Você está na página 1de 15

TREINAMENTO DIETA SENSORIAL

Letícia Mercedes Pinto Costa


Terapeuta Ocupacional (CREFITO 12 21946.2 – TO)
Pós-graduanda em TEA e TGD
Pós-graduanda em Psicomotricidade
Terapeuta Ocupacional na Play Sense
INTEGRAÇÃO SENSORIAL

• Processamento Sensorial: Capacidade que possuímos de processar as


informações do próprio corpo e integrar junto às informações do meio para que
possamos atuar no ambiente (respostas adaptativas);
• Influências no aprendizado – Motor, cognitivo, socioemocional;
• Integração Sensorial é um processo neurológico e ocorre naturalmente.
• Jean Ayres: Comportamentos e emoções são regulados por mecanismos
cerebrais.
INTEGRAÇÃO SENSORIAL

• Transtorno de Processamento Sensorial (TPS): Integração entre os sistemas


vestibular, tátil e proprioceptivo;
• Excitação e Inibição: é necessário que haja um equilíbrio entre as atividades
excitatórias e inibitórias para o organismo emitir respostas organizadas;
• Disfunções de Integração Sensorial: Disfunção de Modulação Sensorial e
Disfunção de Discriminação Sensorial
DISFUNÇÕES SENSORIAIS

• Disfunção de Modulação do Input Sensorial impactando a Excitação


 De origem tátil, proprioceptivo e vestibular;
 É a combinação de mensagens facilitadoras e inibitórias, que produz auto-
organização do sistema nervoso;
 Caracterizada pela flutuação entre ou extremos na responsividade à intensidade
de uma ou mais sensações.
 Perfil Hiporresponsivo ou Hiperresponsivo;
 Defensividade tátil, insegurança gravitacional e aversão ao movimento.
DISFUNÇÕES SENSORIAIS

• Disfunção de Registro e discriminação do Input sensorial impactando a percepção


e controle motor
 É a interpretação das informações sensoriais que nos permite saber a relação do
nosso corpo no espaço;
 Vestibular, proprioceptiva, tátil e visual;
 Caracterizada pelo processo lento e impreciso de um ou mais tipos de informações
sensoriais, menor responsividade às sensações. Dificuldade no controle postural e
antecipatório, integração bilateral e sequenciamento;
 Déficits posturais/oculares, déficits de integração bilateral vestibular,
somatodispraxia e visuodispraxia.
PERFIS SENSORIAIS – LIMIAR ALTO

• Passivo: Observador
 Crianças que não conseguem filtrar as informações do ambiente;
 Precisam de mais input sensorial para conseguir sentir;
 Necessitam de barulhos mais altos, cores mais fortes, movimentos mais rápidos
para que consigam perceber o estímulo;
 Apresentam baixo registro e discriminação dos estímulos no corpo;
 Comportamento mais calmo, passivo.
PERFIS SENSORIAIS – LIMIAR ALTO

• Ativo: Explorador
 Buscam sempre o maior estímulo possível;
 Querem sempre mais sabor, mais movimento, mais textura;
 Não se importam tanto com o estímulo, mas com a intensidade;
 Amam as sensações e ficam mais felizes quando recebem;
 Cuidado com o nível de excitação!
PERFIS SENSORIAIS – LIMIAR BAIXO

• Passivo: Sensível
 Nota a maioria das coisas ao redor;
 Sabem quando algo é alto demais, brilhante demais ou macio o bastante;
 Notam sempre o que está acontecendo;
 Percebem mudanças no ambiente;
 Se distraem com sons, dificuldades em trabalhar em ambientes barulhentos, se
assustam facilmente.
PERFIS SENSORIAIS – LIMIAR BAIXO

• Ativo: Esquivador
 Controlam a quantidade de experiências sensoriais que recebem;
 Gostam de rotina, baixa procura por experiências novas;
 Se sentem desconfortáveis com mudanças repentinas;
 Podem se tornar controladores e teimosos quando ficam desconfortáveis.
DIETA SENSORIAL

• As atividades sensoriais nutrem o SNC, favorecendo o desempenho


ocupacional, aprendizagem e o desenvolvimento do indivíduo;
• Necessidades individuais: Autocontrole e autorregulação;
• Criação da dieta sensorial: demanda, oferta, funcionalidade e benefícios;
• Dieta Sensorial: Programa de atividades planejadas e programadas,
combinando atividades alertas e calmantes. Baseado no principio de que certas
atividades são reguladoras por um tempo limitado e, por isso, devem ser
repetidas ao longo do dia.
TIPOS DE ESTÍMULOS

• Atividades de relaxamento:
 Objetivo: diminuir o nível de alerta e do nível de atividade. Realizadas quando
a criança está muito agitada;
 Diminuição de estímulos visuais, táteis e auditivos;
 Inseridas atividades de massagem (tato profundo), redes (linear lateral e
rítmico), cabanas (espaços restritos)....
TIPOS DE ESTÍMULOS

• Atividades de Movimento:
 Objetivos: Aumento do nível de atividade, equilíbrio entre o alerta e atenção;
 Inserir estímulos vestibulares, proprioceptivos e visuais, controlando as
entradas sensoriais e que incentivem a comunicação e interação;
 Brincadeiras de pular em cima de bolas ou colchões, balançar na rede e em
balanços, rolar, escorregar...
TIPOS DE ESTÍMULOS

• Atividades Multissensoriais
 Objetivo: Aumentar a percepção, através da discriminação e integração das
informações sensoriais;
 Atividades que permitam filtrar informações sensoriais mais importantes para o
desempenho ocupacional, como quebra-cabeça, brincar de faz de conta, brincar
com objetos escondidos na espuma...
TIPOS DE ESTÍMULOS

• Atividades de Impacto e Força


 Objetivo: Favorecer a consciência corporal, controle do tônus, graduação de
força e autocontrole;
 Brincadeiras que evolvam o uso da propriocepção, como carregar objetos
pesados, puxar, empurrar, caminhar sob superfícies instáveis...
TIPOS DE ESTÍMULOS

• Atividades de Planejamento
 Objetivo: Promover organização do comportamento e favorecer a práxis;
 Brincadeiras de imitação, fazer comidinha, jogos com bola, brincar com jogos
de lógica e raciocínio...

Você também pode gostar