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Centro de Biociências
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia
NATAL
2019
1
NATAL
2019
2
Banca examinadora
__________________________________________________
Dra. Nicole Leite Galvão-Coelho (Orientadora)
Departamento de Fisiologia e Comportamento
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
__________________________________________________
Dra. Fívia de Araújo Lopes
Departamento de Fisiologia e Comportamento
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
__________________________________________________
Dra. Melyssa Kellyane Cavalcanti Galdino
Departamento de Psicologia
Programa de Pós-Graduação em Neurociência Cognitiva e Comportamento
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
4
APRESENTAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
RESUMO GERAL
GENERAL ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO GERAL………………………………………………... 10
2 OBJETIVOS……………………………………………………………... 14
3 HIPÓTESES E PREDIÇÕES…………………………………………... 15
4 MANUSCRITO…………………………………………………………. 17
4.1 RESUMO………………………………………………………………... 17
4.1 INTRODUÇÃO………………………………………………………….. 19
4.2 METODOLOGIA………………………………………………………... 22
4.2.1 Participantes…………………………………………………………….... 22
4.2.5 Tratamento………………………………………………………………. 25
4.3 RESULTADOS…………………………………………………………. 28
4.4 DISCUSSÃO…………………………………………………………….. 40
5 CONCLUSÃO GERAL…………………………………………………. 58
7 ANEXOS……………………………………………………………….... 66
INTRODUÇÃO GERAL
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
HIPÓTESES E PREDIÇÕES
H3: Pacientes com Transtorno Depressivo Maior apresentam déficits nos níveis de
autoestima.
Predição 3.1: A autoestima aumentará após o tratamento, comparando com as suas
medidas basais, principalmente nos pacientes que atingirem remissão.
MANUSCRITO
Yves Martins Varela1,2, Raíssa Nóbrega de Almeida1, Ana Cecília de Menezes Galvão1,2,
Geovan Menezes de Sousa Júnior1, Ana Cecília Lopes de Lima1,Neuciane Gomes da
Silva3, Mário André Leocadio Miguel 2, Jaime Eduardo Cecilio Hallak4e Nicole Galvão-
Coelho 1,2,4.1
1
Laboratório de Medidas Hormonais, Departamento de Fisiologia e Comportamento,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal - RN, Brasil.
2
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia, Departamento de Fisiologia e
Comportamento, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal- RN, Brasil.
3
Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal- RN,
Brasil
4
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina, Brasil.
RESUMO
O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é a segunda psicopatologia mais prevalente no
mundo, acarreta prejuízos funcionais e ao bem-estar das pessoas acometidas, estimadas em
4,4% da população mundial. Este ensaio clínico aberto objetivou investigar o efeito da
Terapia Cognitivo-Comportamental em grupo (TCCg), administrada ao longo de 16
semanas em caráter de monoterapia, sobre pacientes estudantes universitários com TDM (n
= 20; mulheres = 11) através de biomarcadores psicofisiológicos. O tratamento resultou em
uma redução significativa da média dos sintomas depressivos dos pacientes, sendo que
55% desses atingiram a remissão. Além disso, observou-se redução dos sintomas ansiosos,
um aumento nos níveis de autoestima e uma melhora na qualidade do sono; contudo, restou
ausente efeito significativo da TCCg sobre os níveis de cortisol plasmático e a resposta do
INTRODUÇÃO
Uma das desordens mentais mais prevalente e estudada, o Transtorno Depressivo
Maior (TDM), acomete mais de 320 milhões de pessoas no planeta, cerca de 4,4 % da
população mundial é diagnosticada com essa psicopatologia. Grande parte dos pacientes
que apresentam um primeiro episódio depressivo desenvolve o TDM de forma recorrente,
com múltiplos episódios, ou de forma crônica, ou seja, expressando os sintomas de forma
ininterrupta por mais de dois anos (Monroe & Harkness, 2011). O TDM é altamente
incapacitante, há previsões que até 2030, poderá ser o principal fator de incapacidade no
planeta, afetando além da qualidade de vida do indivíduo, a economia global, já que tanto
compromete os orçamentos dos sistemas de saúde quanto reduz ou restringe a participação
do indivíduo no mercado de trabalho (Mathers & Loncar, 2006; World Health
Organization [WHO], 2017).
A incidência de episódios depressivos em jovens vem aumentando
consideravelmente na última década, e o TDM tem se mostrado a segunda principal causa
das mortes nessa população (Hankin 2006; Young, 2012, Breslau et al., 2017).. Estudos
apontam um aumento substancial de prevalência deste transtorno a cada nova geração
(Breslau et al., 2017), o que sugere uma crescente incidência, associada a falhas no
tratamento. No âmbito das universidades, observa-se no mundo inteiro uma maior
incidência de TDM, do que na população geral, tanto entre os estudantes de graduação
quanto de pós-graduação, (Blanco, Rohde, Vázquez & Otero, 2014; Eisenberg, Gollust,
Golberstein & Hefner, 2007; Gewin 2012; Das & Sahoo, 2012; Licayan, 2009). Como
consequência, os estudantes apresentam um baixo rendimento acadêmico que, por sua vez,
intensifica o estado patológico (Licayan, 2009).
Estima-se que menos da metade dos indivíduos atendidos na atenção primária com
depressão são corretamente diagnosticados, desses, a metade recebe algum tipo de
tratamento, sendo que, mais uma vez, apenas a metade recebe tratamento adequado e, por
fim, dos que recebem tratamento adequado, apenas 75% atinge a remissão, que reflete
aproximadamente apenas 6% do total das pessoas acometidas com o TDM (Pence,
O’Donnell &, Gaynes, 2012). Por isso que desde o início do século surgiu um alerta no
sentido aprimorar o tratamento para o TDM nas redes de atenção primária (WHO, 2004).
As intervenções farmacológicas por meio dos antidepressivos são os tratamentos
mais utilizados para o TDM, mesmo esses apresentando, em estudos de longo prazo, taxa
de sucesso discretamente maior que 50% na evitação da recorrência da depressão, sendo
20
MÉTODO
Participantes
O estudo ocorreu na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Brasil,
com público de estudantes da UFRN, com idade entre 18 a 35 anos. O recrutamento de
participantes se deu por meio de divulgação em cartazes, boletim mídias sociais e
acadêmicas, bem como em programas de rádio e da televisão aberta local. As triagens ou
consultas iniciais ocorreram ao longo do ano de 2018.
Ao todo, participaram 30 pacientes, estudantes universitários, com faixa etária de 18 a
35 anos, sendo 16 do sexo feminino e 14 homens, recém-diagnosticados, exclusivamente,
com TDM com grau leve e moderado (grupo DM). O diagnóstico foi traçado por uma
equipe de psiquiatras que utilizaram a Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-5 (SCID)
e a Escala de avaliação para depressão de Hamilton (HAM-D) (Hamilton, 1960) validado
para a língua portuguesa (Parcias et al., 2011), adotando-se 6 como ponto de corte. Todos
os pacientes eram naïves para o uso de antidepressivos.
Os critérios de exclusão desta pesquisa empregados para os pacientes foram: a
utilização de medicamentos psiquiátricos, neurológicos ou com efeitos sobre a cognição,
humor e funções neurovegetativas; encontrar-se em psicoterapia além da fornecida no
estudo; apresentar sintomas fóbicos específicos de injeção-sangue-ferimentos; e que
tivessem gestantes.
O grupo controle (GC) desta pesquisa foi composto por 25 universitários saudáveis,
sendo 13 mulheres e 12 homens, com faixa etária proporcional a do grupo clínico, e sem
histórico ou diagnóstico de transtorno mental. Em adição, os mesmos critérios de exclusão
utilizados para o grupo DM também foram adotados sobre os voluntários controle. O GC
23
Desenho experimental
Uma vez que houve aderência dos voluntários (GC e DM) à pesquisa, os mesmos foram
conduzidos individualmente ao Laboratório de Psicofisiologia e Sono do Laboratório de
Neurobiologia e Ritmicidade Biológica da UFRN, onde responderam ao Índice de
Qualidade de Sono de Pittsburg (Buysse, Reynolds, Monk, Berman, & Kupfer, 1989)
(PSQI), validado para população brasileira adulta (Bertolazi et al., 2011), e em seguida,
pernoitaram. No dia seguinte, por volta das 6h da manhã, em jejum de 8 horas
aproximadamente, fez-se a coleta de saliva e a sanguínea, para mensuração da resposta do
cortisol salivar ao despertar e do cortisol plasmático, respectivamente (Figura 1). Em
seguida, ao longo de 16 semanas, os pacientes passaram por tratamento de TCCg, sendo 12
sessões semanais (regulares) e 2 sessões quinzenais (uma de reforço e outra de
encerramento). Após o tratamento, os pacientes foram novamente internados,
individualmente, no Laboratório de Neurobiologia e Ritmicidade Biológica para nova
administração do PSQI e após o pernoite, na manhã seguinte, para aquisição de amostras
salivares e sanguíneas com vias à posterior mensuração dos níveis de cortisol. Ao final, os
pacientes passaram por uma nova avaliação psiquiátrica na qual os sintomas depressivos
foram aferidos por meio da HAM-D (Figura 1).
No início do tratamento e ao término do mesmo, os pacientes responderam a três
instrumentos psicométricos, todos com natureza de autorrelato. O Inventário de Depressão
de Beck (BDI-II) (Beck, Steer & Brown, 1996), validado para a população brasileira
(Gomes-Oliveira et al., 2012), permite uma classificação sintomatologia depressiva
mediante pontuação atingida nas respostas, sendo elas “mínima” (0-11 pontos), “leve” (12-
19), “moderada” (20-35) e “grave” (36-63). O Inventário de Ansiedade de Beck (BAI)
(Beck et al., 1989), validado para a população brasileira (Osório, Crippa, & Loureiro,
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Figura 1: Etapas do desenho experimental, junto aos grupos DM (▲) e GC (■), no pré-
tratamento (pT) e pós-tratamento (T) durante 16 semanas por Terapia Cognitivo-
Comportamental em grupo encontram-se representadas a consulta psiquiátrica (cor preta),
a internação no Laboratório de Neurobiologia e Ritmicidade Biológica (cor cinza), onde os
voluntários pernoitaram, e a consulta psicológica (cor branca) em cada etapa do estudo.
BAI: Inventário de Ansiedade de Beck; BDI-II: Inventário de Depressão de Beck; EAR:
Escala de autoestima de Rosenberg; PSQI: Índice de qualidade de sono de Pittsburgh; CPt:
coleta de sangue para dosagem do Cortisol plasmático total; CAR: coleta de saliva para
dosagem da Resposta ao cortisol salivar ao despertar.
Tratamento
A Terapia Cognitivo-Comportamental
Os atendimentos psicológicos sobre os pacientes voluntários em potencial foram
feitos nas instalações físicas de uma clínica de psicologia da UFRN. O emprego da
terapêutica fundamenta-se em protocolo específico (Anexo II), destinado a grupos de
pacientes depressivos (Bieling et al., 2006), adaptado para 14 sessões pelos pesquisadores,
um número próximo ao adotado na realidade brasileira (Neufeld & Rangé, 2017). Os
pacientes compuseram 3 grupos terapêuticos ao longo de 2018, contendo em média 10
deles em cada. Para tanto, houve 12 encontros semanais, aos quais se sucederam 2
encontros quinzenais (sessões de reforço e encerramento), com duração de 1h30min a
2h00min. Portanto, foram 14 sessões no total, cuja realização se deu ao longo de 16
semanas. Houve realização de sessões individuais em caráter emergencial, por exemplo,
quando foi observado risco de atitude suicida ou de descompensação, isto é, dificuldade
para restabelecer o equilíbrio mental. Em média, houve uma sessão individual por paciente
em cada grupo.
Por fim, todos os grupos foram liderados pelo mesmo psicólogo (1º autor neste estudo),
psicoterapeuta com formação e atuação na abordagem cognitivo-comportamental, e sua
equipe: uma co-terapeuta e um observador.
O objetivo do tratamento é a remissão do episódio depressivo, definida pela
pontuação menor do que 6 na escala de avaliação de depressão de Hamilton (HAM-D)
(Hamilton, 1960), dentro da faixa de normalidade (Kennedy et al., 2001). Ao final do
tratamento, quando verificada a persistência do quadro ou sintomas depressivos, bem como
ocorrência de outras demandas em saúde mental, os pacientes foram encaminhamentos
para continuidade ou iniciar novo tratamento, conforme suas necessidades, no Serviço de
Psicologia Aplicada da UFRN, no ambulatório de psiquiatria do Hospital Universitário
26
Onofre Lopes, ou para outros serviços gratuitos dos quais potencialmente benéficos aos
voluntários do estudo.
Análise estatística
Os sintomas de depressão e ansiedade, a qualidade do sono, a autoestima, o cortisol
plasmático e a resposta do cortisol salivar ao despertar (CAR) foram considerados neste
estudo variáveis quantitativas dependentes. Os grupos (DM e GC) e a remissão do paciente
foram considerados variáveis independentes categóricas.
A resposta do cortisol salivar ao despertar foi calculada a partir da porcentagem da
diferença entre os pontos coletados no tempo 0 e 30 minutos após o despertar (Prati et al.,
2008). O Cortisol plasmático (CPt), a pontuação do BDI-II (Beck et al., 1996) e a
pontuação da BAI (Beck et al., 1989) sofreram normalização de dados para aplicação de
testes paramétricos, no qual CPt foi transformado em log, enquanto BDI-II e BAI foram
transformados em score z.
O teste T Student independente foi aplicado para investigar possíveis diferenças na
qualidade do sono e no CPt entre os grupos (DM e GC), no pré-tratamento. O teste de
Mann-Whitney foi aplicado para investigar possíveis diferenças na CAR entre os grupos
(DM e GC), no pré-tratamento.
O teste de ANOVA two-way foi aplicadoa fim de avaliar possíveis diferenças nas
variáveis quantitativas dependentes, em função das fases do tratamento (pré-tratamento: pT
e pós-tratamento: T) e da remissão do paciente (Remissão: R e não-remissão: NR).
A correlação de Spearman foi aplicada entre as variáveis quantitativas dependentes,
separadamente para o grupo paciente e controle na fase pré-tratamento e para cada
subgrupo de paciente (R e NR), no pós-tratamento.
Análises de moderação e mediação causal simples foram realizadas para investigar o
efeito da condição de remissão (variável independente X: NR e R) nos sintomas de
depressão e ansiedade, autorreferidos (variável dependente Y), considerando como
potenciais moderadoras ou mediadoras do efeito a resposta da autoestima, da qualidade do
sono, do CPt e da CAR (variáveis moderadoras M), ao tratamento. O valor diferença entre
T e pT foi utilizado para as análises (ΔY, ΔM).
Para a análise de moderação, uma diferença estatisticamente significativa da interação
entre X e M na predição de Y significa que existe um relacionamento entre a variável
independente e a variável resposta a determinados níveis da variável moderadora, sendo
27
níveis altos valores de M a um desvio padrão acima da média (+1DP), e níveis baixos, um
desvio padrão abaixo da média (-1DP). A análise foi realizada por meio do pacote
processr, baseado no PROCESS macro desenvolvido por Andrew Hayes, utilizando o
modelo 1 (moderação simples). As variáveis independentes e os potenciais moderadores
foram centrados para evitar a multicolinearidade.
O propósito da análise de mediação é investigar o mecanismo pelo qual se dá o efeito
de uma variável independente em uma dependente. Para tanto, três passos foram propostos
por Baron e Kenny (1986), consistindo de uma série de avaliação de efeitos entre: X e Y
(via c, também chamada de efeito total), X e M (via a), a M e Y (via b). Uma vez que os
três passos sejam significativos, os coeficientes das vias a e b são multiplicados para que a
estimativa do efeito mediador seja obtida (via indireta) e subtraída do efeito total, gerando
o coeficiente c’ ou efeito direto (efeito de X em Y após controlar para o efeito de M: c’ = c
– ab). Entende-se por mediação total quando o efeito de X em Y (efeito total, c) perde a
significância estatística, e mediação parcial quando o efeito direto ainda é significativo,
porém o coeficiente de relação entre as duas variáveis (c’) altera-se (Hayes, 2017) (Figura
2). A análise de mediação foi realizada utilizando o pacote mediation corrigido para viés
pelo método de bootstrapping com reamostragem de 5000 vezes.
Todas as análises estatísticas foram realizadas no programa IBM SPSS Statistics versão
25 (sistema de software de análise de dados), exceto para a análise de moderação e
mediação, realizadas no programa R (3.6.0). O programa MedCalc 18.10.2 (sistema de
software de análise de dados) foi usado para gerar os gráficos, exceto para o gráfico de
interação da análise de mediação, plotado utilizando o pacote rockchalk (Jonhson, 2016),
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no programa R (3.6.0). O Inkscape 0.92 foi usado para editar os gráficos. O nível de
significância considerado foi p < 0,05 em todos os testes.
RESULTADOS
Os padrões consolidados dos relatórios do ensaio clínico, CONSORT (stands for
Consolidated Standards of Reporting Trials), são apresentados na Figura 3. Todos os
voluntários (n = 55; CG: n = 25, DM: n = 20) são brasileiros e adultos jovens (GC: 27,6 ±
10,78 anos e DM: 24,3 ± 4,04 anos), a maior parte são mulheres (GC: 52% e DM: 55%).
Dos 30 pacientes que aderiram ao estudo, 20 completaram o tratamento por TCC.
GC: grupo controle; DM: grupo depressão maior; Ed.: educação; PG: pós-graduação; HAM-D: escala de depressão de Hamilton.
30
Sintomas de depressão
Dentre os 20 sujeitos que concluíram o tratamento, 11 pacientes (55%) atingiram
remissão do TDM, segundo a HAM-D, 2 pacientes (10%) apresentaram resposta clínica
(i.e., redução maior que 50% dos sintomas depressivos basais), e 7 (35%) não
apresentaram resposta ao tratamento.
A autopercepção dos sintomas depressivos, mensurada pela BDI-II (Beck et al.,
1996), foi reduzida após o tratamento (n = 20; M±EP = 16 ± 11,46), em relação à fase pré-
tratamento (n = 20; M±EP = 32,85 ± 7,61) (ANOVA two-way: Fases*: F = 31,41 gl = 1 p
< 0,001) (Figura 4A). Porém, os pacientes que atingiram a remissão (n = 11; M = 21,63 ±
12,33) apresentaram menores sintomas de depressão autorreferidos, quando comparado
com os pacientes não-remissão (n = 9; M±EP = 27,83 ± 12,97) apresentando sintomas
depressivos mínimos (BDI-II < 14) (ANOVA two-way; Remissão*: F = 4,44 gl = 1 p =
0,04; Fases*Remissão: F = 1,58 gl = 1 p = 0,21) (Figura 4B).
Figura 4: Média ± erro padrão dos sintomas de depressão autorreferidos, mensurados pelo
Inventário de Depressão de Beck (BDI-II), em pacientes com depressão maior. A) Pré-
tratamento (pT) e pós-tratamento (T). B) Nos subgrupos de pacientes com depressão
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Sintomas de ansiedade
Os sintomas de ansiedade autorreferidos, mensurados pela BAI (Beck et al., 1989),
reduziram após o tratamento (n = 20; M±EP = 11,25 ± 9,25) para leves (BAI > 10), em
relação à fase pré-tratamento (n = 20; M±EP = 20,9 ± 8,63) quando se encontravam
moderados (BAI > 19) (ANOVA two-way; Fase*: F = 10,71 gl = 1 p = 0,002) (Figura 5A).
Não foi encontrada diferença estatística significativa para os sintomas de ansiedade entre
os pacientes com não-remissão (n = 9; M±EP = 14,22 ± 3,02) e remissão (n = 11; M±EP
= 8,81 ± 2,73) ao final do tratamento (ANOVA two-way; Remissão*: F = 0,58 gl = 1 p =
0,44; Remissão*Fases: F = 1,27 gl = 1 p = 0,26) (Figura 5B).
Figura 5: Média ± erro padrão dos sintomas de ansiedade autorreferidos, mensurados pelo
Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), em pacientes com depressão maior. A) no pré-
tratamento (pT) e no pós-tratamento (T) e B). Nos subgrupos de pacientes com depressão
maior: remissão (R) e não-remissão (NR), no pós-tratamento. *= p ≤ 0,05, teste ANOVA
two-way.
32
Níveis de Autoestima
A autoestima, mensurada pela EAR (Rosenberg, 1989), aumentou após o tratamento (n
= 20; M = 26,70 ± 5,33), quando comparado com a fase pré-tratamento (n = 20; M = 20,90
± 5,04) (ANOVA two-way: Fases*: F = 12,94 gl = 1 p = 0,001) (Figura 6A). Ao final do
tratamento, o subgrupo de pacientes que apresentou remissão demonstrou maior autoestima
(n = 11; M±EP= 25,27 ± 6,15) quando comparado ao subgrupo não- remissão (n = 9;
M±EP = 22 ± 5,20) (ANOVA two-way: Remissão*: F = 4,55 gl = 1 p = 0,04;
Remissão*Fases: F = 3,45 gl = 1 p = 0,07) (Figura 6B).
correlation test, remissão: rho = -0,84 p ≤ 0,05) e de ansiedade (Spearman correlation test,
remissão: rho = -0,71 p ≤ 0,05). Para os pacientes não-remissão, foram observadas
correlações significativas negativas entre a autoestima e os sintomas de depressão
(Spearman correlation test, não-remissão: rho = - 0,70 p ≤ 0,05). Não foi encontrado
correlação entre a autoestima e os sintomas de ansiedade para os pacientes não-remissão
(Spearman correlation test,não-remissão: rho = -0,71 p > 0,05). Ou seja, após o
tratamento, quanto maior a autoestima menor os sintomas depressivos e ansiosos em todos
os pacientes (Tabela 2).
BAI: Inventário de Ansiedade de Beck; BDI-II: Inventário de Depressão de Beck; EAR: Escala de autoestima de Rosenberg; PSQI:
Índice de qualidade de sono de Pittsburgh; CPt: Cortisol plasmático total; CAR: Resposta ao cortisol despertar. Texto em cinza (p >
Qualidade do sono
Antes do tratamento foi observado pior qualidade do sono, ou seja, as maiores
pontuações da PSQI (Buysse et al., 1989), nos pacientes (n = 20, M±EP = 9,6 ± 3,21)
quando comparado a um grupo de voluntários controles saudáveis (n = 25, M±EP = 5,48 ±
2,67) (T student independente: t = 4,68 gl = 43 p < 0,001) (Figura 7A). Ainda foi
encontrada para os pacientes uma correlação positiva entre os sintomas depressivos e a má
qualidade do sono (PSQI > 4) (Spearman correlation test; rho = 0,56 p ≤ 0,05) (Tabela 3).
Dos 20 pacientes, 7 (35%) apresentaram distúrbio do sono (Pontuação PSQI; M±EP =
34
13,14 ± 0.82), e 13 (65%) apresentaram qualidade do sono ruim (Pontuação PSQI; M±EP
= 7,69 ± 0.45). Enquanto, 12 controles saudáveis (48%) apresentaram sono bom
(Pontuação PSQI; M = 3,08 ± 0,79), 12 (48%) apresentaram sono ruim (Pontuação PSQI;
M±EP= 7,41 ± 0.39) e 1 (4%) apresentou distúrbio do sono (Pontuação PSQI; M±EP = 11
± 0) (Figura 7B).
Foi observada uma melhora na qualidade do sono (n = 20; M±EP= 7,20 ± 0,67),
redução da PSQI, em função do tratamento (n = 20; M±EP= 9,60 ± 0,71) (ANOVA two-
way: Fases*: F = 7,81 gl = 1 p = 0,008) (Figura 8A). Porém, ao final do tratamento, o
subgrupo de pacientes não-remissão (n = 9; M±EP = 10,16 ± 0,78) apresentou pior
qualidade do sono, ou seja, maior pontuação da PSQI, comparando com o subgrupo
remissão (n = 11; M±EP = 6,95 ± 0,54) (ANOVA two-way: Remissão*: F = 13,84 gl = 1 p
= 0,001; Remissão*Fases: F = 0,02 gl = 1 p = 0,87) (Figura 8 B).Após o tratamento, para
os pacientes em remissão, foram observadas correlações positivas entre a pontuação da
35
Figura 8: Média ± erro padrão da qualidade do sono, mensurada pelo Índice de qualidade
de sono de Pittsburgh (PSQI) dos pacientes com depressão maior: A) Pré-tratamento (pT) e
pós-tratamento (T). B)Nos subgrupos remissão (R) e não-remissão (NR), no pós-
tratamento. *= p≤ 0,05, teste ANOVA two-way.
Cortisol plasmático
Antes do tratamento foram observados maiores níveis de cortisol plasmático nos
pacientes com depressão (n = 20, M±EP= 443,91 ± 46,80 µg/dL), em relação ao grupo
controle de voluntários saudáveis (n = 25, M±EP = 299,85 ± 47,43 µg/dL) (T student
independente: t = 2,75 p = 0,009) (Figura 9A). Entretanto, não foram encontradas
alterações nos níveis de cortisol plasmático em função do tratamento (ANOVA two-way;
36
Figura 9: A) Média ± erro padrão do cortisol plasmático (CPt) (µg/dL), na fase pré-
tratamento, nos pacientes com depressão maior (DM) e voluntários controle (GC). *= p≤
0,05, teste de T student independente. B) Média ± erro padrão do cortisol plasmático (CPt)
dos pacientes com depressão maior, no pré-tratamento (pT) e no pós-tratamento (T), nos
subgrupos: remissão (R) e não-remissão (NR). p > 0,05, teste ANOVA two-way.
Figura 10: A) Box plot da resposta do cortisol salivar ao despertar (CAR – %) nos grupos:
depressão maior (DM) e controle (GC). *= p < 0,05, teste de Mann-Whitney. B) Box plot
da resposta do cortisol salivar ao despertar (CAR- %) dos pacientes com depressão maior,
no pré-tratamento (pT) e no pós-tratamento (T), nos subgrupos: remissão (R) e não-
remissão (NR). p > 0,05, teste ANOVA two-way.
PSQI: Índice de qualidade de sono de Pittsburgh; BDI-II: Inventário de depressão de Beck; BAI: Inventário de Ansiedade de Beck;
EAR: Escala de autoestima de Rosenberg; CPt: Cortisol plasmático total; CAR: Resposta do cortisol ao despertar. Texto em cinza (p >
Análises de mediação
Quando CAR e PSQI (Buysse et al., 1989) foram avaliadas como mediadoras, o
pressuposto de significância da via X → M não foi atendida (CAR: p= 0,73; PSQI: p=
0,85), portanto, foram excluídas das análises subsequentes nos sintomas de depressão
(variável Y) e ansiedade (variável Y) autorreferidos. Apesar do CPt ter atendido o
pressuposto, esse não apresentou efeito mediador entre a remissão e a BDI-II (Beck et al.,
1996) (B= -1,27 p = 0,69).
Entretanto, observamos que em pacientes que alcançaram a remissão após o
tratamento apresentaram uma menor percepção dos sintomas depressivos (BDI-II) (X → M
B = -7,40 p= 0,07), a qual é mediada pelo aumento da autoestima (B = -5,75 p= 0,03)
(Figura 14).
Tabela 4. Estimativas (B) do efeito indireto dos modelos de mediação que atenderam ao
pressuposto de significância da via a (X → M). Intervalos de confiança que ultrapassam 0
são considerados não significativos.
BAI: Inventário de ansiedade de Beck; BDI-II: Inventário de Depressão de Beck; EAR: Escala de autoestima de Rosenberg; CPt:
Cortisol plasmático total. Texto em cinza (p > 0,05); texto em negrito (p ≤ 0,05)
Análises de moderação
Foi encontrado que a interação entre remissão e a redução dos sintomas de
depressão (BDI-II) (B = 5,26 p = 0,009) é moderada a partir de redução nos níveis do
cortisol plasmático em resposta ao tratamento (reduções CPt: B = -1,20 p = 0,01/ aumento
CPt: B = 0,86 p = 0,12) (Figura 15). Para as demais variáveis, mais nenhuma interação é
observada entre remissão e sintomas depressivos (EAR: B = 0,09 p = 0,11; CAR: B = 0,09
p = 0,12; PSQI: B = 0,06 p = 0, 95) ou sintomas de ansiedade (EAR: B = -0,31 p = 0,61;
CPt: B = 0,002 p= 0, 94; CAR: B = 0,06 p= 0,17; PSQI: B = 1,13 p = 0,29).
40
DISCUSSÃO
A Terapia Cognitivo-Comportamental em grupo (TCCg), durante 16 semanas, em
monoterapia, resultou na remissão dos sintomas de 55% dos pacientes diagnosticados com
depressão maior leve e moderada. De maneira geral, todos os pacientes, alcançando ou não
a remissão, apresentaram reduções de sintomas depressivos e ansiosos, elevaram a
qualidade do sono, bem como os níveis de autoestima após o tratamento. Entretanto, não
foram observadas modificações nos níveis de cortisol plasmático e na resposta do cortisol
salivar ao despertar dos pacientes em função do protocolo terapêutico. Porém, observamos
um papel importante do cortisol plasmático como moderador, e da autoestima como
mediadora, da redução dos sintomas de depressão autorreferidos nos pacientes em
remissão.
A remissão de 55% dos pacientes, baseados na HAM-D, indica que a psicoterapia
cognitiva é um processo contínuo, à qual os pacientes reagem conforme preditores e em
ritmos distintos (Andersson et al., 2019; El Alaoui et al., 2016; Sotsky et al., 1991).
Embora algum nível de remissão fosse esperado, tanto para farmacoterapia quanto para
41
TCC, seja na modalidade individual ou de grupo, essas taxas costumam situar-se de 40% a
30% para os pacientes que concluem seus respectivos tratamentos (Carney et al.,
2011;Dunlop et al., 2019), isto é, inferiores aos 55% de remissão que encontramos em
nossa pesquisa. Em uma meta-análise, que comparou os efeitos isolados da farmacoterapia
e da TCC sobre pacientes depressivos, encontrou-se taxas de remissão de 51% dos
pacientes tratados com fármacos, e 47% daqueles que passaram por intervenção
psicoterapêutica (Weitz et al., 2015). Apesar de a literatura apontar taxas de remissão
semelhantes para TCC em grupo e a individual, especulamos que a dimensão da observada
em nosso estudo foi decorrente da homogeneidade do grupo terapêutico e da identificação
entre os participantes (estudantes universitários), o que favoreceu um incremento no
suporte social. Contudo, desconhecemos o quão presente tais fatores se fizeram em outros
estudos. O suporte social é tido hoje como um mecanismo ativo de geração de resiliência
(Galvão-Coelho, Silva, Pelegrino, & Sousa, 2015; Otte et al., 2016), sendo um dos
componentes dos tratamentos de modificação do estilo de vida, proposto para o TDM
(Sarris et al., 2014).
Mesmo entre os pacientes que não atingiram a remissão, houve uma redução
significativa nos sintomas depressivos autorreferidos, mensurados pela BDI-II, ao final do
tratamento. Porém, o grupo que não apresentou remissão apresentou maior percepção de
sintomas depressivos ao final do tratamento, em relação aos pacientes em remissão. Assim,
sujeitos sem remissão do TDM, avaliada por um clínico, também perceberam sintomas em
si; apesar disso, alerta-se para a possibilidade de um viés cognitivo pessimista acerca da
própria situação, típico de pacientes que têm depressão (Beck, 2011; Carneiro & Dobson,
2016; Teasdale et al., 2002). Em outras palavras, conquanto o indivíduo ainda seja
diagnosticado com depressão maior, ele pode perceber seus sintomas de modo exagerado,
mantendo uma visão limitada de suas melhoras.
Os estudos clínicos mais recentes com TDM tendem a analisar diferentes domínios
dentro do transtorno, tanto psicológico, quanto fisiológico, pois assim, pretende-se propor
tratamentos mais direcionados de acordo com as alterações psicofisiológicas apresentadas
pelo paciente. A eficácia dos tratamentos apresenta, além de uma variabilidade individual,
uma diversidade de resposta em função desses domínios, ou seja, pode ser eficaz para uns e
não para outros (Boschloo et al., 2019; Fernandes et al., 2017). Um destes estudos
observou taxa de resposta semelhante para 11 classes de sintomas no tratamento em
monoterapia do TDM com antidepressivo e com a TCC. Entretanto, 5 classes, a saber;
42
2019; Lucchesi et al., 2005; Sbarra & Allen, 2009). Ademais, queixas de sono tendem a
ocorrer antes que se instaurem os episódios depressivos (Ohayon & Roth, 2003).
A lista de sintomas diagnósticos para TDM inclui alterações do sono como insônia
e hipersônia (APA, 2013), sendo a primeira mais prevalente (Harvey, 2001) e, na
existência desses sintomas, outros como sonolência diurna, cansaço físico e fadiga mental
podem derivar deles. Após intervenção por TCCg, notamos uma melhora na qualidade do
sono dos nossos pacientes, ou seja, uma redução da pontuação da PSQI. Após o
tratamento, apenas 15% dos pacientes apresentaram distúrbio do sono, 40% apresentaram
má qualidade do sono e 25% apresentaram boa qualidade de sono. Assim, além de uma
redução nos distúrbios de sono entre os pacientes, ¼ do total daqueles que finalizaram a
TCCg atingiu padrões saudáveis em sua qualidade de sono, não observado para nenhum
paciente previamente ao tratamento. No mais, o subgrupo de pacientes que não atingiram a
remissão apresentou pior qualidade do sono, comparando com o subgrupo que entrou em
remissão. Para aqueles que atingiram a remissão, foram observadas correlações entre a
melhora da qualidade do sono e dos sintomas depressivos, ansiosos e da autoestima.
Queixas de sono depois do tratamento estão associadas a maiores taxas de recidiva
(Linda, Balla &, Frecska, 2014; Moos & Cronkite, 1999). Mesmo após um tratamento
bem-sucedido por TCC, em que a medida de qualidade de sono foi a mesma que a nossa,
mais de 90% dos pacientes em remissão (aproximadamente 37% do total) ainda
apresentaram problemas de sono (Carney et al., 2011). Os nossos pacientes sem remissão,
mesmo melhorando a qualidade do sono com o tratamento, tiveram, em média, piores
percepções de sua qualidade de sono após a TCCg, em comparação com o grupo que
atingiu a remissão. Provavelmente, isto é atribuível à manutenção de um viés pessimista
sobre suas condições de saúde, que pode ser evidenciado pela ausência da correlação entre
qualidade do sono e a autoestima, que foi observada apenas nos pacientes em remissão.
Esses dados sobre a qualidade do sono servem de alerta para incrementar os
protocolos para tratamento de transtornos depressivos, com a inclusão de recursos e
técnicas destinadas à higiene do sono. Isto permitiria que os sujeitos reestruturassem tanto
crenças distorcidas típicas no TDM, como também nos problemas de sono. Uma vez que
queixas de sono se associam à ocorrência e recaída em transtornos depressivos (Linda et al,
2014; Moos & Cronkite, 1999), esperar-se-ia que o tratamento sobre os primeiros
minorasse a ocorrência dos últimos.
46
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em consideração aos aspectos analisados neste estudo, de acordo com nossas
predições, evidenciou-se que uma monoterapia com TCC em grupo apresenta potencial
para o tratamento da depressão maior em níveis leve e moderado, com ausência dos efeitos
colaterais comumente atrelados à farmacoterapia, e que incluiu efeitos adicionais
benéficos, como a diminuição de ansiedade, aumento da autoestima e na melhora da
qualidade do sono. Além disso, o constructo da autoestima atuou como mediador da
melhora clínica, relacionada aos sintomas depressivos autorreferidos, nos pacientes em
remissão.
Por outro lado, em contraposição as nossas predições, o tratamento não induziu
alterações significativas no cortisol dos pacientes, ou seja, não houve um ajuste fisiológico
nos seus níveis, que se apresentava alterado antes do tratamento em comparação ao grupo
controle de voluntários saudáveis. Porém, é importante destacar que reduções dos níveis de
cortisol plasmático ao longo do tratamento moderou a interação entre remissão e a redução
dos sintomas de depressão. Corroborando assim importância da análise desse biomarcador
e a importância do cortisol na neurobiologia do TDM.
Apesar dos resultados positivos, com taxas de remissão maiores que a maior parte
dos estudos de literatura, acreditamos que a eficácia do tratamento para o TDM pode ser
incrementada, por exemplo, a partir do aprimoramento dos protocolos terapêuticos, que
ante a pluralidade de fatores psicofisiológicos correlacionados à depressão maior, poderiam
apresentar caráter multifocal, isto é, abordar diretamente e simultaneamente aspectos como
ansiedade, sono e autoestima, incluindo assim incluir técnicas de higiene do sono e
recursos psicoterapêuticos direcionados para tratar a ansiedade e com foco em autoestima,
constructos que se mostram interdependentes. Deste modo, estudos adicionais se fazem
relevantes para investigar a conexão entre condições clínicas e os biomarcadores,
auxiliando a consolidação da psiquiatria de precisão.
Agradecimentos
Aos participantes desta pesquisa, que possibilitaram o estudo de métodos avaliativos sobre
a depressão maior, bem como o aprimoramento de práticas psicoterapêuticas destinadas ao
tratamento desta condição.
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.
48
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66
ANEXOS
➢ Protocolo de avaliação
DADOS DA EMENDA
CNPQ DADOS DO
PARECER
Apresentação do Projeto:
Trata-se de um projeto de mestrado e doutorado vinculado ao Programa de Pós-
graduação em Psicobiologia da UFRN, conta com uma vasta equipe de profissionais e
será realizado no Serviço de
Psicologia Aplicada (SEPA) e no Centro de Biociências da UFRN, tem o Laboratório de
Bioanalítica e Ciências Ômicas Integradas do Departamento de Química Analítica da
Universidade Estadual de Campinas como coparticipante. O estudo pretende avaliar em
jovens universitários potenciais marcadores bioquímicos, neuropsicológicos e
eletrofisiológicos, que auxiliem no diagnóstico e tratamento do transtorno depressivo
maior (TDM), comparando a eficácia do tratamento realizado com a Terapia Cognitivo-
comportamental (TCc), em grupo, e com antidepressivos do grupo de inibidores seletivos
de recaptação de serotonina
(ISRS). O trabalho será realizado na UFRN, Natal-RN, com público de 108 participantes,
estudantes da UFRN, de ambos os sexos, com idade entre 18 a 35 anos, sendo 36 do
grupo controle (voluntários saudáveis) e 72 do grupo experimental, pacientes com TDM,
leve e moderado. Os participantes do grupo experimental serão distribuídos
aleatoriamente entre dois subgrupos de tratamento; Tcc (n=36) e farmacológico (n=36).
Os critérios de inclusão e exclusão foram apresentados para os grupos. A triagem para o
grupo TCc será realizada em 3 momentos específicos do ano de 2018. A triagem para os
grupos do tratamento farmacológico e controle será realizada ao longo de todo o ano de
2018 e primeiro semestre do ano de 2019. Para coleta de dados os pacientes e controles,
serão conduzidos
72
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Objetivo da Pesquisa:
Geral:
Avaliar potenciais marcadores bioquímicos, neuropsicológicos e eletrofisiológicos, que
auxiliem no diagnóstico e tratamento do TDM. E comparar a eficácia do tratamento
realizado com a Terapia Cognitivo-comportamental, em grupo, com tratamento com
antidepressivos do grupo de inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS).
Específicos:
1. Analisar a potencialidade da resposta do cortisol salivar ao despertar, das
citocinas inflamatórias (IL-2, IL6, IL -10, TNF-), da proteína C-reativa, do BDNF
plasmático e do perfil metabolômico e lipidômico plasmático atuarem como
biomarcadores para diagnóstico do TDM, comparando os dados dos pacientes
portadores de TDM leve e moderado, com um grupo de pacientes com depressão maior
grave e resistente ao tratamento (coletados em um estudo anterior) e com um grupo
controle de voluntários saudáveis.
2. Analisar a potencialidade dos parâmetros neuropsicológicos atuarem como
biomarcadores do diagnósticodo TDM, comparando os dados dos pacientes portadores
de TDM leve e moderado, com um grupo de pacientes com depressão maior grave e
resistente ao tratamento (coletados em
73
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rotina. Portanto, a única fonte de risco potencial é a interação entre a pele dos voluntários
e a superfície dos sensores utilizados nos experimentos. Pode acontecer desconforto na
postura adotada para os testes e na pele sob os sensores, o que será combatido por
ajustes ergonômicos e pela adoção de pasta condutora convencional, largamente
utilizada tanto na pesquisa básica quanto na prática clínica de eletrofisiologia.
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Benefícios:
É consenso que pesquisas clínicas envolvendo seres humanos são relevantes quanto
aos benefícios para a sociedade. Este estudo é constituído de elementos importantes que
podem favorecer os métodos de diagnósticos e acompanhamento de tratamentos para o
TDM, com base em um painel de biomarcadores bioquímicos, neuropsicológicos e
eletrofisiológicos e medidas psicométricas. Espera-se estabelecer um painel que
transcenda a pesquisa científica e possa ser aplicado na prática clínica, facilitando o
diagnóstico e o acompanhamento terapêutico. Porém, além dessa expectativa em longo
prazo, este projeto traz um retorno imediato para a sociedade, uma vez que uma nova
linha de atendimento gratuita para tratamento da depressão maior será implantada no
SEPA, e que em média 40 pacientes com TDM serão selecionados, em 2018, para serem
tratados de maneira gratuita pela abordagem da TCc. Ademais, os estudantes da UFRN
contarão com um maior suporte da equipe de psiquiatria desta instituição, uma vez que
profissionais deste departamento estarão envolvidos diretamente na pesquisa. Além
disso, naturalmente, tal pesquisa também resultará em ganhos científicos, pois; 1.
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Recomendações:
Os pesquisadores devem ter especial atenção ao envio dos relatórios parcial e final da
pesquisa. Ver modelos em < http://www.cep.propesq.ufrn.br/>.
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0
8
d
e
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
Assinado por:
LÉLIA MARIA GUEDES QUEIROZ
(Coordenador)
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