Você está na página 1de 13

FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

ROZANA SOARES NETO

TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: MANEJO CLÍNICO EM TCC

PRESIDENTE KENNEDY - ES

2023
FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

ROZANA SOARES NETO

TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: MANEJO CLÍNICO EM TCC

Artigo Científico apresentado à Faculdade


Única de Ipatinga, como parte das exigências
para a obtenção do título de especialista em
Avaliação Psicológica.

Presidente Kennedy - ES

2023
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: MANEJO CLÍNICO EM TCC

Rozana Soares Neto

RESUMO

O transtorno depressivo maior (DTM) é um problema grave de saúde pública no Brasil, que prejudica
a rotina diária do indivíduo. Porém, esse transtorno tem tratamento e uma das abordagens mais
indicadas é a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Diante disso, o objetivo do presente trabalho
foi levantar evidências sobre a eficácia da TCC no tratamento do DTM, além de abordar algumas
técnicas de manejo bastante eficientes. Dessa forma, foi realizada uma revisão bibliográfica, onde
buscou-se através de livros e artigos, estudos relacionados a TCC aplicada a DTM. Também, foram
encontradas algumas ferramentas da TCC que ajudam a melhorar o quadro de saúde do paciente,
tais como: ativação comportamental, reestruturação cognitiva, psicoeducação, registro de
pensamentos disfuncionais, mindefulness e seta descendente. Os resultados encontrados na
pesquisa apontaram que a TCC é de fato eficaz, pois vários estudos demonstram que pessoas que
utilizam dos métodos dessa abordagem, permanecem boas por mais tempo seja em combinação com
medicamentos antidepressivos ou de forma isolada. Além disso, a mesma reduz o risco de recaídas.
Uma vez que, o paciente aprende modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais por algo
mais adaptativo e apropriado.

Palavras chave: Transtorno depressivo maior. Terapia cognitiva-comportamental.


Depressão. Técnicas. Tratamento.

1 Introdução
O transtorno depressivo maior, também conhecido como depressão, é um
transtorno mental comum, mas sério, que envolve o humor deprimido (quase todos
os dias) e a diminuição ou perda do interesse em atividades prazerosas. Sendo
considerado, um grave problema de saúde pública no Brasil (VIEIRA, 2012).
Segundo o Manual Diagnóstico e Estático de Transtornos Mentais (DSM-V,
2014), o indivíduo com o transtorno, costuma apresentar cinco ou mais dos
seguintes sinais e sintomas, durante pelo menos duas semanas, tais como: humor
deprimido; perda de energia ou fadiga; sentimento de desvalia ou culpa; dificuldade
de concentração; desesperança; agitação ou retardo psicomotor; diminuição ou
aumento do peso; alterações no sono; pensamentos de morte, de causar danos a si
mesmo ou ideação suicida.
Vale ressaltar que esse transtorno possui tratamento, tanto por meio de
medicações farmacológica ou através de psicoterapia. A combinação de ambas
surtir melhora do quadro de saúde mais rápido, ao comparado apenas o uso de
antidepressivos. Além disso, é importante acrescentar que em psicoterapia uma das
abordagens mais indicadas para tratar a depressão é a terapia cognitivo--
comportamental, também chamada de TCC, pois inúmeros estudos comprovam sua
eficácia (SCOTT et al., 2021).
De acordo com Beck (2014), a TCC é uma abordagem orientada para os
objetivos e focada nos problemas do indivíduo, na qual, dispõem de técnicas que
tem como intuito ensinar o paciente a ser o seu próprio terapeuta. “Sendo assim, os
pacientes têm maior habilidade de reconhecer seus sintomas e, assim prevenir
recaídas [...].” (WILES et al., 2014 apud SCHOTT et al., p. 127, 2021).
Portanto, o presente trabalho tem objetivo abordar a eficácia da terapia
cognitivo-comportamental no tratamento do transtorno de depressivo maior, além de
evidenciar algumas técnicas e ferramentas de manejo do mesmo. Afim de,
demonstrar sua importância na remissão ou na diminuição dos sintomas e na
prevenção de possíveis recaídas. Desse modo, foi realizada uma revisão de
literatura, onde buscou-se através de livros e artigos de periódicos assuntos
relacionados ao tema da pesquisa.

2 Desenvolvimento
2.1 Transtorno depressivo maior e a TCC
O transtorno depressivo maior (DTM) é caracterizado pelo humor deprimido
persistente podendo ser manifestado em qualquer faixa etária, porém a prevalência
é três vezes maior em jovens entre 18 e 29 anos do que em pessoas acima dos 60
anos. Além disso, tal transtorno tem incidência três vezes maior em indivíduos do
sexo feminino quando comparado a pessoas do sexo masculino, nas quais, os
sinais/sintomas podem aparecer durante a puberdade ou na fase adulta (DSM-V,
2014).
Uma das abordagens psicoterápicas mais eficazes para o tratamento DTM é
a terapia cognitivo-comportamental. Cuja terapia foi desenvolvida nos anos 60, pelo
psiquiatra Aaron Beck, que iniciou nessa época suas pesquisas sobre a depressão.
“Mediantes estudos, Aaron Beck, constatou que humor e comportamentos negativos
eram resultantes de pensamentos e crenças distorcidas [...].” (COSTA; CARVALHO;
RODRIGUES et al., 2018, p.8).
A maioria dos pacientes, especialmente com depressão, tende a focar
indevidamente nos aspectos negativos. Quando estão em estado
depressivo, eles direcionam sua atenção automática e seletiva (i.e., sem
terem consciência disso), além de colocarem grande ênfase na experiência
negativa, e então desconsideram ou não conseguem reconhecer uma
experiência mais positiva. Sua dificuldade em processar dados positivos de
forma simples leva-nos a desenvolver um senso distorcido da realidade.
(BECK, 2014, p.50).

Desse modo, o modelo da TCC foi criado com a finalidade de ajudar o


indivíduo a avaliar a validade de suas cognições e de proporcionar a
autodescoberta, facilitando assim sua reestruturação cognitiva. Além disso, essa
abordagem incentiva à participação ativa do paciente durante todo o tratamento.
Tendo aliança terapêutica como um recurso muito importante (MATOS; OLIVEIRA,
2013). Segundo Raue e Goldfried (1994), citado por Beck (2014, p.41), “pesquisas
demonstram que as alianças positivas estão relacionadas aos resultados positivos
no tratamento”.

2.2 Eficácia da terapia cognitivo comportamental na prevenção a recaídas em


pacientes com transtorno depressivo maior
Os pacientes tratados por essa abordagem psicoterapêutica aprendem
técnicas cognitivo-comportamentais que têm como objetivo auxiliá-los no
enfrentamento da depressão ou na prevenção de uma possível recaída. Ou seja, o
psicólogo da TCC ensina técnicas, para que a pessoa possa usá-la quando sentir a
necessidade (SCHOTT et al., 2021).
De acordo com Oliveira (2019), a utilização da TCC no tratamento da
depressão possibilita que o psicólogo conduza o paciente a uma avaliação realista
do problema, de forma que o indivíduo consiga modificar seus pensamentos,
comportamentos e crenças disfuncionais, por algo mais funcional. Ainda segundo o
autor supracitado, isso permite uma melhora duradoura do humor e do
comportamento do paciente.
De um total de 75 estudos clínicos analisados de 1977 até 2005, concluiu-se
que a TCC é superior em termos de eficácia para o tratamento do TDM
quando comparada à Psicodinâmica, bem como a terapias sem abordagem
específica ou denominadas “ecléticas” (BUTLER et al., 2006, apud
VARELA, p.13, 2019).
Jarett, Kraft e Silver (2001), realizou um estudo sobre a prevenção de
depressão recorrente com 156 pacientes com transtorno depressivo maior, com
idades entre 18 e 65 anos, tratados pela terapia cognitivo-comportamental de forma
contínua e dos que não foram. Tal pesquisa, feita pelos autores constatou que
dentro de 8 meses houve uma redução da estimativa a recaída e recorrência em
pacientes com alto risco. Uma vez que, na fase de remissão estável, evidenciou que
pacientes sem continuar usando os métodos da TCC eram mais vulneráveis a sofrer
uma recaída ou recorrência (62% propensos), do que os que continuaram usando as
técnicas (37% propensos). Já pacientes com o início precoce tratados por essa
psicoterapia, tiveram uma propensão menor a recaída e recorrência de 16% contra
os que não usaram com 67%.
Já Brent et al. ( 2008) citado por Schott et al. (2021), realizou uma pesquisa
sobre a eficácia da TCC, onde investigou 334 pacientes com idades entre 12 e 18
anos com diagnóstico primário de DTM não respondente ao tratamento tradicional
(com uso somente de medicação). Nesse estudo os autores supracitados
constataram que a terapia cognitivo-comportamental ao ser utilizada com esses
adolescentes apresentou eficácia superior a 54,8% em comparação ao uso de
apenas medicamentos antidepressivos. Desse modo, tal pesquisa demonstrou que a
TCC faz total diferença no tratamento do transtorno depressivo maior.
Para Souza (2021, p.23) “pessoas que usam a TCC permanecem boas por
mais tempo, ou seja, em comparação com pacientes que escolhem outras formas de
psicoterapia ou apenas medicamentos [...].” Uma vez que, se tratar de uma
abordagem dirigida e estruturada, que instruí os pacientes a continuar usando às
técnicas aprendidas, após o término da terapia. Sendo assim, a vantagens do
tratamento são várias, tais como: alívio dos sintomas, remissão do transtorno,
pensamentos e comportamentos mais saudáveis e apropriados. Ademais, esse tipo
de terapia, ensina habilidades para que os pacientes evitem recaídas (CIZIL;
BELUCO, 2019).

2.3 Ativação comportamental


Muitos pacientes com depressão não acreditam que podem mudar a forma
como se sentem e isso aumenta ainda mais seus comportamentos improdutivos (fica
na cama ou não fazer absolutamente nada). Desse modo, ativação comportamental
no início do tratamento é fundamental para pessoas com depressão, uma vez que,
proporciona estratégias para aliviar os sintomas do transtorno, além de gerar
pensamentos funcionais e sentimentos mais prazerosos (BECK, 2014).
Para Powell et al. (2008), a primeira estratégia da ativação comportamental é
o agendamento e monitoramento das atividades. Desse modo, no registro o paciente
é orientado a definir o horário da realização da tarefa, como formar de estabelecer
uma rotina. Essa estratégia possibilita que o paciente conheça sua forma de
funcionamento, e a partir disso melhore suas interações sociais e o seu humor. Ou
seja, com essas atividades “o paciente consegue perceber e, por vezes corrigir suas
distorções sobre o que pensa, sente e age, assim retomando atividades prazerosas
em sua experiência de vida.” (GOMES, 2019, p.6). Esse aspecto mencionado por
Gomes (2019), incluir a segunda estratégia, que é a de identificar os
comportamentos que o paciente deve se concentrar para melhorar seu humor.
Algumas das técnicas de intervenção de manejo da TCC por meio da ativação
comportamental são: curtograma; técnicas de enfretamento; treino de habilidades
sociais e a resolução de problemas; registro diário de atividades (satisfação real e
prevista); balança decisória (avaliação das vantagens e desvantagens) (MATOS;
OLIVEIRA, 2013). De acordo, com as autoras supracitadas, a ativação
comportamental serve como um reforço positivo que ativa a capacidade de
resolução dos problemas. Segundo Beck (2014, p.107), “ajudá-los a se tornar mais
ativos e dar-lhes crédito pelos seus esforços é parte essencial do tratamento, não
somente para melhorar seu humor, mas também para fortalecer seu sentimento de
autoeficácia [...].” Daí a importância do terapeuta da TCC incentivar o paciente com
depressão a ser o autor da própria história.

2.4 Reestruturação cognitiva


A reestruturação cognitiva começa nas primeiras sessões, sendo direcionada
para a definição do problema do paciente. Tal feito tem com finalidade modificar
pensamentos e crenças disfuncionais por algo mais adaptativo, a partir da
investigação dessas cognições (GOMES, 2019). Dessa maneira, o objetivo principal
da reestruturação cognitiva nessas sessões é de ajudar o paciente a encontrar:
1) as crenças disfuncionais específicas associadas à depressão; 2) as
distorções cognitivas mais comuns e a caracterização dos pensamentos
automáticos; 3) as reações fisiológicas, emocionais e comportamentais
consequentes aos pensamentos; 4) que comportamentos foram
desenvolvidos para enfrentar as crenças disfuncionais; e 5) como as
experiências anteriores têm contribuído na manutenção das crenças do
paciente. (POWELL et al.,2008, p.576).

Segundo Mercês, Moura e Oliveira (2018, p.9), “a reestruturação cognitiva é


uma técnica diária na Terapia Cognitiva e perpetuada durante todo o processo
psicoterápico [...].” Essa reestruturação pode ocorrer através das seguintes técnicas:
registro de pensamentos disfuncionais, exames de evidências, seta descendente,
diário de dados positivos, atividades de vantagens e desvantagens entre outras.
Ademais, que essas técnicas de manejo da TCC auxiliam o indivíduo a processar as
informações por um viés mais realístico (GOMES, 2019).

2.5 Algumas das técnicas da TCC que auxiliam no manejo dos sintomas do
DTM
2.5.1 Psicoeducação
A psicoeducação ajuda o paciente a compreender de forma clara, os objetivos
dos instrumentos terapêuticos propostos. Além de auxiliar a entender melhor as
consequências que os pensamentos e comportamentos disfuncionais podem trazer
para vida do mesmo (NOGUEIRA et al., 2017).
Desta forma, a psicoeducação tem com função orienta o paciente sobre as
consequências que o transtorno pode acarretar. Desenvolvendo assim no indivíduo
novas formas de pensar e se comportar, pois por meio dela, a pessoa aprende a
testar a realidade, monitorar e a modificar padrões de pensamento negativos
(SCHOTT et al., 2021).
De acordo com Schott et al. ( 2021, p.130), “essas habilidades aprendidas lhe
permitiriam lidar mais facilmente com novos episódios recorrentes, e, possivelmente
prevenir novas depressões”. Conforme notam Moreli, Braga e Donadon (2021), a
psicoeducação pode servir como peça chave para melhorar adesão do paciente a
terapia, uma vez que, o indivíduo passa a se sentir mais confiante em seu
tratamento ao aprender as técnicas da TCC.

2.5.2 Registro de pensamentos disfuncionais


O registro de pensamentos disfuncionais consiste em uma planilha que incluí
colunas que ajudam identificar o evento e, posteriormente os pensamentos
automáticos que geraram os estados emocionais. Nesse registro o paciente tem que
avaliar o grau de quanto acreditam em cada pensamento e a intensidade da emoção
(numa escala de 0 a 100). Essa planilha também possui uma coluna de respostas
adaptativas, que têm como intuito levantar evidências sobre os pensamentos
automáticos, proporcionando dessa forma, a criação de pensamentos alternativos.
Por fim, pede que o paciente quantifique novamente o quanto acredita em cada
pensamento, assim como a intensidade da emoção (MERCÊS; MOURA; OLIVEIRA,
2018).
Para Powell et al. (2008, p.576),“esse tipo de recurso aumenta a objetividade
e facilita que o indivíduo se lembre de eventos, pensamentos e sentimentos
ocorridos entrem as sessões.” Desse modo, devido ser uma técnica de fácil
aprendizado, sistemática, verificável e breve, pode ser considerada de grande
importância no tratamento do transtorno depressivo maior. Pois, a partir do momento
que o cliente compreende seus pensamentos automáticos e levanta evidências
sobre suas validades, isso o direciona para o seu processo de mudança (MERCÊS;
MOURA; OLIVEIRA, 2018). Melhorando assim, seu estado emocional.

2.5.3 Mindfulness
Os programas de mindfulness na terapia cognitivo-comportamental são
bastante eficientes para a prevenção de recaída da depressão. Sendo composto por
8 encontros, com duração entre 60 e 120 minutos. Para grupos de 12 a 30 pessoas
com o transtorno. Sua função principal é ensinar o paciente a sair do piloto
automático, que é a maneira pela qual ocorre a formação de erros cognitivos, para
um estado de consciência de si, aceitando suas emoções e pensamentos sem fazer
julgamentos (CARNEIRO; DOBSON, 2016).
Segundo Marquiol (2017), a mindfulness proporciona que o paciente vivencie
o momento atual, descarte a ruminação de pensamentos disfuncionais e adquira a
autocompaixão, aceitando qualquer sentimento e pensamento, sem julgamentos ou
críticas, tendo em mente que serão passageiros. De acordo com o autor supracitado
o uso desse método diminui as chances de recaída em 40% a 50% em pacientes
com histórico de três ou mais episódios depressivos, além de, demonstrar eficácia
no tratamento com antidepressivo, reduzindo o risco de recaída de 68% para 30%.

2.5.4 Seta descendente


Essa técnica é muito útil para identificar quais são as crenças subjacentes
que alimentam os pensamentos disfuncionais e mantém o quadro depressivo. Nela o
paciente aprende a questionar as evidências e a criar pensamentos alternativos,
adotando assim, um ponto de vista mais realístico (POWELL et al., 2008). Para
Leahy (2006, p.36):
Explorar as crenças subjacentes ao medo desse resultado ajuda a
despotencializar o pensamento. Com esta técnica, o terapeuta continua a
fazer perguntas sobre o pensamento ou evento: “O que aconteceria, então,
se isso fosse verdade?” ou “O que isso significaria para você, se
acontecesse?” Nos referimos a esse processo como seta descendente –
tentamos cavar até o fundo da crença. De acordo com isso, o terapeuta
escreve o pensamento do paciente na parte superior da página e então
desenha uma flecha para baixo, em direção à série de pensamentos ou
eventos implícitos no pensamento original. (LEAHY, 2006, p.36).

3 Conclusão
A presente pesquisa evidenciou que o transtorno depressivo maior é um
problema de saúde pública grave que atinge muitos jovens, principalmente do sexo
feminino, quando comparado as do sexo masculino. Ao longo desde estudo
constatou-se que a terapia cognitivo-comportamental é bastante eficaz no
tratamento do transtorno depressivo maior, reduzindo ou promovendo a remissão
dos sintomas, além de prevenir possíveis recaídas.
Tal fato se baseia em inúmeras pesquisas que apontam que pessoas que
usam a TCC permanecem boas por mais tempo seja em combinação com o uso de
antidepressivos ou não. Pois se tratar de uma abordagem dirigida, breve e
estruturada, que tem como finalidade ensinar o paciente ser o seu próprio terapeuta.
Sendo assim, o paciente aprende técnicas que o ajuda a processar as
informações de forma mais realística, permitindo assim, corrigir distorções
cognitivas, com intuito de modificá-las ou substituí-las por algo mais adaptativo.
Ademais, essas ferramentas possibilita leva-lo a um estado de consciência de si, ao
descobrir os danos que o transtorno pode causar em sua vida.
Em suma, conclui-se que a metodologia utilizada no manejo das intervenções
da TCC é uma importante aliada no tratamento do transtorno depressivo maior, pois
tem como objetivo a modificação de comportamentos e pensamentos disfuncionais
para algo mais apropriado. Além disso, o psicólogo da TCC incentiva a participação
ativa do paciente durante todas as sessões, fazendo com que se sinta estimulado a
usar as técnicas mesmo após o término do tratamento. Com isso o resultado
esperado se torna mais rápido e duradouro, melhorando assim a qualidade de vida
do indivíduo.
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION.Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais: DSM-V.5. ed. Porto Alegre: Artmed., 2014, 976 p.

BECK, Judith S.Terapia cognitivo-comportamental.2.ed. Porto Alegre: Artmed,


2014. 399 p.

CARNEIRO, Adriana M.; DOBSON, Keith S. Tratamento cognitivo-comportamental


para depressão maior: uma revisão narrativa. Rev. Bras.Ter. Cogn., Rio de Janeiro,
v.12, n.1, p. 42-49, jun. 2016. Disponível em:
<https://www.rbtc.org.br/detalhe_artigo.asp?id=229>. Acesso em: 24 de dez. 2022.

CIZEL, Marlene J.; BELUCO, Adriana C. R. As contribuições da terapia cognitivo


comportamental no tratamento da depressão. Rev. UNINGÁ,Maringa, v.56, n.S1, p.
33-42, jan./mar. 2019. Disponível em:
<https://revista.uninga.br/uninga/article/view/88> . Acesso em: 10 de dez. 2022.

COSTA, Emilly D.C.; CARVALHO, Joelly S.L.; RODRIGUES, Tammy C.M.M. A


teoria cognitiva e o tratamento do transtorno depressivo. Mato Grosso, p.1-22,
2018. Disponível em:
<https://www.repositoriodigital.univag.com.br/index.php/Psico/article/view/926> .
Acesso em: 3 de dez. 2022

GOMES, Hiago Veras. O manejo clínico cognitivo-comportamentalno tratamento de


transtorno depressivos. Rev. Psicologia PT, Piauí, p.1.12, nov. 2019. Disponível
em: <https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1359.pdf> Acesso em: 20 de dez
2022.

JARRETT, Robin B.; KRAFT, Dolores.; SILVER, Paul C. Prevenção da depressão


recorrente usando a terapia cognitiva com e sem uma fase de continuação.Arquivos
de PsiquiatriaGeral, v.58, n.4, p. 381-388, 2001. Disponível
em:<www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC130749> Acesso em: 3 de dez. 2022.

LEAHY, Robert L. Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta. Porto


Alegre: Artmed, 2006, 360 p.

MAQUIOL, Camila de Cassia. Mindfuldness da depressão. Rev. Ambiente


Acadêmico, São Paulo, v.3, n1, p. 59-66, 2017. Disponível em:
<https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/04/revista-ambiente-academico-
edicao-5-artigo-4.pdf>. Acesso em: 23 de dez. 2022.

MATOS, Cristina S.; OLIVEIRA, Irismar R. Terapia cognitivo comportamental da


depressão: relato de caso. Rev.Ciênc. Méd. Biol., Salvador, v.12, n.4, p.512-519,
dez. 2013. Disponível
em:<https://periodicos.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/9203>. Acesso em: 3 de
dez. 2022.
MERCÊS, Elaine L.; MOURA, Lorena F.; OLIVEIRA, Iran J.S. Terapia cognitivo-
comportamental aplicada a depressão: uma breve revisão bibliográfica. Rev.
Amazônica Science & Health, Tocantins, v.6, n.1, p.2-11, abr. 2018. Disponível em:
<http://ojs.unirg.edu.br/index.php/2/article/view/1321>. Acesso em: 22 de dez. 2022.

MORELI, Paola da S.; BRAGA, Tatiana de A.; DONADON, Mariana Fortunata.


Psicoeducação na terapia cognitivo comportamental: um caso de depressão com
histórico de violência. Rev. Eixo, Brasília, v.10, n.2, p. 75- 82, mai./agost. 2021.
Disponível em: <http://revistaeixo.ifb.edu.br/index.php/RevistaEixo/article/view/874>.
Acesso em: 6 de jan.2023.

NOGUEIRA, Carlos André et al. A importância da psicoeducação na Terapia


Cognitivo-Comportamental. Rev. Hígia, v.2, n.1, 2017. Disponível
em:<https://www.semanticscholar.org/paper/A-IMPORT%C3%82NCIA-DA-
PSICOEDUCA%C3%87%C3%83O-NA-TERAPIA-UMA-Nogueira-Crisostomo/
337100da8044a670bab245126800674dba7836e8>. Acesso em: 30 de dez.2022.

OLIVEIRA, Antoniel C. Eficácia da terapia cognitivo comportamental no tratamento


da depressão: revisão integrativa. Rev. brasileira de terapia cognitiva, v.15, n.1, p.
29-37, jan./jun. 2019. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1808-56872019000100006>. Acesso em: 3 de dez. 2022.

POWELL, Vania Bitencourt et al. Terapia cognitivo-comportamental da depressão.


Rev. Bras. Psiquiatr. Salvador,v.30, n.2, p. 73-80, out. 2028. Disponível
em:<https://www.scielo.br/j/rbp/a/XD3SXdNxQPMwj6gc4WRjqSB>. Acesso em: 15
dez.2022.

SCHOTT, Fabiane et al. Transtorno depressivo maior: diferentes possibilidades para


pacientes resistentes ao tratamento. Rev. PsiUnisc, Rio Grande do Sul, v.5, n.2, p.
125-147, jun./dez. 2021. Disponível
em:<<https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/15284>. Acesso em: 2 de
dez. 2022.

SOUZA,Thallyta M.S. A eficácia da terapia cognitivo-comportamental no


transtorno depressivo maior. 2021. 20 fl. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Psicologia) – Departamento do Colegiado de Psicologia da
Faculdade Anhanguera – Ribeirão Preto, 2021. Disponível em:
<repositório.pgsskroton.com. Acesso em: 10 de dez. 2022.

VARELLA, Yves Martins. A terapia cognitivo-comportamental em grupos no


tratamento do transtorno depressivo maior.2019, 82 fl. Dissertação (Mestrado em
Psicologia Fisiológica ). Departamento de Pós-Graduação em Psicobiologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal, 2019. Disponível
em:<repositório.ufrn.br>. Acesso em 5 de jan. 2023.

VIERA, Jaiciana R. Assistência da equipe multi profissional em pacientes com


depressão atendidos no pronto socorro.2012, p. 44fl. Monografia ( Pós-
Graduação em Assistência de Enfermagem em Urgência e Emergência ) –
Departamento de Pós- -Graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinese-
UNESC, Criciuma, 2012. Disponível em:
<http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/1092/1/Jaiciana%20Ramos%20Vieira.pdf>.
Acesso em: 1 de dez. 2022.

Você também pode gostar