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PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade apresentará os principais conceitos da Psicologia
Social e Comunitária. Primeiramente, é importante saber que há uma
diferença na atuação destes dois campos: enquanto a Psicologia Social
preza por pesquisas positivistas, e com o intuito de compreender e pre-
ver a reação comportamental de alguns grupos; a Psicologia Comunitá-
ria é completamente voltada para a ação e, por isso, já entra em campo
investigando e intervindo, mas sempre com o papel de facilitador, e não
de coordenador de grupos. Entenderemos como a Psicologia Social
surgiu e por quais mudanças ela passou, para que chegássemos ao
conceito que hoje temos de Psicologia Comunitária. Veremos o quan-
to essa ciência se faz presente nas relações grupais e institucionais,
sendo importante nas lutas que modificaram o cenário social como, por
exemplo, a luta antimanicomial e o movimento dos direitos humanos. A
proposta da Psicologia Comunitária é vasta, engloba vertentes psicoló-
gicas, sociológicas, filosóficas, educacionais, que estudaremos neste
módulo, vendo a importância de conhecer o movimento dos grupos, a
topografia das classes sociais e sua relação com o indivíduo.
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA
Recapitulando _________________________________________________ 27
Identidade ____________________________________________________ 34
Recapitulando _________________________________________________ 48
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CAPÍTULO 03
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NO BRASIL
Recapitulando _________________________________________________ 70
Referências ____________________________________________________ 80
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Alguma vez você já ouviu a pergunta: “Para que serve a Psi-
cologia Social?” ou ainda, a expressão “A Psicologia clínica individual
não teria mais aplicabilidade ou eficácia do que se for realizada com um
grupo?”. Por mais que pareçam simples, essas dúvidas não são raras!
Muitas pessoas acreditam que o Psicólogo Social segue a mesma base
teórica e de atuação que o Psicólogo Clínico.
Apesar de as bases acadêmica e de formação profissional se-
rem idênticas às da Psicologia Clínica, a Psicologia Comunitária tem um
propósito diferente. Este é um ramo da Psicologia Social, que abran-
ge temas como: as organizações trabalhistas; o contexto das minorias
sociais; a influência cultural, política e social na dinâmica dos grupos;
grupos de apoio, para fins comunitários; associações para qualquer tipo
de desenvolvimento, entre outras pesquisas e atuações que levam em
consideração a subjetividade do indivíduo.
O trabalho do Psicólogo comunitário portanto, é voltado para a
assistência, prevenção e emancipação de um grupo, a sua participação
é de facilitador e organizador, para que o grupo se movimente em dire-
ção a criticar e trabalhar a partir de sua situação atual, em prol de um
ideal comunitário.
A mudança discutida pela Psicologia Social e Comunitária se
verifica no sentido de metamorfose do grupo e do indivíduo, um fenô-
meno dialético, involuntário e infinito. Para essa ciência, o grupo se mo-
difica de acordo com a sua identidade e subjetividade, por isso, todo
cidadão deve ser protagonista de sua história.
O conceito de psicologia comunitária está, para muitas pes-
soas, diretamente ligado às questões das classes desfavorecidas so-
cialmente. Apesar desta crença não estar totalmente correta, ela pode
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
ser justificada pelo fato desta ciência ter surgido como um movimento
para abraçar causas de grupos vulneráveis, como as políticas de inclu-
são social, que é um tema discutido por este campo de profissionais.
Dentro da ideia de inclusão social, podemos citar o sistema de
cotas em universidades, ou em concursos públicos, que destinam uma
porcentagem das vagas para negros, deficientes e estudantes de esco-
las públicas, para amenizar as desigualdades sociais, educacionais e
econômicas sofridas por este público, ainda no cenário atual.
Além da política de cotas, são temas e questões abraçadas
pela Psicologia Social Brasileira: a desigualdade social, o preconceito
e segregações raciais, a violência doméstica, o abuso infantil, a meno-
ridade penal, os direitos humanos, os métodos para reabilitação peni-
tenciária, o Estado e as políticas públicas destinadas à população, e a
estruturação e atendimento dos órgãos do sistema único de assistência
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social – SUAS, entre outros.
É importante sabermos que essas questões se modificam de
acordo com as necessidades de seu território e com o momento vi-
vido. Vejamos um exemplo bastante atual: a pandemia causada pela
COVID-19, que assolou o mundo inteiro em 2020. Nessa situação, em
cada país existe um tipo de política pública para assistência social e
para saúde pública, e em cada grupo social surgirão diferentes tipos
de problemas, como as taxas de desemprego, a violência doméstica, o
descumprimento das medidas protetivas, entre outras inúmeras realida-
des que pedem diferentes olhares e intervenções.
Pensando em tudo isso, neste módulo veremos as principais
influências da Psicologia Social, quais foram seus autores precedentes
e os pontos chave dessa teoria. Após essa etapa, entenderemos em
que contexto ela surgiu, qual era seu intuito, e a diferença na atuação
profissional e na pesquisa cientifica, entre a Psicologia Clínica e a Psi-
cologia Social.
Vamos estudar também, como essa ciência compreende a
constituição do sujeito, para então, a partir disso, discutir um pouco
sobre as questões éticas dentro da atuação profissional e dentro das
pesquisas cientificas nessa área. Para finalizar, veremos por que foi
necessária uma Psicologia Comunitária, quais são as diferenças entre
ela e a Psicologia Social, e quem são os principais teóricos estudados
no Brasil.
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
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INTRODUÇÃO À
PSICOLOGIA SOCIAL & COMUNITÁRIA
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Figura 1 – Psicologia e ramificações
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topografia dos relacionamentos sociais, vimos a necessidade de en-
tender como esse novo mundo digital afetou o indivíduo, como ele está
elaborando essas mudanças. O enfrentamento também é parte da sub-
jetividade humana.
Sem dúvidas, a internet nos trouxe muitos benefícios, mas tam-
bém surgiram malefícios com os quais ainda estamos aprendendo a li-
dar. Enquanto há dez anos falávamos sobre o enfrentamento do bullying
nas Escolas, agora nos deparamos também com o cyberbullying, que
traz consequências negativas e prejuízos até mais extremos, uma vez
que a exposição é maior. O problema do cyberbullying pode ser traba-
lhado pelo Psicólogo Social com estratégias educativas e conscienti-
zadoras a respeito de seus danos mentais, e da responsabilidade que
cada pessoa tem com suas ações.
Figura 2 – Cyberbullying
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
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Outra prática muito relevante para o comportamento social,
é a atuação do Psicólogo ambiental. Esse ramo de atuação observa
as necessidades grupais para possíveis adaptações ou criações de
espaços urbanos como, por exemplo, uma empresa de construção civil
quer investigar qual seria o público para seu novo empreendimento imo-
biliário. Se as pesquisas mostram que há uma diminuição da natalidade
infantil e aumento da expectativa de vida, logo teremos aumento da
população idosa, portanto, é interessante pensar e adaptar os espaços
para esse perfil. Qual seria o melhor modelo de área de lazer para esse
público? Os apartamentos precisariam de um banheiro adaptado, uma
varanda maior, ou uma cozinha menor?
As mudanças nas contingências sociais acontecem ininterrup-
tamente. No ano de 2020, viu-se um aumento na procura por parques
e praças, e de casas com maiores recintos, para favorecer quem per-
manece nela por mais tempo. Isso porque o mundo inteiro está enfren-
tando a pandemia do vírus Covid-19, que devido ao alto contágio, exi-
giu da população o maior tempo possível de isolamento em casa, além
do distanciamento nas ruas. O isolamento forçado devido à pandemia
do Covid-19 despertou o interesse para outros hábitos, como ler livros,
consumo de comidas saudáveis, entre outras.
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Dialética – conceito que duas ideias contrapostas formarão
uma síntese comum, na filosofia, por exemplo, era vista como o método
de argumentar e responder para assim, juntos desenvolver uma ideia
final.
drões mesmo que não concordem com eles. Atualmente é sabido que
buscamos nos adaptar aos padrões, porque fora deles nos sentimos
constrangidos e com baixa autoestima e, por isso, seguimos uma ten-
dência comportamental, que é chamada também de “efeito manada”.
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Filme sobre o assunto: Experimenter (2015)
Direção: Michael Almereyda
Observação: Em 1961, o psicólogo Stanley Milgram realiza
experiências controversas destinadas a medir a conformidade, a cons-
ciência e o livre-arbítrio.
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ORIGEM DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: COPESE Órgão: UFPI Prova: Psicólogo Nível:
Superior
Assinale a opção que se refere à influência do marxismo na psico-
logia comunitária.
a) A partir de meados dos anos 1980 e, mais fortemente da década de
1990, as chamadas políticas sociais, políticas públicas e políticas afir-
mativas, passaram a demandar programas comunitários voltados para
o atendimento das diferentes necessidades da população. Isto estam-
pou a possibilidade de ampliação da prática da psicologia para novos
contextos e cenários, o que se revelou, no início do novo milênio, no
crescimento do mercado de trabalho, no início do novo milênio, através
da entrada do psicólogo nos setores da saúde, assistência social e pla-
nejamento urbano-comunitário, entre outros.
b) Martín-Baró apresenta uma compreensão que opõe alienação à
consciência/conscientização. De um lado, a alienação (despersonali-
zante, desumanizante, expressão da falsa consciência de classe) e, de
outro, a conscientização (autenticidade, identidade social, formação de
consciência de classe). Assim, essas definições de alienação e cons-
cientização adquirem significado completo quando referidas às razões
do autor para o livro e sua proposta para a psicologia social, isto é, ao
objetivo de revelar a dimensão ideológica das ações humanas, como
determinadas por interesses de classe dos grupos diversos, a fim de
que o sujeito possa tomar consciência desses determinantes para as-
sumi-los ou negá-los. Isso significa superar a falsa consciência expres-
sa na alienação e sustentada pela ideologia mediante um processo de
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
conscientização, o que ressalta tanto a centralidade dessas três catego-
rias conceituais nessa obra quanto a importância da relação que entre
elas se estabelece
c) Primeira noção de comunidade refere-se, portanto, à constatação de
que a vizinhança humana e o convívio igualitário e desinteressado são
necessários para o reconhecimento e a garantia da experiência de hu-
manidade no outro e em si próprio. No campo e nas cidades contem-
porâneas, a mercantilização das relações sociais determina que essa
vizinhança seja progressivamente substituída por uma experiência de
comunicação e avaliação de riscos que cria uma coabitação sem con-
vivência.
d) Este campo aliou-se fundamentalmente à Psicologia Social em sua
perspectiva crítica, a fim de produzir intervenções sociais de caráter co-
letivo. Surge nos Estados Unidos no fim da década de 1990 e se define
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como um movimento que pretende contribuir para o florescimento e o
funcionamento saudável de pessoas, grupos e organizações por meio
do fortalecimento das competências ao invés de corrigir deficiências. A
Psicologia Positiva reconhece o sofrimento humano, situações de ris-
co e patologias, mas pretende investigar outra face das questões, por
exemplo, o altruísmo e a felicidade. (Paludo & Koller, 2005, 2007).
e) A defesa das intervenções na dimensão subjetiva vem acompanha-
da dos argumentos que defendem uma especificidade para o trabalho
do psicólogo quando inserido em contextos comunitários. É necessá-
rio então individualizar ou psicologizar questões econômicas, políticas,
sociais para que o psicólogo possa intervir, tendo em vista os limites
de sua atuação e de sua formação. Alguns textos reivindicam explicita-
mente uma especificidade para o trabalho do psicólogo comunitário, re-
lacionada à sua caracterização como o profissional que pode lidar com
o desejo, a singularidade, a emoção, os afetos etc. A sua exclusividade
está justamente na possibilidade de intervir em tais dimensões.
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: COPESE Órgão: UFPI Prova: Psicólogo Nível:
Superior
Acerca da Psicologia Social Comunitária, assinale a opção COR-
RETA.
a) A Psicologia da Saúde é uma área da Psicologia social que estuda
a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida do lugar/comu-
nidade. Visa ao desenvolvimento da consciência dos moradores como
sujeitos históricos e comunitários, através de um esforço interdisciplinar
que perpassa a organização e o desenvolvimento dos grupos e da co-
munidade.
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QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: SEASTER/PA Prova: Psicólogo Ní-
vel: Superior
Uma importante ferramenta de intervenção e investigação em psi-
cologia social comunitária é a investigação-ação participante (IAP).
As influências dessa ferramenta guardam diálogo com a psicologia
de grupos de Kurt Lewin, com a sociologia de Berger e Luckman
e com a educação popular de Paulo Freire. Quanto às diversas ca-
racterísticas do IAP, assinale a alternativa correta.
a) Não finaliza com a realização de determinada ação. Há sempre um
novo questionamento que suscitará novas investigações e interven-
ções, de maneira espiralar.
b) Caracteriza-se como uma técnica/metodologia neutra.
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c) Corresponde exatamente à pesquisa-ação clássica proposta por Kurt
Lewin.
d) Obedece ao modo clássico de intervenção: problema, investigação,
intervenção, avaliação.
e) Tem bases filosóficas ancoradas na psicologia positiva.
QUESTÃO 4
Ano: 2020 Banca: Instituto AOCP Órgão: Prefeitura de Betim/MG
Prova: Psicólogo Nível: Superior
Nas ações da Psicologia Comunitária com os grupos institucio-
nais e comunitários, algumas categorias podem contribuir para o
trabalho. Assinale a alternativa em que a categoria está descrita
corretamente.
a) Identidade Individual: características do indivíduo produzidas nas re-
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lações estabelecidas socialmente. A Psicologia Social Comunitária con-
sidera como algo que já está pronto no adulto.
b) Consciência Crítica: categoria trabalhada pela psicanálise, importan-
te nos estudos sobre movimentos sociais.
c) Diversidade Cultural: descreve práticas específicas de determinadas
populações, bem como os significados que seus membros comparti-
lham em relação a essas práticas. Nas ações da Psicologia Comuni-
tária, a diversidade não deve ser considerada, pois todos os grupos
devem ser tratados com igualdade.
d) Relações de poder: relações de autoridade entre os componentes
dos grupos, as quais a Psicologia Comunitária e os movimentos sociais
buscam extinguir.
e) Cidadania Emancipatória: cidadania que produz emancipação dos
participantes em um processo que possibilita a transformação do indi-
víduo em sujeito.
QUESTÃO 5
Ano: 2016 Banca: OPPUS Órgão: Prefeitura de Bananal/SP Prova:
Psicólogo Nível: Superior
Conforme normatização vigente do SUS, a atenção básica deve
cumprir algumas funções para contribuir com o funcionamento
das Redes de Atenção à Saúde, com exceção de:
a) Ser base.
b) Ser resolutiva.
c) Coordenar o cuidado.
d) Ordenar as redes.
e) Ser educativa.
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Nesse módulo vimos a diferença entre o cenário social dos países la-
tino-americanos, em relação aos do Norte, enquanto países como Es-
tados Unidos se preocupam com questões de saúde mental, no Brasil
estamos preocupados em erradicar a fome.
Desse modo, escreva o que você percebe como um fator carente por
intervenção, e como a Psicologia comunitária poderia contribuir.
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
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CONCEITOS EM
PSICOLOGIA SOCIAL
INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO
IDENTIDADE
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Figura 5 – Interação Social e formação da identidade
O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como
há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do
finado Zacarias...” (p. 73).
gunta que fica é “Como modificar esse destino, se o próprio meio social
os torna impossibilitados?” Essa questão é respondida na própria obra,
quando Severino encontra um personagem cujo filho acabara de nas-
cer, essa nova vida trouxe alegria e esperança a todos que estavam em
volta, e assim, Severino passa a ver a vida e a morte de outra maneira,
pois antes só ouvira falar de dificuldades, fome e morte, e agora se de-
para com uma família lutando pela vida.
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Figura 6 – Identidade de Severino – migrante e lavrador
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Autoconceito - É o conceito que fazemos de nós mesmos,
engloba tudo o que está relacionado a nós, gênero, crenças, medos, ha-
bilidades, motivações etc. O interessante no autoconceito é que temos
a tendência a enxergar nos outros o que temos de mais proeminente,
seja um traço físico ou psicológico.
IDEOLOGIA E CONSCIÊNCIA
Vamos Pensar?
No primeiro título, falávamos sobre identidade e as contribui-
ções do pensamento social neste conceito. Agora, estamos falando de
um termo que surgiu na França, num período de extrema busca pela
razão e ciência – o iluminismo. Esse termo, porém, ganha outro sentido
quando Marx critica a posição social de alguns filósofos franceses, que
não pensavam de acordo com a prole, novamente vemos uma forte
influência marxista e materialista nas teorias que até hoje são utilizadas
nas ciências sociais.
ALIENAÇÃO E CONSCIÊNCIA
sigo a moda?”.
É importante pensarmos que se não nos emanciparmos inte-
lectualmente e não tomarmos consciência do que é positivo, deixaremos
o movimento ideológico mais forte, e ele é uma ameaça ao progresso.
Quando crenças e ideologias conseguem se enraizar nos poderes pú-
blicos, e nos representantes políticos, passa-se a ter ações orientadas
por pseudociências, que agem em benefício de poucos. Como, por
exemplo, se a política brasileira, de cotas para negros, fosse extinta em
razão de uma ideologia meritocrática. Nesse caso, estaríamos descon-
siderando a nossa história, enquanto povo e país. Estaríamos negando
o fato de que os antecedentes destas pessoas, viveram por 400 anos
em regime de escravidão, o que configurou uma estrutura social segre-
gacionista, gerando uma história de poucas oportunidades, preconceito
e discriminação.
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É importante refletirmos sobre o que podemos fazer enquan-
to cidadãos para não fortalecer esse sistema, compreendendo que na
configuração social atual, não há lugar para um pensamento neutro,
pois cada cidadão ocupa uma classe social, que está a todo momento
em luta para não perder força política, e com isso, espaço, direitos e
subsídios, portanto, manter-se inerte é contribuir para perder força.
Nessa busca pela nossa conscientização, também podemos
inserir o que entendemos de mundo, quanto a seus progressos, suas
fontes naturais, sua preservação etc. A modernização global trouxe mui-
tas mudanças nessa esfera, muito se perdeu na seara dos benefícios
naturais, pois os padrões ideológicos de diversão e entretenimento, nos
afastaram dos ambientes verdes e naturais, e nos levaram a lugares
pagos, passeios em parques e caminhadas em bosques foram substi-
tuídos, por shoppings centers, e academias de ginástica.
O que se entende por alimentação, também sofreu um grande
bombardeamento do marketing, alterando ao longo do tempo, a nossa
concepção do que é saudável ou não. A mídia reforça uma ideologia
de comer alimentos processados, rápidos e práticos, porque eles são
acrescidos de vitaminas, então são confiáveis. O sabor artificial, passa
a substituir o natural, e cada vez mais, os alimentos vêm acrescidos de
mais cores, sabores, conservantes e aromatizantes.
O ser humano, passa a diminuir seu interesse pela compra de
artigos orgânicos e naturais, as feiras livres são cada vez menores, des-
valorizando o trabalho e diminuindo o ganho dos pequenos produtores,
fortalecendo as grandes redes que vendem os mesmos produtos ultra-
processados. Estes, por sua vez, irão aumentar problemas de saúde,
e com isso, beneficiar a indústria farmacêutica, o cuidado com a saúde
passa a ser paliativo e não preventivo.
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
Apesar dos aspectos negativos acima mencionados, a moder-
nização também trouxe modificações positivas. O acesso à informação
está mais fácil para quem possui acesso à internet, o que pode ser
útil quando for bem utilizada.
O homem sempre esteve em constante modificação, e hoje, no
século XXI, com a ascensão da tecnologia, e com os acontecimentos
naturais, em escala mundial, estamos mudando o perfil da população,
para o que chamamos de “nativos digitais”.
São pessoas nascidas a partir do ano de 1990, e desde peque-
nos já convivem com a tecnologia, esse perfil de pessoas tende a ser
mais individualista, porém mais proativo, dinâmico e autodidático. O lado
positivo dessa mudança é um aumento na preocupação com o meio am-
biente, a valorização dos produtos orgânicos, e dos ambientes naturais,
um movimento de resgatar o que estávamos perdendo há décadas.
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Saiba mais sobre as características de pessoas, nascidas em
diferentes décadas, e como essas mudanças interferem socialmente.
Este estudo é sobre as diferentes gerações, e sua atuação no mercado
de trabalho “Perfil geracional: um estudo sobre as características das
gerações dos veteranos, baby boomers, X, Y, Z E ALFA” escrito por
Simone Novaes (Fundação Pedro Leopoldo (FPL)).
Disponível em: http://www.singep.org.br/7singep/resultado/428.pdf.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: IADES Orgão: FEPECS/DF Cargo: Residência em
Psicologia - Nível: Superior.
[21/10/2019] O Distrito Federal teve ao menos 26 casos de femi-
nicídio em 2019. Diante dessa triste realidade, um grupo decidiu
organizar uma assembleia para discutir caminhos para combater
a violência doméstica e o assassinato de mulheres em razão do
gênero. O encontro está marcado para o próximo sábado (26/10),
às 15h, no Museu Nacional. [...] Uma das organizadoras, a soció-
loga e professora Ayla Viçosa, 25 anos, explica que o evento foi
construído por mulheres de diversas organizações, movimentos,
partidos e entidades do DF. “Essa amplitude se deve justamente
à urgência de garantir políticas públicas efetivas que mudem esse
quadro com índices alarmantes, atuando não só na punição, mas
também na prevenção de feminicídios, com uma rede de apoio e
suporte maior a mulheres vítimas de relacionamentos abusivos e
de violência doméstica.”
e) Errado
QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: Instituto Americano de Desenvolvimento (IA-
DES) Órgão: Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saú-
de do Distrito Federal - DF (FEPECS/DF) Residência em Psicologia
- Nível: Superior
Uma paciente relata que saiu de sua cidade natal, no Piauí, mui-
to cedo e que em Brasília se sente muito sozinha. Tem uma irmã,
mas não se dão muito bem porque a irmã não gosta do esposo da
paciente. Relatou sofrer de depressão desde que teve o primeiro
filho. Informou que nunca quis ter filhos, que se sentiu desprepa-
rada quando engravidou tanto do primeiro filho quanto da segun-
da filha. Disse ainda que o maior sonho dela sempre foi ter uma
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família, formar a própria família, visto que os respectivos pais es-
tão distantes. Teve o primeiro filho, passou 11 anos casada, porém
relata nunca ter amado o próprio esposo e nunca ter se preparado
para assumir grandes responsabilidades como cuidar de filho e
marido. Relatou ter sofrido depressão pós-parto da segunda filha.
É muito preocupada com regras sociais e opiniões de terceiros.
Relata que se sente muito sozinha e faz de tudo para ter a atenção
do esposo. Quando ele faz uso de álcool, ela também acaba fazen-
do, pois afirma querer sempre estar junto a ele. Quando é agredi-
da pelo marido, sempre relata que ele está alcoolizado e que, na
maioria das vezes, ela também está. Depois que passa o efeito do
álcool, ele sempre justifica que não lembra de nada e sempre com-
pra presentes caros para ela, assim como dá flores como forma de
pedir desculpas.
Com base no caso apresentado, julgue os itens a seguir.
As violências sofridas pela paciente, deveriam ser alvo prioritaria-
mente de intervenções comunitárias, tendo em vista o caráter so-
ciocultural que perpassa as violências de gênero, como é o caso
da violência doméstica.
c) Certo
e) Errado
QUESTÃO 3
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: Psicólogo Nível: Superior
Francisco e Ruth estão separados há três anos e possuem uma
filha em comum, com atuais seis anos de idade. Nunca definiram
judicialmente a guarda da criança. Porém, desde que Francisco
iniciou novo relacionamento, Ruth não permite que ele fale com
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
a filha ao telefone, nega-se a dar informações sobre o rendimento
escolar e, mais recentemente, mudou de endereço de forma imo-
tivada e sem comunicar o novo local de residência. Com efeito,
Francisco ajuizou uma ação de alienação parental que, por sua
vez, foi encaminhada pelo juiz para avaliação psicológica.
Com respeito à Lei nº 12.318/2010, é correto afirmar que:
a) considera-se ato de alienação parental a interferência na formação
psicológica da criança induzida por um dos genitores, não se aplicando
nos casos em que não houver guarda;
b) a prática de ato de alienação parental constitui violência psicológica
e negligência física contra a criança, configurando descumprimento dos
deveres inerentes ao pátrio poder e do direito da criança à convivência
familiar;
c) o laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica, compreen-
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dendo entrevista pessoal e avaliação da personalidade dos envolvidos,
excluído o exame de documentos dos autos;
d) assegurar-se-á à criança e ao genitor garantia mínima de visitação
assistida, ressalvados os casos de iminente prejuízo à integridade física
ou psicológica da criança, atestado por profissional designado pelo juiz
para acompanhamento das visitas;
e) a perícia será realizada por profissional habilitado, não sendo exigi-
da aptidão comprovada para diagnosticar atos de alienação parental a
menos quando houver iminente risco de prejuízo à integridade física ou
psicológica da criança.
QUESTÃO 4
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: Psi-
cólogo/ Profissional de Atendimento Integrado Nível: Superior
Com relação ao racismo, analise as afirmativas a seguir.
I. A prática de racismo institucional é marcada pelo tratamento di-
ferenciado e desigual, efetivada em estruturas públicas e privadas,
indicando a falha do Estado em prover assistência igualitária aos
diferentes grupos sociais.
II. A dimensão do racismo interpessoal versa sobre os processos
de desigualdade política com base na raça, que ocorrem entre os
sujeitos em interação, perpassando relações verticais e horizon-
tais, amorosas ou não.
III. É um erro conceitual falar de racismo às avessas ou de racismo
de negro contra branco.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Pro-
va: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Psicólogo
Os estudos sobre riscos vêm sendo intensificados por psicólogos
no Brasil desde os anos de 1990.
Em relação a risco, assinale a afirmativa correta.
a) É um conceito utilizado para definir as suscetibilidades psicológicas
individuais que potencializam os efeitos dos estressores e impedem que
o indivíduo responda, de forma insatisfatória, ao estresse.
b) É um processo em que a presença de eventos negativos (como po-
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breza e miséria) aumenta a probabilidade de o indivíduo apresentar pro-
blemas físicos, sociais ou emocionais.
c) É uma relação particular entre a pessoa e o ambiente que é consi-
derado por ela como excedente aos seus recursos, o que coloca em
perigo o seu bem-estar.
d) É um conjunto de esforços cognitivos e comportamentais usados com
o fim de lidar com as demandas que surgem em situação de estresse.
e) É fator que influencia (modificando, melhorando ou alterando) respos-
tas individuais em situações adversas e críticas nas vidas das pessoas.
TREINO INÉDITO
52
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
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HISTÓRIA DA
PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NO BRASIL
NO BRASIL
Fonte: Óleo sobre tela: Proclamação da República por Benedito Calixto, (1893).
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Para entender melhor:
Durante 400 anos o Brasil foi colônia portuguesa, no período
chamado “Brasil Império”, o monopólio mercantil estava com as gran-
des famílias escravagistas, o que gerava instabilidade econômica para
outras classes sociais, entre elas os militares, essa situação social, le-
vou ao fortalecimento do movimento republicano, e enfraquecimento do
Império português. Em 15 de novembro 1889, houve um golpe militar
liderado por nomes conhecidos, como: Marechal Deodoro da Fonse-
ca, Ruy Barbosa, Benjamin Constant, Campos Salles, Floriano Peixoto,
dentre outros, que destruíram o imperador D. Pedro II de seu parla-
mento, obrigando a família real e seus apoiadores ao exílio na Europa.
Esses militares, se revezaram na presidência da República, compondo
o que chamamos de “República Velha”, que durou até 1930, com a en-
trada de Getúlio Vargas. Durante esse período, tivemos uma remode-
lagem na estrutura política e social. A abolição da escravatura havia
acontecido um ano antes (1988), e exigia a criação de estratégias para
garantir condições dignas para a vida dessas famílias, como a criação
de Escolas, para educar as crianças, promover renda, moradia, saúde,
lazer e cultura, para todos. Porém, a história nos dá conta, que falha-
mos nessa missão, o que gerou uma grande segregação social. A falta
de assistência para moradia, por exemplo, fez com que as pessoas se
aglomerassem em locais afastados, as favelas do Rio de Janeiro, por
exemplo, são consequências dessa segregação.
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
58
Assistência e Assistencialismo – Assistência social é toda
forma de ação social, de políticas públicas previstas no Artigo 194, da
Constituição Federal de 1988, é direito de cidadãos e cidadãs. “Ela é
destinada a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social”, e não deve ser vista como uma ajuda, caridade ou
favor, mas sim, um direito do cidadão que contribui com a manutenção
dela, por meio do pagamento de impostos. O Assistencialismo é toda
forma de doação, favor e boa vontade, voltados a suprir uma carência.
Geralmente, é um movimento feito por Igrejas, que se baseia na ca-
ridade, mas não há um planejamento embasado cientificamente para
empoderar esses indivíduos. As primeiras políticas sociais brasileiras
foram embasadas no assistencialismo, mas atualmente ainda se vê
essa ação, porque ela acabou caindo no gosto do aliciamento político,
que ao invés de investir em planejamento assistencial de emancipação,
prática o assistencialismo, para manter as classes menos favorecidas,
na mesma situação vulnerável e de dependência.
fica a cargo dos municípios, enquanto o ensino médio, fica a cargo dos
estados, e o superior, da União.
Além de Paulo Freire, vamos falar sobre outro teórico que par-
tiu dos mesmos princípios socialistas, que é Ignácio Martin-Baró (1942
– 1989). Nascido na Espanha, viajou pela América Latina e Estados
Unidos, onde estudou Ciências humanas, Teologia e Psicologia. Mais
tarde (1979) se muda para El Salvador, onde estava ocorrendo uma
guerra civil, os cidadãos salvadorenhos reivindicavam direitos contra
um governo autoritário.
Martin-Baró, aderiu à luta popular, e como Psicólogo, defendia
ideias que se aproximavam das Freirianas aqui estudadas. Para ele,
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
a Psicologia deve ir além da observação comportamental, ela é uma
ciência que compreende o homem a partir da situação contextual em
que ele vive, e cabe ao Psicólogo trabalhar no processo de conscien-
tização dos indivíduos, para que eles sejam capazes de perceber as
forças opressoras e alienadoras, e com isso, consigam se desalienar.
Martin-Baró, morreu assassinado pelo governo Salvadorenho, com o
apoio do governo estadunidense, no dia 16 de novembro de 1989, suas
ideias e lutas ficaram conhecidas pelo compromisso ético e político com
as maiorias populares oprimidas.
Reflita:
Ao estudarmos ideologia, vimos que um exemplo da luta entre
as classes políticas, para se manterem fortalecidas, é o enfraquecimen-
to da classe opositora. No período da ditadura militar houve uma ten-
tativa de exterminar qualquer atividade intelectual contrária ao partido,
e como os cursos de ciências humanas têm maior proximidade com
as discussões políticas, houve muita censura, que utilizava como jus-
tificativa a tese de que os trabalhos elaborados nesse departamento
não agregavam ao desenvolvimento científico. Esse tipo de ideologia
62
não acabou, ela ainda é utilizada em todo o mundo, para desvalorizar
e fortalecer o preconceito contra determinadas áreas de conhecimento,
diminuindo o interesse das pessoas pela busca deste saber, e ainda,
desestimular os subsídios e fomentos aos projetos realizados nessas
áreas, principalmente, pelas universidades. Não só na política, mas
qualquer ideologia que superestime o “nosso” grupo, e desvalorize o
grupo “dos outros”, é perigosa. Como já falamos anteriormente, não é
ético, e muito menos justo, fazer juízo de valor sobre a cultura alheia.
O estudo das ciências sociais e humanas são importantes para com-
preendermos os diferentes sistemas sociais e culturais, e não apontar
culpados para as adversidades enfrentadas por uma nação. Esse tipo
de ideologia segregacionista deu força para surgirem partidos políticos
como o nazismo na Alemanha, que tinha como plano de recuperação
econômica a ruptura com bancos e fomentadores judeus, o que funcio-
nou copiosamente, ganhando apoio da população, porém, a ideologia
nazista acabou tomando uma proporção irremediável.
65
Em 1992 foi criada a RAPS- rede de apoio psicossocial, que
faz parte do SUS, e conta com os serviços prestados pelos
69
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: FURB Órgão: Prefeitura de Porto Belo - SC Pro-
va: Psicólogo Nível: Superior.
Com relação à história da Psicologia Social e Comunitária no Bra-
sil, bem como à atuação do profissional de Psicologia nessa área,
analise as afirmativas abaixo e identifique as corretas:
I- No Brasil, o desenvolvimento da psicologia social comunitária
ocorreu num período de críticas aos modelos tradicionais da psi-
cologia social, especificamente a perspectiva norte-americana e
suas pesquisas experimentais.
II- O início do campo da psicologia social comunitária brasileira
possibilitou reformular formas de atuação priorizando as questões
individuais com o propósito de promover transformações por meio
da participação da comunidade.
III- A psicologia social comunitária prioriza a qualidade de vida
de indivíduos, o desenvolvimento das relações comunitárias e a
construção de políticas sociais comprometidos com os direitos
humanos.
IV- A atuação nessa área enfatiza a participação de indivíduos na
construção de um ambiente que seja favorável para as relações
sociais.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: FAUEL Órgão: Prefeitura de Mandaguari - PR Pro-
va: FAUEL - 2019 - Prefeitura de Mandaguari - PR - Psicólogo
De acordo com a autora Silvia Lane naquilo que se refere à psico-
logia social é INCORRETO afirmar que:
a) O objetivo da psicologia social é conhecer o Indivíduo no conjunto
de suas relações sociais apenas, e responderá à questão de como o
homem é sujeito da sua própria vida apenas.
b) Tem por objetivo conhecer o Indivíduo no conjunto de suas relações
sociais, tanto naquilo que lhe é específico como naquilo em que ele é
manifestação grupal e social. Assim a Psicologia Social poderá respon-
der à questão de como o homem é sujeito da História e transformador
70
de sua própria vida e da sua sociedade, assim como qualquer outra
área da Psicologia.
c) É dentro do materialismo histórico e da lógica dialética que vamos
encontrar os pressupostos epistemológicos para a reconstrução de um
conhecimento que atenda à realidade social e ao cotidiano de cada indi-
víduo e que permita uma intervenção efetiva na rede de relações sociais
que define cada indivíduo objeto da Psicologia Social.
d) A Psicologia Social estuda a relação essencial entre o indivíduo e a
sociedade, está entendida historicamente, desde como seus membros
se organizam para garantir sua sobrevivência até seus costumes, valo-
res e instituições necessários para continuidade da sociedade. A grande
preocupação atual da Psicologia Social é conhecer como o homem se
insere neste processo histórico, não apenas em como ele é determina-
do, mas principalmente, como ele se torna agente da história, ou seja,
como ele pode transformar a sociedade em que vive.
QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefei-
tura de Teixeiras - MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) -
2019 - Prefeitura de Teixeiras - MG - Psicólogo
Analise a situação a seguir.
Em uma família usuária do CRAS, o pai fazia o consumo excessivo
de álcool todos os dias, apresentando comportamentos agressi-
vos em relação à esposa e aos filhos, além de constantes brigas na
comunidade, tendo, inclusive, perdido seu emprego, por atrasos e
faltas.
Assim, para atendimento dessa família, devem ser verificados os
sinais e sintomas de uma possível síndrome de dependência do
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
álcool.
São considerados sinais e sintomas de tal síndrome, exceto:
a) Padrão de ingestão do álcool cada vez mais estereotipado e repetitivo.
b) Presença de episódios de abstinência ou delirium tremens.
c) Sensação de estar acabado (síndrome de burnout).
d) Alterações como irritabilidade, insônia e perda de autoestima.
QUESTÃO 4
Ano: 2019 Banca: AMAUC Órgão: Prefeitura de Itá - SC Pro-
va: AMAUC - 2019 - Prefeitura de Itá - SC - Psicólogo
Dentre as ações previstas ao trabalho social essencial ao Serviço
de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), a ser exercido
pelas equipes mínimas incluindo o psicólogo, assinale a alternati-
va correta.
71
a) Orientação Jurídico-social; Visita domiciliar; Atendimento domiciliar;
Escuta qualificada.
b) Acolhida; Visita domiciliar; Grupos de famílias; Construção do Plano
Individual de Atendimento (PIA).
c) Busca ativa; Acolhida; Visita domiciliar; Acompanhamento familiar.
d) Acolhida; Visita domiciliar; Acolhimento institucional; Acompanha-
mento familiar.
e) Visita domiciliar; Atendimento domiciliar; Acompanhamento de medi-
das socioeducativas; Escuta qualificada.
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: AMAUC Órgão: Prefeitura de Itá - SC Pro-
va: AMAUC - 2019 - Prefeitura de Itá - SC - Psicólogo
Considerando o trabalho do Psicólogo no SUAS, assinale a alter-
nativa incorreta.
a) O Psicólogo não deverá realizar comunicação externa de situações
de violações de direitos de mulheres, crianças, adolescentes, idosos
e pessoas com deficiência pois fere o princípio ético de sua profissão,
previsto no código de ética profissional.
b) A notificação de situações de violações de direitos é compulsória e
deve ser encaminhada para as autoridades competentes (Ministério
Público, Conselhos Tutelares, Delegacias Especializadas e Poder Ju-
diciário – Operadores da Defesa de Direitos) e para o referenciamento
e contra referenciamento das famílias e/ou indivíduos entre a Proteção
Social Básica e a Proteção Social Especial.
c) A comunicação externa de violações de direitos deve ser realizada
por profissionais (inclusive, por psicólogas e psicólogos) mediante ins-
trumento definido localmente, para tal finalidade, em articulação com o
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
órgão gestor.
d) Ao realizar a comunicação externa de violação de direitos, é impor-
tante compartilhar com a família/sujeitos a decisão da comunicação ex-
terna mantendo a transparência da relação, considerando as peculiari-
dades de cada caso.
e) Caso realizada a Comunicação Externa, esta não pode ser compreen-
dida como responsabilidade de averiguação da situação de violação de
direitos pelo SUAS. Cabe aos operadores da defesa dos direitos atua-
rem na investigação e responsabilização das situações comunicadas.
73
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
filmado, mas isso às vezes ocorre sem ser filmado e acaba não tendo
essa repercussão.”
NA PRÁTICA
Link:
https://www.childhood.org.br/informe-se-e-saiba-como-agir?gclid=C-
jwKCAiAzNj9BRBDEiwAPsL0d1lDhg0qtE2RZPe5wE2NTDsR2C-FOg-
tRjaBuLngofaj9FvWJ53y3RRoCpsQQAvD_BwE
75
As demandas sociais mudam com o passar dos anos, no início
do Brasil República tínhamos uma maciça carência de alfabetização e
trabalhos assalariados, hoje, já conseguimos regularizar os direitos e
deveres dos trabalhadores, com a criação dos códigos e Leis Trabalhis-
tas – CLT, mas ainda agora, no século XXI, temos questões relaciona-
das ao trabalho, como o desemprego e a questão do poder de compra
no Brasil.
Além das questões que se arrastam desde o início do século
como, por exemplo, a discriminação e a violência sofrida pela popu-
lação LGBTQ+, a modernização também traz problemas contemporâ-
neos, como a exclusão digital, que torna o cenário social ainda mais
desigual, dificultando as possibilidades para as classes mais pobres.
Vimos a luta de alguns teóricos para diminuir os problemas so-
ciais, que até parecem ser atemporais! Infelizmente, o desemprego, a
desigualdade social, as moradias em situações de risco, o preconceito
racial, a prostituição e violência infantil, a violência contra a mulher, a
alienação política e cultural, se arrastam e nos acompanham com o pas-
sar dos anos, e então, fica um questionamento: “qual o caminho para
erradicar tais problemas sociais?”.
Cabe ao profissional pensar em estratégias emancipatórias
junto à comunidade, a partir do contexto que ela vive. Cada grupo pre-
cisa ter representatividade na luta política e espaço nos ambientes cul-
turais e sociais.
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
76
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
A B A E E
TREINO INÉDITO
PSICOLOGIA SOCIAL E COMUNITÁRIA - GRUPO PROMINAS
Gabarito: E
77
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
C A B A C
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
78
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
D A C C A
79
AGUIAR, Wanda Maria Junqueira. Reflexões a partir da psi-
cologia sócio-histórica sobre a categoria “consciên-
cia”. Cad. Pesqui., São Paulo, n. 110, p. 125-142, July 2000.
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0100-15742000000200005&lng=en&nrm=iso>. access on 21 nov.
2020. https://doi.org/10.1590/S0100-15742000000200005.
12/01/2021.
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