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ACQUA FUNCIONAL

Prof Ms. Renata Tarevnic CREF:11878G/RJ


treinamento funcional ou
treinamento de força
Treino funcional

“uma ação que imita parcialmente ou


completamente os padrões
neuromusculares coordenados
associados com o movimento humano”

Iain Fletcher
Origem
u  Foco na reabilitação;

u  Movimentos eram utilizados para recuperar lesões e


considerações posturais;

u  Trabalhar a funcionalidade das atividades habituais


(Monteiro; Evangelista, 2012)

Hoje
u  Treinamento funcional é um método de treinamento
para melhorar a condição física relacionada com a
performance e prevenir lesões.
Histórico

Na educação física agrega:

INSTABILIDADE a fim de potencializar os ganhos para:

• Desempenho e sintonia dos movimentos;

• Desempenho esportivo;

• Recuperação;

• Fases regenerativas do esporte

• Melhoria da qualidade de vida


Conceitos
A finalidade de um programa de
treinamento é refinar a capacidade funcional do
corpo humano (Monteiro, Evangelista, 2012).
Aperfeiçoar todas as aptidões do sistema
musculoesquelético, refletindo desta forma nas atividades
cotidianos ou em gestos esportivos específicos, promovendo
benefícios ao bem estar, saúde, estética, desempenho,
propiciando o equilíbrio entre a força e a simplicidade (CAMPOS;
CORAUCCI NETO, 2004),estabilidade, controle neuro muscular,
força muscular e resistência (THOMPSON, COBB; BLACKWELL,
2007)
Treinamento Funcional
Os movimentos são integrados, ilimitados,
multiplanares e requerem aceleração e estabilização
dinâmica (MONTEIRO; EVANGELISTA, 2012)

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MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS QUE
PODEM SER USADOS NO DIA A DIA
Agachar;
Avançar;
Abaixar;
Puxar;
Empurrar;
Levantar;
Girar

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Movimentos que influenciarão positivamente na melhoria das
aptidões físicas do aluno:
Consciência Corporal;
Coordenação;
Equilíbrio;
Agilidade;
Velocidade;
Propriocepção;
Força;
Resistência;
Flexibilidade.

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No ambiente aquático o instrutor pode
direcionar os desequilíbrios posturais e
funções neuromotoras, com ou sem
performance atlética (Santos, 2014)

12  
ACSM, 2011- uma perspectiva para saúde

13  
Aptidão neuromotora
?  

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Treinamento
Funcional

(ACSM, 2011)
Treinamento funcional
Sistema Passivo- Ligamentos e faces articulares envolvidas
no CORE .
Sistema Ativo- Músculos globais (reto abdominal, abdominais
oblíquos interno e externo, abdominais transversos, eretor da
espinha, quadrado lombar da porção lateral.

Sistema Ativo- Músculos locais(multífidos, rotadores da


espinha, interespinhais, intertransversos)
Sistema Neural- Feedback neural causado por diversos
estímulos

WILLARDSON (2007)

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Principais características do treinamento funcional

Especificidade: Excelente para especificidade e similar ao


treinamento da atividade, ótima transferência de benefícios do
treinamento para atual atividade;
Estabilização: A habilidade de recrutar os músculos
estabilizadores de joelhos, tornozelos, quadril e especialmente
core . O treinamento funcional utiliza estabilizar o estímulo da
propriocepção e capacidade de resposta;

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Principais características do treinamento
funcional

Movimentos primários padrão: O cérebro retém movimentos


chaves que podem ser facilmente aceitados ou alterados
quando executamos com a mesma velocidade e amplitude.
Movimentos fundamentais básicos: Treinamento funcional
trabalha 4 tipos básicos de habilidades: locomotor,
estabilidade, manuseio e consciência do movimento. Nenhum
movimento complexo executado nos esportes ou atividades
diárias é um combinação destes 3 movimentos básicos.

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Principais características do treinamento
funcional

Desenvolvimento da sinergia muscular: O envolvimento do corpo


inteiro durante a execução de um exercício, treinamento
funcional auxilia os músculos e articulações ao trabalhar na
coordenação e manter o equilíbrio;
Habilidades motoras fundamentais: Força, equilíbrio,
flexibilidade, coordenação e velocidade são de acordo com o
grau de envolvimento de cada esporte ou atividade;

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Principais características do treinamento funcional

Melhora postural: Treinamento funcional enfatiza a postura


estática e dinâmica;
Exercícios multiarticulares: Envolvem mais do que um movimento
junto; conhecidos como exercícios complexos;
Exercícios multiplanos: Movimentos em 3 planos anatômicos

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Exercícios funcionais x tradicional

O Treinamento Funcional é direcionado para a melhora


do desempenho de movimentos e não de músculos .

u O Treinamento tradicional realizado com movimentos


isolados para os músculo, não promovem a propriocepção,
o equilíbrio e a estabilização necessárias para a realização
das atividades diárias (funcionais).

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Treinamento funcional na água
Componentes do treinamento funcional na água

Treinamento do Core;
Estática e treinamento do equilíbrio
dinâmico;
Treinamento da flexibilidade;
Trabalho aeróbio;
Treinamento da força muscular;

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27  
28  
S - Velocidade
W- Mudança no nível
(Rebote, neutro,
suspenso)
E- ampliar o movimento
A- Mudança de plano
(Sagital, Transverso,
frontal)
T- Deslocamento para
frente, atrás e diagonal

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2 minutos

Sugestão:
15 (seg)- ritmo moderado
15 (seg)- ritmo intenso
3 minutos 15 (seg)- fácil
Repetir os intervalos usando
variações diferentes para
movimentos básicos
Equipamentos
Bandas X elásticos
Permite ações musculares concêntricas e excêntricas, melhoria
da força e amplitude de movimentos.
Características (2010, Colado.J)

•  Propriedades biomecânicas semelhantes;!


•  Produção de força similar;!
•  Depende da preferência individual;!
•  enrolar x pega mais fácil!
Segurança (2010, Colado.J)
•  Instruir sempre sobre as medidas de precaução;!
•  Evitar exercícios que possam bater na cabeça;!
•  Proteger os olhos sempre.!
•  Descartar sempre as bandas em estado inválido.!
•  Atenção para distância entre os alunos;!
•  Correta execução!
•  NAO ESTENDER MAIS QUE 3X O COMPRIMENTO EM
REPOUSO!
As pegas (2010, Colado.J)
Equipamento de base instável
Aplicações

•  Treino de equilíbrio e propriocepção para


membros superiores e inferiores;!
•  Prevenção de lesões e fortalecimento do
tornozelo e joelho;!
•  Fortalecimento e estabilização do core!
•  Treino sensoriomotor!
Barras de força
Evidências cientificas para otimizar o condicionamento do core em
meio aquático (Colado, J. Journal Stregth Cond. Research 2012)

Respostas neuromusculares durante o exercício de resistência aquática com


diferentes equipamentos

40  
Evidências cientificas para otimizar o condicionamento do core em
meio aquático (Colado, J. Journal Stregth Cond. Research 2012)

Respostas neuromusculares durante o exercício de resistência aquática com


diferentes profundidades

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Movimentos de flutuação e contra resistência podem estimular a
propriocepção, co-ativação e velocidade de resposta

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Considerações:
Isso pode ser não necessariamente para performance em
uma sessão exclusiva de treinamento CORE;
Podemos integrar uma vantagem trabalho de força na
água para o treinamento;
Movimentos simétricos no plano sagital e horizontal
podem provocar um solicitação ântero-posterior e
estes podem ativar esta musculatura.
A performance dos movimentos com 2 mãos no plano
frontal provoca uma adaptação neural que com uma
mão pode provocar uma rotação lateral que será
compensada com trabalho dos músculos laterais de
abdômen.
O mesmo com os deslocamentos laterais.

43  
Considerações:
A performance de movimentos com diferentes amplitudes de braço no
plano horizontal, com uma extremidade só ou na mesma direção
provoca movimentos de rotação que podem ser compensados com o
trabalho dos músculos laterais de abdômen.

44  
Considerações:
Abdominais importantes para uma ótima estrutura da
coluna;
Abdominais podem estar conjugados em parte dos
movimentos;
Não existe a possibilidade de diferenciar uma ativação da
parte supra e infra abdominal.

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Do simples ao mais
funcional
Progressões (2010, Colado)

•  Ativação muscular/ movimento articular isolado em estabilização


postural ou ativação isolada dos estabilizadores;

•  Integração de estabilização postural e movimentos simples em um ou


mais planos de ação;

•  Integração de estabilização postural estática e dinâmica com


movimentos mais complexos envolvendo vários graus de coordenação;

•  Desenvolvimento de força, endurance muscular, equilíbrio e mobilidade


mantendo padrões motores integrados com diversos níveis de
dificuldade;

•  Integração de movimentos explosivos.


Movimentos primários
•  Agachar,
•  locomover-se
•  avançar
•  empurrar
•  puxar
•  torção
•  abaixar
•  levantar.
Seqüências e efeitos

•  Core
•  Lateral
•  Anterior
•  Posterior
•  Rotacional
Core

•  A base de todos os movimentos (deve


estar ativo em todas as posições);!
•  Alinhamento correto da coluna vertebral;!
•  Ativação de 25% ou menos!
Lateral
•  Músculos do tronco, quadril e coxa lateral-
quadrado lombar com glúteo médio e
mínimo contra-lateral e o grupo abdutor.!
•  Envolve movimentos de um só apoio,
equilíbrios e flexão lateral de tronco- controla
o movimento lateral do quadril e pélvis-
também inclui abduções e aduções- plano de
movimento principal frontal.!
Anterior
•  Ações de empurrar e flexão de tronco e
quadril;!
•  Inclui rotação interna e anterior;!
•  Abdutores da perna de apoio ligam-se aos
oblíquos internos e externos contra-laterais.!
•  Planos de movimentos principais transverso e
sagital.!
Posterior
•  Refere-se as ações de puxar e extensão do
quadril e/ ou tronco;!
•  Também inclui rotação externa/ posterior;!
•  Liga o glúteo máximo ao grande dorsal
contra-lateral;!
•  Planos de movimento principais: Transverso
e sagital.!
Rotacional

•  Combinação dos aspectos rotacionais das


cadeias anterior e posterior.!
Progressão de treino
1.  Os estabilizadores isoladamente

2.  Contração com resistência

3.  Manter o controle enquanto os membros se movimentam

4.  Velocidade de movimento

★★★★ Do estável para instável

Do estático para o dinâmico


Opções para plano de aula: nível muscular

u Trabalho predominante isométrico;


u Trabalho isométrico combinado com dinâmico em seqüências
mais longas;
u Trabalho concêntrico-excêntrico com alguma isometria em
seqüências mais curtas
Acquafuncional para:

•  Gestantes
•  Diabéticos
•  Hipertensos
•  Obesos
Atividade Física Específica

Durante a gestação o exercício específico desenvolve a


percepção corporal necessária a mulher para que ela
compreenda melhor as suas alterações corporais na
gravidez. Com isto ela passará a gestação de uma
maneira mais harmoniosa com o seu próprio corpo.
Intensidade
•  A FC max em gestantes
é menor que o estimado;
•  A resposta fisiológica ao
exercício está •  Componente de maior
relacionado ao estágio dificuldade na prescrição
de gestação. para gestante;
  •  60% a 70% FC max pode
ser apropriado para as
mulheres que não faziam
ativ antes (ACSM);
Artal et al 1999
•  Algumas pesquisas utilizam
ESP.

 
Duração e Freqüência
•  Exercício  regular  
pelo  menos  3x  
por  semana;   •  2  aspectos  devem  
•  A5vidades   ser  considerados  
extenuantes  não   antes  de  a5vidades  
devem   de  45  min:  
ultrapassar  30   -­‐  Termorregulação  
min.  
Artal et al 1999
-­‐  Balanço  energé5co  
•   Não  devem  fazer  
sessões  acima  de  60  
min  (ACSM).  
 
 Artal MO, Toole and S White BJSM 2003
Contraindicações absolutas/relativas
(exercício aeróbio)

•  Gestação  múl5pla  (gemelar)  com  risco  de  parto  prematuro.  


•  Placenta  prévia  depois  de  26  semanas    
•  DHEG  

•  Anemia  Severa  
•  Obesidade  mórbida  extrema  
•  Baixo  peso  (IMC<  12)  
•  Crescimento  intrauterino  retardado  

Guidelines ACOG 2003


Sinais de risco durante o exercício

•  Sangramento vaginal
•  Abortamento espontâneo
•  Dispnéia antes do exercício
•  Trabalho de parto prematuro
•  Diminuição da movimentação fetal
•  Hipotensão postural

Artal et al 2000
Riscos do exercício na gestação

Artal et al 2000
Hipertensão e Exercício

Prescrição  da  A5vidade  


•  Intensidade  Moderada  –  40-­‐60%  VO2  max  ou  60-­‐75%  FC  max  –  
evitar  picos  de  tensão  arterial.  6  a  12  repe5ções  

•   Contrações  dinâmicas  e  grandes  massas  musculares  envolvidas  


(evitar  picos  de  resistência  periférica)  

•  Duração  e  Freqüência:  30  a  45  min,  maior  freqüência  possível  


(regularidade  mais  importante  que  intensidade)  

•  Avaliação  médica  necessária  em  alguns  casos  mais  graves  


Perguntas   Pontuação  
1.  Durante  quantos  anos    você  fumou  pelo  menos  um   _________x  7,5=  
cigarro  por  dia?  
2  .  Alguma  vez  um  médico  disse  que  você  sofre  de   Se  sim+  265=  
angina  ou  tem  algum  evento  coronariano?  

3.  Alguma  vez  um  médico  disse  que  você  tem  diabetes?   Se  sim+  150=  

4.  Alguma  vez  você  teve  dor  no  peito  ao  subir  uma   Se  sim  +  150=  
ladeira  ou  correr?  
5.  Seu  pai  ou  sua  mãe  morreu  por  problema  cardíaco?   Se  sim+  80=  

Faça  2  medidas  da  PA  e  use  a  pressão  sistólica  média   mmHg  x  4,5=  

Obs:  PA  media  =  PAD  +  (0.333(PAS-­‐PAD))  

General Practiotioner Score (GP score)


Risco de desenvolver um
evento cardíaco em 5 anos
Alto  Risco   >  1000  pontos  –  1  em  10  

900-­‐999  pontos  –  1  em  25  

Risco  Médio     800  –  899  pontos  –  1  em  30  

700  –  799  pontos  –  1  em  50  

Baixo  Risco   <700  pontos  –  1  em  100  


Diabetes e Exercício
•  Antes da atividade:
•  Glicemia <130 mg/dl- ingerir 120kcal de
carboidratos para atividade física leve a moderada
(60% VO2 max) e 180 kcal para atividades
intensas (>70% VO2 max)por 35 a 45 min;
•  Glicemia entre 130 e 180 mg/dl- consumir 60kcal
para executar atividade física leve a moderada e
120 kcal para atividade intensa por 35 a 45 min;
•  Glicemia entre 180 e 240 mg/dl- não ingerir
alimento antes do exercício; entretanto, se a
atividade for intensa e durar mais de 30 min deve-
se reavaliar a glicemia;
Diabetes e Exercício
•  Antes de iniciar a atividade:
•  Glicemia > 250 mg/dl- adiar a pratica de
exercício até o controle metabólico;
•  Alimentar-se 1 a 3 horas antes do exercício
e verificar a glicemia ao inicia-lo;
•  Para atividades com 1 a 2 horas de duração,
deve-se consumir uma refeição com 85 a
200g de carboidratos, 2 a 6 horas antes do
evento.
Prevenção da Hipoglicemia
ou Hiperglicemia
•  Antes do Exercício
1.  Estimar intensidade, duração e dispêndio energético
2.  Fazer 1 refeição 1-3 horas antes do exercício
3.  Insulina: a) administrar mais de uma hora antes do exercício; b)
reduzir a insulina cuja atividade máxima coincida com o período
do exercício
4.  Avaliar o controle metabólico: a) se a glicemia < 100 mg/dl, fazer
um lanche suplementar antes do exercicio; b) se a glicemia > 250
mg/dL adiar o exercicio.
Prevenção da Hipoglicemia
ou Hiperglicemia

•  Durante o exercício
1.  Calorias suplementares com refeições ricas em carboidratos
a cada 30 min durante atividade prolongada e extenuante.
2.  Repor de maneira adequada as perdas de liquidos.
3.  Monitorizar a glicose sanguinea durante atividades de longa
duração.
Prevenção da Hipoglicemia
ou Hiperglicemia
•  Após o exercício
1.  Monitorizar a glicemia, sobretudo se o exercicio não é
habitual.
2.  Aumentar a ingestão calórica por 12-24 horas após uma
atividade de acordo com a intensidade e duração do
exercício.
3.  Reduzir a insulina, cuja ação seria máxima na parte da tarde
ou da noite com a intensidade e duração do exercício.
Diabetes do Tipo 1
•  Melhoria  da  sensibilidade  à  insulina  
•  Melhoria  do  perfil  lipídio  sangüíneo  
•  Aumento  do  gasto  energé5co  co5diano  
•  Melhoria  da  ap5dão  qsica  
•  Redução  da  PA  em  hipertensos  
•  Redução  do  risco  para  doenças  
cardiovasculares  
•  Melhoria  do  bem  estar  psicológico  
Diabetes do Tipo 2
•  Redução  da  glicemia  
•  Melhoria  da  tolerância  à  glicose  
•  Melhoria  da  resposta  insulina  à  ingestão  de  glicose  
•  Melhoria  da  sensibilidade  periférica  e  hepá5ca  à  insulina  
•  Melhoria  do  perfil  lipídio  sangüíneo  
•  Redução  da  PA  em  hipertensos  
•  Redução  do  risco  para  doenças  cardiovasculares    
•  Melhoria  da  ap5dão  qsica  
•  Aumento  do  gasto  energé5co  co5diano  
•  Melhoria  do  bem  estar  psicológico  
(Campaigne  1998)  
Obrigada
renata@hidrogestante.com

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