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“ A atuação da terapia ocupacional


na atenção básica de saúde: uma
revisão integrativa da literatura

Alesson da Silva Lobato


UFPA

Elson Ferreira Costa


UEPA

Edilson Sampaio
UNAMA

Luísa Sousa Monteiro Oliveira

Manuela Lima Carvalho da Rocha


UFPA

10.37885/200700776
RESUMO

Introdução: A Atenção Básica é o nível primário de atenção à saúde que oferece entrada
em todo o sistema nacional, para atender as necessidades da população, de forma a
organizar, tanto os serviços básicos quanto os mais especializados, direcionados para
a promoção, manutenção e melhoria da saúde. Diante disso, a Terapia Ocupacional se
mostra uma profissão de suma importância neste serviço por suas ações contribuírem
para a prevenção de doenças/agravos e favorecimento da promoção de saúde. Objetivo:
analisar a atuação da Terapia Ocupacional na Atenção Básica através de uma revisão
integrativa da literatura. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, através
das bases de dados: Portal de Periódicos da CAPES, Revista de Terapia Ocupacional da
USP, Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional e Cadernos Brasileiros
de Terapia Ocupacional. Os estudos foram analisados pelo teste de relevância I e II, os
dados foram processados no software IRAMUTEQ e analisados pela nuvem de palavras e
similitude. Resultados/Discussão: A amostra foi composta por 25 estudos, que apontam
que a Terapia Ocupacional na AB deve atuar junto a população com características de
sofrimento mental, deficiências e incapacidades, objetivando intervir na singularidade e
subjetividade do sujeito, sendo que o terapeuta ocupacional apresenta elementos em
sua formação que podem efetivamente contribuir para melhorar a saúde da população.
Ressalta-se ainda a importância de novas publicações a que venha contribuir com a
comunidade cientifica.

Palavras-chave: Terapia ocupacional; Atenção Primária à Saúde; Revisão por Pares.


INTRODUÇÃO

O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro vem sendo construído a partir de um


processo histórico, político e social. Neste contexto, a Política Nacional de Atenção Bási-
ca propõe ações que preconizem a prevenção, recuperação e reabilitação de doenças e
agravos, as quais devem ser ancoradas nos pressupostos de integralidade e qualidade a
assistência, equidade e participação social1. Dessa forma, a Atenção Básica a Saúde (ABS)
é caracterizada como “porta de entrada” nesse sistema para as necessidades de saúde da
população, nos âmbitos individual e coletivo1.
Diante disso, o Ministério da Saúde, criou em 1994, o Programa de Saúde da Família
(PSF), tendo como objetivo identificar as demandas individuais e grupais, e visando o cuida-
do integrado e contínuo. Em 2006 o PSF transformou-se em Estratégia Saúde da Família.
Nessa direção, com o objetivo de expandir e melhorar a atenção, em 2008 foram criados
os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), atualmente Núcleo Ampliado de Saúde
da Família (NASF-AB), constituídos de equipes compostas por profissionais de diferentes
áreas de conhecimento, sobretudo de Terapia Ocupacional, para atuar em conjunto com os
profissionais das ESF2.
A Terapia Ocupacional é definida como o uso terapêutico de atividades diárias ou
ocupações, em indivíduos ou grupos, com o propósito de melhorar ou possibilitar a parti-
cipação em papéis, hábitos e rotinas em diversos ambientes3. Dessa maneira, o terapeuta
ocupacional é um profissional com direto ao título da especialidade profissional em Saúde
da Família, e pode realizar diversas ações nesse campo, a fim de analisar o desempenho
ocupacional e promover a saúde, a independência e autonomia do usuário4. Considera-se,
portanto, que este profissional é importante nas estratégias que atuam diretamente na co-
munidade e em seu cotidiano. Dessa maneira, torna-se relevante discutir as potencialidades
desta profissão na ABS, para uma maior compreensão do processo terapêutico ocupacional
nesse campo e para se legitimar cada vez mais neste campo de atuação. Diante disso, este
estudo objetivou analisar a atuação da Terapia Ocupacional na Atenção Básica, através de
uma revisão integrativa da literatura.

MÉTODO

Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, com protocolo formado por seis
etapas distintas para a sua elaboração, a saber: identificação do tema; estabelecimento dos
critérios para inclusão e exclusão dos estudos; definição das informações a serem extraídas
dos estudos selecionados; avaliação dos estudos selecionados; elaboração dos resultados; e
por fim, a síntese dos conhecimentos5. Além disso, para melhor rigor metodológico também

Saúde em Foco: Temas Contemporâneos - Volume 1 37


foram aplicados critérios estabelecidos pelo protocolo PRISMA. Este estabelece 27 critérios
que devem ser observados para estabelecer a relevância de uma pesquisa e auxiliar no
aprimoramento dos resultados6.

Descritores

Os descritores utilizados na busca eletrônica foram: “terapia ocupacional”, “terapeuta


ocupacional”, “atenção básica”, “atenção primária à saúde”, “estratégia saúde da família”,
“programa de saúde da família”, “núcleo de apoio à saúde da família”, “núcleo ampliado à
saúde da família”, “consultório na rua”, "unidade básica de saúde", "casa família" e "política
nacional de atenção básica" cruzados entre si.

Critérios para inclusão dos estudos

Utilizou-se como critérios de inclusão: estudos nacionais, publicados em qualquer


idioma; entre os anos de 2008 e 2018, e disponíveis na íntegra para recuperação. Dessa
forma, foram excluídas publicações que por quaisquer motivos não estivessem de acordo
com os objetivos dessa pesquisa, além de estudos que não fossem originais como os de
revisão de literatura.

Busca eletrônica

O período de coleta de dados ocorreu nos meses de setembro a dezembro de 2018,


com busca direta no Portal Periódico da CAPES. Além disso, foram feitas buscas nos pe-
riódicos específicos da Terapia Ocupacional, a saber, Revista de Terapia Ocupacional da
USP, Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional (REVISBRATO) e Cadernos
Brasileiros de Terapia Ocupacional. Ressalta-se que estas três revistas estão contidas no
Portal CAPES, porém esta estratégia foi utilizada para evitar possíveis perdas de documentos.

Seleção dos estudos

A seleção dos estudos, inicialmente aconteceu a partir da leitura do título, seguida


leitura dos resumos, e recuperação em texto completo. Em seguida, realizou-se avaliação
detalhada das publicações, por dois pesquisadores, a partir da leitura na íntegra, e de acor-
do com os Testes de Relevância I e II de Azevedo7. Assim, foram inseridos na pesquisa os
estudos que apresentaram resultado positivo para no mínimo quatro das cinco questões
estabelecidas no Teste I e as quatro do Teste II. Após a aplicação dos Testes de Relevância
I e II, as publicações foram analisadas criticamente e os dados foram coletados pelo Roteiro

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de extração dos dados, ilustrado na Figura1, segundo da proposta de Azevedo7.

Figura 1. Teste de Relevância I e II e Roteiro para extração dos dados

Análise dos estudos: IRAMUTEQ

Após a extração dos dados foi elaborado um documento denominado de corpus textual,
o qual contém uma síntese dos resultados dos artigos. Este foi posteriormente analisado
pelo software Interface de R Pourles Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Ques-
tionnaires (IRAMUTEQ). Dessa maneira, foram realizadas análises a partir das categorias
semânticas que emergiram do processamento de dados lexicais, como a Nuvem de Palavras,
Grafo de Similitude e Classificação Hierárquica Descendente (CHD)8.

Saúde em Foco: Temas Contemporâneos - Volume 1 39


RESULTADOS E DISCUSSÃO

Caracterização dos estudos

Inicialmente, foram localizadas 190 publicações, das quais 110 foram excluídas pela
análise de título e resumo, restando 45 publicações. A aplicação dos testes de Relevância
desencadeou a exclusão de 20 trabalhos. Portanto, a amostra final foi composta por 25
artigos, conforme Figura 2.

Figura 2. Fluxograma de resultados da seleção dos estudos incluídos na revisão integrativa.

A Tabela 1 apresenta características dos estudos como autor e ano, local que ocorreu
a pesquisa, periódico publicado, objetos e principais resultados.

Tabela 1. Apresentação dos estudos selecionados




Autor Periódico Título
Revista de Terapia Ocupacio- Reflexões sobre a atenção às crianças com
1 Schaik, Souza; Rocha9
nal da USP deficiência na atenção primária à saúde
Ressignificando vidas: reflexões acerca da
construção do cuidado em saúde do consultó-
2 Silva; Tekeiti; Machado10 REVISBRATO
rio na rua (CNAR) - contribuições da Terapia
Ocupacional.
Saúde e redes vivas de cuidado integral na
3 Ferreira; Costa11 REVISBRATO atenção básica: articulando ações estratégicas
no território.
A formação do Terapeuta Ocupacional com
Revista de Terapia Ocupacio-
4 Campos; Barba; Martinez12 ênfase na atenção básica em saúde: o ponto
nal da USP
de vista de docentes.
Reflexões sobre a prática do residente terapeu-
Revista de Terapia Ocupacio-
5 Manho; Soares; Nicolau13 ta ocupacional na estratégia saúde da família
nal da USP
no município de São Carlos.

40 Saúde em Foco: Temas Contemporâneos - Volume 1


Revista de Terapia Ocupacio- Terapia Ocupacional na Atenção Básica: a
6 Pimentel; Costa; Souza14
nal da USP construção de uma prática.
Terapia Ocupacional na atenção primária à
7 Folha; Monteiro15 REVISBRATO saúde do escolar visando a inclusão escolar de
crianças com dificuldades de aprendizagem.
Cadernos Brasileiros de Tera- Cuidados paliativos na atenção domiciliar: a
8 Portela; Galheigo16
pia Ocupacional perspectiva de terapeutas ocupacionais.
Concepções da equipe de saúde da família so-
9 Marinho; Barros17 REVISBRATO bre a atenção prestada aos usuários de álcool
e outras drogas.
Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Saúde
Bertagnoni; Marques; Muramo- Revista de Terapia Ocupacio- Mental: itinerários terapêuticos de usuários
10
to; Mângia18 nal da USP acompanhados em duas Unidades Básicas de
Saúde.
Diagnóstico situacional de pessoas com defici-
Cadernos Brasileiros de Tera-
11 Rodrigues; Aoki; Oliver19 ência acompanhadas em terapia ocupacional
pia Ocupacional
em uma unidade básica de saúde.
A Terapia Ocupacional em um processo de ca-
Della Barba; Barros; Luiz; Fa- Cadernos Brasileiros de Tera-
12 pacitação sobre vigilância do desenvolvimento
rias; Aniceto; Miyamoto20 pia Ocupacional
infantil na atenção básica em saúde.
Comunidade de prática em terapia ocupacional
Marcolino; Fantinatti; Gozzi; Cadernos Brasileiros de Tera-
13 para o cuidado em saúde mental na atenção
Cid21 pia Ocupacional
básica em saúde: expectativas e impactos.
Ferreira; Carrijo; Silva; Ramos; Contribuições do esporte adaptado: reflexões
14 REVISBRATO
Carneiro22 da terapia ocupacional para a área da saúde.
Terapia Ocupacional em reabilitação na
Revista de Terapia Ocupacio-
15 Rocha; Souza23 Atenção Primária à Saúde: possibilidades e
nal da USP
desafios.
A Terapia Ocupacional na Estratégia de Saúde
Cadernos Brasileiros de Tera-
16 Jardim; Afonso; Pires24 da Família – evidências de um estudo de caso
pia Ocupacional
no município de São Paulo.
A atenção domiciliar como estratégia para
Revista de Terapia Ocupacio-
17 Ferreira; Oliver25 ampliação das relações de convivência de
nal da USP
pessoas com deficiências físicas.
Terapia ocupacional e atuação em contextos de
Cadernos Brasileiros de Tera- vulnerabilidade social: distinções e proximida-
18 Malfitano; Bianchi26
pia Ocupacional des entre a área social e o campo de atenção
básica em saúde.
Cadernos Brasileiros de Tera- Terapeutas ocupacionais na gestão da atenção
19 Furlan; Oliveira27
pia Ocupacional básica à saúde.
Experiência da Terapia Ocupacional no cuidado
Cadernos Brasileiros de Tera-
20 Baissi; Maxta28 familiar em um serviço de Atenção Primária em
pia Ocupacional
Saúde.
Cadernos Brasileiros de Tera- Terapia ocupacional na Atenção Primária à
21 Rocha; Paiva; Oliveira29
pia Ocupacional Saúde: atribuições, ações e tecnologias.
Experiências da terapia ocupacional em um
Araújo; Alves; Lima; Santos; Revista Eletrônica Gestão &
22 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) do
Gallassi30 Saúde
Distrito Federal.
Oficinas de teatro como recurso terapêutico
Revista Terapia Ocupacional
23 Silva; Raccioni31 ocupacional em um serviço residencial tera-
USP
pêutico.
Terapia ocupacional no núcleo de apoio à saú-
24 Onório; Silva; Bezerra32 REVISBRATO de da família: um olhar para a especificidade
da profissão no contexto interdisciplinar.
Experiência de um estágio curricular em Tera-
Ruas; Leite; Akerman; Galiar-
25 Revista ABCS Health Sciences pia Ocupacional na atenção primária: foco nas
do33
necessidades em saúde infantil.

Saúde em Foco: Temas Contemporâneos - Volume 1 41


 Em relação ao ano de publicação, observou-se que a maioria dos artigos foram publi-
cados nos anos de 2017 (24%), 2013 (20%) e 2015 (16%). Por isso, considera-se eu houve
uma crescente de publicações nos últimos anos, o que destaca o aumento no interesse de
pesquisadores em investigar sobre a Atenção Básica.

Análise Textual

Nuvem de Palavras

O processo de análise pela Nuvem de Palavras agrupa o corpus textual e as organiza


as palavras de forma aleatória, gerando um gráfico a partir das frequências. Neste, quanto
maior o tamanho da palavra, maior a sua representatividade no texto. Nesse sentido, na Fi-
gura 3, as palavras mais evocadas foram: Saúde (N=61), Ação (N=50), Terapia Ocupacional
(N=50), Profissional (N=38) e Atenção Básica (N=32), respectivamente. Dessa maneira, a
Nuvem de Palavras apresentou um apanhado sobre os conteúdos dos artigos desta revisão.

Figura 3. Nuvem de palavras e Grafo de Similitude.

Análise de Similitude

Esta análise baseia-se na teoria dos grafos, através dela é possível identificar as ocor-
rências entre as palavras e a indicação de conexão entre elas, verificada por meio da espes-
sura dos troncos que as ligam, o que auxilia na identificação do conteúdo do corpus textual.
Assim, com base na figura 4, observa-se que os eixos Saúde, Ação e Terapia Ocupacional
se ligam expressivamente. Esses três eixos são conectados a diversos outros termos que
formam núcleos temáticos. Por exemplo, o núcleo formado a partir da palavra Profissional
agrupa termos como formação (formação profissional), NASF, referência (profissional de
referência), vínculo (vínculo profissional), os quais interagem entre si. Já no núcleo Terapia
Ocupacional, nota-se termos que condizem com áreas de cuidado como saúde mental e

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consultório de rua, termos que remetem ao ensino como educação, estágio e universidade,
e termos que se referem à intervenção como atividade, participação e integralidade. Res-
salta-se que tais núcleos serão discutidos na próxima sessão.

Classificação Hierárquica Descendente (CHD)

Essa análise permite que as palavras sejam agrupadas e organizadas graficamente


e textualmente de acordo com a sua frequência e agrupadas em classes. O corpus textual
deste estudo foi formado por 25 textos, separados em 220 segmentos de texto (ST), com
aproveitamento 168 ST (76,36%). Isso significa que emergiram 7.811 ocorrências (palavras,
formas ou vocábulos), sendo 1.336 palavras distintas e 126 com uma única ocorrência. O
conteúdo analisado foi categorizado em três classes: Classe 1, com 43 ST (26,5%); Classe
2, com 53 ST (31,5%); Classe 3, com 72 ST (42,83%), conforme Figura 4.
Ressalta-se que as três classes foram divididas em duas ramificações (A e B). O ramo
A é composto pela Classe 3 (Objetivos da Terapia Ocupacional), já o ramo B, contém os
textos correspondentes à Classe 1 (Olhar da Terapia Ocupacional) e a Classe 2 (Ações da
Terapia Ocupacional). Ressalta-se que as palavras ilustradas abaixo das classes represen-
tam as mais citadas nos estratos.

Figura 4. Classificação Hierárquica Descendente

Objetivos da Terapia Ocupacional na Atenção Básica

Quanto a categoria objetivos da Terapia Ocupacional na Atenção Básica, observou-se


que tais objetivos se aglomeraram em 3 grupos que tratam, respectivamente, da atenção à

Saúde em Foco: Temas Contemporâneos - Volume 1 43


pessoa com deficiência, atenção em saúde mental e a formação acadêmica. Em relação ao
grupo atenção à pessoa com deficiência destacam-se os seguintes objetivos:

Narrar uma experiência de atendimento em grupo, de crianças com alterações


no desenvolvimento e/ou deficiências, por profissionais da Terapia Ocupacio-
nal(Artigo 1).

Analisar diagnóstico situacional de adultos com deficiência, identificados por


uma Unidade Básica de Saúde (Artigo 11).

Discutir a importância das relações de convivência das pessoas com deficiência


e da atenção domiciliar (...) (Artigo 17).

A partir desses objetivos, considera-se que compete ao terapeuta ocupacional na


atenção a pessoa com deficiência, sobretudo, na Atenção Básica, auxiliar o indivíduo a res-
taurar o desempenho ocupacional. Para tanto, este profissional pode utilizar de adaptações
da tarefa e do ambiente e de treino de novas habilidades24. Essas premissas puderam ser
identificadas principalmente nos artigos 1 e 17.
De acordo com a revisão de literatura proposta por Bezerra, Alves e Maia34, a garantia
de qualidade e de acesso aos serviços pelas pessoas com deficiência na Atenção Básica
tem ocorrido em meio a muitas dificuldades, sendo necessárias políticas de educação per-
manente e de infraestrutura que visem melhorar as condições físicas, atitudinais e educa-
cionais dos serviços.
Neste sentido, a Terapia Ocupacional na ABS, pode considerar a reabilitação em seu
sentido mais amplo, e desenvolver, a partir do cotidiano do indivíduo, ações práticas e mu-
danças adaptativas que tem como alvo a promoção da autonomia funcional. Dessa maneira, a
atenção a pessoa com deficiência constitui-se como um campo fértil para o desenvolvimento
de práticas de atenção à saúde da pessoa com deficiência34.

Quanto ao grupo de objetivos referentes atenção em saúde mental, desta-


cam-se:
Problematizar as ações de saúde mental desenvolvidas na Atenção Básica(...)
(Artigo 3).

Conhecer as concepções da equipe da USB(...) em relação à atenção em


saúde prestada aos usuários de álcool e outras drogas (Artigo 9).

Conhecer os itinerários terapêuticos de sujeitos com transtorno mental grave


acompanhados em ações de saúde mental na ABS(...) (Artigo 10).

A partir desses objetivos, considera-se que a Terapia Ocupacional na ABS, deve atuar
junto a população com características de sofrimento psíquico, objetivando sua intervenção
na singularidade e subjetividade do sujeito, na perspectiva da comunidade, cultura e do
território23. O Terapeuta Ocupacional é um dos profissionais capacitados para acompanhar

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e oferecer matriciamento em Saúde Mental no âmbito da Atenção Básica 36. Entretanto,
Marcolino et al.21 colocam que neste campo de atuação profissional ainda perpassam ques-
tionamentos acerca das demandas formativas do TO, tanto na formação inicial quanto na
continuada. Assim, os terapeutas ocupacionais que atuam nesse contexto buscam saberes
de diferentes campos de conhecimento, sendo necessárias ainda, pesquisas que contribu-
am para compreensão das particularidades da prática de Terapia Ocupacional na ABS, em
especial quando o cuidado se dá em ações de fomento à saúde mental.
Por fim, o grupo que se refere formação acadêmica na Atenção Básica.

Descrever possíveis impactos na formação do graduando em Terapia Ocupa-


cional, a partir de sua inserção no contexto do SUS (...) (Artigo 4).

Refletir sobre a prática e inserção dos residentes concluintes de Terapia Ocu-


pacional nas Unidades de Saúde da Família (...) (Artigo 5).

Apresentar uma experiência de estágio curricular de Terapia Ocupacional na


ABS, sua fundamentação, metodologia de ação e resultados preliminares
(Artigo 6).

Apresentar uma experiência de estagiários do quarto ano de Terapia Ocupa-


cional em uma USB (Artigo 25).

De acordo com Oliveira et al.37 a construção do entendimento de competência profis-


sional é um processo difícil e que pode levar tempo. Está relacionada ainda, com a formação
inicial vinculada a um contexto de aprendizagem formal e ao processo de formação conti-
nuada. Esta percepção também é influenciada pelos processos de aprendizagem informal,
pelo ambiente organizacional do campo de atuação e pela própria prática profissional37.
Assim, o olhar dos estudantes e a estrutura curricular deve contemplar disciplinas que
possibilitem a formação para a atuação na ABS. Entretanto, a preparação teórica e prática
ainda tem sido insuficiente para possibilitar uma atuação com segurança nesta área. Isto
pode ser explicado pelo fato de que, no treinamento prático tradicional, o ensino em saúde
segrega teoria e prática, fragmentando o aprendizado38,39. Assim, muitos acadêmicos dos
cursos de graduação da que atuam em prática da ABS, sentem necessidade que ocorra
alguma mudança na estrutura curricular de seus cursos para que haja uma melhor formação
do profissional que irá atuar no SUS40.
No que trata especificamente da TO, as Diretrizes Curriculares Nacionais de Terapia
Ocupacional e as Políticas de formação de profissionais de saúde para o SUS (Pró-Saúde,
Pet-Saúde, Ver-SUS, residências multiprofissionais), tem direcionado para a necessidade
de uma formação voltada para o contexto do SUS, a partir das realidades locais, em servi-
ços de diferentes níveis de atenção, sobretudo na ABS. Dessa maneira, se faz necessário
que os acadêmicos vivenciem na sua formação ações como a formação na tríade ensino,

Saúde em Foco: Temas Contemporâneos - Volume 1 45


pesquisa e extensão, e que vivencie práticas oportunizem a aprendizagem de estratégias
de atuação, cuidado, e comunicação com os serviços da ABS41.

Ações da Terapia Ocupacional na Atenção Básica a Saúde

A segunda classe gerada pelo IRAMUTEQ refere-se às ações de Terapia Ocupacional


na ABS e foram divididas em dois grupos, o primeiro trata das ações específicas da TO:

O TO busca possibilidades através da realização de atividades significati-


vas (...) a TO compreende a promoção da saúde com base no desempenho
ocupacional dos usuários e nas suas ocupações significativas nos diferentes
contextos que eles estão inseridos (Artigo 2).

As intervenções visavam a melhorias funcionais necessárias para a conquista


de um objetivo maior que era a participação comunitária e a construção de
projetos de vida (Artigo 6).

A intervenção TO deverá estar centrada em ações que favoreçam a participa-


ção social dos indivíduos do território, do ponto de vista individual, familiar e
coletivo. (...) podem-se destacar a prescrição, confecção, orientação e treino
de equipamentos de ajuda e de tecnologias assistivas; a construção de pro-
jetos de vida; a ressignificação da relação do homem com a ocupação e com
o meio; a reorganização do cotidiano; a orientação, treino e habilitação para
a realização das AVD (Artigo 21).

A partir dos excertos acima observa-se que as principais ações de Terapia Ocupacional
na ABS são condizentes com a de outros estudos28,42,43. No estudo de Neves e Oliveira43
foi verificado que são várias as atividades e potencialidades que os profissionais de saúde
envolvidos na ABS podem desenvolver, tanto em ações coletivas quanto individuais, tais
como atendimentos ambulatoriais, visitas domiciliares, grupos educativos, planejamentos
e reuniões. Já, o estudo de Cabral e Belgrada42 identificou que o terapeuta ocupacional na
ABS pode atuar por meio de ações em grupos e oficinas terapêuticas, visitas domiciliares
e o apoio matricial. Por fim, o estudo de Bassi et al.28 acrescenta que o tipo de assistência
de Terapia Ocupacional que tem sido ofertada no âmbito da ABS tem a finalidade de pro-
porcionar autonomia e a inserção social das pessoas. Destaca-se que tais ações puderam
ser visualizadas nos dados deste estudo. Ressalta-se que todas essas ações e estratégias
foram mencionadas nos estratos acima.
Assim, ao observar os resultados, identifica-se que as ações de prevenção e promoção
da saúde são uma das principais estratégias utilizadas. Tais ações são de grande importância,
e devem estar nas propostas de todos os profissionais envolvidos na ABS13. Dessa manei-
ra, o estudo de Baissi et al. 28
identificou que uma das propostas da Terapia Ocupacional
no Estratégia Saúde da Família é justamente a realização de atividades de Educação em
Saúde que visem os aspectos de prevenção a doenças e agravos e promoção da saúde.

46 Saúde em Foco: Temas Contemporâneos - Volume 1


A segunda categoria de análise desta sessão se refere as ações de Terapia Ocupacional
integradas a equipe multi ou interdisciplinar na ABS, foram destacados os seguintes trechos:

Na relação com os outros profissionais, a TO pode promover diversas ações de


matriciamento com temas relacionados ao desempenho funcional nas ativida-
des da vida cotidiana, participação, independência e autonomia, possibilidades
de intervenção no domicilio, na comunidade, entre outros(Artigo 15).

Na perspectiva da interdisciplinaridade, é possível planejar as atividades que


a TO deverá desenvolver no que se refere às contribuições específicas das
tecnologias da profissão nos cuidados em saúde e projetos terapêuticos sin-
gulares (Artigo 21).

O papel do terapeuta ocupacional neste contexto interdisciplinar também se


caracteriza pelo diagnóstico e intervenção em serviços, domicílios e comunida-
de, em fatores que possam gerar dificuldades no desempenho das atividades
cotidianas ou na participação social (Artigo 24).

A partir dos estratos acima, ficou nítida a importância da atuação conjunta do terapeuta
ocupacional com os demais membros da equipe interdisciplinar, sendo que este trabalho
em equipe é uma das formas de colocar em prática ações especificas da TO. Nessa pers-
pectiva, Manho, Soares e Nicolau13 estabelecem que o trabalho em conjunto da equipe de
referência na rede de atenção é de extrema importância para o favorecimento da autonomia
dos usuários que necessitam de atendimentos da Atenção Básica.
Para Rocha e Sousa23, os terapeutas ocupacionais devem identificar as demandas e,
a partir disso, discutir com a equipe as estratégias a serem desenvolvidas, bem como os
recursos necessários e as formas de implementação. Além disso, não somente na ABS,
mas em todos os níveis de atenção, percebe-se a necessidade do trabalho interdisciplinar,
uma vez que é a partir deste que se almeja alcançar a integralidade44.
Outro aspecto mencionado nesta categoria de análise foi o processo de matriciamento.
Para Barros et al.45 este é um dos principais desafios vivenciados pelos profissionais da ABS,
principalmente do NASF-AB junto as EqSF. Dessa maneira, matriciar implica no diálogo e
no ajuste de expectativas e decisões. Para que isso ocorra é necessário que a hierarquia
e as relações entre os profissionais sejam menos burocratizadas e mais horizontalizadas,
sendo imprescindível que as ações sejam organizadas com a cooperação da equipe. É
fundamental que, no exercício cotidiano do trabalho, haja investimento significativo nos
processos comunicacionais intra e interequipes45.
Portanto, o profissional de Terapia Ocupacional que atua na Atenção Básica de Saúde
tem como objetivo de trabalho promover estratégias para o fortalecimento das redes de su-
porte pessoais e sociais de indivíduos e famílias que se encontram ou vivem em situação de
vulnerabilidade44. Sendo que uma das formas de estabelecer os seus objetivos da Terapia
Ocupacional é por meio do trabalho interdisciplinar.

Saúde em Foco: Temas Contemporâneos - Volume 1 47


O olhar da Terapia Ocupacional na Atenção Básica a Saúde

Por fim, a terceira classe de análise gerada pelo IRAMUTEQ foi denominada de olhar
da Terapia Ocupacional.

A TO não aborda apenas os aspectos funcionais, motores ou cognitivos das


crianças, mas traz olhares voltados ao cotidiano, às relações familiares e
sociais e contribui na constituição de possibilidades de inclusão social e de
redes de apoio (Artigo 1).

ATO encontra-se neste cenário com um olhar voltado para o fazer humano,
favorecendo a construção e organização dos significados de vida, potenciais
para a produção de saúde e outras esferas do cuidado (Artigo 2).

O estudante tem desenvolvido o olhar ampliado para as questões de saúde e


o contexto biopsicossocial do usuário. (...) Eles consideraram desde particula-
ridades de história de vida à especificidade e fundamentos da profissão como
fatores que desencadeiam essa visão holística para o usuário/cliente (Artigo 4).

Os trechos dos artigos selecionados destacaram que os profissionais da Terapia Ocu-


pacional que atuam na Atenção Básica devem ter um olhar para o cotidiano e o fazer huma-
no, assim como uma visão ampliada e integral da saúde das pessoas. Essa perspectiva é
semelhante à de estudos anteriores46,47 os quais ressaltam que a Terapia Ocupacional tem
o olhar voltado para a ação, para o fazer humano e para o cotidiano. Isso significa que estes
profissionais devem compreender o ser humano como um ser práxico45.
A revisão sistemática da literatura elaborada por Salles e Matsukura48 investigou o uso
do conceito de cotidiano no campo da Terapia Ocupacional no Brasil. Observou-se que este
conceito estabelece uma relação entre a singularidade da pessoa com o coletivo e social.
Assim, pode-se considerar que as pesquisas encontradas neste estudo apresentam um olhar
do cotidiano nessa mesma perspectiva, associado ao campo da ABS. Nessa perspectiva,
Lima et al.49 (2013) reafirmam a necessidade cada vez maior da inserção deste profissional
nas equipes de Atenção Básica a Saúde, no cuidado as pessoas, grupos e comunidade. Isto
porque o terapeuta ocupacional considera as diversas dimensões que envolvem o sujeito
e o seu cotidiano. Contudo, é necessário refletir sobre a atuação da Terapia Ocupacional
na Atenção Básica de Saúde, observando os pontos positivos e negativos de sua atuação.
Isto é, mesmo que esta atuação ainda seja emergente e de pouco reconhecimentos devem
a cada momento se reestruturar e renovar para acompanhar as transições realizadas na
atualidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta revisão integrativa analisou a atuação da Terapia Ocupacional na Atenção Básica

48 Saúde em Foco: Temas Contemporâneos - Volume 1


nos últimos 10 anos. Observou-se que houve um crescente no número de publicações sobre
essa temática e com diferentes aspectos abordados. Por meio do IRAMUTEQ foi possível
identificar alguns dos objetivos, as ações e o olhar dos terapeutas ocupacionais no âmbito
da ABS. De acordo com os estudos analisados, a atuação do terapeuta ocupacional na ABS
é de grande importância, pois suas ações podem prevenir doenças ou agravos e favorecer
a promoção de saúde com práticas que vão desde a educação em saúde às intervenções
de reabilitação, em conjunto com as equipes interdisciplinares.
Dentre os principais objetivos das pesquisas nessa área destacaram-se o processo de
intervenção da TO em duas linhas de cuidado específicas que foram a atenção a pessoa
com deficiência e a saúde mental. Além de investigações que tratam do processo de for-
mação do terapeuta ocupacional em nível de graduação e pós-graduação. Quanto ao olhar
da Terapia Ocupacional, verificou-se que este se direciona especificamente ao cotidiano e
o fazer humano e coletivamente em busca da integralidade do indivíduo.
Este estudo contribuiu ainda, para apresentar o estado da arte de pesquisas nesse
contexto. Além de direcionar os pesquisadores a utilização de novas ferramentas que ajudam
na análise dos dados como o software IRAMUTEQ. Ressalta-se a relevância da realização
de novas pesquisas para refletir e divulgar a prática desse profissional nesse cenário. Por
fim, destaca-se como limitação a falta de rigor metodológico de alguns estudos. Mesmo que
o número de artigos selecionados (N=25) seja considerado satisfatório, observou-se que
algumas publicações não apresentaram estruturas metodológicas claras, que exemplificas-
se a atuação da Terapia Ocupacional na atenção básica de saúde, demonstrando a suas
ações, atividades, entre outros.

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