar.

Qualquer atividade que envolva culinária pode


desenvolver a percepção oral. Brincar com os
sabores, pedir à criança que perceba os sabores é
divertido e favorece a estimulação do paladar.

1.5 SISTEMA OLFATIVO

O órgão responsável pelo sistema olfativo é o


nariz, que distingue os diferentes odores.
Perfumes, aromas, temperos podem estimular
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esse sentido. Por isso, atividades que envolvem


alimentos são muito indicadas aqui.

Em sala de aula, você pode fazer atividades de


preparo de alimentos, tomando consciência de
cada aroma, percebendo as suas diferenças.
Atividades na cozinha com as crianças estimulam
essa percepção sensorial tão importante, mas
pouco explorada.

1.6 SISTEMA VISUAL

Os olhos são responsáveis pela percepção visual.


Estimular esse sentido é relativamente fácil, pois
uma simples mudança de ambiente ou
luminosidade já o faz. Em sala de aula, a simples
ação de mudar a decoração, colocar desenhos
nos murais, abusar das cores, já estimulam essa
percepção.

Da mesma forma, toda atividade que envolve a


visão, como teatros e fantoches para as crianças,
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estimulam a percepção visual. Usar esses


recursos na sala de aula, traz dinamismo para o
dia-a-dia e ainda estimula a percepção sensorial
das crianças.

1.7 SISTEMA VESTIBULAR

O sistema vestibular é responsável pelo equilíbrio


e, ainda que não seja um sentido, faz parte da
percepção sensorial. A noção de lateralidade
também é responsabilidade desse sistema,
localizado no ouvido.

Brincadeiras como pular corda e amarelinha


estimulam essa função do cérebro. Brincadeiras
antigas, mas que seguem sendo queridinhas dos
pequenos, divertem e ajudam no desenvolvimento
dessa percepção sensorial.
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1.8 SISTEMA PROPRIOCEPTIVO

O sistema proprioceptivo está relacionado com a


percepção espacial, coordenação motora,
gravidade, peso e movimentos em geral. Toda
atividade que envolve movimento corporal, como
dança e jogos como vôlei, futebol, queimada,
estimulam essa percepção sensorial.

Outras brincadeiras que envolvem ações, como


pega-pega, dança da cadeira e outras do mesmo
estilo, desenvolvem e estimulam o sistema
proprioceptivo.

1.9 PERCEPÇÃO SENSORIAL NA ESCOLA

A estimulação da percepção sensorial deve ser


trabalhada desde a educação infantil. Toda
atividade que permite a criança viver experiências
sensoriais desenvolve a percepção de si e do
meio que a cerca.
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Além disso, estimular a percepção sensorial com


sabores, sons, cheiros e texturas em atividades
escolares, favorece o desenvolvimento da
criatividade e da inteligência. Também ajuda a
identificar possíveis deficiências precocemente, o
que é fundamental para o tratamento das mesmas.

A aprendizagem ocorre a partir dos estímulos aos


quais as crianças são expostas, por isso a
percepção sensorial deve ser amplamente
explorada na escola.

Veja algumas das principais vantagens de


estimular a percepção sensorial na escola.

Favorece a criatividade — as fantasias nas


brincadeiras que estimulam a percepção sensorial
despertam a imaginação e permitem a criação de
vínculos sociais.

Permite identificar deficiências nos sistemas


sensoriais — déficits sensoriais afetam a
aprendizagem e dificultam a concentração. Os
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professores podem perceber deficiências e


encaminhar as crianças para avaliação
precocemente, o que favorece o tratamento.

Desenvolve a coordenação motora — na


educação infantil, principalmente, a estimulação
da percepção sensorial é fundamental para
desenvolver a coordenação motora, assim como a
concentração e o desenvolvimento cognitivo.

A exploração e estimulação dos sentidos através


de atividades lúdicas favorecem a aprendizagem e
o desenvolvimento pleno das crianças.
Restou alguma dúvida sobre como estimular a
percepção sensorial das crianças em período de
aprendizagem? Deixe nos comentários.
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4 AS IMPLICAÇÕES DO
NEURODESENVOLVIMENTO
INFANTIL NA ESCOLA
Para se ter uma noção do quão importante é o
neurodesenvolvimento no período escolar, um
estudo constatou que as vias neurais de aferência
sensorial são responsáveis por desempenhar um
papel determinante no desenvolvimento do
cérebro da criança, logo em seus primeiros anos
de vida.
A estimulação sensorial é de grande relevância,
pois aspectos como movimentos, cores, sons e
afetividade são elementos básicos de tais
estímulos na vida do pequeno, sobretudo na
primeira infância.
É sempre válido salientar que a partir do momento
em que a criança obtém o neurodesenvolvimento
funcionando de maneira regular, sua experiência
no ambiente escolar tende a ser bastante
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satisfatório.
Por outro lado, quando algo de errado ocorre
nesse aspecto, o pequeno passa a precisar de um
acompanhamento que vá possibilitar a sua
trajetória frente aos desafios presentes na vida
acadêmica.
O neurodesenvolvimento da criança está
relacionado a uma série de fatores que
influenciam fortemente a vida do
pequeno: psicomotricidade e motricidade; visão,
linguagem e audição; interação social e
comportamento; e postura. Todos esses fatores
representam a base elementar para o aluno e
seus aspectos cognitivos em sala de aula
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5 EXISTE UMA IDADE ÚNICA PARA


APRIMORAR O
NEURODESENVOLVIMENTO?

Na verdade, é preciso ressaltar que a idade de


aquisição de determinadas competências
psicomotoras, atitudes comportamentais e outros
fatores intimamente ligados ao
neurodesenvolvimento apresentam uma enorme
variação. Há que se ressaltar que o limite do que é
considerado normal ou certo nem sempre é tão
simples de estabelecer, principalmente no que diz
respeito ao comportamento.
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6 QUAIS SÃO OS OBSTÁCULOS DO


PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

– Os déficits de cognição;
– As perturbações sensoriais, evidenciando a
surdez ou a cegueira;
– As deficiências motoras, com destaque para a
paralisia cerebral;
– As perturbações que afetam as habilidades da
comunicação, tal como a perturbação específica
da linguagem;
– As perturbações de comportamento (a
perturbação de hiperatividade com déficit de
atenção);
– As perturbações ligadas à aprendizagem
escolar, como a discalculia e a dislexia;
– As perturbações ocasionadas pelo Transtorno
do Espectro Autista (TEA).
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7 FASES DO DESENVOLVIMENTO
INFANTIL
Para início de conversa, é preciso dizer: existem
muitas teorias, e cada autor de Psicologia ou de
Pedagogia aplica uma diferente. Assim, é possível
que, volta e meia, algumas entrem em conflito.
Aqui, vamos comentar sobre duas visões. A
primeira entende o desenvolvimento infantil a partir
de 3 infâncias. A segunda é a de Piaget, uma das
mais clássicas. Olhe só!

1.9.1 O desenvolvimento infantil segundo a


teoria das 3 infâncias

Bem, essa é a primeira delas. Então, conheça sua


divisão!
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1.9.1.1 Primeiríssima infância

A primeiríssima infância vai do 0 aos 3


anos incompletos. Também é chamada de fase
dos 1.000 dias e é considerada uma das mais
importantes.

Nesse período, muitas e aceleradas mudanças


acontecem no cérebro do bebê. Cada experiência
possibilita uma enorme aprendizagem. “Ele presta
atenção a tudo ao redor. A partir do primeiro ano, já
identifica diferenças nas principais cores, devido ao
desenvolvimento da visão”, conta Amanda Ferraz.

Além disso, essa é uma fase em que toda a


musculatura vai se fortalecendo bem rápido, para
que o bebê comece a engatinhar e a andar. A
cognição também está acelerada, o que facilita a
habilidade de se comunicar.
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1.9.1.2 Primeira infância

A primeira infância vai dos 3 aos 7 anos. As


maiores mudanças estão no desenvolvimento
físico, motor e psicológico. Os pequenos já saltam,
correm e sobem escadas. Podem se vestir
sozinhos e amarrar cadarço (ainda que não
perfeitamente).

A partir dos 3 anos, também, já sentem menos


dificuldade quando precisam se separar da mãe. A
imaginação é tão ativa, lá pelos 4, que muitos
medos surgem (como o do escuro). Por isso, não
se assuste tanto se os pesadelos começarem.
Ainda, eles costumam ser curiosos e investigativos.
Então, todo cuidado com escadas, janelas e outros
perigos é pouco.
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1.9.1.3 Segunda infância

A segunda infância vai dos 7 anos aos 12


anos incompletos. “Chamo de fase silenciosa, pois
o crescimento e o desenvolvimento infantil não são
tão perceptíveis quanto nos anos anteriores. As
maiores mudanças são no aspecto psicológico e
emocional”, declara Amanda. Por exemplo, as
crianças nessa idade já demonstram preferência
por alguns amigos.

É, também, uma fase em que elas começam a


ganhar independência: já conseguem realizar
muitas atividades sem ajuda. A psicóloga chama a
atenção para, apesar disso, não deixar de observá-
las: “Elas gostam de fazer sozinhas e provar que
dão conta, mas é importante estar próximo e saber
o que o filho está fazendo”.
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8 COMO ESTIMULAR O
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Segundo a Amanda, os estímulos propiciados
pelos adultos são essenciais para um
desenvolvimento infantil saudável e dentro do
esperado.
Então, veja só como você pode fazer isso!
Nos 2 primeiros anos
“No primeiro ano de vida, o contato com o cuidador
principal (que, geralmente, é a mãe, mas pode ser
outra pessoa) é o mais importante de tudo, pois o
bebê é muito dependente e precisa disso para se
sentir seguro”, sugere Amanda.
A psicóloga também recomenda interagir por meio
da leitura e da conversa. Quanto mais isso existe,
maior a tendência de a criança adquirir um bom
vocabulário. O legal é que essas atividades podem
ser feitas desde a gestação.
Até os 2 anos, os pequenos são bastante
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sensoriais. Assim, a indicação é ter brinquedos


com texturas e cores diferentes. Além disso, deixá-
los fora do berço e do colo ajudará a estimular o
tônus muscular.
Os momentos de brincadeiras no tapete e a
sensação de macio e duro, por exemplo, são
estímulos enriquecedores e antecedem os marcos
seguintes.
Amanda explica: “Para a criança ter força ao andar,
ela precisa, antes, rastejar, engatinhar. É todo um
processo de fortalecimento da musculatura. A
mesma coisa acontece com a fala: ela começa a
balbuciar as palavras que mais ouve”.
Dos 3 aos 5 anos
Aqui, a psicóloga sugere tudo o que envolve a
imaginação: papel, lápis de cor, giz de colorir, tinta,
massinha. Essas atividades também são ótimas
para a coordenação motora, que é fundamental
para a fase de alfabetização.
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Livros com gravuras, bonecas, carrinhos, blocos de


montar e quebra-cabeça com peças
grandes também são boas opções.
Dos 5 aos 7 anos
Aos 5 anos, a criança demonstra interesse pela
passagem do tempo. Uma forma de ajudá-la a
entender isso é usar um calendário. Assim, ela
compreende melhor o que é “hoje”, “ontem” e
“amanhã”. Como a alfabetização começa agora,
livros são excelentes.
Dos 7 aos 9 anos
As brincadeiras coletivas caem muito bem! Elas
ajudam a trabalhar a disciplina, o partilhar, a
empatia e a frustração. Por isso, os esportes são
indicados — e também ajudam a descobrir melhor
os interesses e as habilidades de cada um.
Aulas extracurriculares, como balé e judô,
costumam ser bem-aceitas, porém, a dica é não
saturar a agenda dos pequenos.
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Dos 9 aos 12 anos


As crianças começam a gostar das brincadeiras
mais complexas.
“Os quebra-cabeças com peças menores, as
gincanas e os desafios mentais são estimulantes.
Tem muito jogo de tabuleiro que é divertido para a
família inteira. E o máximo que se puder explorar
brincadeiras ao ar livre, além de atividades que
contribuam para a imaginação, melhor para o
desenvolvimento infantil”, recomenda Amanda.
Atenção
Os estímulos são importantes, mas é melhor não
forçar, nem querer acelerar processos, está bem?
“Fazer isso pode provocar estresse na criança e
gerar um efeito reverso. Ela precisa descobrir as
coisas, mas tudo sem excesso”.
“Uma vez, durante um trabalho, entrei na sala do
Maternal. Havia uma criança lá que já lia aos dois
anos de idade, e isso era um orgulho para os pais.
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O problema é que ela não entendia o que estava


lendo. Além disso, tinha grande defasagem no
desfralde, no andar e na psicomotricidade. Nessa
idade, tais habilidades são mais importantes do que
saber ler”, ilustra Amanda.
A mesma coisa vale para a fase da alfabetização.
Não adianta ter ansiedade e querer acelerar o
processo do filho. Estimular em excesso e colocá-
lo em aulas extras não necessariamente traz
benefícios.
Em vez disso, vale a pena observar como anda,
por exemplo, a capacidade motora fina
(movimento de pinça e de segurar o lápis), pois
todo o desenvolvimento infantil está interligado.
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9 REFERENCIAS

 https://institutoneurosaber.com.br/percepcao-sensorial-em-criancas-em-
periodo-de-aprendizagem/
 https://www.biccolorir.com.br/desenvolvimento-infantil/
 https://www.informasus.ufscar.br/neurodesenvolvimento-infantil-a-familia-
como-fator-de-protecao/

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