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GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profissional.
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Esta unidade analisará os aspectos relativos à Gestão de Bios-
segurança em Unidade de Terapia Intensiva. Especificamente, foram de-
senvolvidos os temas: a) Biossegurança e suas interfaces, b) Segurança
do trabalho e biossegurança, c) Biossegurança e resíduos. Trata-se de um
estudo desenvolvido pelo método de revisão bibliográfica, cuja base de
construção está relacionada às premissas de biossegurança ante as espe-
cificidades das práticas em serviços de saúde, com ênfase ao trabalho em
Unidades de Terapia Intensiva. Tal produção justifica-se devido à relevân-
cia das temáticas, frente às demandas em segurança e proteção ao meio
ambiente e sociedade. Os resultados revelam que a adoção de medidas de
biossegurança e uso correto de EPI’s constituem uma forma efetiva à pre-
venção, minimização ou eliminação de riscos que possam comprometer a
saúde dos profissionais que laboram em ambientes de UTI’s.
GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
BIOSSEGURANÇA E SUAS INTERFACES
Contextualização ______________________________________________ 13
CAPÍTULO 02
SEGURANÇA DO TRABALHO E BIOSSEGURANÇA
Recapitulando _________________________________________________ 48
CAPÍTULO 03
BIOSSEGURANÇA E RESÍDUOS
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Aspectos Sanitários Dos Resíduos De Biossegurança ____________ 56
Recapitulando __________________________________________________ 64
Referências ____________________________________________________ 70
GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
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O tema Biossegurança, para o profissional de Unidades de Te-
rapia Intensiva, é bastante desafiador, uma vez que abarca processos
funcionais e operacionais em serviços de saúde, nos quais encontram-
-se não somente trabalhadores, mas usuários e demais interfaces em
saúde. Assim, a atuação responsável do profissional atuante em Unida-
des de Terapia Intensiva é imprescindível. Esta temática relaciona-se ao
cumprimento de legislação específica e demais métricas do tema.
Neste material, além do tema mencionado acima, você aces-
sará a importância da biossegurança e a sua aplicabilidade, em espe-
cial na atuação em Unidades de Terapia Intensiva, a importância e a
aplicação das medidas de segurança e dos aspectos ambientais em
serviços de saúde. Compreenderá mais sobre medidas de proteção e
ações de preventivas em UTI’s, reconhecerá a importância da gestão
de resíduos de saúde e condições de infraestrutura em UTI’s.
Dentro desta perspectiva o objetivo desse Caderno é propiciar
a você o conhecimento acerca de alguns dos aspectos técnicos que
abarcam a Gestão de Biossegurança em UTI, bem como possui como
finalidade demonstrar a aplicação dos conceitos de biossegurança.
Para tanto, discutiremos alguns conceitos seminais que esclarecerão
estas temáticas em seus diferentes contextos de aplicação.
O Capítulo 1 discorre sobre a temática contextualizada da bios-
segurança em toda sua complexidade quanto a desafios e aplicação.
Neste, a biossegurança é apresentada como processos funcionais e
operacionais de relevante impacto aos serviços de saúde. Neste viés
são discorridos os seguintes temas: definição, histórico, terminologia e
aplicabilidade do tema e sua relação com o ambiente de trabalho.
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BIOSSEGURANÇA E SUAS
INTERFACES
HISTÓRICO DA BIOSSEGURANÇA
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mas de segurança e mecanis-
mos de fiscalização para ativida-
2005
des que envolvam organismos ge-
neticamente modificados (OGM).
Criação do Conselho Nacional de
Biossegurança; Comissão Técni-
2005
ca Nacional de Biossegurança; Po-
lítica Nacional de Biossegurança.
Fonte: Baseado em Di Ciero (2006).
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Biossegurança compreende o conjunto de ações que vi-
sam prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às
atividades que interfiram ou comprometam a qualidade de vida, a
saúde humana e o meio ambiente (BRASIL, 2010).
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Aprovação das Normas Regulamentado-
ras com vista à segurança e à medicina
do trabalho. A partir dessa, estabeleceu-
1978 -se a obrigatoriedade da existência de
serviços e programas relacionados à saú-
de e segurança no ambiente de trabalho,
como a CIPA.
Fonte: Baseado em Hinrichsen (2014).
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CAPÍTULO 1
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
Indique a alternativa adequada, o risco químico relaciona-se a:
a) radiações ionizantes.
b) uma classe especial de risco biológico.
c) embalagens de produtos.
d) forma de organização do espaço de saúde.
e) postura laboral.
QUESTÃO 2
Em risco biológico, qual o tipo de risco é o risco individual eleva-
do, com probabilidade de disseminação à coletividade, podendo
causar doenças e infecções graves ao ser humano, mas que pos-
suem profilaxia ou tratamento?
a) Classe de risco 1
b) Classe de risco 2
c) Classe de risco 3
d) Classe de risco 4
e) Classe de risco 5
QUESTÃO 3
Em risco biológico, qual o tipo de o risco que é baixo risco (indivi-
dual e coletivo), com baixa probabilidade de causar doença ao ser
humano?
a) Classe de risco 1
QUESTÃO 4
Em risco biológico, qual o tipo de risco que é o risco individual mo-
derado, com baixa probabilidade de disseminação à coletividade,
podendo causar doenças ao ser humano que possuem profilaxia
ou tratamento?
a) Classe de risco 1
b) Classe de risco 2
c) Classe de risco 3
d) Classe de risco 4
e) Classe de risco 5
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QUESTÃO 5
Em risco biológico, qual o tipo de risco é o risco individual ele-
vado, com probabilidade elevada de disseminação à coletividade,
apresentando grande poder de transmissibilidade?
a) Classe de risco 1
b) Classe de risco 2
c) Classe de risco 3
d) Classe de risco 4
e) Classe de risco 5
NA MÍDIA
O QUE É BIOSSEGURANÇA E POR QUE É TÃO IMPORTANTE?
O Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho (SmartLab) de-
monstra que as Atividades de atendimento hospitalar e Atividades de
atenção ambulatorial executadas por médicos e odontólogos fazem par-
te do ranking das 10 atividades mais críticas que registram acidentes
de trabalho por agente biológico no Brasil, no período de 2015 a 2018.
GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
Fonte: OnSafety
Data: 29 jun. 2020.
Leia a notícia na íntegra: Disponível em: <https://onsafety.com.br/o-que-
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-e-biosseguranca-e-porque-e-tao-importante/>. Acesso em: 29 jun. 2021.
NA PRÁTICA
A relação da biossegurança com a Segurança e Saúde do Trabalho é perti-
nente para prevenir acidentes de trabalho, visto que se trata de um conjun-
to de medidas para eliminar ou amenizar um risco ocupacional e são os tra-
balhadores da área da saúde que ficam diretamente expostos a este risco.
Do ponto de vista da saúde ocupacional, os acidentes mais comuns nesta
área são cortes ou perfurações e caso o ferimento entre em contato com
um agente biológico uma contaminação pode acontecer com o profissional
da saúde. Acidentes de trabalho que podem ser evitados com a implanta-
ção de práticas relacionadas com a Segurança e Saúde do Trabalho.
Como qualquer outra medida de segurança, a Biossegurança evita aci-
dentes dos mais diversos tipos, desde o simples uso dos EPI’s evitando
a contaminação ao descarte correto de resíduos evitando contaminação
de terceiros e do ambiente em torno do hospital, por exemplo.
Reduzir os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos é essencial
nestes casos, ainda mais se levarmos em conta os tipos de materiais e
de reagentes que eles utilizam em suas rotinas e ambientes de trabalho.
A Segurança do Trabalho destes ambientes depende da adoção e do
cumprimento das normas de Biossegurança, e são os técnicos e enge-
nheiros de segurança que, com base na identificação prévia dos riscos,
recomendam e aplicam essas normas. Além disso, é necessário plane-
jar um conjunto de treinamentos periódico de todos os trabalhadores
sobre os procedimentos de biossegurança.
Fonte: OnSafety
Data: 29 jun. 2020.
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SEGURANÇA DO TRABALHO E
BIOSSEGURANÇA
GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
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Figura 5 – Trabalho infantil
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou per-
da da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção
médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou com-
panheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por
motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negli-
gência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de
pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e
outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exer-
cício de sua atividade.
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de
trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para
lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da em-
presa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus pla-
nos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio
de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.
NORMAS REGULAMENTADORAS
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Quadro 3 – Normas Regulamentadoras
NR 1 Disposições Gerais
NR 2 Inspeção Prévia - regovada pela portaria - SEPREVT nº 915 DE 30/07/2019
NR 3 Embargo ou Interdição
NR 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT)
NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
NR 6 Equipamento de Proteção Individual
NR 7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
NR 8 Edificações
NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
NR10 Instalações e Serviços em Eletricidade
NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
NR 13 Caldeiras e Vasos de Pressão e Tubulações
NR 14 Fornos Industriais
NR 15 Atividades e Operações Insalubres
NR 16 Atividades e Operações Perigosas
NR 17 Ergonomia
NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR 19 Explosivos
NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
NR 21 Trabalhos a céu aberto
NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR 23 Proteção contra incêndios
NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR 25 Resíduos Industriais
NR 26 Sinalização de Segurança
NR 27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério
do Trabalho
NR 28 Fiscalização e Penalidades
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A segurança de colaboradores e do espaço de saúde é um
tema de relevante importância, pois se relaciona a atividades que en-
volvem risco. Como já estudado, estes ambientes possuem risco rela-
cionado ao desempenho de suas atribuições.
Segurança do trabalho compreende um conjunto de medidas que
visam minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem
como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
A segurança do trabalho abarca o conjunto de medidas aplica-
das de forma a minimizar a ocorrência de acidentes de trabalho, doen-
ças ocupacionais e proteção da integridade física e capacidade laboral
do trabalhador (GONÇALVES, 2008).
Cumpre destacar que a responsabilidade pela segurança do
trabalho é tripartite, isto é, ela é compartilhada pelo poder público, pelo
empregador e pelo empregado. Sob este viés, cabe ao poder público a
criação e a fiscalização de normas e leis que regulamentem e assegu-
rem a segurança e a saúde no trabalho.
Quanto ao empregador, este deve fazer cumprir as regulamen-
tações previstas, podendo ser punido em caso de desrespeito às exi-
gências legais, e ao empregado, seguir as exigências de segurança em
seu local de trabalho, obedecendo às normas e leis específicas.
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Para que atividades em área da saúde ocorram adequada-
mente é necessário um ambiente seguro. Assim, pontuar a bios-
segurança segurança é um tema relevante às organizações. As-
pectos de segurança podem influenciar o projeto de layout dos
espaços de saúde e até mesmo a escolha dos equipamentos. Aqui,
destaca-se que, independentemente das medidas adotadas, a se-
gurança demanda investimento e por isso deve ser estudada no
contexto de cada organização.
EPI’s são previstos em lei, ou seja, seu fornecimento e sua utilização estão
previstos em regulamento específico. No caso, a Norma Regulamentadora
NR6 que orienta que todo o empreendimento, cujas atividades envolvam
risco ao colaborador, deve orientar e fornecer gratuitamente os EPI’s.
Conforme a situação existe também os Equipamentos de Pro-
teção Coletivos (EPC’s), esses possuem como função neutralizar o ris-
co na fonte, podendo, em alguns casos, até dispensar o uso dos equi-
pamentos de proteção individual se o risco for neutralizado totalmente
por estes. A maior vantagem desta classe de proteção é que, além de
proteger a coletividade, ele não provoca desconforto individual.
É responsabilidade das organizações reforçarem a relevância
do uso destes equipamentos, bem como orientar os colaboradores a
respeito dos riscos a que estão sujeitos. Pois a não utilização dos de-
vidos equipamentos de proteção pode indicar a falta de treinamento,
conhecimento ou experiência dos profissionais (PEINADO, 2019).
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Aqui, caro aluno, independentemente da área, a adesão ao uso
do EPI ou EPC relaciona-se diretamente à percepção que o profissional
possui sobre os riscos aos quais se encontra exposto.
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CAPÍTULO 2
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
Relacionado a biossegurança, indique a alternativa que trata do
uso de equipamento de proteção individual e coletivo.
a) NR 04
b) NR 06
c) NR 07
d) NR 32
e) NR 18
QUESTÃO 2
Relacionado a biossegurança, indique a alternativa que trata sobre
os serviços especializados em engenharia de segurança e em me-
dicina do trabalho.
a) NR 04
b) NR 06
c) NR 07
d) NR 32
e) NR 18
QUESTÃO 3
Relacionado a biossegurança, indique a alternativa que trata do
Programa de controle médico de saúde ocupacional.
a) NR 04
b) NR 06
GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
c) NR 07
d) NR 32
e) NR 18
QUESTÃO 4
Relacionado a biossegurança, indique a alternativa que se relacio-
na as premissas da biossegurança.
a) NR 04
b) NR 06
c) NR 07
d) NR 32
e) NR 18
QUESTÃO 5
Relacionado a biossegurança, indique a alternativa que trata co-
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missão interna de prevenção de acidentes.
a) NR 04
b) NR 06
c) NR 05
d) NR 32
e) NR 18
NA MÍDIA
BIOSSEGURANÇA: 04 EPIS NECESSÁRIOS PARA OS SERVIÇOS
DE RADIOLOGIA
Em ambientes cercados de periculosidade, como em serviços de radio-
logia, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) se faz extre-
mamente necessário. Por isso, neste conteúdo vamos te explicar melhor
sobre a biossegurança.Biossegurança na radiologia é um conjunto de
ações e de EPIs que visa prevenir e proteger os profissionais e os pacien-
tes dos riscos inerentes às atividades que envolvam radiação.A presença
de radiação ionizante dos equipamentos de diagnóstico por imagem e de
substâncias radioativas usadas para a realização dos exames expõe os
profissionais que atuam nesse setor a riscos, que se tornam perigosos
NA PRÁTICA
As principais medidas de biossegurança do Trabalho voltadas para re-
duzir os níveis de exposição aos riscos biológicos são:
EPI – Equipamento de Proteção Individual
- Luvas: Para enfermeiros, médicos, agentes de laboratório, etc. Sendo
descartáveis.
- Jalecos e aventais de manga longa: Devem estar sempre fechados,
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serem lavados e descontaminados após o uso e nunca devem ser usa-
dos fora do ambiente de trabalho;
- Máscaras: Para evitar a inalação dos agentes nocivos;
- Óculos de proteção, protetor facial: Para evitar contaminação pelas
vias aéreas;
- Sapatos fechados: Também devem sempre ser lavados e esterilizados
após o uso e jamais serem usados fora do ambiente hospitalar.
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
- Cabines de segurança: Equipamentos que contém os agentes infec-
ciosos;
- Lava olhos: Muito comum em laboratórios, instrumento utilizado para
limpeza rápida dos olhos;
- Autoclave: Esteriliza instrumentos por calor.
Fonte: OnSafety
Data: 29 jun. 2020.
Leia a notícia na íntegra: Disponível em: <https://onsafety.com.br/o-que-
-e-biosseguranca-e-porque-e-tao-importante/>. Acesso em: 29 jun. 2021.
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BIOSSEGURANÇA E RESÍDUOS
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A responsabilidade do gerador, quanto ao seu resíduo,
continua mesmo após a ação de disposição final dele, pois o re-
ceptor, ao assumir a carga, solidariza-se com o gerador, que per-
manece corresponsável por este.
- Segregação:
Compreende a primeira a ser prevista em um PGRSS, deman-
da participação, comprometimento e conscientização de todos os en-
volvidos. Pois será através do manuseio destes que o material/resíduo
será separado de forma segura, preservando a comunidade, bem como
aqueles que estão relacionados ao processo e resíduos.
Aqui se aplicam e realizam-se as devidas classificações con-
forme as normativas específicas e vigentes RDC 306, CONAMA nº 358,
as quais classificam os RSS conforme seu risco, o que exigirá formas
adequadas e específicas de manejo. Isto é:
- Grupo A – resíduos com a possível presença de agentes bioló-
gicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção;
- Grupo B – resíduos químicos;
- Acondicionamento:
Uma vez segregados os resíduos, devem ser acondicionados.
O acondicionamento visa o isolamento do resíduo de seu meio e de
possíveis contatos involuntários. Para tanto, o material empregado na
fabricação dos sacos de acondicionamento deve apresentar-se resis-
tente à ruptura e ao vazamento, impermeável.
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Cumpre destacar que a sacaria empregada em RSS não
pode ser reaproveitada sob hipótese alguma. Bem como devem
ser inseridos em coletores de material lavável e resistente, e com
tampa provida de sistema de abertura sem contato manual. Resí-
duos líquidos devem ser acondicionados em recipientes de mate-
rial compatível com o líquido armazenado, ou seja, o material do
recipiente, não pode reagir ao resíduo, ou por ele ser “atacado”.
- Armazenamento externo:
Consiste no acondicionamento dos resíduos em local exclusivo,
isolado e protegido contra o acesso de terceiros. Este armazenamento é
o último local que o resíduo aguardará a coleta para posterior disposição.
Compreende um espaço de armazenamento temporário com
recipientes coletores adequados, disposto em um ambiente exclusivo e
com acesso facilitado para os veículos coletores.
- Tratamento do RSS:
Nesta etapa, os resíduos gerados são submetidos à aplicação de
processos e técnicas que atuam sobre as características nocivas ao resí-
duo. Assim, o resíduo tem seu potencial de risco minimizado ou eliminado,
o que impacta diretamente sob sua capacidade de impacto sob a saúde
humana e condições ambientais. Embora não seja o objetivo desta produ-
ção, citam-se as formas de tratamento que um RSS pode ser submetido:
desinfecção química ou térmica (autoclavagem, micro-ondas, incineração).
Logo, esta etapa é caracterizada pelo emprego de proces-
sos manuais, mecânicos, físicos, químicos ou biológicos que possuem
como objetivo alterar as características dos resíduos gerados. E, assim,
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minimizar o risco à saúde, à qualidade do meio ambiente e à segurança
e saúde do trabalhador.
O tratamento de RSS pode ser realizado tanto no ambiente gera-
dor, como em um local externo. Independentemente da forma de tratamen-
to escolhida, é importante destacar que essa etapa necessita do devido
licenciamento, bem como é passível de fiscalização e de controle sanitário.
- Reciclagem de RSS:
A reciclagem compreende uma forma alternativa à disposição final
de RSS. Reciclar compreende a transformação do resíduo através de téc-
nicas de beneficiamento que reprocessam o resíduo e formam uma nova
matéria-prima que pode ser empregada na fabricação de novos produtos.
Também, conforme a RDC 306, reciclagem compreende o pro-
cesso de transformação dos resíduos que emprega técnicas de benefi-
ciamento com vista ao reprocessamento ou obtenção de matéria-prima
GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
- Educação continuada:
Um PGRSS deve prever um programa de educação continua-
da, que oriente, sensibilize, conscientize e informe de forma permanen-
62
te e contínua os envolvidos em áreas e serviços da saúde sobre os
riscos e procedimentos adequados quanto ao seu manejo.
Atente que o programa de educação continuada deve ser man-
tido independente do vínculo empregatício dos profissionais que atuam
em atividades laborais em ofereçam risco.
63
CAPÍTULO 3
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
Qual etapa de um PGRSS compreende uma forma alternativa à dis-
posição final de RSS?
a) Disposição de RSS
b) Reciclagem de RSS
c) Educação continuada em RSS
d) Tratamento de RSS
e) Coleta e Transporte do RSS
QUESTÃO 2
Qual etapa de um PGRSS deve ser mantida independente do vín-
culo empregatício dos profissionais que atuam em atividades labo-
rais que ofereçam risco?
a) Disposição de RSS
b) Reciclagem de RSS
c) Educação continuada em RSS
d) Tratamento de RSS
e) Coleta e Transporte do RSS
QUESTÃO 3
Qual etapa de um PGRSS compreende a aplicação de processos e
técnicas que atuam sobre as características nocivas ao resíduo?
a) Disposição de RSS
b) Reciclagem de RSS
GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Qual etapa de um PGRSS possui como exemplo aterro sanitário?
a) Disposição de RSS
b) Reciclagem de RSS
c) Educação continuada em RSS
d) Tratamento de RSS
e) Coleta e Transporte do RSS
QUESTÃO 5
Qual etapa de um PGRSS relaciona-se às premissas da biossegu-
rança?
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a) Disposição de RSS
b) Reciclagem de RSS
c) Saúde e segurança do trabalhador
d) Tratamento de RSS
e) Coleta e Transporte do RSS
NA MÍDIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA FISCALIZA O DESCARTE CORRETO DE
MEDICAMENTOS E RESÍDUOS DE SERVIÇOS
Na reportagem do Paraíba Online, corrobora-se o estudado neste capítulo,
reafirmando a necessidade do cuidado no descarte de medicamentos e
insumos da área da saúde. Na reportagem, a importância e a obrigatorie-
dade de um PGRSS são abordadas, bem como destacada a competência
de fiscalização da Vigilância Sanitária. Em uma passagem da entrevista, a
gerente de Vigilância Sanitária de João Pessoa, Eliane Navarro, destaca
que “Todas as empresas instaladas no município de João Pessoa têm a
65
NA PRÁTICA
Ainda no que tange a temática de estudo deste capítulo sobre Gerencia-
mento de Resíduos em Serviços de Saúde, realiza-se o compartilhamen-
to de um artigo científico que pontua aspectos sobre a gestão de RSS.
No trabalho intitulado “Os resíduos de serviço de saúde e seus impactos
ambientais: uma revisão bibliográfica”, buscou-se, através da consulta de
normas brasileiras de resíduos de serviços de saúde, definir o descarte
dos resíduos de serviços de saúde. De forma a discorrer sobre os RSS
e seus impactos ambientais, as autoras realizaram uma pesquisa biblio-
gráfica. Em seu levantamento as autoras encontraram doze artigos, nos
quais observaram uma discreta elevação do número de artigos publica-
dos relacionados à temática, no período de 2005 a 2011. Em seu levan-
tamento bibliométrico, estas constataram que a região sul concentra a
maior ocorrência de pesquisas relacionadas ao tema e que esta também
possui as maiores taxas de processamentos de RSS. Ao fim de seu le-
vantamento, as autoras destacam a necessidade de desenvolvimento de
ações conjuntas aos órgãos geradores dos RSS, já que detectaram um
distanciamento entre a teoria e o que é realizado nos estabelecimentos
de saúde. Ficou curioso (a)? Então, que tal aprofundar sua leitura sobre
a ação prática de sua área de formação?
Fonte:Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/inter/v16n2/
1518-7012-inter-16-02-0301.pdf>. Acesso em: 01. set. 2020.
66
CAPÍTULO 01
GABARITOS
TREINOS INÉDITOS
1 2 3 4 5
C C A B D
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CAPÍTULO 02
GABARITOS
TREINOS INÉDITOS
1 2 3 4 5
B A C D C
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CAPÍTULO 3
GABARITOS
TREINOS INÉDITOS
1 2 3 4 5
B C D A C
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ARAÚJO, G. M. Legislação de Segurança e Saúde Ocupacional. 2. ed.
Rio de Janeiro: GVC, 2008.
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GIR, E.; TAKAHASHI, R.F.; OLIVEIRA, M.A.C.; NICHIATA, L.I.I.; CIO-
SAK, S.I. Biossegurança em DST/AIDS: condicionantes da adesão do
trabalhador de enfermagem às precauções. Rev. Esc. Enferm USP, São
Paulo.V. 38, n.3, p.245-253, 2004.
73
GESTÃO DE BIOSSEGURANÇA EM UTI - GRUPO PROMINAS
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