Terapia Ocupacional na

Equoterapia

Conhecendo a contribuição da TO
para o atendimento na Equoterapia

Kamylla Novais- Terapeuta Ocupacional- ANDE Brasil.

Kamyllanovais@gmail.com
 O que é a terapia ocupacional?

• A Terapia Ocupacional é um campo de conhecimento e de intervenção em saúde, educação e na

esfera social, reunindo tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia de pessoas que, por
razões ligadas à problemática específica, físicas, sensoriais, mentais, psicológicas e/ou
sociais apresentam temporariamente ou definitivamente dificuldade na inserção e participação na
vida social (FMUSP, 1997).

Independência
Autonomia
Funcionalidade
Atividade
 Terapia ocupacional na
Equoterapia
• Mas qual é o diferencial da terapia ocupacional na equipe?

• No trabalho interdisciplinar é muito comum ter essa dúvida,

porque apesar do fisioterapeuta, fonoaudiólogo, pedagogo,
terapeuta ocupacional, educador físico, terem a formação básica
em Equoterapia idênticas, o objetivo terapêutico de cada um se
difere na abordagem reflexiva de cada profissão.

• O terapeuta ocupacional da equipe é o profissional indicado

para realizar a análise das atividades e sugerir e prescrever as
adaptações necessárias para o melhor desempenho do praticante.
( uso de estribos, selas, coxins, rédeas adaptadas).
 Análise da atividade
• A análise de atividade é uma ferramenta que proporciona ao terapeuta ocupacional subsídios
para uma ação terapêutica eficaz. É o instrumento que proporciona o conhecimento detalhado da
atividade, permitindo ir e ver além o que pode ser mais adequado para o que se almeja.
Ocupações?

• Atividade Básica de Vida Diária

• Atividade Instrumental de Vida Diária
• Brincar
• Lazer
• Trabalho
• Gestão de saúde
• Participação social
• Educação
• Descanço e sono
 Terapia ocupacional na
Equoterapia
• Avaliar cada praticante;
• Auxiliar e adaptar mudanças funcionais;
• Promover o vínculo do praticante com o cavalo;
• Desenvolver a autoestima;
• Utilizar recursos lúdicos;
• Estimular os aspectos motores;
• Trabalhar a integração sensorial;
• Orientar membros da equipe;
• Adaptar jogos, brinquedos ou equipamentos da Equoterapia.
 Como avaliar?

• O uso de avaliações padronizadas é importante para a validação

das informações colhidas. É interessante para mostrar a
evolução do praticante de maneira quantitativa, durante o
período de atendimento.
• Avaliações mais comuns:
o Pediatric Evaluation of Desibility Inventory- PEDI-Cat
o Medida de Independência Funcional- MIF
o Perfil Sensorial de Winnie Dunn
o Sensory Processing Measure (SPM)
o Modelo Canadense de Desempenho Ocupacional
o Loewenstein Occupational Therapy Cognitive Assessment (LOTCA)
Pediatric Evaluation of Desibility
Inventory- PEDI-Cat
Faixa etária:
• Do nascimento a 20 anos de idade
Domínio:
• Atividades diárias (68 itens)
• Mobilidade (75 itens)
• Sociais / Cognitivos (60 itens)
• Responsabilidade (51 itens)
Pedi-cat
Medida de Independência Funcional-
MIF

Faixa etária:
•Adultos
Domínio:
•Autocuidado
•Controle de esfíncter
•Mobilidade/Transferências
•Locomoção
•Comunicação
•Cognição Social
Perfil Sensorial de Winnie Dunn
Questionário dirigido para pais e cuidadores, que busca
identificar problemas de Modulação, Processamento Sensorial e
respostas Emocionais e Sociais.

• Perfil Sensorial 2 do Bebê :

desde o nascimento até seis
meses de idade.
• Perfil Sensorial 2 da Criança
Pequena: desde sete meses
até 35 meses de idade.
• Perfil Sensorial 2 da Criança:
3 anos e 0 meses e 14 anos e
11 meses.
• Perfil sensorial Adulto: 15 a
100 anos
 Sensory Processing Measure (SPM)
• É um sistema integrado de escalas de medição, que possibilita a
avaliação de problemas de processamento sensorial, práxis e
participação social da criança em idade escolar.
• Faixa etária:
• 2 a 5 anos
• 5 e os 12 anos
Modelo Canadense de Desempenho
Ocupacional
• Específico da TO

Domínios:
• Atividades de vida diária
• Produtividade
• Lazer
Loewenstein Occupational Therapy
Cognitive Assessment (LOTCA)
• É uma bateria de testes elaborada
para avaliar as capacidades
cognitivas básicas de pacientes
jovens e adultos com alguma lesão
cerebral.
Domínios:
• Orientação, percepção visual e
espacial, organização visuomotora e
operações de pensamento.
O TO também avalia:
• Percepção tátil, estereognosia, sensibilidade, reflexos,
preensão, alinhamento biomecânico, limitações articulares,
contraturas, deformidades, cognitivo, concentração, entre outros
aspectos.
 Integração Sensorial
A integração sensorial é o processo pelo qual o cérebro organiza as
informações, de modo a dar uma resposta adaptativa adequada,
organizando assim, as sensações do próprio corpo e do ambiente de
forma a ser possível o uso eficiente do mesmo no ambiente. As nossas
capacidades de processamento sensorial são usadas para a interação
social; o desenvolvimento de habilidades motoras e para a atenção e
concentração.

Integração sensorial é diferente de Estimulação sensorial

Prepare-se para uma experiência
única
 Integração Sensorial na
Equoterapia
A contribuição do cavalo para a integração sensorial é dada como uma excitação
sensorial perceptiva através de todos os receptores nas articulações, músculos, tendões,
sistemas de motores oculares, olfativo e de pele. O cavalo fornece uma ampla quantidade de
estimulação vestibular que pode ser aplanado e adaptada de muitos modos. (Engel, 2007).
Montar a cavalo fornece estimulação vestibular, proprioceptiva e tátil intensa, pois o cavaleiro
experimenta movimentos para cima e para baixo (verticais), de lado a lado (movimentos laterais) e
diagonais em resposta à marcha do cavalo.

Evidências de melhoras em:

• Atenção
• Produção de fala, articulação e volume
• Diminuição da defensividade sensorial
• Planejamento motor e consciência corporal
• A integração sensorial em conjunto com a Equoterapia ajuda na:
➢Força e tônus ​muscular
➢Equilíbrio e estabilidade postural
➢Insegurança Postural
➢Habilidades de planejamento Motor
➢Consciência sensorial ou defensiva

▪ As atividades realizadas quando o praticante não esta montado,

também podem melhorar as funções executivas, como a atenção, a
memória, sequenciamento e orientação espacial.
 Momento curiosidade!!!
• Você sabia que montar um cavalo proporciona
aproximadamente 3.000 oportunidades de uma criança de
acomodar e organizar seu corpo durante uma sessão de
Equoterapia de 30 minutos????

• Depois de cerca de 15 minutos recebendo estímulos

sensoriais, o praticante estará, muitas das vezes, mais focado
e motivado para seguir as instruções durante a sessão.
Nessa hora o terapeuta deve entrar com as atividades para
promover planejamento motor e visual, coordenação motora,
consciência corporal, entre outros.
 Atividades e recursos
• Qual o melhor recurso utilizado na Equoterapia???

• O cavalo oferece uma variedade enorme de estímulos.

Atividades e recursos
 Atividades e recursos
• Atividades lúdicas podem ser oferecidos gradualmente:
• Alcance de argolas para colocar nos cones,
• Jogar bolas em uma cesta
• Usar o prendedor na crina do cavalo
• Nomear partes do corpo e comparar com as do cavalo
• Assumir a posição esporte, ficando de pé nos estribos para
chegar a um objeto no alto fortalece membro inferior e músculos
do tronco; Fazer o zigzag e pegar os brinquedos lateralmente
incentiva rotação do tronco.
 Cuidados
• Preparar o animal, apresentar todos os materiais
antes, para que o animal não se assuste.
• Prestar atenção no praticante.
• Identificar e prever possíveis riscos.
Ambiente terapêutico
Adaptações e materiais
❖Velcro
❖EVA
❖Engrossadores
❖Mesa de apoio
❖Pesos para estabilização
❖Selas
❖Estribos
❖Rédeas
Quantas adaptações você
consegue observar aqui?
Todas as adaptações são boas?
A Equoterapia
é amor, é
entrega!!!
Referências Bibliograficas
• Engel, B., Enhancing Human Occupation
Through Hippotherapy . MD: AOTA Press,
2007.
• Yack, E, Aquilla, P & Sutton, S, Building
Bridges through Sensory Integration, NA:
Sensory Resources, 2004.
• Williams, M. & Shellenberger, S., How
Does Your Engine Run ?, NM: Therapy
Works, Inc., 1994.
• Ayres, J., Sensory Integration and the
Child ; CA: Western Psychological
Corporation, 2005.
• Kuhaneck H. & Watling, H, Autism: A
abrangente Occupational Therapy
Approach, MD: AOTA Press, 2010.
 Obrigado!
Kamylla Novais
Terapeuta Ocupacional- ANDE Brasil
Kamyllanovais@gmail.com @cedin_kamylla